Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

domingo, 7 de agosto de 2011 5a4112

189 - Duas faces antagônicas do GALO: O título de campeão da Copa BH de Futebol Júnior e a esperada queda de Dorival Júnior 3g4y2v

Já era aguardada com bastante preocupação a iminente saída de Dorival Júnior do comando técnico do time do Atlético. Mesmo com toda a sua insuspeitável capacidade profissional, Dorival não conseguiu fazer do bom elenco do Atlético, um time competitivo e que apresentasse um mínimo de organização em campo e um futebol de razoável qualidade. Uma pena! Após salvar o time do descenso no Campeonato Brasileiro do ano ado, Dorival chegou com o Atlético na final do Campeonato Mineiro, mas perdeu o título para o arqui-rival e fracassou vergonhosamente na Copa do Brasil e nas primeiras rodadas do Brasileirão deste ano, conquistando apenas 4 vitórias e 3 empates em 15 rodadas do primeiro turno, com um pífio aproveitamento de 33,3%. É inexplicável como um clube com toda a infra-estrutura disponível na Cidade do Galo, com uma comissão técnica competentíssima e um elenco com vários jogadores de qualidade, não consegue formar um time razoável para disputar, com chances de sucesso, o difícil Campeonato Brasileiro. Nem Freud explica!
Para aliviar um pouco as más notícias que não arredam pé da Cidade do Galo, os meninos da base conquistaram hoje à tarde, pela quinta vez, o título de campeão da Taça BH de Futebol Júnior, com uma campanha invicta memorável. Foram 9 partidas disputadas, com 9 vitórias conquistadas, marcando 20 gols e sem o goleiro Paulo Vítor levar um gol sequer. É para lavar a alma! Quem sabe o futuro de conquistas não esteja nas mãos (ou nos pés) dessa nova garotada. É torcer para que isso se torne realidade, pois a situação do time profissional, ano após ano, é tristemente desoladora.

A campanha dos garotos do Galo na XXVII Taça BH:
1ª Fase
Atlético 1 x 0 Corinthians
Atlético 1 x 0 Brumadinho/Liga
Atlético 2 x 0 Contagem
Atlético 3 x 0 Guarani-SP
Atlético 3 x 0 Guarani/Pará de Minas
Oitavas de final
Atlético 4 x 0 Corinthians
Quartas de final
Atlético 2 x 0 Coritiba
Semifinal
Atlético 1 x 0 Internacional
Final
Atlético 1 x 0 Fluminense
O técnico Rogério Micale escalou o Galo com: Paulo Vítor; Roger, Igor, Jemerson e Fernando Pavão (Victor); Luan (Cássio), Lucas (Café), Paulinho (Álvaro) e Bernard; Leleu e Paulo Henrique (Rafael Souza).
Este foi o quinto título do Atlético na Taça BH. A equipe já havia vencido a competição em 1988, 1989, 2005 e 2009.
Gol: Bernard, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Paulinho, Lucas, Luan, Igor e Bernard (ATL); Éverton, Lucas Patinho, Lucas, Léo e Gullithi (FLU). Cartão vermelho: Wellington (FLU).
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG). Data: 07/08/2011. Arbitragem: Wanderson Alves de Souza, auxiliado por Mauro dos Santos e Valdeci da Silva.

188 - Algodão, antiga riqueza do Norte de Minas 4pj3z

Por um longo período, a economia de Espinosa tinha como motor propulsor do desenvolvimento a cultura do algodão. A agricultura se resumia apenas na cultura do algodão, que bancava a manutenção de várias beneficiadoras deste produto, que faziam circular bastante dinheiro na cidade e na região Norte de Minas. Muita gente, em Espinosa, ganhou bastante dinheiro nessa época áurea de grande produção dessa cultura, até a sua derrocada tempos depois. 
A cultura do algodoeiro atravessou grandes dificuldades na década de 80. Entre estas podem se destacar a chegada ao Brasil da praga do bicudo, responsável por sérios prejuízos à cultura, e os incentivos oferecidos para compra de algodão importado, que fizeram a demanda interna do produto, pela indústria têxtil nacional, entrar em franco declínio.
Essas dificuldades resultaram na queda substancial da produção no Nordeste Brasileiro, em função da baixa adoção de tecnologias que impossibilitava a convivência adequada com a praga do bicudo e da baixa competitividade do produto local com o importado, em razão da sua qualidade extrínseca e da escala de comercialização. O revés da cultura do algodoeiro também foi verificado nas demais áreas tradicionalmente produtoras de São Paulo e Paraná. Este último estado viu sua área plantada cair de cerca de 700 mil hectares no início da década de 90 para menos de 40.000 hectares em 2001.
Como alternativa para rotação com a soja, os produtores do Centro-Oeste viram no algodão uma grande oportunidade de negócios. A segunda metade da década de 90 significou um marco na migração da cultura do algodoeiro, das áreas tradicionalmente produtoras para o cerrado brasileiro. Hoje esta região responde por 84% da produção brasileira de algodão, tendo o estado de Mato Grosso como maior produtor brasileiro. O sucesso da cultura do algodoeiro no cerrado tem sido impulsionado pelas condições de clima favorável, terras planas, que permitem mecanização total da lavoura, programas de incentivo à cultura implementada pelos estados da região e, sobretudo, o uso intensivo de tecnologias modernas. Este último aspecto tem feito com que o cerrado brasileiro detenha as mais altas produtividades na cultura do algodoeiro no Brasil e no mundo, em áreas não irrigadas. A Embrapa vem participando decisivamente da aventura do algodão no cerrado através da geração e transferência de tecnologias. A cada ano, vêm sendo lançadas pelo menos duas novas cultivares e sendo desenvolvidos novos sistemas de produção e de manejo integrado de pragas e doenças, visando atender a uma demanda crescente por novas tecnologias.
O presente sistema de produção de algodoeiro no cerrado que a Embrapa está disponibilizando, resulta da necessidade dos clientes, de o imediato a informações precisas sobre temas que envolvem toda a cadeia produtiva do algodoeiro no cerrado. Constitui-se em uma contribuição a mais e espera-se que seja de grande utilidade para o desenvolvimento da cultura do algodoeiro nesta região de grande importância para o agronegócio brasileiro.
Até o início da década de 90, a produção de algodão no Brasil concentrava-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Após esse período, aumentou significativamente a participação do algodão produzido nas áreas de cerrado, basicamente da região Centro-Oeste. Esta região, que em 1990 cultivava apenas 123.000 ha (8,8% da área de algodão do país) ou para 479.000 ha em 2002, correspondendo a 63,0% do total da área. Os estados do Centro-Oeste, reconhecidamente produtores de algodão herbáceo, são Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. Outros estados brasileiros que também estão produzindo algodão no Cerrado são a Bahia e o Maranhão na região Nordeste, cujos sistemas de produção apresentam características semelhantes às do Centro-Oeste.
Atualmente, a região Centro-Oeste responde por 74,47 % do algodão produzido no Brasil. Somando-se a produção do Centro-Oeste com a da Bahia e do Maranhão, o algodão do Cerrado representa mais de 80 % da produção nacional.
O deslocamento da produção de algodão para a região dos cerrados, principalmente do Centro-Oeste, foi resultante das condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura e da utilização de variedades adaptadas às condições locais, tolerantes a doenças e com maior potencial produtivo, aliadas às modernas técnicas de cultivo. Soma-se a isso, a expressiva elevação dos preços internos no primeiro semestre de 1997, o estreito suprimento do produto no mercado interno e o estímulo dos governos estaduais, através de programas especiais de incentivo à essa cultura.
Outro fator determinante da evolução da cultura do algodão no Centro-Oeste é a produtividade. Enquanto no Sul, representado pelo Estado do Paraná, a produtividade em 2002 foi de 2.388 kg/ha e no Sudeste, de 2.448 kg/ha de algodão em caroço, a média do Centro-Oeste foi de 3.550 kg/ha, aproximadamente 47% maior.
A cultura do algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L. raça latifolium Hutch.), realizada em condições de sequeiro, destaca-se como uma das mais importantes para a região Nordeste, em especial para os pequenos é médios produtores, tendo assim importância social e econômica muito elevada para o agronegócio nordestino, sendo que esta região é na atualidade um dos maiores pólos de consumo industrial de algodão da América Latina, junto com o Estado de São Paulo e o México.
Uma das grandes vantagens desta atividade é que mais de 75 % do custo de produção é com mão-de-obra o que significa ocupação para milhares de trabalhadores rurais. O algodão produzido pelas pequenas propriedades na região Nordeste é todo colhido à mão, o que proporciona, quando esta operação é bem feita, a obtenção de um produto de elevada qualidade intrínseca, ou seja de tipo superior, de 1 a 3 na classificação de algodão em caroço, com também qualidade intrínseca da fibra superior, especialmente a reflectância, a finura, a resistência e a fiabilidade. Os pequenos produtores de algodão herbáceo no Nordeste têm grande tradição com o cultivo desta malvácea e utilizam muito pouco insumos, principalmente fertilizantes inorgânicos, herbicidas e inseticidas, tendo assim a grande vantagem com relação as demais áreas de produção do Brasil, de ter um custo de produção bem menor, o que eleva a rentabilidade, apesar de ter um potencial de produção bem menor do que, por exemplo o do Mato Grosso, condições de cerrado com grandes produtores.
O algodão é um produto que tem mercado garantido dentro da própria região Nordeste e não é perecível, o que se constitui em uma grande vantagem para o produtor. Neste sistema de produção, são evidenciados os os tecnológicos para a cultura do algodão para o pequeno produtor desta cultura em condições de sequeiro (dependente de chuvas ) na região Nordeste.
A cultura do algodão é de grande importância econômica e social na região Norte de Minas Gerais, sendo a maior fonte de renda e, de longe, a principal cultura do município de Catuti. Sua estrutura de produção é baseada em pequenas propriedades, o que caracteriza forte presença de agricultores familiares. A sua viabilidade econômica é fundamental para a agricultura familiar e também para evitar o êxodo rural da região.
Nas décadas de 1980 e 1990, o algodão era a principal fonte de renda de vários municípios do Norte de Minas, com 130 mil hectares plantados gerando milhares de empregos. A escassez de chuvas e a entrada do bicudo-do-algodoeiro fizeram com que a cultura entrasse em decadência.
A área plantada foi reduzida drasticamente, com o fechamento das usinas de beneficiamento. Isso trouxe desemprego e outras dificuldades para a população. Desde 1987, a área a ser colhida foi reduzida drasticamente, não apenas em Catuti mas também na região Norte de Minas Gerais.

Projeto de retomada
Na tentativa de reverter a situação e buscar opções para os agricultores familiares na região, iniciou-se em 2007 o Projeto de Retomada do Algodão no Norte de Minas Gerais, sob a coordenação da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).
O projeto está baseado em testes com a semente geneticamente modificada com tecnologia Bt, conhecida como algodão Bollgard, desenvolvida pela Monsanto. Os experimentos testaram duas variedades do algodão Bollgard (Nuopal e DP90-B).
O projeto experimental envolveu inicialmente um grupo de 30 agricultores familiares que, juntos, plantaram 166 hectares em sete municípios: Catuti, Janaúba, Mato Verde, Pai Pedro, Monte Azul, Francisco Sá e São Francisco.
Além das sementes, os pequenos agricultores receberam assistência técnica gratuita, com visitas de um técnico a cada três dias. As lavouras foram plantadas no fim de dezembro de 2008 e colhidas a partir do início de abril de 2009.
O custo do plantio do algodão foi financiado pela própria Amipa, com recursos oriundos do Programa Mineiro de Algodão (Proalminas), fundo criado pelo governo do Estado para o incentivo à atividade. A outra parte foi bancada com crédito rural liberado pelo Banco do Nordeste e pelo Banco do Brasil.
O plantio das sementes transgênicas foi realizado de acordo com a legislação, sendo que em cada lavoura foram reservados 20% do cultivo de algodão convencional (variedade Delta Opel). A seguir serão apresentados os principais resultados do projeto na safra 2008/09.

Resultados iniciais
De acordo com as características socioeconômicas dos produtores analisados, cada um conta com, em média, uma área disponível de 20 hectares, onde plantaram 5,5 hectares de algodão em 2008. Obtiveram uma produtividade média de 127 arrobas de algodão Bollgard por hectare, resultado inferior às suas expectativas, mas bem acima da produtividade de algodão convencional na região.
Segundo o técnico responsável pelo projeto, José Tibúrcio, “antes, no plantio do algodão convencional, a média de produtividade na região era de apenas 30 arrobas por hectare”.
Com base na informação disponível das parcelas experimentais de 18 produtores, pode-se inferir que a produtividade do algodão Bollgard foi estatisticamente superior à produtividade do algodão convencional.
A diferença entre a produtividade do algodão Bollgard e o convencional (19,47 arrobas por hectare) ficou abaixo da esperada pelos produtores porque a lavoura foi plantada tardiamente, devido à demora da disponibilidade de recursos, e também pela falta de chuva. Segundo o técnico José Tibúrcio, a produtividade potencial do algodão transgênico é de 200 arrobas se plantado na época certa, aproveitando as chuvas que geralmente ocorrem em novembro na região.
Ele afirma que a variedade alterada geneticamente se adaptou muito bem às condições do semiárido. “O ciclo do algodão transgênico no Norte de Minas é menor do que em outras regiões do País, variando de 70 a 120 dias. Isso se deve à baixa altitude (600 metros) e à alta luminosidade, que favorecem o desenvolvimento da planta, com maior rapidez de crescimento”. O intervalo entre o plantio e a colheita fica entre 250 a 300 dias em outras áreas produtoras, como em Mato Grosso.
Além dos ganhos de produtividade, outro benefício econômico e ambiental do algodão Bt é a redução da aplicação de inseticidas. Na cultura convencional, o produtor faz em média de 18 a 20 aplicações de inseticida entre o plantio e a colheita. No algodão geneticamente modificado, a própria planta de algodão produz o bioinseticida, reduzindo a necessidade para no máximo sete aplicações de defensivos, específicas para o controle do bicudo.
Com a tecnologia Bt, a planta é protegida contra o ataque nos frutos, pois a proteína chamada Bt1 atua sobre as lagartas que a atacam na fase de floração e frutificação.
Outro benefício da tecnologia transgênica é que a redução do número de aplicações de inseticidas melhora a qualidade de vida do produtor, que tem mais tempo para ar com a família, e diminui sua exposição a agrotóxicos, reduzindo o risco de malefícios à saúde.
O aumento da qualidade da pluma do algodão foi outro benefício do algodão Bt. De acordo com José Tibúrcio, “com o uso de tecnologias adequadas de manejo e nutrição, consegue-se atingir padrões HVI com o algodão Bollgard”. Desta forma, a melhor qualidade do produto final facilita a inserção do agricultor familiar de forma competitiva no mercado. Os resultados iniciais do projeto sugerem, portanto, que a utilização do algodão Bt permite o aumento da produtividade, a redução de custos e incrementos na renda do produtor. Os resultados da análise dos questionários e dos ganhos significativos de produtividade indicam que o projeto é promissor e tem potencial de fazer ressurgir a atividade na região.
A receptividade dos produtores familiares também foi boa à introdução da nova tecnologia. Com o apoio de crédito do Banco do Nordeste, o projeto terá recursos suficientes para expandir em até 100% a lavoura do algodão no Norte de Minas.
Para a nova safra, espera-se plantar mais cedo o algodão para aproveitar as chuvas de novembro. O sucesso inicial do projeto do algodão também estimulou a Amipa a testar o milho Bt no próximo ano. “Como todo agricultor familiar é um produtor de alimentos, pretendemos disponibilizar o milho transgênico para avaliarmos o comportamento das variedades em nossas condições de semiárido”, conclui José Tibúrcio.
Apesar de resistências políticas e ideológicas à adoção de transgênicos por agricultores familiares, os resultados preliminares deste projeto indicam que os transgênicos podem reanimar a agricultura familiar em regiões empobrecidas e com problemas climáticos e de pragas. Isso porque a tecnologia Bt é uma solução para um problema agronômico sério – a destruição de lavouras de algodão (e de toda a economia que surge ao redor) por insetos (praga). A resistência aos insetos é um atributo valioso que diminui a dependência na aplicação de inseticidas. Fonte: agroanalysis.com.br

187 - Walt Disney, um verdadeiro gênio do entretenimento 6v561a

Continuando o assunto sobre a eterna magia das histórias em quadrinhos, matéria tratada aqui no nosso blog há pouco tempo, vamos conhecer agora um pouco sobre as maravilhosas criações de um dos maiores gênios da indústria do entretenimento mundial, Walt Disney.  
Antes de tudo, gostaria de dizer que eu era tão aficionado pelas histórias dos personagens Disney que, durante a minha infância, ao invés de comprar balas, chicletes, doces e refrigerantes, como toda a meninada fazia, eu juntava todo o dinheirinho que eu ganhava da minha mãe para comprar revistinhas em quadrinhos. Era uma alegre conquista para mim, ir até a banca de Sêo Zezinho Oliva comprar uma edição do Pato Donald, do Mickey, do Tio Patinhas ou do Zé Carioca. Infelizmente, há um bom tempo não leio mais revistas em quadrinhos, mas espero ter a oportunidade de voltar a me encantar com as fascinantes histórias desses personagens inesquecíveis. 
Walt Disney foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, filantropo e co-fundador da The Walt Disney Company. Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, por seus personagens de desenho animado, como "Mickey" e "Pato Donald". Ele também foi o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos chamado Disneylândia, além de ser o fundador da corporação de entretenimento, conhecida como a Walt Disney Company.
Walter Elias Disney nasceu em Chicago, no dia 5 de Dezembro de 1901. Era um dos 5 filhos de Elias Disney e Flora Call Disney. Depois do nascimento de Walt, a família Disney mudou-se para Marceline, no Missouri, onde Walt viveu a maior parte da sua infância. Ele demonstrou, desde muito novo, interesse pela arte. Para fazer dinheiro extra, vendia, com frequência, desenhos aos seus vizinhos. Estudou arte e fotografia, tendo ingressado na High School de McKinley, em Chicago.
Em 1918, durante a primeira grande guerra, Disney tentou alistar-se no serviço militar mas foi rejeitado devido a ter, na época, apenas 16 anos de idade. Walt ofereceu, então, os seus préstimos à Cruz Vermelha, tendo sido enviado para a França, onde permaneceu um ano guiando uma ambulância que, em vez de ostentar uma camuflagem normal, estava coberta por desenhos seus. Após o seu regresso da França, iniciou, com uma pequena companhia chamada Laugh-O-Grams, a sua carreira em arte comercial. Devido ao pouco sucesso que obteve com esta empresa, resolveu rumar à Hollywood e aí começar de novo.
Em 1928, surge o seu primeiro personagem, o rato "Mickey", ao qual se seguem, nos anos seguintes, inúmeros outros: "Pato Donald", "Pateta", "Pluto", "Tio Patinhas", "Minnie"...
Com o sucesso dos desenhos animados estrelados por "Mickey Mouse", Walt Disney começou a licenciar seus personagens para serem transformados em brinquedos e outros produtos de consumo, como relógios, o que gerava lucros para o estúdio em um momento de grave crise econômica. Disney também firmou um acordo com a empresa King Features para distribuir as tiras protagonizadas por suas criações.
Dessa forma, em 13 janeiro de 1930, os jornais norte-americanos começaram a publicar as tiras de "Mickey", desenhadas por Ub Iwerks e arte-finalizadas por Win Smith, a partir de roteiros elaborados pelo próprio Disney, que se baseavam nos curtas de animação. Quando Iwerks e Smith deixaram o estúdio, Disney incumbiu o artista Floyd Gottfredson de fazer os quadrinhos. Em 45 anos de trabalho, Gottfredson escreveu e desenhou as aventuras serializadas e as piadas de "Mickey" e criou personagens como o "Coronel Cintra", o bandido "Mancha Negra" e "Esquálidus", o homem do futuro.
Outro artista de destaque nas tiras e páginas dominicais editadas nos jornais foi Al Taliaferro, que auxiliava Gottfredson em suas tiras e fazia as adaptações de desenhos animados para os quadrinhos, na série intitulada "Silly Simphonies", para a qual desenhou, em 1934, "A Galinha Sábia" e se encantou com o pato preguiçoso e irritadiço vestido de marinheiro que debutou nessa história. Taliaferro convenceu Disney a lançar, quatro anos depois, a tira do "Pato Donald", que realizou até sua morte, em 1969, adicionando à "Família Pato" novos integrantes, como os sobrinhos de "Donald" ("Huguinho, Zezinho e Luisinho"), a "Vovó Donalda" e "Margarida".
O mais cultuado dos quadrinhistas norte-americanos é Carl Barks. Depois de ter contribuído com a revista humorística The Calgary Eye-Opener com cartuns eróticos (para a época), ingressou no Estúdio Disney e participou da produção de "Branca de Neve e os Sete Anões", primeiro longa metragem de animação de Disney, em 1937, e de vários curtas-metragens do "Pato Donald".
Em 1942, Barks desenhou, ao lado de Jack Hannah, a história em quadrinhos "O Tesouro do Pirata". Ele resolveu, então, dedicar-se a essas narrativas gráficas sequenciais. O artista deixou o estúdio de animação e, em seu sítio localizado na Califórnia, escreveu e desenhou mais de 500 histórias, longas e curtas, com o "Pato Donald" e seus familiares. Criou personagens que se popularizaram entre os leitores: o milionário e avarento "Tio Patinhas", o sortudo e arrogante "Gastão", o inventor maluco "Professor Pardal", os "Irmãos Metralha", a feiticeira "Maga Patalójika", entre outros.
Além de Barks, diversos artistas produziram histórias para as revistas de quadrinhos nos Estados Unidos, como Walt Kelly, Paul Murry (desenhista das aventuras de "Mickey" e co-criador do "Superpateta"), Tony Strobl e Jack Bradbury.
Seguiram-se inúmeras outras produções da Disney, umas com imagens animadas, outras com imagens reais, outras, ainda, fundindo os dois gêneros, como "Mary Poppins" (1964).
Na década de 1960, para atender ao mercado latino-americano e europeu, surgiu o Studio Program, que desenvolveu novos personagens, a exemplo do atrapalhado primo "Peninha" (criado pelo roteirista Dick Kinney e pelo desenhista Al Hubbard) e dos espiões "0-0 Zé-ro" e "Pata Hari" (paródia de James Bond).
Nos anos 1970 os quadrinhos Disney norte-americanos ficaram repetitivos e foram gradativamente perdendo leitores. O destaque fica apenas para as aventuras do "Superpateta" desenhadas por Pete Alvarado e para as histórias curtas de "Mickey" com arte de Paul Murry. A década seguinte foi marcada pelo aparecimento de novos quadrinhistas (Keno Don Rosa e William Van Horn), responsáveis pelo renascimento dos quadrinhos Disney. Don Rosa, por exemplo, retomou a obra de Barks e recriou clássicos desse artista, como a série "A Saga de Tio Patinhas", que conta a história do personagem desde a infância pobre na Escócia até sua velhice como milionário e o encontro com os sobrinhos.
No mesmo ano em que surgiram nos Estados Unidos, as tiras de "Mickey" chegaram ao Brasil. Na edição 1277 da revista "O Tico-Tico", os leitores brasileiros encontravam as "Aventuras do Ratinho Curioso - Walt Disney e UB Iwerks. Exclusividade para O Tico-Tico em todo o Brasil". Logo, o personagem ou a aparecer sobre o logotipo da publicação ao lado de outros personagens ("Chiquinho", "Jagunço", "Zé Macaco" e "Faustina", "Gato Félix", "Lamparina", "Réco-Réco", "Bolão" e "Azeitona", etc.), com arte de J. Carlos. Este foi o primeiro artista brasileiro a desenhar "Mickey", seja em capas do "Almanaque O Tico-Tico", seja em peças publicitárias publicadas na revista nos anos 1930.
Ao longo das décadas de 1930 e 1940, os quadrinhos Disney estiveram presentes nas páginas da Gazetinha, do Suplemento Juvenil, O Lobinho, Mirim, Guri e Gibi. Nesses periódicos, as tiras com os personagens Disney dividiam o espaço com histórias de outros personagens distribuídos por syndicates americanos e com histórias feitas por artistas brasileiros.
Em julho de 1950, a Editora Abril lançou a revista mensal "O Pato Donald" (que, a partir do número 22, ou a ser editada semanalmente, em formatinho), seguindo o modelo da publicação argentina "El Pato Donald". Dois anos depois, chegava às bancas a revista mensal "Mickey". O título "Zé Carioca" teve início em janeiro de 1961, com o número 479 da revista do "Pato Donald", revezando quinzenalmente com ela. Já "Tio Patinhas" ganhou sua revista no final de 1963, inicialmente intitulada "Almanaque Tio Patinhas". Na década de 1970 foram lançadas as revistas "Almanaque Disney", "Disney Especial" (coletâneas de histórias agrupadas por temas), "Edição Extra", além de diversos almanaques e edições especiais. Com o tempo, várias publicações foram descontinuadas, mas as revistas "Pato Donald", "Mickey", "Zé Carioca" e "Tio Patinhas" continuam a ser produzidas mensalmente.
O primeiro artista brasileiro a desenhar histórias em quadrinhos Disney foi Jorge Kato, cuja primeira história, "Papai Noel por acaso", saiu em dezembro de 1959. Até 2001, diversos quadrinhistas brasileiros realizaram histórias com personagens Disney: Waldyr Igayara, Carlos Edgard Herrero, Renato Canini, Primaggio Mantovi, Moacir Rodrigues Soares, Irineu Soares Rodrigues, Luiz Podavin, Roberto Fukue, Euclides Miyaura, Eli Leon, Gustavo Machado, Paulo Borges e os roteiristas Cláudio de Souza, Ivan Saidenberg, Júlio de Andrade Filho, Gerson Teixeira, entre outros. Da imaginação desses artistas saíram personagens como "Morcego Vermelho", "Biquinho", "Zico e Zeca", "Pedrão", etc.
Infelizmente, no ano de 1966 foi detectado um tumor maligno (câncer) no pulmão esquerdo de Walter Elias Disney, razão pela qual na data de 6 de novembro do mesmo ano, ele submeteu-se a uma cirurgia para removê-lo. Após duas semanas da realização da cirurgia, Walt saiu do Hospital St. Joseph e ou alguns dias em seu estúdio, bem como visitando alguns parentes. No entanto o seu estado de saúde agravou-se, voltando a ser internado. Infelizmente o sistema circulatório de Walt entrou em colapso, vindo a falecer.
O cineasta, não viveu para ver as atrações da Walt Disney World, como o Epcot Center, o Magic Kingdom, os Estúdios MGM (atual "Disney Hollywood Studios") e o Disney Animal Kingdom, além dos parques aquáticos. Walt Disney faleceu no dia 15 de Dezembro de 1966, aos 65 anos, em Los Angeles, na Califórnia, vítima de câncer de pulmão.
Para além de estúdios cinematográficos, o vasto império criado por Walt Disney inclui diversos parques temáticos (Disneylândia, Eurodisney...), inúmeros canais de televisão e elevados rendimentos originados na venda direta de filmes e livros e nos direitos de utilização, por outras entidades, das imagens dos seus personagens.

Walt Disney transformou-se numa lenda, tendo criado, com a ajuda da sua equipe, todo um universo de referências no imaginário infantil de sucessivas gerações. As suas histórias, facilmente compreensíveis, refletem os valores médios da tradição americana.
Fontes: wikipedia, omelete.com.br, disneymania.com.br e marcelpavela.blogspot.com

quinta-feira, 4 de agosto de 2011 473k5i

186 - Música sertaneja de verdade 1d3j36

Música sertaneja: nome genérico que designa a música produzida a partir da década de 20 do século XX por compositores urbanos e rurais e que anteriormente era chamada, de modo geral, de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques. A música sertaneja como tal surgiu em 1929, quando Cornélio Pires, pesquisador, compositor, escritor e humorista, começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira, que abrange a área do interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e matogrossense. Na época das gravações pioneiras de Cornélio Pires, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam a beleza bucólica e romântica da paisagem, assim como o modo de vida do homem do interior em oposição à vida do homem da cidade.  Hoje tal gênero é denominado música sertaneja de raiz, com as letras dando ênfase ao cotidiano, e com a sua peculiar maneira de cantar.

De uma maneira mais ampla, a música sertaneja seria também o baião, o xaxado e outros ritmos do interior do Norte e Nordeste. Tradicionalmente a música sertaneja é interpretada por um duo, geralmente de tenores, com voz nasal e uso acentuado de um falsete típico. O estilo vocal se manteve relativamente estável, enquanto a instrumentação, ritmos e contorno melódico gradualmente incorporaram elementos estilísticos de gêneros disseminados pela indústria cultural. Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e duetos vocais. Estas primeiras duplas cantavam principalmente as chamadas modas de viola, com uma temática bastante ligada à realidade cotidiana, fazendo verdadeiras crônicas.
Com o ar do tempo, ocorreram as modificações temáticas,  estruturação melódica e utilização de novos instrumentos. Estas modificações de roupagem e adaptações no conteúdo temático - anteriormente rural e agora urbano - consolidaram o estilo moderno da música sertaneja romântica que, nos anos 80, torna-se o primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil. A história da música sertaneja, segundo a pesquisadora Marta Ulhôa, pode ser dividida em três fases: De 1929 até 1944, como música caipira ou música sertaneja de raiz; do pós-guerra até os anos 60, numa fase de transição; e do final dos anos 60 até a atualidade, como música sertaneja romântica.Na primeira fase, ainda segundo a mesma pesquisadora, "os cantadores interpretavam modas de viola e toadas, canções estróficas que, após uma introdução da viola (repique), falavam do universo sertanejo numa linguagem essencialmente épica, muitas vezes satírico-moralista e menos frequentemente amorosa. Os duetos em vozes paralelas eram acompanhadas pela viola caipira, instrumento de cordas duplas e vários sistemas de afinação e mais tarde também pelo violão". Mais tarde introduzem-se na música sertaneja novos instrumentos como a harpa e o acordeom; novos estilos, como os duetos com intervalos variados; o estilo mariachi e novos gêneros, inicialmente a guarânia e a polca paraguaia; e mais tarde o corrido e a canção rancheira mexicanos.

A fase moderna da música sertaneja inicia-se no final dos anos 1960, com a introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem" por Léo Canhoto e Robertinho. O modelo é a "Jovem Guarda", sendo que um de seus integrantes, Sérgio Reis, começa a gravar o repertório tradicional sertanejo, contribuindo para a penetração mais ampla do gênero. Os locais de performance da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Nos anos 1980, foi introduzida nas rádios FM e também na televisão, seja em programas semanais matutinos de domingo, seja no chamado horário nobre, em trilhas de novela ou programas especiais. Nesta modalidade de música sertaneja, ainda nas palavras de Marta Ulhôa, os cantores alternam solos e duetos para apresentar canções, muitas vezes em ritmo de balada, que tratam principalmente de amor romântico, de clara inspiração urbana. Algumas canções classificadas como sertanejas nas paradas de sucesso vão sendo, às vezes, interpretadas totalmente por solistas, dispensando o recurso tradicional da dupla. Os arranjos instrumentais dessas músicas adicionam instrumentos de orquestra, além da base de rock, já incorporada ao gênero. A unidade estilística da música sertaneja é conseguida pelo uso consistente do estilo vocal tenso e nasal e pela referência temática ao cotidiano, seja rural e épico na música sertaneja de raiz, seja urbano e individualista na música sertaneja romântica. Tais modificações têm provocado muitas confusões, levando inclusive muitos estudiosos a realizarem uma distinção entre música sertaneja e música caipira. A primeira seria aquela feita nos grandes centros urbanos por não-caipiras. Esta modalidade foi, a partir dos anos 1980, crescendo no mercado fonográfico e tornando-se, já na primeira década dos anos 2000, o filão mais representativo daquele mercado. Dezenas de duplas aram a surgir adotando o estilo modernizado, de temática urbana e incorporando influências do gênero pop, mantendo do feitio original o canto em terça e a reverência aos "mestres". Todavia, nas regiões consideradas originárias, permanece vigoroso o surgimento de duplas e violeiros jovens que apresentam manutenção no cultivo da chamada música sertaneja de raiz.
Fonte: dicionariompb.com.br


Sei que posso causar alguma polêmica com essa postagem, mas não posso deixar de emitir a minha opinião sobre a chamada música sertaneja, que hoje, de sertaneja, não tem absolutamente nada. Nada mais é do que música pop, romântica e brega, com algumas letras intragáveis. Vejam bem, o que de sertanejo tem Luan Santana e Paula Fernandes? Nadinha. São ícones atuais da música pop romântica, às vezes cantando algumas músicas tradicionais com novos arranjos. São muito talentosos, mas não podemos confundir as coisas.
Gosto muito da tradicional música sertaneja, que contempla vários estilos de canção nas diversas regiões brasileiras, contando as suas belas histórias da vida do genuíno homem do campo, bem como de outros temas bastante interessantes. Para acirrar mais a discussão, que sempre é bem-vinda, relaciono abaixo as 15 músicas verdadeiramente sertanejas de que eu mais gosto:
  1. No rancho fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) 1931
  2. Vaca Estrela e Boi Fubá (Patativa do Assaré) 1980
  3. Chalana ((Mário Zan e Arlindo Pinto) 1954
  4. O cio da terra (Chico Buarque e Milton Nascimento) 1976
  5. Tristeza do Jeca (Angelino de Oliveira) 1925
  6. Luar do sertão (Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco) 1914
  7. Amizade sincera (Renato Teixeira e Dominguinhos) 1990
  8. Chuá, chuá (Pedro de Sá Pereira e Ary Pavão)
  9. Cuitelinho (Folclore)
  10. Eu, a viola e Deus (Rolando Boldrin) 1979
  11. Tocando em frente (Almir Sater e Renato Teixeira)
  12. Cabocla Tereza (Raul Torres e João Pacífico) 1932
  13. Romaria (Renato Teixeira) 1977
  14. Couro de boi (Teddy Vieira e Palmeira) 1954
  15. Um violeiro toca (Almir Sater)
Luar do Sertão
Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco

Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Ó, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar lá na cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mas parece um sol de prata
Prateando a solidão
E a gente pega a viola que ponteia
E a canção e a lua cheia
A nos nascer do coração
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo
Não existe
Do que ouvir um galo triste
No sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua
É que diz, canta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar
A quem me dera
Eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Chora a sua viuvez
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do sertão

Vaca Estrela e Boi Fubá
Patativa do Assaré

Seu doutô, me dê licença
Pra minha história contá
Hoje eu tô em terra estranha
É bem triste o meu pená
Eu já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bão
Gostava de campeá
Todo dia eu aboiava
Na porteira do currá
Ê, ah, ah
Êêêê Vaca Estrela
Ôôôô Boi Fubá
Eu sô fio do Nordeste
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá prá cá
Lá eu tinha o meu gadinho
Não é bão nem imaginá
Minha linda Vaca Estrela
E o meu belo Boi Fubá
Quando era de tardezinha
Eu começava aboiá
Ê, ah, ah
Êêêê Vaca Estrela
Ôôôô Boi Fubá
Aquela seca medonha
Fez tudo se atrapaiá
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá
O sertão se esturricô
Fez o açude secá
Morreu minha Vaca Estrela
Se acabô meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto eu tinha
Nunca mais pude aboiá
Ê, ah, ah
Êêêê Vaca Estrela
Ôôôô Boi Fubá
Hoje nas terra do Sul
Longe do torrão natá
Quando vejo em minha frente
Uma boiada á
As águas corre nos óio
Começo logo a chorá
Lembro minha Vaca Estrela
Lembro meu Boi Fubá
Com sodade do Nordeste
Dá vontade de aboiá
Ê, ah, ah
Êêêê Vaca Estrela
Ôôôô Boi Fubá

domingo, 31 de julho de 2011 185sr

185 - "Causos" e histórias espinosenses: O letrado pintor de letreiros 1z3j4h

É uma característica marcante das pequenas cidades brasileiras a presença de profissionais que cuidam dos cabelos e das barbas das pessoas da comunidade, comumente chamados de barbeiros em tempos ados e mais recentemente de cabeleireiros. Geralmente as barbearias ou salões de beleza são locais em que as pessoas, além de cortar o cabelo, fazer a barba e cuidar da aparência, se inteiram das últimas notícias, novidades e acontecimentos da cidade. Pela grande movimentação de pessoas das mais diversas ideias e pensamentos, esses estabelecimentos comerciais tendem a ser um local apropriado para a constante troca de informações. Os profissionais de beleza, normalmente, são pessoas com extrema facilidade no relacionamento social e sempre estão carregados de informações privilegiadas. Se você quiser saber o que anda acontecendo na sua cidade, é só ir ao barbeiro ou cabeleireiro para se atualizar dos últimos acontecimentos.


Numa época mais remota, ainda não haviam os atuais cabeleireiros. Os profissionais que cortavam o cabelo e faziam a barba da população eram conhecidos como barbeiros e tinham as suas peculiaridades, tanto na maneira de trabalhar como nos serviços oferecidos. Um deles, para decidir o material a ser usado na assepsia após a barbeadura, sempre perguntava ao freguês: -  Quer tarco (talco) ou árco (álcool)? Outra pergunta corrente era sobre o tipo de corte preferido do freguês: - militar, franja, moicano ou Príncipe Danilo? Zé da Rogéria, Seu Manoel e Pai Barbeiro são alguns dos expoentes dessa atividade na cidade de Espinosa. Hoje em dia temos muitos profissionais jovens exercendo a profissão.


Uma história interessantíssima acontecida no ambiente desses profissionais se deu há muitos anos em Espinosa, com uma barbearia que funcionava em uma rua no centro da cidade. O dono era sempre questionado pelos fregueses sobre a necessidade de uma reforma nas instalações deterioradas da barbearia, inclusive com uma boa pintura na fachada com o nome do estabelecimento, para chamar a atenção do povo e aumentar o faturamento. O cara resolveu atender aos pedidos dos clientes, fez uma boa reforma no salão e contratou um pintor para fazer o letreiro na fachada. Era para escrever bem bonito: Barbearia Brasil. Para não perder dinheiro com a interrupção do atendimento aos seus fregueses, pediu ao pintor que fizesse o serviço no domingo e que na segunda-feira ele seria pago. Tudo combinado, então. Na segunda-feira, por volta das 7 horas da manhã, o proprietário da barbearia chega para iniciar o seu dia de trabalho e conferir o trabalho do pintor. Qual não foi a sua surpresa ao ler na parede da frente, em letras garrafais: "BAZEBARIA BAZIL - CORTASSÃO DI CABELO E FAZESSÃO DI BARBA". Mais tarde, o coitado do pintor foi expulso da barbearia debaixo de gritos e palavrões, e jamais recebeu o pagamento pelo seu brilhante trabalho. Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.

184 - Conheça o som do Death Cab for Cutie 12s5w

Estava hoje, como sempre, usando freneticamente o controle remoto da televisão à procura de um canal que mostrasse alguma coisa interessante e fui premiado com a apresentação, no canal VH1, de um show de uma banda ainda desconhecida para mim, a Death Cab for Cutie. A empatia foi instantânea. Assim funciona a música comigo, é um caso de amor à primeira vista. Fui fisgado imediatamente pela música simples, melodiosa e serena da banda e pelo carisma, talento e humildade do seu líder e vocalista, Benjamin Gibbard. Assisti o show (e a entrevista com o líder da banda) até o fim e logo estava na Internet à procura de maiores informações sobre o trabalho do grupo. Não poderia deixar de compartilhar com vocês esta minha agradável descoberta. Vamos conhecer um pouco da obra e da história do Death Cab for Cutie. Espero que vocês gostem tanto quanto eu.
Death Cab for Cutie é uma banda estado-unidense de indie-rock que começou como um projeto-solo de Ben Gibbard. Como Death Cab For Cutie, ele lançou um cassete, chamado "You Can Play These Songs with Chords", produzido pelo próprio, com algumas canções, que resultaria no primeiro disco da banda, que seria relançado ofi­ci­al­mente no mer­cado em 2002.
Gibbard, hoje front­man, com­po­si­tor e gui­tar­rista do grupo, ficou sur­preso com o sucesso repen­tino de "You Can Play..." e deci­diu mon­tar uma banda de ver­dade. Ele cha­mou Chris Walla, que tam­bém havia aju­dado na pro­du­ção do cas­sete, para tocar gui­tarra; Nick Harmer para o baixo e Nathan Good para a bate­ria.
O Death Cab For Cutie (nome de uma faixa do álbum Gorilla, 1967, da banda Bonzo Dog Doo-Dah Band) foi formado em 1997, em Bellingham, Washington, Estados Unidos.
Assim, o DCFC foi for­mado na Western Washington University, onde seus mem­bros estu­da­vam – o pró­prio Gibbard, estu­dante de enge­nha­ria na época, usava o porão da casa em que morava com diver­sos cole­gas para gra­var as demos da banda. Essa liga­ção com Bellingham explica o porquê de várias letras do iní­cio da car­reira apre­sen­ta­rem refe­rên­cias a dife­ren­tes locais da cidade.
Com essa formação lançaram o LP "Something About Airplanes" no verão de 1998. O álbum ganhou críticas positivas no cenário indie, e em 2000 foi lançado o álbum posterior: "We Have the Facts and We're Voting Yes". Natham Good deixou a banda durante a gravação deste, mas as suas participações nas faixas "The Employment Pages" e "Company Calls Epilogue" foram mantidas. Gibbard tocou todas as outras canções. O novo baterista, Michael Schorr, só apareceria no "The Forbidden Love EP", lançado no outono de 2000. Em 2001, a banda lan­çou "The Photo Album" e, algum tempo depois, o DCFC, mais uma vez, tro­cou de bate­rista: Schorr saiu de cena para dar lugar a Jason Jason McGerr, pro­fes­sor de uma escola de música de Seattle e mem­bro do Eureka Farm. McGerr foi o res­pon­sá­vel pelas baque­tas da obra-prima do grupo, "Transatlanticism" (2003), álbum que lan­çou o DCFC aos bra­ços do mains­tream. Faixas do disco fize­ram parte da tri­lha sonora de seri­a­dos como The O.C., CSI: Miami, Six Feet Under e Californication, além de fil­mes de grande alcance popu­lar – como Penetras Bons de Bico (2005).
O segundo o para a saída do mundo indie se deu com a assi­na­tura de um con­trato com a Atlantic Records, depois de uma car­reira inteira lan­çando dis­cos pela Barsuk. A nova situ­a­ção dei­xou a banda tensa – afi­nal, agora havia pres­são cor­po­ra­tiva sobre os ombros dos mem­bros do DCFC – e, assus­ta­dos, Gibbard e com­pa­nhia incen­ti­va­ram seus fãs a bai­xa­rem suas músi­cas da internet.
O ano de 2005 che­gou e o pri­meiro tra­ba­lho da banda por uma grande gra­va­dora foi lan­çado. O sucesso dos dois pri­mei­ros sin­gles de "Plans", “Soul Meets Body” e “Crooked Teeth” garan­ti­ram ao DCFC uma par­ti­ci­pa­ção no Saturday Night Live, uma indi­ca­ção ao Grammy Award de “Melhor Disco Alternativo” de 2005 e 47 sema­nas con­se­cu­ti­vas na lista da Billboard. 
Com os ter­re­nos do mains­tream domi­na­dos, a banda caiu de vez no gosto do mer­cado e come­çou a apa­re­cer cada vez mais na mídia. Lançou dois DVDs, "Drive Well, Sleep Carefully" (2005) e "Directions" (2006), este um con­junto de onze curtas-metragens ins­pi­ra­dos nas fai­xas de "Plans" e diri­gi­dos por dife­ren­tes pro­fis­sio­nais do cinema; assi­nou con­trato com a Apple para ven­der seus vídeos em for­mato para iPod; ade­riu à causa dos direi­tos dos ani­mais ao associar-se com o PETA e come­çou a par­ti­ci­par de gran­des fes­ti­vais – como o Bridge School Benefit, orga­ni­zado por Neil Young. Gibbard ainda lan­çou um pro­jeto ele­trô­nico com Jimmy Tamborello, o ótimo The Postal Service, que lan­çou o disco "Give Up" (com o hit “Such Great Heights”) em 2003.
Em 2008 eles lançaram o disco "Narrow Stairs". Certamente um dos discos mais esperados do ano, “Narrow Stairs” apresenta mais uma vez um Death Cab for Cutie repaginado aos seus iradores. No anterior "Plans" (2005), a banda liderada pelo cantor e guitarrista Benjamin Gibbard deixava as guitarras de lado e embalava uma sequência de músicas doces como “Soul Meets Body”, “Summer Skin” e “Your Heart Is An Empty Room”. Não sobram dúvidas de que “Narrow Stairs” é mais difícil de digerir que “Plans”. A começar pelo carro-chefe do álbum, o quilométrico single “I Will Possess Your Heart”. O “ba da ba ba” de “Soul Meets Body”, de 2005, antagoniza com a introdução de mais de 4 minutos de “I Will Possess…” e mostra o primeiro ponto positivo do sétimo álbum da banda de Seattle: o Death Cab for Cutie não escolheu o caminho mais fácil neste trabalho. A potente introdução do baixo, seguida de uma guitarra que parece perseguir uma sonoridade nunca buscada antes acompanham a já clássica linha de piano, marca registrada do Death Cab for Cutie. A letra tem um desespero aparente já na introdução da música. É uma nova banda em um novo álbum. Ao contrário de "Plans" que destacava pianos e órgãos, as guitarras ganham mais espaço em “Narrow Stairs”. Prova disso são “No Sunlight” (uma anomalia desse disco, candidata a “hit”), “Long Division” e “Talking Bird” (depressivamente bela). Uma experimentação ou outra são buscadas em “You Can Do Better Than Me” (uma homenagem ao ”Pet Sounds”, dos Beach Boys) e “Pity and Fear” (uma sítara indiana dá o tom da música). Quem busca o gosto doce deixado por “Plans” fique com a dobradinha “Grapevine Fires” e “Your New Twin Sized Bed”. Entretanto, o título de melhor faixa do álbum sobra para “Cath…”, a que mais remete os fãs da banda aos tempos “indie” do Death Cab, como mostrava o disco "Photo Álbum" (2000). A garota do título leva Gibbard a escrever onde parece se sentir melhor e mais confiante: no campo dos relacionamentos. O próprio vocalista já itiu que perdeu garotas para a música, esta, objeto de sua paixão na vida.
E para fechar “Narrow Stairs” confirmando a mudança de sonoridade citada anteriormente, “The Ice is Getting Thinner” é anti-balada que não lembra nem um pouco a suavidade de “A Lack of Color” do álbum “Transatlanticism” e o refrão “cantem comigo” de “I Will Follow You Into The Dark”. Diz a letra: “We’re not the same, dear, as we used to be. The seasons have changed and so have we” (Nós não somos os mesmos, querida, como éramos antes. As estações mudaram e nós também). O trecho que inicia o ato final deste ótimo “Narrow Stairs” pode ser utilizado como um resumo para quem ainda não o escutou.
A banda que con­quis­tou os cora­ções indie mundo afora com can­ções lin­das e a voz doce de Ben Gibbard, já tem mais de treze anos de car­reira. O legal do Death Cab for Cutie é que eles têm o dom de soar sempre a mesma banda e se manter fiéis à sua própria identidade sem ser repetitivos.
Em 2011, lançaram "Codes and Keys". Neste recém-lançado "Codes And Keys", há um frescor muito gratificante em todas as canções, embora você comece a ouvir cada uma e, 5 segundos depois, chegue àquela conclusão de que “isso só podia ser Death Cab For Cutie” ou “nossa, isso é mesmo a cara deles”. E isso sem que essa reação seja ruim ou reflita alguma previsibilidade. Não dá pra ser previsível. Mas dá pra ser autêntico. E isso o Death Cab é, e muito. É engraçado você ouvir as novas (e excelentes!!!) "Some Boys", "Stay Young Go Dancing", "You Are a Tourist" e perceber que elas teriam tudo pra ser do "Transatlanticism" ou do "Narrow Stairs", mas que ao mesmo tempo elas só poderiam ser do disco novo, só porque (e que bom!) elas trazem um tempero novo para um prato que já foi servido antes. E é essa diferença que faz de cada álbum deles uma experiência nova, e não a repetição da mesma receita. E é por isso que eles são uma grande banda.
"Portable Television", por exemplo, à primeira audição, não soa em nada como uma música que teria a cara deles, mas à medida que você vai cavando as camadas da faixa, você percebe que todos os maneirismos deles estão lá presentes. Como acontece em "I Will Possess Your Heart", do fantástico "Narrow Stairs", os instrumentos trabalham em função da melodia, e de uma forma diferente do que geralmente acontece em música pop. Aqui, o piano é uma extensão da melodia, e não um tapete harmônico para que ela desfile em cima. O mesmo acontece com quase todo o trabalho de guitarras do disco. Ao invés de riffs marcantes, elas vêm para traduzir a melodia em outras linguagens, e então faz-se um diálogo voz/guitarra delicioso de se escutar. E de entender.
Ben Gibbard e Nick Harmer, os principais autores da banda, poderiam muito bem deitar-se nos louros das glórias adas e aproveitar o respaldo que têm de seus fãs para embarcar em mais um disco de releituras de si próprios. Mas se eles tivessem esse tipo de atitude, provavelmente não teriam chegado a este sétimo disco. E – para uma banda tão criteriosamente elegante como essa – isto não é pouca coisa.
Discografia:
EPs:
The Forbidden Love EP (2000)

The Stability EP (2002)
Studio X Sessions EP (2004)
The John Byrd EP (2005)
The Opendoor EP (2009)

Álbuns de estúdio:
You Can Play These Songs with Chords (1997)
Something About Airplanes (1998)
We Have the Facts and We're Voting Yes (2000)
The Photo Album (2001)
You Can Play These Songs with Chords (1997 - relançado em 2002)
Transatlanticism (2003)
Plans (2005)
Narrow Stairs (2008)
Codes And Keys (2011)
Fontes: Wikipedia, adayinthelife.com.br e ouvinte.wordpress.com



quarta-feira, 27 de julho de 2011 531f50

183 - Reportagem do Jornal Estado de Minas trata do aumento do emprego formal em Espinosa 5r32m

Recebi, com muito prazer, uma mensagem do internauta espinosense Warley Gonçalves, com a sugestão de publicar uma postagem a respeito da reportagem do jornalista Paulo Henrique Lobato, publicada no dia 26 de julho, no Jornal Estado de Minas. A matéria trata da liderança da cidade de Espinosa no ranking de expansão de vagas de trabalho com carteira assinada no estado de Minas Gerais, no período de junho de 2010 a junho de 2011. Meu agradecimento ao Warley pela dica. Eu ainda não tinha visto a reportagem.
Como é gratificante ver o nome da cidade de Espinosa associado a uma boa notícia de desenvolvimento econômico e de aumento de emprego e renda da população. Isso só vem demonstrar o ótimo trabalho realizado por jovens empresários, com ampla visão de futuro e crença no potencial da cidade.
Espinosa, em tempos ados, só saía na mídia quando ocorriam tragédias, enchentes, acidentes, crimes ou maracutaias políticas. Espero que notícias como essa venham iniciar um novo tempo de bonança na história da cidade.
Publico abaixo parte da reportagem. Veja aqui na íntegra.

Espinosa lidera ranking de expansão de vagas de trabalho em Minas

Município da Região Norte registra a maior alta nas contratações com carteira assinada no estado em um ano, de 18,68%. Além Paraíba, na Zona da Mata, foi o que mais fechou vagas.

Paulo Henrique Lobato - Estado de Minas
Publicação: 26/07/2011 06:00 Atualização: 26/07/2011 09:40

Cidade pacata de 30 mil habitantes abriu 846 vagas em 12 meses
Cerca de 1 mil quilômetros separam Espinosa, na Região Norte de Minas, de Além Paraíba, na Zona da Mata. Mas esta não é a única grande distância entre elas. Estudo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), coloca as duas cidades nas extremidades da tabela que mapeia a geração de vagas formais no estado. Levando-se em conta apenas os percentuais calculados pela pasta comandada pelo ministro Carlos Lupi (PDT), Espinosa lidera o ranking de expansão de carteiras assinadas nos últimos 12 meses. Lá, o emprego formal subiu, impulsionado pelo setor de confecções, 18,68% entre junho de 2010 e o mês ado. Em Além Paraíba, onde a construção civil fechou a maioria dos postos de trabalho (60,51%), a estatística despencou 16,71%. Em Belo Horizonte, o percentual foi positivo em 8,05%, acima das médias de Minas Gerais (7,13%) e do Brasil (6,41%).
O Caged pesquisa os municípios brasileiros cuja população mínima é de 30 mil pessoas. Em Minas Gerais, foram levantados os dados de 100 cidades. Espinosa, a 686 quilômetros de Belo Horizonte, abriu 846 vagas no período. O número absoluto parece pequeno, mas é bom lembrar que a população da cidade soma cerca de 31 mil moradores. Se for levado em conta o número absoluto, a liderança caberá à capital mineira, com saldo de 76,4 mil vagas. Em Espinosa, o Caged constatou que o crescimento de 18,68% se deve à construção civil, com aumento de 28,12%, ao segmento de serviços (18,66%) e, principalmente, à indústria de transformação.
O percentual de empregos formais no setor, alavancado pelas confecções, sendo a maioria de pequeno porte, registrou aumento de 36,79%. A cidade, que no ado foi considerada a maior produtora de algodão do Norte mineiro, deseja pegar carona no aumento do poder aquisitivo das famílias brasileiras para se transformar num polo têxtil. Alguns já investem na ampliação da fábrica, como Juciano Duarte, dono da D'Jak Indústria e Comércio de Confecções Ltda., especializada em camisa social masculina. “Comecei, há 13 anos, com três empregados. Hoje, tenho 30 funcionários diretos e outros terceirizados. Minha estrutura ficou pequena e precisei ampliar o espaço físico. Vou inaugurar um andar (sobre minha fábrica) na próxima semana”, disse.
Ele acrescenta que “haverá mais contratações”, mas não revela quantas pessoas a mais serão empregadas. Boa parte de sua produção vai para fora de Minas: “Enviamos (camisas) para a Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Ceará e, recentemente, começamos a distribuir no Rio Grande do Norte”.

Alavanca da moda

A firma de Jackson Balieiro, dono da Duarte e Balieiro, especializada na moda jeans masculina e feminina, também atende lojas fora do estado. “Cerca de 60% das peças vão para São Paulo, Goiás, Bahia, Espírito Santo etc.”, afirma o empresário, que emprega 150 funcionários, entre diretos e terceirizados. “Há cinco anos, contava com um terço desse pessoal”. O salto do percentual de carteiras assinadas no pacato município ajudou a renda per capita de Espinosa a registrar, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), crescimento acima das médias estadual e nacional entre 2000 e 2010.
Enquanto o aumento anual do indicador na cidade do Norte de Minas subiu 5,28% no período, de R$ 210,06 para R$ 351,27; a do estado aumentou 3,66%, de R$ 539,87 para R$ 773,41. A do Brasil obteve o mesmo índice, indo de R$ 580,22 para R$ 830,85. O aumento da renda per capita e do percentual de carteiras assinadas deixam comerciantes otimistas. Na loja de roupas de Ana Rodrigues Muniz, no Centro, “as vendas subiram de 20% a 30%” na comparação entre o primeiro semestre e igual intervalo do ano anterior.

sábado, 23 de julho de 2011 5po50

182 - Morre em Londres a cantora Amy Winehouse 6p4tj

Amy Jade Winehouse nasceu em Londres, Inglaterra, aos 14 de setembro de 1983. Cantora e compositora de soul, jazz e R&B do Reino Unido, Amy também é muito conhecida por seus escândalos públicos e pelo uso de drogas. Amy Winehouse nasceu em uma área suburbana de Southgate, bairro de Londres, numa família judia de quatro pessoas, com tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tem ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse. Cresceu em Southgate, onde fez os estudos na Ashmole School. Por volta dos dez anos, Winehouse fundou uma banda amadora, de curta duração. Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de idade e por volta dos 16 anos já cantava profissionalmente ao lado de um amigo, o cantor de soul Tyler James.
O seu álbum de estréia, "Frank", lançado em outubro de 2003, foi produzido por Salaam Remi. O seu segundo álbum, "Back to Black", recebeu seis indicações para o Grammy 2008, das quais venceu cinco: canção do ano, gravação do ano, artista revelação, melhor álbum vocal pop e melhor performance vocal pop feminina, além de vender mais de 9 milhões de cópias em todo o mundo, fazendo enorme sucesso.
Conforme informações da TV britânica Sky News, a cantora inglesa foi encontrada morta neste sábado em sua casa em Londres. Segundo o canal, a polícia não soube dizer ainda o motivo da morte da cantora, mas a suspeita é de morte por overdose de drogas. Uma pena, pois a cantora tinha apenas 27 anos.
Ela deixa uma legião de fãs, que amavam sua voz rouca e seu estilo irreverente. Há alguns anos, ela lutava sem sucesso contra a dependência de drogas e o alcoolismo. Ela chegou a ser internada algumas vezes, mas nunca se recuperou totalmente. Especialistas chegaram a afirmar que ela estava pesando apenas 45 quilos, fruto de uma vida totalmente desregrada.
Confesso que não sou irador do trabalho da Amy Winehouse, tampouco das suas atitudes desequilibradas. Mas lamento profundamente o ocorrido e publico aqui, em respeito à sua memória,  apenas fotos em que ela aparece em situação de normalidade. É o triste fim de mais um ícone desajustado da música mundial.