Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 14 de outubro de 2010 3v6y1e

51 - Um humilde olhar crítico sobre a Espinosa atual 1u455k

 Longe de mim querer causar polêmica, mas como bom espinosense não posso ser omisso e preciso tecer alguns comentários sobre a atual situação da nossa querida Espinosa. Estive de férias, ando alguns dias na cidade, matando a saudade e revendo amigos e familiares. Nas minhas andanças pela cidade vi coisas boas e ruins. Relatarei aqui algumas boas notícias, outras muito indesejáveis.
Comecemos pelo lado bom. Espinosa, como todo o país, usufrui do excepcional desempenho da economia brasileira, proporcionada pela excelente istração do PT, através do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Mesmo com os efeitos devastadores da seca prolongada, que traz inúmeros prejuízos à população em geral, as centenas de novas construções pela cidade, bem como nas imediações das barragens, demonstram o desenvolvimento e a sensível melhoria da condição financeira dos habitantes da cidade. Casas de campo com piscinas, próximas das nossas barragens, casas belíssimas em vários bairros, grandes e modernas lojas sendo construídas ou reformadas e muitos carros novos e luxuosos pelas ruas demonstram a força do desenvolvimento da cidade.

Loja O Barateiro na Avenida Minas Gerais

Construção de centro comercial na Praça Cel. Heitor Antunes
Outro ponto positivo e que merece aplausos é a conscientização de empresários e comerciantes da importância de se valorizar os seus funcionários e privilegiar o bom atendimento, além de investir em tecnologia e em espaços amplos e instalações bem estruturadas. Elogie-se também a ampla uniformização dos empregados.
O asfaltamento de várias ruas nos bairros, principalmente nos Bairros Cigano e Santa Cláudia, também merece elogios, com uma pequena ressalva: falta apenas a colocação do meio-fio, o que deixa a cidade com um aspecto horrível de desleixo para com a população beneficiada. É condenável tal prática.
Quanto às possibilidades no setor de bares e restaurantes, discordo de alguns amigos que dizem não haver opções em Espinosa. Entendo estar a cidade, razoavelmente, bem provida de opções para todos os gostos. É claro que poderia ser bem melhor, mas não é de todo ruim. Vejamos: pode-se comer uma saborosa pizza no Labareda Drinks de Robertão, na Praça da Liberdade ou ainda na Pizzaria do Zé Brasinha, no Cigano. Se preferir um delicioso peixe, há o Restaurante do Cassinho, na Santana. E há outras opções no Restaurante de Cassiano. Se optar por uma comida caseira de excelente qualidade, é só ir ao Restaurante da Joaninha. E o que dizer do espetacular sarapatel com feijão tropeiro e torresmo de Ninha, no Araponga? E a enorme quantidade de boas lanchonetes que oferecem um sanduíche de ótima qualidade? E os deliciosos beijús e caldos da Tia Lia, na Praça da Liberdade? Ou os espetinhos do Zé da Belina, na Praça da Meteorologia? Tem possibilidades para todos os gostos, basta procurar.

Pizzaria do Robertão na Praça da Liberdade
Pizzaria de Zé Brasinha no Bairro Cigano (Foto de Zé Lúcio)

Restaurante do Cassinho na Vila de Santana
Restaurante da Ninha no Bairro Araponga
Barraquinha da Tia Lia na Praça da Liberdade
Mas nem tudo são flores. Falta em Espinosa, por parte dos governantes, uma melhor visão de futuro. Não há um planejamento nas ações e nas obras, visando a adequação ao futuro. Para exemplificar, basta dar uma olhada na cidade vizinha de Monte Azul e conhecer o seu ginásio poliesportivo. O nosso, merecidamente homenageando o Sr. Mateus Salviola Antunes, grande e dedicado esportista, infelizmente foi construído em dimensões diminutas e totalmente ultraado, com medidas da quadra aquém das medidas oficiais.  O espaço interno e das arquibancadas é totalmente insuficiente e não comporta a possibilidade de público nos eventos. Uma pena.
Ginásio Poliesportivo Mateus Salviola Antunes
Outra aberração acontece no Cemitério Municipal, que há muito tempo não comporta as necessidades da população espinosense. Não há mais espaço para sepultamentos e as covas são abertas nos corredores entre os túmulos, tornando uma tarefa praticamente impossível caminhar ao lado dos jazigos. Conforme informações a mim adas, já existe um terreno destinado ao novo cemitério, situado ao lado do Estádio Caldeirão. Torna-se imprescindível a construção do novo cemitério o mais rapidamente possível.
Cemitério do Bonfim
Outra deficiência condenável refere-se à falta de um projeto de arborização da cidade, já que as altas temperaturas massacram a população diariamente. É uma coisa tão fácil de colocar em prática que não entendo por que ainda não foi realizada. A prefeitura deveria fornecer e plantar, nas ruas e avenidas, árvores de pequeno porte e com raízes não profundas, para não danificar eios ou causar problemas à fiação elétrica, ficando com os moradores a responsabilidade pelo cuidado com o crescimento das plantas. Simples assim. Há ainda uma necessidade urgente de revitalização dos rios São Domingos e Bom Sucesso, sob pena de assistirmos inertes à extinção de dois rios de enorme importância para a cidade e para o meio-ambiente. Não há mais tempo. A ação tem de começar já, o mais rapidamente possível.
Rio São Domingos em tempo de seca

Rio São Domingos em tempo de seca

Rio Bom Sucesso em tempo de seca
Rio Bom Sucesso em tempo de seca

Rio São Domingos, no Mingu, em tempo de seca
Uma outra deficiência constatada por mim, verifica-se na sinalização de trânsito. Há pouquíssimas placas de trânsito nas ruas e não sei como não acontecem mais acidentes na cidade, devido à sinalização quase inexistente. Outra enorme carência se torna evidente ao caminhar pela cidade e tentar localizar os nomes das ruas. As poucas placas de sinalização dos nomes das ruas, praças e avenidas são, imagino, pelo menos uns 80 % ainda da istração do prefeito Horácio Cerqueira Tolentino, lá pelos anos 70. Lamentável!

Outra coisa que me entristece bastante é a velha e ultraada forma de se vivenciar a política municipal, com o uso de recursos pouco éticos e as desavenças constantes entre as pessoas. Espero que em um futuro bem próximo, uma nova maneira de fazer política prevaleça, extinguindo essas anomalias, com todos os políticos trabalhando duro em prol de toda a população, com foco no futuro progresso e desenvolvimento da cidade.
Outro problema é a falta de preocupação com a memória da história da cidade. Se temos que ficar contentes com as novas construções, também temos que nos preocupar em ver os nossos velhos prédios históricos desaparecendo rapidamente da paisagem, apagando a nossa história. Como exemplo, não mais existem o velho prédio da Escola Dom Lúcio onde estudei até a segunda série (hoje Centro Social) e a sede da Rádio Educadora, onde trabalhei por dois únicos meses.
Para finalizar, o que me deixa mais triste, entretanto, é o total abandono da questão cultural na nossa cidade. Infelizmente Espinosa é muito pobre culturalmente. É triste, mas é a mais pura verdade. Regiões mais ou tão pobres como a nossa, como o Vale do Jequitinhonha, conseguem ter uma cultura rica e variada em todas as artes. Por aqui, não há espaço nem condições para o aparecimento de talentos nas mais variadas áreas da arte e da cultura. Belas iniciativas como o Chá Literário promovido na Escola Estadual Joaquim de Freitas, pela diretora Izabel Cristina, há algum tempo, são raríssimas exceções. Existem outras, como a iniciativa do programa AABB-Comunidade e algumas tentativas de heroínas da educação, que tentam com muita dificuldade construir alguma atividade cultural para os seus alunos. Mas é muito pouco para fomentar o desenvolvimento cultural da população espinosense. Artistas talentosos da nossa terra como Gino Sanfoneiro, o pessoal d´Os Cardeais, Fernando César e tantos outros, não tem o reconhecimento que merecem. Não há diversidade musical nas programações das rádios, o que reduz assustadora e tristemente o leque de opções para o aprendizado e o conhecimento das várias tendências da música brasileira e mundial pela população. Ninguém gosta do que não conhece. Como gostar de jazz, rock and roll, blues, reggae, samba, música erudita, música instrumental, se você não ouve em lugar algum da cidade? O que se vê nas ruas, nos bares e nos clubes é o absurdo monopólio do axé e do brega, com suas letras obscenas e não muito inteligentes. E o pior, em altíssimo volume. Você é obrigado a ouvir a música que os caras gostam, na marra. Não há escapatória. Ninguém merece! Mas tudo bem, um dia a coisa muda, só nos resta esperar.
Por fim, gostaria de esclarecer que toda essa minha explanação é de uma opinião bastante particular,  ficando todos os descontentes totalmente livres e à vontade para tecer as suas críticas e discordâncias, espero que com respeito e educação, sem agressões. Espero seus comentários. Participe!

Um grande abraço espinosense.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010 3bm2d

50 - O Cruzeirinho em Belo Horizonte, 1977 62m24

Se não me engano a data, em agosto de 1977, talvez, vivi um dos dias mais felizes da minha adolescência. Como sempre apaixonado por futebol, eu fazia parte do time do Cruzeirinho Esporte Clube, então uma verdadeira seleção de jovens craques espinosenses, capitaneados pelo saudoso e estimado presidente Mateus Salviola Antunes. "Sêo" Mateus foi um líder dedicado e de enorme importância para o futebol de Espinosa e para todos aqueles garotos que fizeram parte do Cruzeirinho. Com muito esforço, ele angariava apoios da comunidade para que o Cruzeirinho pudesse viajar e jogar em outras cidades vizinhas, o que era muito dispendioso na época. O então prefeito Paulo Cruz, pai do nosso colega Palau, liberava uma caminhonete C-10 para as nossas aventuras, sempre dirigida pelo também saudoso pai de Tatuzinho, "Sêo" Ezinho. Não havia asfalto e íamos todos debaixo de muita poeira, frio e cansaço na caçamba da caminhonete jogar em várias cidades da região: Monte Azul, Mato Verde, Taiobeiras, Rio Pardo de Minas, Porteirinha, Janaúba, Urandi, Mortugaba, Jacaraci, entre outras.
Mas queríamos mais. E "Sêo" Mateus resolveu nos levar à Belo Horizonte para enfrentar o juvenil do Cruzeiro Esporte Clube. Ficamos maravilhados com essa possibilidade. Foi uma verdadeira luta para arrecadar recursos para a viagem. Mas com total apoio da comunidade, conseguimos o dinheiro suficiente para a viagem e até para comprar agasalhos Adidas, de ótima qualidade, na cor verde. amos a ser chamados, carinhosa e ironicamente de "papagaios de Mateus".
E lá fomos nós, extasiados, jogar futebol na capital do estado contra o Cruzeiro. Era um sonho! Muitos de nós não conheciam Belo Horizonte. E foi uma descoberta encantadora avistar todos aqueles prédios enormes, aquelas largas avenidas apinhadas de carros, grandes e belas lojas e um movimento interminável de pessoas nas ruas.
Dessa viagem lembro-me de uma história um tanto engraçada: nosso colega Jorjão comprou, assim como quase todos, uma chuteira novinha para estrear naquele jogo, até ali o mais importante de toda a nossa vida. Acontece que o vendedor se atrapalhou e colocou na caixa dois pés esquerdos da chuteira, o que só foi descoberto pouco tempo antes da partida. Assim, Jorjão teve que se conformar em jogar com a velha e surrada chuteira. Coisas do futebol.
Jogamos na sede do Cruzeiro, no Barro Preto, e perdemos o jogo por 3 x 1. O nosso gol foi marcado por Benildo. Tenho enorme saudade daquela experiência e muita gratidão a "Sêo" Mateus por ter nos proporcionado a realização de um sonho. O meu eterno agradecimento.
Em pé: Péba, Zinho, Jânio, Cleone, Valdo Pezão e Jorjão;
Agachados: Euclides (In memoriam), Benildo, Tatuzinho, Sérgio e Eustáquio.



Entrada em campo do Cruzeirinho no Barro Preto em BH
Em fila: Valdo Pezão, Eustáquio, Péba, Jânio, Benildo,
Tatuzinho (encoberto), Cleone, Euclides, Zinho, Sérgio e Jorjão.
 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010 2q6625

49 - Saudades da minha mãe 4f4n5j

24 de setembro de 2010. Minha saudosa mãe, Dona Zú, estaria completando 82 anos de idade, hoje. É o seu primeiro aniversário desde que ela nos deixou em 08 de novembro de 2009. A dor da perda, que nunca cessa, leva-me a escrever um pouco sobre a sua história. Tenho um enorme orgulho de ser seu filho. Minha mãe foi um exemplo de árdua luta em prol da educação dos seus filhos. Quando tinha 6 anos de idade, meus pais se separaram. Em uma sociedade conservadora e preconceituosa existente à época, a mulher separada do marido era considerada como desajustada e mal vista pela comunidade. Mesmo com todas as inúmeras dificuldades sociais e financeiras, minha mãe manteve a dignidade, e com o seu humilde trabalho de costureira, conseguiu criar e manter no bom caminho, todos os seus três filhos. Hoje, pensando bem, fico imaginando todo o sofrimento por que ou minha mãe, desde que se separou aos 40 anos, ainda muito jovem. Ela não teve a chance de reconstruir a sua vida amorosa, sem poder conquistar um novo relacionamento e encontrar alguém que pudesse lhe dar um pouco mais de felicidade. Outras mulheres fortes e guerreiras, como algumas suas amigas da Rua da Resina, também aram pelo mesmo problema, mas mantiveram a altivez e a dignidade e também continuaram sozinhas por toda a vida, abdicando de uma nova vida ao lado de outro alguém. Atualmente os tempos são outros e as pessoas tem uma liberdade inimaginável naquele tempo. Tenho muito o que agradecer a ela por todo o carinho, dedicação e amor.
Só espero que DEUS a tenha acolhido bem lá em cima. 
Zé Tolentino, Dona Zú, Joana D´Arc e Eustáquio


quinta-feira, 23 de setembro de 2010 502b4l

48 - O meu GALO caiu para a segundona...de novo! 5i4x48

Mesmo com um centro de treinamento de altíssimo nível, considerado o melhor do país, com uma comissão técnica competente e vencedora e com alguns bons jogadores na equipe, recebendo ótimos salários e o que é melhor, em dia, o meu GALO caiu mais uma vez para a segunda divisão do futebol brasileiro. É certo que ainda faltam 14 rodadas para se tentar uma reação, mas sinceramente não acredito e já "joguei a toalha", como se diz no boxe. É inexplicável como acontecem algumas coisas com o GALO. No ano ado, com um time razoável e um treinador bastante contestado, Celso Roth, fizemos uma boa campanha, terminando o campeonato em 7º lugar, assim mesmo por uma grande queda de rendimento nas rodadas finais, já que estávamos até brigando pelo título ou por uma vaga na Libertadores.
Depois de perder mais uma partida no Campeonato Brasileiro, a 15ª em 24 jogos, e de goleada para o Fluminense, por 5 x 1, o presidente Alexandre Kalil não ou mais a decepção e decidiu demitir o treinador Wanderley Luxemburgo que, infelizmente, não conseguiu formar um time com o elenco que possui o GALO. O time é o que mais perdeu na competição e caminha celeremente para integrar a segunda divisão em 2011. A nós, atleticanos fanáticos, resta agora torcer para que o cruzeiro não consiga ser campeão brasileiro (rs), o que seria mais uma tragédia, já que até o América tem grandes chances de subir para a primeira divisão. O baque é duro! Mas continuaremos a torcer como sempre, apaixonadamente pelo GALO forte (nem tanto) vingador, mesmo na segundona.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010 1rz4d

47 - Homenagens a Paulão e Cal 724733

Ontem, dia 15 de setembro de 2010, o nosso saudoso Paulão estaria completando 60 anos. Vítima de um acidente automobilístico quando dirigia um caminhão pelas estradas do nordeste do país, Paulão nos deixou há poucos anos.
Lembro-me bem que fui convidado por ele para ingressar no seu time de futebol, o Veterano Esporte Clube, e aceitei feliz e prontamente, pois iria me juntar a grandes amigos que já faziam parte da sua equipe de masters. Essa equipe se tornou a base do 9 de Março, com a participação de nada menos do que dez integrantes que aparecem na fotografia abaixo, confirmando a qualidade técnica dos seus integrantes. Com exceção do goleiro, de Carlão e de Fá, todos os outros jogaram no 9 de Março, sendo seis titulares absolutos na melhor formação do time.

A todos aqueles que conviveram harmoniosamente com o saudoso Paulão, amigos, colegas e familiares, essa minha pequena homenagem. Que DEUS o tenha em seus domínios.
Fotografia tirada no campo do Jardim Panorama, em Espinosa
Em pé: Leu, goleiro não identificado, Carlão, Beto, Zinho, Eduardo e Salvador;
PAULÃO, Dai, Rubens, Eustáquio, Nívio, Fonso com Rogério e Fá.
Na fotografia abaixo, no Estádio Caldeirão, já no 9 de Março, Paulão é o primeiro em pé, à esquerda.

9 de Março no Estádio Caldeirão
Em pé: PAULÃO, Claudão, Tiãozinho, Walter, Palau, Maurício, Beto e Doidinho;
Agachados: Tintin, Fonso, Célio, Rubens, Dai, Eustáquio, Nívio e Tarcísio.
   
Gostaria também de, nesta oportunidade, homenagear o nosso torcedor maior, Cal (Luiz Carlos), irmão de Tarcísio, que faleceu recentemente, ainda muito jovem. Meus sentimentos a todos os familiares e amigos, especialmente ao meu grande amigo e companheiro de tantas aventuras, Tarcísio.

9 de Março no Estádio Caldeirão
Em pé: Doidinho, Tiãozinho, Ró, Véio, Tarcísio, Eustáquio, Palau e Dai;
Agachados: CAL, João Carlos, Zinho, Ito, Alair, Naneza, Fonso e Ernani;
Os garotos André, Gabriel (Bila), Ricardo, Bia e Rogério.



 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010 41627

46 - Torneio de Futebol Society da AABB Montes Claros 346o6x

Ontem, domingo, 12 de setembro, aconteceu o torneio-início do VII Torneio Interno de Futebol Society da AABB Montes Claros, que, este ano, para minha alegria e satisfação, me homenageará. Disputado apenas pelos peladeiros do clube, o torneio contará com 5 equipes divididas em titulares e aspirantes. São elas: O Boticário, Jac´s Forneria, Stillo Inox, Centro Odontológico e Banco do Brasil. Confira abaixo algumas fotografias da abertura do evento.

Abertura do Torneio na AABB Montes Claros
Equipe do Banco do Brasil: Em pé: Gilberto Brant, Tiãozinho,
Josedeth, Jádson, Samuel, Ricardo e Alberto;
Agachados: Miro, Tiago Lopes, Élcio, Eustáquio, Éder e Geremias.

sábado, 11 de setembro de 2010 11q59

45 - O eterno e insubstituível "Rei" Roberto Carlos 6r6c6j

Terminei de ler nesta semana, e recomendo a leitura, a biografia não autorizada do "Rei da Música Brasileira", o cantor e compositor Roberto Carlos. De autoria do jornalista baiano, nascido em Vitória da Conquista aos 14 de março de 1962, Paulo César de Araújo, o livro da Editora Planeta do Brasil, "Roberto Carlos em Detalhes", conta toda a difícil, brilhante e importantíssima trajetória do maior ídolo da música popular brasileira de todos os tempos. O livro detalha toda a carreira do "Rei" desde a sua infância em Cachoeiro do Itapemirim, o acidente com a locomotiva aos 6 anos que amputou a sua perna direita logo abaixo do joelho, o início no rádio, o primeiro disco (fracassado), a chegada à televisão e o sucesso do Programa Jovem Guarda, as mudanças de repertório, as guinadas e os dramas da carreira artística, os seus grandes amores e a manutenção da idolatria de milhões de brasileiros de todas as classes sociais em todo o país. Além de inúmeros fãs em todo o mundo.
Como muitos, sou um grande irador da música de Roberto e Erasmo, seu fiel companheiro de composição. Não gosto muito das suas músicas do início de carreira, da época da Jovem Guarda e nem das dos últimos vinte anos, quando ele basicamente compôs músicas para a sua mulher Maria Rita e de apelo religioso. Aquelas que eu adoro foram compostas basicamente nas décadas de 70 e 80, como "Detalhes", "O portão", "Você em minha vida", "Os seus botões", "O homem", "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos" (homenagem a Caetano Veloso), "Café da manhã", "Cavalgada", "Proposta", "Rotina", "Fera ferida", etc. Ficaria escrevendo aqui por um bom tempo todas as grandes e inesquecíveis músicas de Roberto e Erasmo Carlos. 
Atualmente é comum ver a garotada curtindo músicas cantadas pelo Skank, Titãs, Jota Quest, sem ter noção alguma de saber que são composições da dupla Roberto e Erasmo.
Sempre digo que eu gostaria de estar vivo para presenciar a despedida de dois dos meus maiores ídolos: Roberto Carlos e Pelé. É claro que rezo para que eles tenham uma vida longa, mas fico imaginando a comoção nacional e até mundial quando esses dois ícones da música e do futebol nos deixarem. Será uma catástrofe sem igual.
Quanto ao livro, até hoje não entendi a razão pela qual Roberto Carlos proibiu a publicação do belo trabalho do Paulo César de Araújo. Fã declarado do cantor, ele conta a história de Roberto com o maior respeito, honestidade e consideração. Outro livro do autor, a que também li e recomendo, foi "Eu não sou cachorro, não", que conta a controversa relação dos cantores chamados "bregas" com a brutal ditadura militar no Brasil. Vale a pena conferir.


Dê uma olhadinha aqui nesses vídeos e se emocione com o enorme talento do nosso "Rei". Um abraço.

http://www.youtube.com/watch?v=TKVJgb1JryA
http://www.youtube.com/watch?v=FL8_eAkRdnA
http://www.youtube.com/watch?v=Igev7-X_oY8
http://www.youtube.com/watch?v=IiDdZvpucx0

domingo, 5 de setembro de 2010 4b6431

44 - Os estudantes anônimos de Espinosa: quem seriam? 646j5g

Há algum tempo consegui esta bela foto na Internet, de J. Novaes Photo, no site do Arquivo Público Mineiro, mostrando pequenos estudantes de Espinosa ao lado da professora Joana Antunes da Silva Tolentino, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil em 30 de setembro de 1922, quando a cidade ainda tinha o nome de Lençóis do Rio Verde. Muito legal. Pena não poder identificar toda aquela meninada vestida de soldado. Alguém aí teria uma idéia de quem seriam aqueles meninos todos?

terça-feira, 31 de agosto de 2010 3o2g2g

43 - GALO bicampeão da segundona? 626a6p

A coisa tá feia. Amargando a zona de rebaixamento do campeonato brasileiro após 17 rodadas, na 18ª colocação, com a pior defesa, com o maior número de derrotas (11) e com um aproveitamento pífio de apenas 27,5 %, o GALO parece condenado a novamente cair para a segunda divisão do futebol brasileiro. Mesmo contando com o melhor centro de treinamento do país, a Cidade do GALO, com uma comissão técnica de alto nível, com Wanderley Luxembrurgo e Antônio Melo e com grandes contratações de jogadores, o Atlético parece que não vai encontrar tão cedo o caminho das vitórias e dos títulos. O que se desenha hoje é a briga para não ser rebaixado para a segundona. Tarefa difícil, já que o time não se acerta em campo, com desempenho medíocre e falhas infantis de alguns atletas, que acabam por resultar em mais e mais derrotas. Na partida contra o Palmeiras, após sair na frente com um gol de Neto Berola, tudo parecia que finalmente daria certo, mas o erro infantil do lateral direito Rafael Cruz que, ao invés de atrasar a bola para o goleiro Fábio Costa, tentou sair jogando pela lateral e teve a bola roubada pelo atacante Kléber, resultou no gol de empate e complicou a vida atleticana. 
Não acredito que a saída de Luxemburgo seja a solução do problema, pois o investimento foi muito alto e as contusões, a falta do Mineirão e a precária forma física de alguns jogadores influíram sobremaneira no desempenho ruim da equipe. 
Mas com muito bom humor, devemos nos lembrar que o Luxa, quando chegou, disse que viria para ganhar pelo menos um título nacional, não é mesmo? Já ganhamos o título mineiro e agora temos tudo para nos tornar bicampeões brasileiros da segunda divisão em 2011.  É esperar para ver o que acontece. Mas qualquer que seja o desenlace desse filme de terror, estaremos com o GALO até a morte, sempre apaixonadamente.

sábado, 21 de agosto de 2010 422u49

42 - A mais famosa esquina espinosense 6q711t

Algumas esquinas foram eternizadas por grandes artistas em suas músicas e suas histórias. A esquina das Ruas Divinópolis e Paraizópolis, no Bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte entrou para a História por ter sido o cenário da criação do famoso "Clube da Esquina". Os talentosos garotos ali se reuniam para bater papo, jogar bola, tocar e falar de música, escutar Beatles e iniciar uma carreira musical das mais importantes para a música popular brasileira. Lô Borges, Tavinho Moura, Fernando Brant, Wagner Tiso, Toninho Horta, Flávio Venturini, Mílton Nascimento e Beto Guedes, entre outros, criariam músicas inesquecíveis, de grande qualidade, imortalizadas nos discos intitulados Clube da Esquina 1 e 2, o início de tudo.

Disco Clube da Esquina 1

Disco Clube da Esquina 2

A famosa esquina das Ruas Divinópolis e Paraizópolis, no Santa Tereza em BH
Outra esquina famosa foi imortalizada por Caetano Veloso na música "Sampa". A letra diz: "Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João, é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi, da dura poesia concreta de tuas esquinas, da deselegância discreta de tuas meninas".


Em Espinosa, a esquina mais famosa da cidade é, sem dúvida, a esquina da Rua Coronel Domingos Tolentino, a "Rua da Resina", com a minúscula Rua Arthur Bernardes. Ali era o ponto de encontro de uma turma enorme de meninos e meninas que, em completa algazarra, alegria e convívio fraternal, soltavam a sua criatividade e energia em mil brincadeiras. As casas de "Sêo" Vavá, "Madrinha" Judith e "Tia" Zulmira serviam de cenário para todo tipo de brincadeira na rua: quatro cantos, gude (bilóia), chicotinho queimado, "guerau", dupla, finca, 31 de janeiro, queimada, e tantos outros mais. Era uma farra só. E quantos olhares e beijos apaixonados, quantas demonstrações de amor e carinho, quantos momentos inesquecíveis aconteceram ali? Era nessa esquina também que nos reuníamos para inventar e decifrar charadas. Eram participantes ativos "Sêo" João Meira, o saudoso Nenzão, Luizão, Lelo, Eustáquio, Magrão, Júlio, Quinha e muitos outros. Quanta saudade!



Quinha, com Cristian e Tatiane, Eustáquio,
Nusa, Luciana, Vânia, Ágda e Lói.
 
A esquina da minha vida, onde se vê o casarão onde viveu
minha avó, "Madrinha" Judith
Vista da esquina a partir do Rio São Domingos

terça-feira, 17 de agosto de 2010 633671

41 - O campo de futebol society Izaías Mariano Mendes 6f4w5e

Zazá e Eustáquio em confraternização de final de ano
no antigo salão de festas da AABB-Espinosa
Desde a fundação da AABB, em Espinosa, que os primeiros dirigentes sonhavam em construir um campo de futebol gramado, ainda inexistente na cidade. Nas atas das reuniões da associação, sempre havia o projeto e o desejo de iniciar uma campanha para arrecadar fundos para a realização da obra. Mas o tempo ou, não havia verba e a dificuldade de arrumar dinheiro se intensificou e o sonho ficou pelo caminho por um longo período. No ano de 2001, se não me engano, Mílton Barbosa, um grande e entusiasmado empreendedor, decidiu que já era hora de fazer virar realidade a velha aspiração dos associados da AABB-Espinosa. Em contato comigo, então presidente do clube, me propôs o início do projeto. Meio descrente e desanimado, concordei em ajudá-lo. Mílton Barbosa, com toda a sua dedicação e capacidade de trabalho, tomou as primeiras providências e conseguiu a matéria-prima inicial para o início do empreendimento, além do patrolamento do terreno. Logo depois, contratou o Dionísio "Maria Loura" para cuidar da aquisição e do plantio da grama. E a coisa foi caminhando devagar, mas sem interrupções. Depois que o gramado ficou pronto, a luta foi para a construção de um alambrado de proteção. Após vários meses de muita dificuldade em arrecadar recursos, o tão sonhado campo de futebol society estava pronto. Decidimos então homenagear uma pessoa maravilhosa, meu colega de trabalho e amigo de coração, que havia nos deixado de forma trágica em um acidente automobilístico há pouco tempo: Izaías Mariano Mendes, o Zazá.
Campo de futebol society Izaías Mariano Mendes
na AABB-Espinosa
Abaixo uma fotografia que mostra o campo ainda "desgramado", quando estávamos ainda plantando as árvores que, hoje, embelezam e dão sombra aos torcedores.

Cléa e Renato no plantio das árvores do campo society
Espero que todos os que hoje utilizam o campo da AABB-Espinosa, para praticar esportes e fazer confraternizações, tenham consciência da dificuldade enfrentada por todos os que, de alguma forma, lutaram para que esse sonho antigo virasse realidade e cuidem bem para que ele permaneça conservado e útil por muito tempo, para usufruto das próximas gerações. E não se esqueçam de agradecer à Mílton, o idealizador e principal responsável pela sua implementação. 
A foto abaixo mostra a galera de craques espinosenses após a pelada do domingo na AABB-Espinosa, saboreando uma cervejinha gelada do Bar do Tiva ao som de Pé-Durinho e sua banda.

Juliano, Eustáquio, Rubens, Fabiano, Meire, Ricardinho, Rogerinho, Marquinhos, Tintin e Júnior (de costas)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010 6o106u

40 - "Os guerreiros do Apocalipse" ou "Os pistoleiros do entardecer" 6l53l

Fotografia tirada no jardim em frente ao Cine Coronel Tolentino,
na Praça Antonino Neves, em novembro de 1973. Em pé, os
"guerreiros" Quinha, Eustáquio e Júlio portando as suas "armas";
 sentados: pessoa não identificada, Júlia (Irmã de Julinho Figueiredo),
Regina, Socorro, Marco Uíla (Irmãos de Daílson) e Zé Brasinha.
A garotada feliz da Rua da Resina.

Bons tempos! Como era bom viver em Espinosa naquela época. Ficávamos quase que o dia inteiro (depois das aulas, claro) brincando nas ruas e no Rio São Domingos, que era o nosso playground natural. As nossas brincadeiras incluíam, sem discriminação, meninos e meninas, crianças e adolescentes. Não precisávamos de dinheiro para comprar brinquedos, pois nós mesmos os fabricávamos com a matéria-prima extraída das árvores que margeavam o Rio São Domingos ou das coisas descartadas pelas pessoas. Observe que na foto acima, as nossas "armas" são apenas os caules da mamoneira, que na nossa fértil imaginação se transformavam em armas de grande tecnologia. Não havia trânsito pesado de carros, não havia ladrões, não havia poluição e podíamos beber água do rio sem risco de contrair doenças. Ainda mais, saboreávamos frutas diversas encontradas nas árvores das margens do rio, como jatobá, pitomba, bacupari, manga, tamarindo, entre outras. Delícia!


Bacupari
Pitomba
Jatobá
Tamarindo

terça-feira, 10 de agosto de 2010 6q24k

39 - Show de bola: o verdadeiro e maravilhoso futebol-arte brasileiro j4u6h

Acabo de assistir ao jogo de estreia do treinador Mano Menezes no comando da nova Seleção Brasileira e estou extremamente feliz e esperançoso de novos dias de glória para o desaparecido futebol-arte brasileiro. Pode-se argumentar que o jogo era amistoso, contra uma seleção de nível médio, não integrante do seleto grupo dos campeões mundiais, mas o futebol apresentado pelos meninos do Brasil foi de um encantamento entusiasmador. Com a segurança de Victor no gol, a tranquilidade e eficiência da dupla de zagueiros Thiago Silva e David Luiz (grata surpresa) na defesa, com a competente marcação e excelente saída de bola dos volantes Lucas e Ramires no meio-de-campo, com os es perfeitos e a técnica apuradíssima de Paulo Henrique Ganso na criação das jogadas e com um trio de atacantes rápidos e habilidosos, Robinho, Neymar e Alexandre Pato , no ataque, a seleção deixou-me bastante impressionado, eu diria muitíssimo entusiasmado. Era o que eu queria ver na seleção canarinho. Jogadores de talento, jogadas bonitas, triangulações, es curtos, rápidos e certeiros, dribles desconcertantes, belos gols. Esse sim é o verdadeiro futebol brasileiro.
É claro que é somente o começo de um trabalho de preparação para a Copa do Mundo de 2014, em nossa casa, mas que começa com o pé direito, não tenho dúvida nenhuma. Aliás, não tenho dúvida nenhuma de não ter a mínima saudade do zangado Dunga, com toda a sua arrogância e mau-humor e com o futebol horroroso apresentado pelo seu time na Copa da África do Sul. Que venha de volta à Seleção Brasileira a alegria, o encantamento, o fascínio, a mágica e o deslumbramento que nos torna cada vez mais apaixonados pelo velho e emocionante esporte bretão.  

38 - A infindável maldição do GALO 5n633

O que anda acontecendo com o poderoso e adorado Clube Atlético Mineiro, paixão arrebatadora de milhões de torcedores fanáticos pelo mundo inteiro">As contratações do Atlético foram excelentes, mas com um grande problema: os atletas chegaram fora de forma, por estarem parados há algum tempo, ou em recuperação de contusões e alguns ainda nem estrearam com o manto sagrado. Há que se lamentar a contusão sofrida pelo Daniel Carvalho, que o deixará de fora por mais ou menos um mês. A crise está feia. Mas as perspectivas são muito boas para um futuro próximo. Com Fábio Costa no gol, Fernandinho, Cáceres e Jorge Campos na defesa, Mendez, Serginho e Diego Souza no meio e Daniel Carvalho no ataque, além dos atletas que já faziam parte do grupo, como Diego Macedo, Zé Luiz e Tardelli, o GALO fica com um time bastante competitivo para almejar grandes conquistas. É esperar e torcer para que as nossas expectativas se concretizem e façam enlouquecer a torcida mais apaixonada do mundo.   

37 - A ultraada forma de se fazer política 1f2c58

Em plena época da tecnologia avançada, em que tudo muda a cada minuto, os políticos brasileiros continuam a utilizar recursos da Idade da Pedra para se tornar conhecidos e tentar arrebanhar os votos dos eleitores. Ainda hoje, na minha caminhada matinal, visualizei uns seis cidadãos pilotando as suas bicicletas, equipadas com uma bateria e uma caixa de som, fazendo propaganda de dois candidatos, um a deputado estadual e outro, a deputado federal. Até que o som não incomodava muito, já que a lei do silêncio finalmente está sendo cumprida e o volume do som estava dentro das normas. O problema, para os candidatos, é que ninguém escuta bem o que está sendo dito e tampouco se preocupa em prestar atenção ao discurso. Havia também na frente do Shopping Ibituruna, alguns "santinhos" de outro candidato a deputado, espalhados pelo chão, emporcalhando a calçada. A pintura de muros com os nomes dos candidatos e a colocação de pessoas nas esquinas portando bandeirinhas é outro recurso utilizado com frequência. O que eu questiono é a eficácia desses arcaicos métodos de convencimento dos eleitores. Sinceramente, não acredito que isto irá fazer qualquer diferença na escolha, por alguém minimamente esclarecido, de algum pretendente a cargo público. Não consigo imaginar que alguém escolha o seu candidato simplesmente por ouvir na rua ou ver pintado em um muro o nome de um candidato. 
A realização de comícios deixou de existir, depois que a lei proibiu a contratação de artistas para fazer shows, o que demonstra claramente que o povo só ia aos comícios para assistir à apresentação dos cantores famosos e não para ouvir e apoiar as idéias dos políticos.
Por fim, outro recurso hilário utilizado, é a caminhada pelos locais de maior movimento, como mercados, praças, avenidas, campos de futebol, fazendo média com a população, comendo pastel, buchada e tomando cachaça para ar uma imagem de homem do povo. Chega a ser constrangedor assistir aos políticos, com a maior cara-de-pau, pedir votos nas ruas, cumprimentando a todos, abraçando eleitores, pegando crianças no colo, com um largo sorriso no rosto e toda a demagogia do mundo, prometendo maravilhas que nunca poderão ser cumpridas. É muito engraçado, uma situação repleta de tragicomicidade. Mas é a democracia, faz parte do jogo político. Difícil é depois da eleição conseguir qualquer contato, por mínimo que seja, com qualquer um deles, para fazer alguma reivindicação.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010 59646i

36 - Considerações sobre o futebol w2p44

Como apreciador inveterado de futebol, tanto para assistir quanto para praticar, formulei algumas percepções, idéias e opiniões sobre o esporte mais popular do mundo na atualidade.
  1. É uma coisa inexplicável e inaceitável para mim a verdadeira repulsa dos jogadores atuais pelos dribles desconcertantes do adversário. É como se dar uma "caneta", um "chapéu" ou um "elástico" fosse pior do que uma bofetada. Os atletas se enfurecem e partem para a agressão. Umas das maravilhas do futebol é exatamente a demonstração de rara habilidade com a bola nos pés de alguns jogadores, como o Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. Fico imaginando se o Garrincha , "O anjo das pernas tortas", jogasse hoje. Pelo visto, ele seria massacrado pelos atuais jogadores. Não dá para entender.
  2. Uma coisa modorrenta e desalentadora no futebol, que não é novidade alguma, é a falta de criatividade da imensa maioria dos jogadores de futebol nas entrevistas. É fato que as perguntas dos repórteres são sempre as mesmas, mas a pobreza de conteúdo e a completa decoreba das respostas causam tristeza. Em pleno século XXI, os jogadores de futebol ainda não podem, ou não devem, exprimir opiniões sobre temas de interesse geral, como política ou relações trabalhistas, sob pena de causar polêmicas, prejudiciais ao bom ambiente em seu clube ou na seleção. É como se o jogador de futebol não tivesse cérebro ou capacidade de discernir e opinar sobre qualquer assunto de seu interesse. Isso é escravidão.
  3. A transmissão dos jogos dos campeonatos e copas pela televisão é de extrema importância para os clubes, pela ótima remuneração que eles recebem, indispensável para a sua sobrevivência. Ótimo também para os torcedores que podem assistir a todos os jogos, em casa. Mas alguns horários de transmissões impostos pela toda-poderosa Rede Globo são inaceitáveis. Jogos em dias da semana que começam às 21:50h, só por causa do horário da novela, não dá para acreditar. Como diria o Neto, da Band, é brincadeira!
  4. Vocês já repararam na quantidade de cusparadas desferidas pelos jogadores, no gramado? Impressionante! Se os jogadores de vôlei pegassem a mania, o jogo seria interrompido lá pelo terceiro set, por perigo de inundação da quadra. 
  5. Outra atitude bem comum dos jogadores é o levantamento das mãos quando se faz uma falta no adversário. O cara dá uma porrada no oponente e, com a maior cara de pau, levanta os braços como se nada tivesse acontecido. É hilário.
  6. Outra coisa que deixou o futebol mais pobre é a proibição aos jogadores de fazer comentários motivadores para os jogos. Antigamente prometer vitórias e gols era normal. Dadá Maravilha e Túlio cansaram de dar entrevistas antes dos jogos, dizendo que iriam ganhar e que fariam muitos gols, aumentando consideravelmente a expectativa da torcida e acirrando a rivalidade entre os clubes. Que mal há nisso? O que se deve combater com rigor é a violência das torcidas organizadas que vão ao campo simplesmente para brigar e causar confusão.
  7. A atuação dos comentaristas esportivos é um prato cheio de contradições e opiniões não tão isentas e inteligentes. Quanto à questão do chamado bairrismo, até deu uma melhorada, com uma cobertura mais correta e isenta de algumas emissoras. Mas o pior de tudo é perceber a falta de capacidade de alguns comentaristas, principalmente de comentaristas de arbitragem, que mesmo depois de ver o lance várias vezes, de vários ângulos e em câmara lenta, ainda não sabem dizer se houve ou não a falta, o impedimento ou o pênalti. E normalmente são ex-árbitros que, quando em atividade, cometeram barbaridades e erros grosseiros, prejudicando várias equipes. É de doer.
  8. Por fim, o que me causa mais tristeza e incredulidade é a incapacidade e a intolerância dos torcedores em não conviver harmoniosamente com os adversários. A discussão futebolística, a gozação aos amigos e os xingamentos no campo já fazem parte do universo do futebol e são saudáveis. O que não se pode entender e aceitar é a imbecilidade de alguns em agredir os torcedores adversários, alguns simplesmente por vestir uma camisa do time rival. Futebol deveria ser apenas alegria e diversão. 
  9. Espero que a Copa do Mundo no Brasil em 2014 possa mudar esse triste quadro de violência no futebol e que possamos ver, em futuro bem próximo, as torcidas defendendo as suas equipes com toda a paixão, mas em completa harmonia com os torcedores adversários.   

35 - Tristeza...Meu grande amigo, Compadre Daílson, viajou pro céu 6o14

Local de trabalho diário do nosso Daílson, em luto

Daílson, Eustáquio e Lelo em eio ao Rio Verde
Lelo, Daílson, Eustáquio com Ricardinho, Carlos Gaiola e Júlio em aventura de bicicletas no Rio Verde
Estive em Espinosa na última terça-feira, dia 03 de agosto, não para ear, rever a terra natal ou reencontrar os velhos amigos, infelizmente. Fui para me despedir de um grande amigo, eu diria um irmão, que além de tudo, era meu compadre. Um enfarte fulminante levou para o céu o meu amigo e companheiro de muitas aventuras, Jorge Adaílson Cordeiro dos Santos. Amigo de infância, convivemos por um longo tempo na "Turma da Resina", onde vivenciamos momentos inesquecíveis. A dor da perda só é compensada pela certeza de ter sido abençoado por Deus, pela possibilidade de ter usufruído da sua amizade. Vou me lembrar com bastante carinho e saudade da sua presença entre nós, recheada de bons momentos. Que Deus o receba bem lá em cima.
À esposa, aos filhos Ellen, Hebe e Orlandinho e aos irmãos, o meu profundo pesar.
Pra "Turma da Resina" então, está sendo uma tristeza imensa. Ele estará se reencontrando, no paraíso, com os nossos saudosos Jésus e Dalton. Qualquer dia desses a gente se reencontra por lá. 
Ele vai fazer falta...

quarta-feira, 28 de julho de 2010 3q5x57

34 - A polêmica palmadinha... 6n124e

O projeto de lei que modifica o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente promete causar muita polêmica nos próximos dias. De acordo com a mudança, fica proibido e vira crime usar castigos corporais de qualquer natureza na educação dos filhos. Ou seja, aquela velha palmadinha que os pais utilizavam para repreender e ensinar os filhos vai virar caso de polícia. Entendo que a idéia do projeto de lei é extremamente bem-intencionada, mas de difícil aplicação, já que fica a pergunta: quem vai fiscalizar milhões de lares brasileiros em todos os recantos desse país? Acho que o intuito, louvável, da mudança no Estatuto é, simplesmente, tentar conscientizar os pais para não se exarcebarem nos castigos desferidos na educação dos seus rebentos. Sou totalmente favorável a uma palmadinha nas nádegas dos pimpolhos, desde que sem violência ou requintes de crueldade, com a consequente explicação do porquê da punição. O que não se pode itir jamais é o espancamento, a surra violenta, desferida no rosto, nas costas, com o uso de cintos com fivelas, galhos de árvores, pedaços de madeira ou fios e similares. Isso é totalmente inissível! Merece cadeia mesmo. Mas quem da minha geração não levou umas boas palmadas ou uma boa sova de "currião"? E olhe que em muitas ocasiões a gente merecia mesmo. Nem por isso nos tornamos revoltados ou pessoas violentas, a maioria. Pode haver casos opostos, claro. Não podemos generalizar.
O elogiável dessa medida do governo é a possibilidade de trazer à sociedade, a oportunidade de debater mais aprofundadamente o tema, trazendo resultados que possam coibir os excessos, verdadeiros absurdos, que frequentemente aparecem no noticiário.

33 - O Minas Esporte Clube 3ag65

Dia desses, encontrei aqui em Montes Claros com Tatinho, nosso amigo e conterrâneo. No breve bate-papo que mantivemos, relembramos velhos fatos do futebol espinosense. Na ocasião, solicitei a ele que, se tivesse alguma fotografia de qualquer equipe de futebol de Espinosa, que me enviasse para publicar aqui no blog. E hoje, para minha surpresa, recebo dele, por e-mail, uma fotografia do Minas Esporte Clube. Conforme o prometido, aí está ela.
Meus agradecimentos ao Tatinho pela colaboração. O convite para enviar fotos da nossa Espinosa está aberto a todos os frequentadores desse blog. Publicarei com o maior prazer. Participem!

Na foto: Em pé: Véio, Pote, Gena, Valdir Mestre, Téo, Cleone e Zezinho Sapateiro; agachados: Pé-Duro, Júlio, Júnior, Tatinho e Carlinhos de Valdomiro.

segunda-feira, 26 de julho de 2010 4w2w31

32 - A nova Seleção Brasileira de Mano Menezes 422h6q

Saiu a primeira convocação da Seleção Brasileira sob o comando do novo treinador Mano Menezes. Recheada de caras novas, o time tem dois jogadores do GALO convocados: o zagueiro Réver e o atacante Diego Tardelli. É claro que temos que aguardar o desenrolar dos acontecimentos para tecer uma opinião sobre a qualidade deste time, mas já se pode comemorar a presença de muitas promessas de craque como Neymar, Paulo Henrique Ganso e Carlos Eduardo. A média de idade da equipe é de 23,1 anos, muito inferior à média de idade da seleção de Dunga, que disputou a última Copa do Mundo, na África do Sul, que era de 29,3 anos. Vamos observar os próximos amistosos da seleção e torcer para que essa meninada volte a nos emocionar e a nos encantar com a apresentação daquele futebol vistoso e encantador que sempre caracterizou o futebol brasileiro.
Abaixo a lista dos convocados com a comparação de idade com a seleção da Copa, extraído do site Globo.com:

MÉDIA DE IDADE DAS SELEÇÕES:

COPA DO MUNDO DE 2010      LISTA DE MANO MENEZES

Julio Cesar                            30      Renan                                   19
Gomes                                  29      Victor                                   27
Doni                                      30      Jefferson                              27
Daniel Alves                          27      Daniel Alves                         27
Maicon                                 28       Rafael                                  20
Michel Bastos                       26       Marcelo                               22
Gilberto                                34       André Santos                       27
Juan                                      31       Henrique                              23
Lúcio                                    32       Réver                                   25
Thiago Silva                          25       Thiago Silva                         25
Luisão                                  29        David Luis                           23
Gilberto Silva                        33       Lucas                                   23
Josué                                    30       Ederson                               24
Felipe Melo                          26       Jucilei                                   22
Ramires                                23       Ramires                                23
Elano                                    28      Carlos Eduardo                     23
Kléberson                             30      Ganso                                   20
Julio Baptista                         28      Alexandre Pato                     20
Kaká                                    28       Diego Tardelli                       25
Robinho                                26       Robinho                               26
Luis Fabiano                         29       André                                  19
Nilmar                                  25       Neymar                               18
Grafite                                  31       Sandro                                21
                                                       Hernanes                             25

MÉDIA DE IDADE:  29,3 anos       MÉDIA DE IDADE:  23,1 anos

31 - O incomensurável valor da amizade 2dk34

Qual o valor de uma amizade? Impossível calcular. Mas só tenho a certeza absoluta de que após a família, nada é mais importante para o ser humano que uma boa rede de amigos. Nesse contexto é que eu sempre digo que sou um multibilionário, pois graças a Deus tenho a felicidade de ter conquistado vários grandes amigos. Alguns deles já não considero mais amigos e sim irmãos. A amizade é um forte sentimento de estima e de solidariedade entre as pessoas e não pode ser cultivada como uma relação de troca de favores, como alguns fazem. Não se deve exigir ou esperar retribuição dos amigos pela sua demonstração de amizade. O nosso sentimento de amizade deve ser puro, verdadeiro e sem cobranças. Porém, não se deve concordar com todas as opiniões e atitudes dos seus companheiros, sendo às vezes necessário ser duro e direto nas críticas, quando você entender que elas, as suas apreciações, irão beneficiá-los. Isso pode até causar um ligeiro mal-estar, mas é a atitude correta a se tomar, acredito. Não se pode, de maneira alguma, ser falso com um amigo. Nunca.

A todos os meus amigos da Turma da Resina, do 9 de Março, do Cruzeirinho, do Banco do Brasil, de Espinosa e do mundo, um grande abraço e o desejo de que sejam felizes para sempre. Mais abaixo posto umas fotografias de alguns amigos ou irmãos de longa data. Quem não aparecer nelas, não fique zangado comigo, pois ainda tenho muitas ainda para disponibilizar aqui no blog, em futuras oportunidades. Aguarde! 

Não deixem de ler o belo texto do poetinha Vinícius de Moraes sobre a amizade (extraído do site http://www.viniciusdemoraes.com.br/) e publicado logo abaixo.
Vivam cada dia como se fosse o último, com bastante alegria e sem maldade no coração. Amém!

Amigos meus


Ah, meus amigos, não vos deixeis morrer assim... O ano que ou levou tantos de vós e agora os que restam se pam mais tristes; deixam-se, por vezes, pensativos, os olhos perdidos em ontem, lembrando os ingratos, os ecos de sua agem; lembrando que irão morrer também e cometer a mesma ingratidão.


Ide ver vossos clínicos, vossos analistas, vossos macumbeiros, e tomai sol, tomai vento, tomai tento, amigos meus! – porque a Velha andou solta este último Bissexto e daqui a quatro anos sobrevirá mais um no Tempo e alguns dentre vós – eu próprio, quem sabe? – de tanto pensar na Última Viagem já estarão preparando os biscoitos para ela.


Eu me havia prometido não entrar este ano em curso – quando se comemora o 19640 aniversário de um judeu que acreditava na Igualdade e na justiça – de humor macabro ou ânimo pessimista. Anda tão coriácea esta República, tão difícil a vida, tão caros os gêneros, tão barato o amor que – pombas! – não há de ser a mim que hão de chamar ave de agouro. Eu creio, malgrado tudo, na vida generosa que está por aí; creio no amor e na amizade; nas mulheres em geral e na minha em particular; nas árvores ao sol e no canto da juriti; no uísque legítimo e na eficácia da aspirina contra os resfriados comuns. Sou um crente – e por que não o ser? A fé desentope as artérias; a descrença é que dá câncer.


Pelo bem que me quereis, amigos meus, não vos deixeis morrer. Comprai vossas varas, vossos anzóis, vossos molinetes, e andai à Barra em vossos fuscas a pescar, a pescar, amigos meus! – que se for para engodar a isca da morte, eu vos perdoarei de estardes matando peixinhos que não vos fizeram mal algum. Muni-vos também de bons cajados e perlustrai montanhas, parando para observar os gordos besouros a sugar o mel das flores inocentes, que desmaiam de prazer e logo renascem mais vivas, relubrificadas pela seiva da terra. Parai diante dos Véus-de-Noiva que se despencam virginais, dos altos rios, e ride ao vos sentirdes borrifados pelas brancas águas iluminadas pelo sol da serra. Respirai fundo, três vezes o cheiro dos eucaliptos, a exsudar saúde, e depois ponde-vos a andar, para frente e para cima, até vos sentirdes levemente taquicárdicos. Tomai então uma ducha fria e almoçai boa comida roceira, bem calçada por pirão de milho. O milho era o sustentáculo das civilizações índias do Pacífico, e possuía status divino, não vos esqueçais! Não abuseis da carne de porco, nem dos ovos, nem das frituras, nem das massas. Mantende, se tiverdes mais de cinqüenta anos, uma dieta relativa durante a semana a fim de que vos possais esbaldar nos domingos com aveludadas e opulentas feijoadas e moquecas, rabadas, cozidos, peixadas à moda, vatapás e quantos. Fazei de seis em seis meses um check-up para ver como andam vossas artérias, vosso coração, vosso figado.


E amai, amigos meus! Amai em tempo integral, nunca sacrificando ao exercício de outros deveres, este, sagrado, do amor. Amai e bebei uísque. Não digo que bebais em quantidades federais, mas quatro, cinco uísques por dia nunca fizeram mal a ninguém. Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.


Mas sobretudo não morrais, amigos meus!


João Carlos, Zé Cobrinha, Eustáquio e Zinho.

Beto, Eustáquio e Rubens.

Eustáquio, Zé Américo, Tiãozinho, Edinei, William, Adeílson, Léo, Quinha e Maurício. 

Eustáquio e Santana.

Daílson, Eustáquio e Lelo.
Mílton, Marta, Lindacy, Quinha, Cléa e Eustáquio.

Mílton e Eustáquio.
Jésus (In memoriam), Eustáquio, Daílson e Lelo.
Mangabinha, Lelo, Beto, Eustáquio, Magrão, Mílton, Carlinhos, Tolentino e Quinha.