Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

domingo, 19 de junho de 2011 1b1728

152 - Imagens de uma excitante e surpreendente Espinosa 26321

Os altos coqueiros perfilados parecem observar
atentamente o Morro do Quem-quem logo à frente

A rodoviária deserta aguarda os ageiros que chegarão
ou sairão da cidade em breve, num eterno vai-e-vem

Os trilhos da estrada de ferro descansam solitários à espera da
volta dos ageiros do saudoso trem baiano
O cão de guarda observa atentamente a movimentação
dos antes na rua, cuidando da segurança da loja

A árvore carregada de frutos à espera da colheita

Os desenhos no muro mostram a arte pouco presente na cidade,
sem espaço para se desenvolver

A faixa de pedestre, curiosamente pintada no meio da rua, lembra
o famoso quarteto de Liverpool, os Beatles, em uma das mais
 famosas capas de disco de todos os tempos, a de Abbey Road

A farta vegetação às margens do Rio São Domingos, próximo à
ponte da linha férrea, mostra a possibilidade de recuperação do rio 


A família de lagartixas sai para ear em um domingo
de muito sol na cidade de Espinosa

Nem a falta de espaço no eio impediu a moradora
de criar, com rara criatividade, o seu belo e florido jardim
A árvore completamente florida parece querer saltar
para a rua e contagiar os transeuntes
Esta outra árvore parece invadir a residência com suas
flores cor-de-rosa, cobrindo todo o telhado
A mensagem bíblica tenta despertar da alienação
as pessoas que por ali am

Na solidão do "corte" da ferrovia, sob o viaduto, o umbuzeiro
milagrosamente consegue brotar no meio do paredão de pedras

À sombra das árvores, os velhos amigos se distraem
em disputadas partidas de carteado
O espinosense tranquilo, deitado calmamente na rede, ouve música
e mostra não ter medo das almas penadas, em frente ao cemitério
Para os que estão distantes de casa matar a saudade. Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.

sexta-feira, 17 de junho de 2011 2p5462

151 - 80 anos do gênio criador da Bossa Nova: João Gilberto 165q3d

Quem ainda não ouviu falar da "Bossa Nova"? Quem ainda não teve o privilégio de escutar a voz macia e sussurrada do virtuose violonista baiano que inventou uma batida rítmica diferente, que desaguou na mais conhecida vertente da música brasileira em todo o mundo? Quem ainda não conhece o "Pai da Bossa Nova", João Gilberto? Não sabe o que está perdendo, meu amigo! Peça um disco emprestado, faça um pedido à sua rádio favorita, procure nas enciclopédias, e a Internet, pesquise no Google, faça qualquer coisa mas não deixe de ouvir a Bossa Nova e um dos seus maiores representantes, o João.
A dupla criadora da Bossa Nova: João Gilberto e Tom Jobim
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira nasceu na cidade baiana de Juazeiro, em 10 de junho de 1931. Completou neste ano de 2011, portanto, seus 80 anos de vida.
O jovem João Gilberto, sempre com o seu violão
No final dos anos 40, residiu durante algum tempo em Salvador, onde trabalhou como crooner. Em 1949, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde integrou o conjunto vocal "Garotos da Lua", que fazia apresentações na rádio Tupi. João Gilberto também freqüentava a boate Plaza, reduto do cantor Johnny Alf. Demitido do grupo "Garotos da Lua", por seus hábitos estranhos e seus atrasos freqüentes, João Gilberto ou um período difícil em meados dos anos 1950, sendo socorrido por amigos.
O disco que marcou o início da Bossa Nova
No ano de 1958, ao participar do disco "Canção do amor demais" de Elizeth Cardoso, tocando violão nas faixas " Chega de saudade" e "Outra vez", com uma batida totalmente diferente de tudo que já se havia ouvido antes, João Gilberto viria revolucionar a música brasileira. A gravação deste disco, com interpretações de canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes pela cantora Elizeth Cardoso, é considerado o marco inicial da Bossa Nova, que logo iria invadir os Estados Unidos através de expoentes da música americana tais como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Charlie Byrd, Herbie Mann  e outros.
Mesmo com alguma desconfiança da gravadora Odeon, meses depois daquela gravação, João gravaria seu primeiro disco, um compacto de 78 rotações, com as músicas "Chega de saudade", numa releitura bem pessoal, e "Bim bom". Para esclarecer aos mais jovens, compacto era um disco de vinil de tamanho reduzido, com apenas uma (compacto simples) ou duas músicas (compacto duplo) de cada lado. Outra curiosidade é que, naqueles tempos, anos 50, imperava a voz potente dos cantores, com vozeirões famosos como Cauby Peixoto, Sílvio Caldas e Anysio Silva.
Ainda em 1958, em novembro, ele lançaria mais um compacto, desta vez com as músicas "Desafinado" e "Oba-lá-lá".
No ano seguinte, lançou seu primeiro LP (long play), chamado "Chega de Saudade", com arranjos de Tom Jobim, que logo se tornou um grande sucesso.
O primeiro disco (Long-play) de João Gilberto
Em curto espaço de tempo, João Gilberto gravou mais três LPs. A criteriosa escolha do repertório, com compositores como Tom Jobim e Dorival Caymmi, e a interpretação originalíssima das canções deram um destaque sem precedentes a João Gilberto. Logo adquiriu a reputação de genial criador de uma nova forma de compor.
No começo dos anos 1960, com a explosão mundial da bossa nova, João Gilberto transferiu-se para Nova York. Apresentou-se no Carnegie Hall, com grande repercussão, e realizou uma grande quantidade de shows nos Estados Unidos. Em 1964, a gravadora Verve lançou o disco "Stan Getz", com participação de João Gilberto. O disco vendeu mais de um milhão de cópias e ganhou seis prêmios Grammy.
O disco que tornou mundial a música da Bossa Nova
Nos Estados Unidos, João Gilberto gravou muitos discos, alguns lançados concomitantemente no Brasil. Gravou, entre outros, "João Gilberto", "White Álbum" e "Amoroso".
Residiu depois por dois anos no México, onde gravou "João Gilberto en Mexico", um disco de boleros, lançado em 1971. Voltou ao Brasil em 1981, fixando-se no Rio de Janeiro. Fez amizade com grandes figuras da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Chico Buarque. Gravou mais alguns álbuns no Brasil, como "João Gilberto Prado Pereira de Oliveira" e "Eu sei que vou te amar". Em 2000, o compositor lançou o CD "João, Voz e Violão". Fonte: uol.com.br
João Gilberto em sua última apresentação, em São Paulo, em 2008
João Gilberto, como todo gênio, tem suas excentricidades. Vive recluso em um apartamento alugado no Bairro do Leblon, há muito tempo não concede entrevistas, comunica-se com os amigos, na maioria das vezes, por telefone, nunca é visto em programas de televisão, não recebe visitas, com raras exceções, não aparece publicamente e, como bom perfeccionista, é sempre flagrado reclamando muito da qualidade do som e da falta de silêncio da platéia em suas apresentações. Ganhou, por isso, fama de chato, exigente e irascível. Mas ninguém nega o seu imenso talento. Até hoje, muitos críticos não entendem o porquê da importância e da qualidade do seu trabalho. Paradoxalmente, ele cria e processa música complicada de uma maneira que parece simples. Ele canta e toca de uma maneira tão original que, por mais que se tente fazer igual, nem mesmo os melhores músicos e instrumentistas conseguem igualar.
O gênio excêntrico e introspectivo
Inúmeros artistas brasileiros, tais como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Chico Buarque, Tom Zé, entre tantos, foram intensamente influenciados pela forma de tocar e de cantar de João Gilberto, desde os tempos em que morou, por um curto período, na casa da sua irmã, em Diamantina, quando varava a noite, dedilhando o seu violão infinitamente, tentando encontrar a batida perfeita, para desespero dos vizinhos.
João em um momento raro de descontração
Apesar de suas conhecidas  excentricidades, João Gilberto ganhou o coração de algumas cantoras famosas da música brasileira. Namorou com Sylvinha Telles, casou-se com Astrud Gilberto (mãe de seu filho João Marcelo), Nana Caymmi e Miúcha, irmã de Chico Buarque, com quem teve a filha Bebel Gilberto, também cantora e compositora, que vive atualmente nos Estados Unidos. Aos 75 anos, em 2006, descobriu que era pai de uma garotinha de 2 anos, fruto de um relacionamento com a jornalista Cláudia Faissol.
Muito da história da vida de João Gilberto, pode ser conferido no livro de Ruy Castro: "Chega de saudade - A história e as histórias da Bossa Nova" (Companhia das Letras-1990).
João Gilberto, lenda viva da música mundial
Enquanto os cantores e bandas atuais investem mais e mais na parafernália eletrônica, com palcos portentosos e poderosíssimos aparelhos de som, João Gilberto precisa tão somente de um banquinho e um violão para arrastar iradores e destilar a sua arte, desde que, obviamente, a qualidade do som esteja ótima e o silêncio impere. Vivemos uma época em que, na música, cada vez mais o barulho ensurdecedor é o primordial, escondendo, talvez, a falta de talento de muitos. João Gilberto, ao contrário, canta cada vez mais baixinho, acompanhado apenas pelo seu violão, que nos parece intrinsecamente ligado ao seu corpo. No Brasil, as últimas apresentações do cantor aconteceram em 2008, dois dias no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, um dia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a última no Teatro Castro Alves, em Salvador. Circulam notícias na imprensa dando conta de que ele se apresentará em várias capitais brasileiras, ainda este ano, a partir de agosto, incluindo a gravação de dois DVDs, registro inexistente em sua longa carreira. São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Porto Alegre serão, inicialmente, as cidades privilegiadas. Agora, só nos resta torcer para que isto se concretize. João é único!
Nada mais original: João e o seu violão, um verdadeiro mito
Discografia

Quando você recordar/Amar é bom - 78 rpm single (Todamerica, 1951)
Anjo cruel/Sem ela - 78 rpm single (Todamerica, 1951)
Quando ela sai/Meia luz - 78 rpm single (Copacabana, 1952)
Chega de saudade/Bim bom - 78 rpm single (Odeon, 1958)
Desafinado/Hô-bá-lá-lá - 78 rpm single (Odeon, 1958)
Chega de saudade (Odeon, 1959)
O amor, o sorriso e a flor (Odeon, 1960)
João Gilberto (Odeon, 1961)
Brazil's brilliant João Gilberto (Capitol, 1961)
João Gilberto cantando as músicas do filme Orfeu do Carnaval (Odeon, 1962)
Boss of the Bossa Nova (Atlantic, 1962)
Bossa Nova at Carnegie Hall (Audo Fidelity, 1962)
The warm world of João Gilberto (Atlantic, 1963)
Getz/Gilberto (Verve, 1963)
Herbie Mann & João Gilberto (Atlantic, 1965)
Getz/Gilberto vol. 2 (Verve, 1966)
João Gilberto en México (Orfeon, 1970)
João Gilberto (Philips, 1970)
João Gilberto (Polydor, 1973)
The best of two worlds (CBS, 1976)
Amoroso (Warner/WEA, 1977)
Gilberto and Jobim (Capitol, 1977)
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (WEA, 1980)
Brasil (WEA, 1981)
Interpreta Tom Jobim (EMI/Odeon, 1985)
Meditação (EMI, 1985)
Live at the 19th Montreux Jazz Festival (WEA, 1986)
João Gilberto live in Montreux (Elektra, 1987)
O Mito (EMI, 1988)
The legendary João Gilberto (World Pacific, 1990)
João (PolyGram, 1991)
João (Polydor, 1991)
Eu sei que vou te amar (Epic/Sony, 1994)
João voz e violão (Universal/Mercury, 2000)
Live at Umbria Jazz (EGEA, 2002)
João Gilberto in Tokyo (Universal, 2004)
Fonte:Wikipedia




quinta-feira, 16 de junho de 2011 3x5k

150 - "Causos" e histórias espinosenses: Uma exaustivamente ensaiada declaração de amor 6q3g4b

É bastante comum, em nossa fase adolescente, apaixonar-se perdidamente e à primeira vista por uma garota um tanto quanto inatingível, fenômeno conhecido como amor platônico. Um dos meus melhores amigos, Pedrão*, encantou-se por uma menina que não tinha laços de amizade com ninguém da nossa Turma da Resina.
Nos nossos tempos de juventude, aos domingos à noite, depois de assistir à missa na Igreja Matriz, ficávamos ali na praça, sentados nos bancos batendo papo e "mexendo" com as meninas, ou rodávamos a praça conversando e observando inocentemente as beldades que cruzavam com a gente. Naquele tempo as meninas tinham horário para chegar em casa, coisa rara hoje em dia. Pois bem. Nestas situações rotineiras, a gente tentava motivar Pedrão* a se declarar para a menina, mas a sua timidez e o temor de uma resposta negativa o deixava meio ressabiado. Até que um dia, depois de ser bastante pressionado por nós, ele finalmente se encheu de coragem e resolveu abordar a menina para declarar a ela todo o seu amor e a sua imensa vontade de namorá-la. Com tudo minuciosamente ensaiado em sua mente, dia após dia, lá foi Pedrão*. Ao cruzar com a garota, encheu-se de brios e soltou a cantada, à queima-roupa:
- Desde que a vi, gostei de você e quero namorar com você.
A menina, meio assustada, apenas olhou para ele por longos e angustiantes segundos, virou o rosto e seguiu a sua caminhada pela praça, indiferente à dor de amor de nosso companheiro.
Totalmente desconcertado, Pedrão* retornou à nossa turma com uma enorme decepção estampada no rosto. Como bons amigos, só nos restou tirar o maior sarro e convidá-lo a tomar uma cervejinha no Espigão de "Sêo" Zé do Hotel e tentar consolá-lo pelo final infeliz de um amor impossível. Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.
*Pedrão: nome fictício.

terça-feira, 14 de junho de 2011 5a2b6i

149 - Pitacos desvairados IV 6y2l

Que coisa feia!

1) Se não bastassem os inconsistentes discursos decorados da maioria dos jogadores de futebol nas entrevistas na televisão e as pesadas correntes de extremo mau gosto, geralmente com as suas iniciais, penduradas no pescoço, eis que virou moda no futebol os cortes de cabelo mais extravagantes, uma verdadeira aberração. Ainda mais agora que um dos maiores garotos-propaganda desta mania é o cracaço de bola Neymar, um dos melhores jogadores da atualidade.
O moicano Guiñazu, do Internacional de Porto Alegre

O moicano com trancinhas do cracaço de bola Neymar, do Santos
2) Outra aberração no futebol atual é a infinidade de criações de novas camisas e, consequentemente, variações nos estilos da numeração do uniforme. Algumas camisas são muito bacanas, bem interessantes. Outras, infelizmente, são horríveis. A do Palmeiras na cor "marca-texto" e a "roxa" do Corínthians são exemplos de desacertos. A mais nova camisa da seleção brasileira, que é bem legal, traz, entretanto, um estilo de numeração simplesmente horroroso, de péssimo gosto. Parece desenho de menino de pré-escola, não é?
Estilo de numeração incrivelmente feio

Parecem desenhos de criança estes números da Amarelinha
3) O incrível enriquecimento de muitos dos nossos políticos, sem a devida explicação de seus ganhos, explicitado em denúncia feita ao ex-ministro Antônio Palocci, deixa-nos revoltados e incrédulos nos bons propósitos das pessoas públicas que deveriam se dedicar a defender os interesses do país e de sua população. É claro que a todos os acusados deve ser dada a presunção de inocência até que se prove o contrário. Mas é triste ver que ninguém se interessa em se expor publicamente e fazer, detalhadamente à população brasileira, os seus esclarecimentos.

4) A impunidade no nosso país sempre existiu, mas nos últimos tempos parece que chegou ao ápice. Pelo menos o "sentimento" de impunidade. A escalada da criminalidade no país chegou a níveis intoleráveis, que inverteram a lógica da segurança pública. Ao invés de estarem os criminosos presos, ocorre o contrário, com os cidadãos de bem recolhidos às suas residências, protegidas por grades, altos muros, cercas elétricas e câmeras. Estamos precisando urgentemente de um processo policial e judiciário como o realizado em Nova Iorque, com bastante sucesso, pelo então prefeito Rudolph Giuliani, o "Tolerância Zero". Baseado na "Broken Windows Theory", ou "Teoria das Janelas Quebradas", de autoria dos americanos James Q. Wilson, cientista político, e George Kelling, psicólogo criminologista, estudo que pregava que a desordem e a não repressão a pequenos delitos e contravenções desaguava inevitavelmente na criminalidade violenta, a política criminal chamada de "Tolerância Zero" conseguiu reduzir drasticamente os índices de criminalidade em várias cidades americanas, notadamente em Nova Iorque. Torna-se imperativo aplicá-la por aqui o mais rápido possível.
Ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani

Viatura da New York Police Department
5) A brasileira Elaine Davidson, de 42 anos, enfermeira aposentada, é uma mulher bem diferente e extravagante. Bem extravagante mesmo! Conforme o Guinness Book, ela é a mulher que possui mais piercings no corpo, em todo o planeta.  A última contagem revelou que ela atualmente ostenta 6.925 piercings, pesando em torno de três quilos, sendo 192 só no seu rosto. Ela se casou em Edimburgo, capital da Escócia, neste 8 de junho de 2011, com um funcionário público inglês de 60 anos, chamado Douglas Watson, que, surpresa!, não possui nenhum piercing. Loucura total!
192 piercings só no rosto da noiva Elaine Davidson


O noivo Douglas Watson com a sua noiva bem sui-generis


148 - Espinosenses pelo mundo: Amphilóphio Sepúlveda 1w4n4p

Mais conhecido como Filó, Amphilóphio Sepúlveda (1891-1971) nasceu em Espinosa, norte de Minas Gerais. Era comerciante, possuía um açougue e um pequeno empório e era conhecido em toda a cidade de São Sebastião do Paraíso por falar com forte sotaque baiano. Gostava de conversar sobre política, pois tinha parentes no ramo em Belo Horizonte. Depois de se aposentar, gostava de ar o tempo escolhendo cereais sentado na porta de casa, onde tomava sol e parava pessoas que vinham a cavalo, charrete e de carro de boi. Ajudava financeiramente a Santa Casa de Paraíso e dizia sempre que havia escolhido o melhor lugar para viver, sentindo-se no “paraíso”. Era casado com Amélia Campos Sepúlveda, com quem formou uma família numerosa de 10 filhos. São eles: Anália Campos Sepúlveda, Aracy Campos Sepúlveda, Antônio Campos Sepúlveda, Anfilófio Campos Sepúlveda, Amador Campos Sepúlveda, Ary Campos Sepúlveda, Adélia Campos Sepúlveda, Alice Sepúlveda de Mello, Abdnor Campos Sepúlveda e Alaor Campos Sepúlveda. Faleceu em São Sebastião do Paraíso no ano de 1971, aos 80 anos.
Fonte: dicionariodasrueustaquiotolentinoespinosa-blogspot.diariomineiro.net.br
Sobre este espinosense não tenho maiores informações ou fotografias, infelizmente.

segunda-feira, 13 de junho de 2011 94s3k

147 - Festa de São João em Espinosa, na Vila de Santana 6c122b

O secretário de esportes, lazer e turismo de Espinosa, Roberto Rodrigues Muniz, o Ró de Serafim, enviou, para divulgação, um convite para participar do 1º São João da Vila, que acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de junho, na Vila de Santana.
Promovido pela Prefeitura Municipal de Espinosa, o evento contará com barraquinhas de comidas típicas, fogueira, Espaço Ilha do Forró e a Vila de Santana estará completamente ornamentada para a festa, que terá a seguinte programação musical:

Dia 23 de junho (quinta-feira):
Forró Suco de Pimenta
Carlito Balieiro & Cia.
Zelito do Acordeon & Grupo Chamego

Dia 24 de junho (sexta-feira):
Robério e seus teclados
Ralysson & Gêra de Lima

Dia 25 de junho (sábado):
Banda Feras do Forró
5ª Dimensão
Judson Monteiro

domingo, 12 de junho de 2011 4j4m5c

146 - Equipe de Montes Claros vence torneio de futebol society 4s6fb

Neste sábado, em um evento esportivo de confraternização dos funcionários do Banco do Brasil, realizado na AABB-Montes Claros, a equipe da agência Centro sagrou-se campeã na modalidade futebol society, após vencer o time da agência de Coração de Jesus, por 2 x 0, gols de Ítalo e Ricardo. Também foram disputadas competições de peteca, tênis de mesa, truco e buraco.
O time campeão no futebol society na AABB-MOC:
Claudinho, Ricardo, Halley, Paulinho e Adão;
Hélio Porto, Deraldo e Eustáquio.

O disputado troféu de campeão
O evento reuniu funcionários do Banco do Brasil de algumas agências da região, como as quatro agências da cidade de Montes Claros: Centro, Santo Expedito, Praça de Esportes e Camilo Prates, mais Bocaiúva, Coração de Jesus e Francisco Sá. O intuito foi o encontro e a confraternização do funcionalismo às vésperas do final de mais um semestre de trabalho duro e desgastante. Em julho acontecerá novo evento, com a participação de agências de outras regiões do Estado de Minas Gerais. 

145 - "Causos" e histórias espinosenses: A traição do eleitorado 4i6a72

As eleições municipais em Espinosa sempre foram muito disputadas e acontecem sempre em um estado de ânimos exacerbados. A paixão política entre pés-duros e pés-moles é tradicional e chega ao cúmulo de provocar inimizades entre pais e filhos, maridos e mulheres, irmãos e amigos. Nesta confusão toda, sobressaíram sempre os políticos experientes, com muito tempo de labuta na área. De tempos em tempos, aparecem novos personagens alheios a este meio traiçoeiro que, inocentemente, se candidatam pretendendo assumir um cargo público, principalmente de vereador, para tentar colocar as suas ideias em prática.
E assim aconteceu com um ex-guarda do Banco do Brasil, a quem chamaremos ficticiamente de Pedrão. Pois bem. Pedrão foi convidado por um partido a se candidatar a vereador em uma determinada eleição nos anos 80. Entusiasmado pela ideia e convencido da sua popularidade entre a população, principalmente com os aposentados que mensalmente se dirigiam ao Banco do Brasil para sacar o dinheiro das suas aposentadorias, ele começou vigorosamente a sua campanha. Comprou uma pequena caderneta e saiu à procura de possíveis eleitores. Procurou por eleitores em todos os bairros da cidade e entre todos os familiares, amigos e conhecidos. A resposta sempre era positiva. A cada promessa de voto feita por alguém, o nome era anotado na caderneta. Depois de centenas de promessas de votos cuidadosamente anotadas na cadernetinha, o número ultraou em muito a quantidade de votos necessária para eleger um vereador. Com o sentimento de alegria e reconhecimento nas alturas, Pedrão então decidiu que a sua eleição estava assegurada e ou a pedir votos para outros companheiros de partido. Estava seguro de que tudo estava garantido e que era só esperar o término da eleição e a apuração dos votos para se tornar um defensor da sociedade espinosense na Câmara Municipal. Ledo engano. O resultado das urnas foi uma tremenda catástrofe. Menos da metade dos seus eleitores fiéis anotados na cadernetinha realmente votaram em seu nome para vereador. Que frustração! Mais um calouro na política experimentava o amargo sabor da traição dos seus eleitores. Coisas de Espinosa!
Aliás, nem só de Espinosa, pois fato semelhante aconteceu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando de sua candidatura ao cargo de prefeito de São Paulo, em 1985. FHC chegou até a posar para fotografias, sentado na cadeira de prefeito, tamanha era a certeza da vitória, mas acabou perdendo a eleição para o seu adversário Jânio Quadros. Um grande abraço espinosense.

sexta-feira, 10 de junho de 2011 6t1433

144 - Túlio de Melo, montes-clarense campeão francês 2011 pelo Lille 696v

Este nosso blog foi idealizado para tratar, prioritariamente, de fatos e personagens da nossa cidade-mãe, Espinosa, bem como de futebol. Mas, com o ar do tempo, sem perceber, outros assuntos foram ingressando sorrateiramente e também ganharam aqui o seu espaço.
Dias atrás, recebi uma reclamação de um internauta, muito meu amigo, Walter Cabeção, que não é de Espinosa e gostaria que eu não ficasse apenas focado nas coisas da nossa cidade, mas que desse espaço também a outros personagens de outros lugares, como por exemplo, Montes Claros. Veja aqui seu comentário. E resolvi atendê-lo com a postagem aqui de uma pequena homenagem a um atleticano montes-clarense, o atacante Túlio de Melo, que está fazendo sucesso no futebol da França, se tornando campeão da Copa da França e do Campeonato Francês este ano, com o time do LOSC Lille Métropole.
O time do Lille, sendo Túlio o segundo em pé, à esquerda

Comemoração de Túlio com os companheiros de time

Ônibus do Lille em meio à torcida, na comemoração do título francês
O título do Campeonato Francês ganho pelo Lille foi intensamente comemorado pelos torcedores do clube, que não levantavam o troféu há 56 anos, pois havia ganhado apenas em 1946 e 1954. O Lille conquistou o título de campeão no sábado, dia 21 de maio, com o empate por 2 a 2 com o Paris Saint-Germain, com uma rodada de antecedência, e, como havia conquistado na semana ada a Copa da França, com a vitória por 1 a 0 justamente sobre o PSG, ficou com o "Double" da temporada, façanha que havia conquistado somente no ano de 1946.

A turma do Lille se esbalda na piscina do estádio,
Túlio com a bandeira do Brasil

Comemoração da vitória na Copa da França sobre o PSG
Um dos grandes destaques do LOSC durante toda a temporada foi o atacante brasileiro Túlio de Melo.
Túlio Vinícius Fróes de Melo nasceu em Montes Claros aos 31 de janeiro de 1985, é filho de Walmir e Marilza e sobrinho de meu amigo Júnior do Jac´s, empresário do setor de bares e restaurantes aqui em MOC.
Ainda no juvenil do Galo, em 2001, e já campeão

Túlio de Melo com a gloriosa camisa do Clube Atlético Mineiro
Túlio iniciou sua carreira no Atlético Mineiro, aos 11 anos de idade, onde, apesar dos muitos gols marcados nas categorias de base, não foi aproveitado no time principal. Esteve, por um período, emprestado ao Santa Cruz-PE para disputar o Campeonato Pernambucano e a Copa do Brasil.
Túlio comemora mais um gol com a camisa 9 do Lille
Sem oportunidades no Galo se transferiu para a Europa em 2004 para integrar a equipe dinamarquesa do AaB Aalborg. Em 2005 ele assinou um contrato de três anos com o clube francês Le Mans, onde ganhou boa reputação como um  poderoso atacante, tornando-se o maior artilheiro do clube na primeira divisão sa, com 24 gols . Suas atuações impressionantes na primeira metade da temporada 2007-08 (10 gols em 19 partidas) causaram o interesse de equipes de nível superior, como os clubes Palermo e Parma, da Itália.
Túlio com a camisa do Le Mans
Seu nome mais tarde causou polêmica entre estas equipes, pois havia a acusação de que ele tivesse assinado contratos com ambos os clubes, mas foi o Palermo que conseguiu a sua contratação.
Ele se juntou ao time rosanero em julho de 2008, mas logo foi listado pelo clube para transferência e conseguiu apenas jogar 45 minutos em uma partida pela Copa da Itália, uma derrota em casa por 2 x 1 diante do Ravena.
Túlio em campo com a camisa vermelha do Lille

Sempre em busca do gol, sua vocação maior
Em 31 de agosto de 2008, o clube LOSC Lille Métropole anunciou ter concluído a contratação do brasileiro, com a de contrato de Túlio de Melo a partir de Palermo. Desde então, Túlio, apesar de ter sofrido algumas contusões, que prejudicaram bastante a sua carreira, tornou-se um dos destaques da equipe.
Túlio visita a Cidade do Galo, relembrando o seu início de carreira

Túlio de Melo revê amigos na Cidade do Galo
Tive o prazer de conhecê-lo, há poucos anos atrás, durante suas férias em Montes Claros. Túlio é um rapaz bastante tranquilo, dedicado ao trabalho, bem humilde e equilibrado, um cara que, apesar da carreira vitoriosa e de jogar e morar na Europa, não ficou de nenhuma maneira deslumbrado com a fama.
Eustáquio e Túlio na AABB-MOC, em 2008
Carreira de Túlio de Melo:
Anos                       Clube                                 Jogos        Gols
2003-2005  -  Atlético Mineiro
                       Infantil:                                        74             56
                       Juvenil:                                        41             25
                       Júnior:                                         28             15
2004–2005 -  AaB AalBorg BK                              19               7
2005–2008 -  Le Mans                                          72             35
2008-2008 -  Palermo                                           6               4
2008–2011 -  Lille                                                67             26

quinta-feira, 9 de junho de 2011 2266r

143 - Espinosenses pelo mundo: José Cangussu Filho, o Mestre 5n6l1i

Reside atualmente em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o espinosense  José Cangussu Filho, mais conhecido na cidade como "Mestre".
Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul
Advogado e Procurador-chefe aposentado do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, ele é filho de um dos nossos mais ilustres conterrâneos, o advogado e ex-prefeito José (Zeca) Cangussu, que dá nome à nossa principal avenida e ao Fórum. Zeca Cangussu era também poeta, autor do livro de poesias Relicário. Veja aqui crônica do historiador Dário Teixeira Cotrim sobre o livro.
Livro de poesias "Relicário"

Busto de José Cangussu na Praça Cel. Heitor Antunes em Espinosa

Início da Avenida Dr. José Cangussu,
com o Fórum Dr. José Cangussu à esquerda
Casado com Dona Miréia, ele é amigo de infância de "Sêo" Florival Rocha e primo de Dona Neusa de "Sêo" Antônio Rocha. Tem quatro filhos: Kiko, Eneida, Suelly e Paulinho.
José Cangussu Filho e sua esposa, Dona Miréia
 Foi fundador do Frigorífico Matel, uma das primeiras indústrias da capital, presidente do Rádio Clube, vice-presidente do Esporte Clube Comercial, proprietário da Transportadora Campo Grande e Transnóbio e por conta de todos esses serviços implantados, coleciona, como poucos, inúmeras premiações e títulos de honrarias, a exemplo do título de cidadão sul-mato-grossense. É uma das referências da moralidade e dos bons costumes no Estado do Mato Grosso do Sul. Exemplo espinosense de dignidade e honradez. Um grande abraço espinosense.

OBS: A lamentar, o falecimento de Welisson Júnior Martins Dias, o Júnior, agente penitenciário falecido aos 28 anos, após um acidente de barco e consequente afogamento na Barragem do Estreito.
À família e aos amigos enlutados os meus sinceros sentimentos de tristeza e pesar. Que consigam reunir forças para enfrentar este dolorido momento.
Welisson Júnior Martins Dias, o Júnior (Foto Ronda News)

142 - Zeca Baleiro, um genial cronista na música brasileira 9a16

O maranhense de São Luís, José Ribamar Coelho Santos, mais conhecido pelo seu nome artístico Zeca Baleiro, nasceu aos 11 de abril de 1966, filho do Seu Antônio e de Dona Socorro. O apelido veio da sua predileção por doces, balas e todo o tipo de guloseimas que carregava sempre nos bolsos, às vezes até fornecendo para os amigos. O apelido pegou e se tornou a desse excelente cantor e compositor que, mesmo depois de vários anos de carreira musical, apareceu para a mídia e ganhou projeção nacional através do show Acústico MTV de Gal Costa em 1997, quando participou cantando junto com ela a canção "À flor da pele", de sua autoria. Outros cantores também já gravaram músicas suas como Simone, Rita Ribeiro, Elba Ramalho, Luísa Possi e Renato Braz. Também teve parcerias com Fagner, Lobão, Chico César, Arnaldo Antunes, Zé Geraldo, Vander Lee, Paulinho Moska, Lenine, Zeca Pagodinho e Zé Ramalho. O seu trabalho mistura ritmos tradicionais brasileiros como samba, baião e pagode com elementos do rock, pop e música eletrônica, reinventando a música popular brasileira, com letras bastante inteligentes e bem contestadoras, entremeadas de pitadas ácidas de humor. Seu primeiro disco saiu em 1997 com o título "Por onde andará Stephen Fry?" com os sucessos "Bandeira", "Heavy metal do Senhor" e "À flor da pele". Depois vieram os álbuns Vô imbolá (1999), Líricas (2000), Pet Shop Mundo Cão (2002), Raimundo Fagner e Zeca Baleiro (2003), Baladas do asfalto e outros blues (2005), Baladas do asfalto e outros blues - Ao vivo (2006), O coração do homem-bomba - Vol. 1 (2008), O coração do homem-bomba - Vol. 2 (2008), O coração do homem-bomba - Ao vivo (Ao vivo mesmo) (2009)  e Concerto (2010), além de coletâneas, trilhas de filmes e participações em álbuns de outros artistas.
Aqui uma amostra do talento contestador e bem-humorado de Zeca Baleiro ao, genialmente, brincar com as palavras estrangeiras que invadem o nosso dia-a-dia:

Samba do approach

Venha provar meu brunch
saiba que eu tenho approach
na hora do lunch
eu ando de ferryboat
eu tenho savoir-faire
meu temperamento é light
minha casa é hi-tech
toda hora rola um insight
já fui fã do Jethro Tull
hoje me amarro no Slash
minha vida agora é cool
meu ado é que foi trash
fica ligada no link
que eu vou confessar my love
depois do décimo drink
só um bom e velho engov
eu tirei o meu green card
e fui pra Miami Beach
posso não ser pop star
mas já sou um noveau riche
eu tenho sex-appeal
saca só meu background
veloz como Damon Hill
tenaz como Fittipaldi
nao dispenso um happy end
quero jogar no dream team
de dia um macho man
e de noite uma drag queen.


Várias de suas letras comentam temas da atualidade e brincam com marcas fortes do capitalismo, como esta canção composta em parceria com Chico César.

Eu detesto Coca Light

Eu detesto George Bush desde a Guerra do Kwait
Não quero que tu te vás, mas se tu queres ir vai-te
Quero adoçar minha sina, que viver tá muito diet
Danação é cocaína, mesmo quando chamam bright
Gosto de você menina, mas detesto Coca Light
Gosto de sair à noite, de tomar um biri night
Jurubeba, tubaína, Johnny Walker, Black White
Me afogo na cangibrina, caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas, feito fosse chocolate
Engulo até gasolina, mas detesto Coca Light
Fazem da boate igreja, da igreja fazem boate
Poem veneno na comida, cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida, não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina, podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina, mas detesto Coca Light
Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright
A partida não termina, prorrogação e pênalti
A torcida feminina dá o molho ao combate
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto Coca Light
Tolerância zero, fome zero, Coca Zero
No quartel do mundo eu sou o Recruta Zero
Quero, quero tanta coisa
E só me dão o que não quero
(A patroa agradece!...)
Alguns vídeos de Zeca Baleiro aqui: