Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

terça-feira, 27 de dezembro de 2011 6v6d1h

305 - Lugares Maravilhosos do Mundo: O Grand Canyon, nos Estados Unidos da América 465u3p

Um dos poucos marcos naturais da Terra visível do espaço, o Grand Canyon, a extraordinária divisão maciça esculpida pelo Rio Colorado, começa logo ao sul de Utah e desce em curvas com o rio através de 277 milhas do Arizona em direção à fronteira da Califórnia, no território dos Estados Unidos da América. Seu vale foi moldado pelo Rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km. Em alguns trechos chega a medir entre 15 km de largura (a média é 10 km) e sua profundidade chega a um quilômetro, cortando rochas formadasdois bilhões de anos. Cerca de 2 milhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.
O Grand Canyon foi visto pela primeira vez por um europeu em 1540, o espanhol Garcia López de Cárdenas. A primeira expedição científica ao desfiladeiro foi dirigida pelo Major John Wesley Powell no final da década de 1870. Powell referiu-se às rochas sedimentares expostas no desfiladeiro como “páginas de um belo livro de histórias“. No entanto, a área já era ocupada por nativos americanos que estabeleciam povoados ao longo do desfiladeiro, como os Hopi.
Embora tenha ganhado uma proteção federal em 1893 como Reserva Florestal e, mais tarde como Monumento Nacional, o Grand Canyonalcançou o status de Parque Nacional em 1919, três anos após a criação do Serviço Nacional de Parques. Hoje o Grand Canyon National Park recebe cerca de cinco milhões de visitantes por ano - muito longe da visitação anual de 44.173 que o parque recebeu em 1919. Este lugar único influenciou a ciência americana, a arte, os valores ambientais, a cultura popular, o turismo e o lazer.
É considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo e um ponto turístico visitado por milhares de turistas anualmente, gerando receita considerável para as cidades e populações ribeirinhas ao desfiladeiro.
Fonte: wikipedia









304 - Velhas e belas casas e prédios históricos de Espinosa 3g182y

Espinosa ainda mantém algumas construções antigas, muitas delas de famílias tradicionais da cidade, revelando uma preocupação dos construtores da época com a arte e as bonitas formas das fachadas. Algumas, infelizmente, estão um pouco abandonadas, necessitando de cuidados e de uma boa pintura, mas mostram uma beleza que a despercebida da maioria dos moradores. Vamos dar uma olhada em algumas delas.
O belo prédio da Prefeitura com novas cores

O velho sobrado na Praça Cel. Joaquim Tolentino,
onde funcionou o Hotel Santa Cruz

A casa onde morava o nosso maior orador, Geraldo Anacleto,
na Praça Cel. Heitor Antunes

O antigo Mercado Municipal, construção de 1940

A velha Igrejinha toda pintada de amarelo se sobressai
na paisagem da Praça Cel. Heitor Antunes 

O casarão de Azemar Sepúlveda com suas janelas envidraçadas

Casa antiga com bela fachada, parece abandonada

Prédio onde funcionaram os Correios em épocas adas

A casa da família de Arlindo Sepúlveda

Prédio onde funcionou por muitos anos a Casa Fátima
de Sêo Guilherme, onde comecei a trabalhar aos 13 anos
A belíssima casa de Moacir Brito, mesmo meio abandonada,
ainda se destaca pela sua arrojada arquitetura  

A casa do meu avô Joaquim de Freitas e de Madrinha Joana,
onde hoje residem meus tios Preto e Cleide e suas filhas

Velha construção na Rua Osório Salgado reúne o antigo
da sua fachada e a modernidade da antena parabólica

Belo casarão também na Osório Salgado,
com a fachada bem cuidada

A casa de fazenda bem próxima da cidade, no anel rodoviário,
com suas tradicionais muitas portas e janelas

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 2p4g22

303 - Rumer, uma voz especialíssima 6u328

Com uma voz suave, sofisticada e afinadíssima, Rumer é um tesouro musical. Sem precisar usar um decote provocante ou uma minissaia para desviar a atenção, ela é poderosíssima apenas com a sua voz magnífica. Sua música é para se ouvir deitado em qualquer lugar, de olhos bem fechados, apreciando cada fraseado, cada nota, cada harmonia, cada verso. Simplesmente a voz espetacular, grandiosa, eloquente e afinadíssima de uma grande cantora. Coisa rara hoje em dia. Eu recomendo, feliz da vida por tê-la descoberto.
Rumer é o nome profissional da britânica cantora e compositora Sarah Joyce, nascida aos 3 de junho de 1979 em Islamabad, no Paquistão, sendo a mais nova de sete irmãos. Seu pai era o engenheiro-chefe na construção da enorme Barragem de Tarbela, 30 milhas a noroeste de Islamabad. Antes, por causa do trabalho de seu pai, eles moraram no interior da Austrália e Tasmânia, assim como na África do Sul.  Ela, ao lado dos irmãos, sempre cantava e compunha músicas para se distraírem. Seu irmão Rob deu a Rumer sua primeira guitarra. Ela aprendeu a tocar sozinha, e com ela, anos depois, escreveu todas as músicas do seu álbum de estréia "Seasons of My Soul".
Logo depois que a família retornou à Inglaterra, seus pais se separaram. Só então, aos 11 anos, ela ficou sabendo que não era filha biológica daquele que ela chamava de pai. Sua mãe havia tido um caso com um cozinheiro paquistanês e dessa relação ela nasceu. Após a separação de seus pais, ela foi morar e estudar com o seu pai adotivo em Carlisle e ava os verões em New Forest, onde sua mãe morava. Ela deixou a escola aos 16 anos e foi estudar na Art College, em Devon, mas logo depois se juntou a uma banda de indie rock chamada La Honda.
Quando sua mãe foi diagnosticada com câncer de mama, Sarah mudou-se para viver em um trailer, em New Forest, para estar junto dela e então começou a escrever suas canções. Sua mãe morreu em 2003, e Sarah teve um colapso. Ela se juntou a uma comunidade no sul da Inglaterra por um ano, onde trabalhou lavando pratos, fazendo a cama e cozinhando, depois voltou para Londres para prosseguir com a sua carreira musical. Fez de tudo um pouco: foi garçonete, camareira de hotel, vendedora de pipoca, professora, cabeleireira e ainda trabalhou na loja da Apple. Ela se apresentava em todos os lugares possíveis, sem desanimar, trabalhando duro para encontrar alguém que pudesse perceber o seu talento e que pudesse lhe dar uma chance. Sua vida começou a mudar quando, em uma apresentação no Cobden Club em Kensal Rise, foi descoberta pelo prestigiado compositor de TV Steve Brown, que ao vê-la cantar ficou hipnotizado. Ele estava ali apenas para ver o seu filho baixista tocar com a banda dele. Brown então se tornou o produtor de Rumer. Depois de preparar cuidadosamente as canções com Brown, ela finalmente conseguiu a chance de lançar o seu primeiro álbum, intitulado "Seasons of My Soul", pela Atlantic Records.
Seu nome artístico foi inspirado por alguns livros da autora britânica Rumer Godden, dados a ela pela sua falecida mãe, e sua bela voz é comparada às de Karen Carpenter e Carole King, ícones da música. Ela já se apresentou em vários festivais, entre eles o Glastonbury Festival e ganhou a iração de Burt Bacharah e Elton John. Apreciem com calma e atenção o talento dessa menina. Vale a pena!
Um grande abraço espinosense.





302 - A enorme galeria de vice-campeonatos do Cruzeiro Esporte Clube 1r6e32

Em uma discussão acaloradamente amistosa de futebol com o meu amigo e colega de trabalho Gessimar Gomes, um cruzeirense apaixonado, me dei conta da enorme quantidade de vice-campeonatos conquistados (ou de campeonatos perdidos, como queiram) em toda a história do time do Cruzeiro Esporte Clube. Resolvi, então, fazer uma rigorosa pesquisa para coletar dados da história do clube mineiro e conhecer os seus insucessos nas disputas finais das várias competições, alguns deles históricos e que causaram imensa decepção para a torcida celeste-estrelada.
Informo aos torcedores cruzeirenses que a pesquisa visa apenas registrar uma peculiaridade da trajetória da equipe da Toca da Raposa ao longo da história, funcionando tão somente como registro histórico, sem nenhuma conotação de rivalidade ou animosidade.
De acordo com os dados coletados, são 52 os títulos de vice-campeão do Cruzeiro, apenas na categoria profissional. O maior algoz cruzeirense é o seu arquirrival Atlético Mineiro que em 28 oportunidades o deixou na segunda colocação na disputa. O segundo é o América Mineiro que o bateu em 6 finais de campeonato. O terceiro é o Palmeiras que venceu 3 disputas finais contra o Cruzeiro. Vamos a todas elas:

Ano   - Campeão
TAÇA MINAS GERAIS
1975 - ATLÉTICO
1976 - ATLÉTICO
1979 - ATLÉTICO
1986 - ATLÉTICO
1987 - ATLÉTICO

CAMPEONATO MINEIRO
1922 - AMÉRICA
1923 - AMÉRICA
1924 - AMÉRICA
1925 - AMÉRICA
1926 - ATLÉTICO
1927 - ATLÉTICO
1932 - ATLÉTICO/VILLA NOVA
1933 - VILLA NOVA
1936 - ATLÉTICO
1938 - ATLÉTICO
1950 - ATLÉTICO
1954 - ATLÉTICO
1955 - ATLÉTICO
1962 - ATLÉTICO
1970 - ATLÉTICO
1971 - AMÉRICA
1976 - ATLÉTICO
1978 - ATLÉTICO
1979 - ATLÉTICO
1980 - ATLÉTICO
1981 - ATLÉTICO
1982 - ATLÉTICO
1983 - ATLÉTICO
1985 - ATLÉTICO
1986 - ATLÉTICO
1988 - ATLÉTICO
1989 - ATLÉTICO
2000 - ATLÉTICO
2005 - IPATINGA
2007 - ATLÉTICO

COPA SUL-MINAS
2000 - AMÉRICA

COPA DOS CAMPEÕES DA CBF
2002 - PAYSANDU

COPA MERCOSUL
1998 - PALMEIRAS

RECOPA SULAMERICANA
1991 - COLO COLO
1992 - SÃO PAULO

SUPERCOPA DA LIBERTADORES
1988 - RACING CLUB
1996 - VELEZ SARSFIELD

COPA DO BRASIL
1998 - PALMEIRAS

TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA (ROBERTÃO)
1969 - PALMEIRAS

CAMPEONATO BRASILEIRO
1974 - VASCO DA GAMA
1975 - INTERNACIONAL
1998 - CORÍNTHIANS
2010 - FLUMINENSE

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA
1977 - BOCA JUNIORS
2009 - ESTUDIANTES

MUNDIAL INTERCLUBES
1976 - BAYERN MÜNCHEN
1997 - BORUSSIA DORTMUND

Vejam abaixo, três momentos de grandes conquistas desperdiçadas pelo Cruzeiro.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 1o6k32

301 - O nosso América é campeão brasileiro sub-20 4u146

Ontem à noite, no Estádio o d´Areia, em Porto Alegre, em um jogo dramático, o América-MG venceu , de virada, o Fluminense-RJ, com um gol aos 46 minutos do segundo tempo e faturou o inédito título de campeão brasileiro sub-20.
O Fluminense marcou o seu gol logo aos 9 minutos do primeiro tempo, através de Maicon, em uma bela finalização, sem chances para o goleiro americano Matheus. China empatou aos 21 minutos, batendo pênalti. Depois de algumas chances perdidas, principalmente pelo time carioca, o América foi presenteado com um gol inusitado do zagueiro Lula, de costas, depois de cobrança de escanteio aos 45 minutos do segundo tempo da partida, quando tudo indicava que a decisão seria nos pênaltis. 
A jovem equipe americana, treinada pelo ex-goleiro Milagres, fez excelente campanha na competição, se classificando em primeiro lugar no Grupo 1, formado por Fluminense (ganhou por 1 x 0), Palmeiras (goleou por 7 x 0), Atlético-PR (perdeu por 1 x 0) e Ceará (ganhou por 2 x 0), conquistando 9 pontos na primeira fase. Nas quartas-de-final venceu o Cruzeiro por 1 x 0. Na semifinal bateu o Coritiba por 1 x 0. Na finalíssima ganhou de virada e de forma emocionante do Fluminense por 2 x 1 e conquistou o título. Também foi a equipe com melhor ataque e melhor defesa, além de conquistar o maior número de vitórias e a maior goleada da competição.
Esse torneio está na sua terceira edição. Em sua estreia, em 2009, o Grêmio tornou-se campeão ao ganhar do Atlético-MG por 1 x 0, na final. Em 2010 o Cruzeiro foi campeão ao ganhar do Palmeiras nos pênaltis.

Ficha do jogo:
América 2 × 1 Fluminense
Data: 20 de dezembro de 2011, terça-feira
Horário: 21h
Local: Estádio o d’Areia, Porto Alegre-RS
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliares: Júlio Cesar Henrique dos Santos e Carlos Henrique Selbach
Cartões amarelos: Washington, Kaio (América); Nelinho (Fluminense)
Gols: Maicon (Flu) aos 9m do 1° tempo, China (Ame) aos 21m do 1° tempo e Lula (Ame) aos 45m do 2° tempo.
América
Matheus; Jaílson (Diego), Lula, Anderson e Bené; China, Washington, Júnior Lemos e Kaio; Ygor (Taylor) e Flávio (Hindian).
Técnico: Milagres
Fluminense
Silézio; Igor Julião (Fabinho), Wellington Carvalho, Léo Lélis e Érick; Fábio, Éwerton, Cássio e Higor (Gullithi); Michael (Rafael) e Marcos Júnior (Nelinho).
Técnico: Marcelo Veiga

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 4d442y

300 - A Associação Atlética Banco do Brasil-AABB em Espinosa 5x3k31

A Associação Atlética Banco do Brasil de Espinosa foi criada em 19 de abril de 1972 pelos abnegados funcionários da época, que sentiram a necessidade de criar um espaço de lazer para eles e suas famílias. Localizado no Bairro Santos Dumont, exatamente na Rua Antonina Nena Salviola, n° 397, o clube do Banco do Brasil estará completando 40 anos neste ano de 2012.
O clube conta com bar, salão de festas, parque infantil, sauna, piscinas para adultos e crianças com escorregador, sala de sinuca, quadra de peteca, quadra poliesportiva, campo de areia e campo de futebol society gramado. Promove ainda, em parceria com a prefeitura, o excelente Programa AABB-Comunidade que atende crianças carentes, proporcionando a elas alimentação, esportes, ensino de música, artes e complemento educacional.
Vista aérea da AABB-Espinosa
(Foto de Gilda Rodrigues)
Os torneios de futebol de salão promovidos pela AABB ficaram na história, com disputas sensacionais e inesquecíveis. Eram uma grande atração para os entusiastas do esporte, que lotavam as dependências do clube para assistir aos jogos. Por muitas vezes o esforçado time da AABB-Espinosa se destacou, vencendo várias competições ali disputadas. Uma das mais lembradas é a final contra o forte time da EMSA, vencida por nós por 2 x 1, que levou centenas de torcedores para o clube e entrou para a história como o maior público já visto em uma partida de futebol de salão na cidade.   
istrado em toda a sua história por funcionários altruístas e determinados, já que o cargo não é remunerado, o clube sobrevive atualmente apenas com as suas próprias receitas, das mensalidades dos associados e aluguel do salão de festas, sem participação financeira do Banco como antigamente acontecia. Mas mesmo com todas as dificuldades, a associação resiste firmemente, com a istração obstinada do desprendido João Carlos Amarante de Castro, um dos seus maiores defensores. Outros funcionários apaixonados pela AABB-Espinosa também foram presidentes, dando a sua importantíssima colaboração na melhoria das instalações do clube, como Walter Rodrigues Pinto, Carlos Magno Tolentino Vieira e Fernando Gomes Franca, entre outros. Tive o prazer de dar a minha pequena contribuição ao clube por um breve período e sei das imensas dificuldades por que a o na condução da associação, razão pela qual tenho o maior respeito e iração por todos eles. 
Vejam algumas imagens da AABB-Espinosa.

















299 - "O Início, o Fim e o Meio" da vida de Raul Seixas 1j4z36

No dia 27 de janeiro de 2012 estreia nos cinemas do país, o documentário "O início, o Fim e o Meio", produzido em 2011 e dirigido pelo paraibano Walter Carvalho (o mesmo de "Cazuza") e Leonardo Gudel, que mostra a trajetória de sucessos, excessos e polêmicas do maior roqueiro da história da música brasileira, o "Maluco Beleza" Raul Seixas. O documentário foi apresentado em outubro, no Festival de Cinema do Rio e chegará ao grande público nos cinemas em janeiro próximo. O nome foi retirado da música "Gita", um dos maiores clássicos do artista baiano.
O filme mostra entrevistas e imagens de arquivo de toda a existência do grande ídolo de milhões de brasileiros, além de depoimentos de artistas como Paulo Coelho, seu grande parceiro, Renato e seus Blue Caps, Tarik de Souza, Nelson Mota, Caetano Veloso, Roberto Menescal, Tom Zé, Pedro Bial, Marcelo Nova, entre outros,  e de suas ex-mulheres (cinco) e filhas (três).
Raul Santos Seixas nasceu em Salvador, na Bahia, aos 28 de junho de 1945, filho do engenheiro da estrada de ferro Raul Varella Seixas e de Dona Maria Eugênia Santos Seixas. Desde a pré-adolescência Raul já era bastante influenciado pela música que fazia sucesso nos EUA através dos discos que chegavam às suas mãos pelos amigos do consulado americano. O rock and roll de Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richards e o Blues das décadas de 50 e 60 fizeram a cabeça do garoto e o transformaram em um roqueiro entusiasmado, que logo criaria as suas primeiras bandas: "The Panters" e "Raulzito e os Panteras". Era o início de tudo.
O primeiro disco de sucesso, Krig-Ha Bandolo!
O sucesso chegou com o ótimo disco "Krig-Ha Bandolo!", de 1973, que apresentava os hits "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa", "Al Capone", e "Metamorfose Ambulante". Outros discos lançados também fizeram sucesso, como "Há Dez Mil Anos Atrás" e "O Dia em que a Terra Parou". Outros fracassaram. Depois do sucesso, vieram as drogas e o alcoolismo, que o deixaram em situação delicadíssima, principalmente pelos problemas de saúde causados pelo diabetes que o atormentava. A ausência em shows agendados ou a presença em apresentações completamente bêbado, custaram o abandono dos homens do show business, relegando-o ao ostracismo por um bom tempo. No ano de 1982, em um show em Caieiras, São Paulo, ele quase foi linchado pela plateia que suspeitou se tratar de um impostor, visto que ele se apresentava completamente bêbado, inchado e errando as letras das músicas. Foi preciso a intervenção da polícia para salvá-lo.

A carreira de Raul alternou bons e maus momentos. Em 1974 ele e o parceiro Paulo Coelho criaram a "Sociedade Alternativa", uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, onde a principal lei era "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei". A música de mesmo nome faria enorme sucesso e até hoje é uma de suas composições mais tocadas.
Depois de muito sucesso, muitos casamentos desfeitos, drogas e muito álcool, Raul estava abatido, enfraquecido e com a carreira estagnada. Só mais tarde, em 1989, em uma parceria com o roqueiro também baiano Marcelo Nova, vocalista do "Camisa de Vênus", ele voltaria ao trabalho, mesmo estando bastante debilitado, com 50 apresentações pelo país e lançaria o último disco: "A a do Diabo".

Marcelo Nova e Raul Seixas, o último trabalho
Na manhã do dia 21 de agosto de 1989, Raul Seixas seria encontrado morto em seu apartamento no Edifício Aliança, em São Paulo, vitimado por uma parada cardíaca. Sob o aplauso de milhares de iradores fiéis, ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

DISCOGRAFIA RAUL SEIXAS

ÁLBUNS DE CARREIRA:
1968 – RAULZITO E OS PANTERAS – Lançado em LP, K7 e CD
1971 – SOCIEDADE DA GRÃ-ORDEM KAVERNISTA APRESENTA SESSÃO DAS 10 – Lançado em LP, K7 e CD
1973 – OS 24 MAIORES SUCESSOS DA ERA DO ROCK – Lançado em LP, K7 e CD
1973 – KRIG-HA, BANDOLO! – Lançado em LP, K7 e CD
1974 – O REBÚ (Trilha sonora original – Raul Seixas e Paulo Coelho) – Lançado em LP, K7 e CD
1974 – GITA – Lançado em LP, K7 e CD
1975 – 20 ANOS DE ROCK – Lançado em LP, K7 e CD
1975 – NOVO AEON – Lançado em LP, K7 e CD
1976 – HÁ DEZ MIL ANOS ATRÁS – Lançado em LP, K7 e CD
1977 – RAUL ROCK SEIXAS – Lançado em LP, K7 e CD
1977 – O DIA EM QUE A TERRA PAROU – Lançado em LP, K7 e CD
1978 – MATA VIRGEM – Lançado em LP, K7 e CD
1979 – POR QUEM OS SINOS DOBRAM – Lançado em LP, K7 e CD
1980 – ABRE-TE SÉSAMO – Lançado em LP, K7 e CD
1983 – RAUL SEIXAS – Lançado em LP, K7 e CD
1984 – RAUL SEIXAS AO VIVO – ÚNICO E EXCLUSIVO – Lançado em LP, K7 e CD
1984 – METRÔ LINHA 743 – Lançado em LP, K7 e CD
1985 – LET ME SING MY ROCK AND ROLL – Lançado somente em LP
1986 – RAUL ROCK VOLUME 2 – Lançado em LP, K7 e CD
1987 – UAH-BAP-LU-BAP-LAH-BÉIN-BUM – Lançado em LP, K7 e CD
1988 – A PEDRA DO GÊNESIS – Lançado em LP, K7 e CD
1989 – A A DO DIABO – Lançado em LP, K7 e CD

ÁLBUNS POSTUMOS:
1991 – EU, RAUL SEIXAS (Ao Vivo – Show na Praia do Gonzaga, Santos/SP - 1982) – Lançado em LP, K7 e CD
1992 – O BAÚ DO RAUL – Lançado em LP, K7 e CD
1993 – RAUL VIVO (Ao Vivo – Shows em São Paulo - 1983) – Lançado em LP, K7 e CD
1994 – SE O RÁDIO NÃO TOCA (Ao Vivo – Show em Brasília - 1974) – Lançado em LP, K7 e CD
1998 – DOCUMENTO – Lançado somente em CD
2003 – ANARKILÓPOLIS – Lançado somente em CD
2005 – O BAÚ DO RAUL REVIRADO - Lançado somente em CD como brinde do livro "O Baú do Raul Revirado"

CAIXAS (EDIÇÕES ESPECIAIS):
1995 – RAUL/Série Grandes Nomes (Caixa com 4 CDs e livreto ilustrado)
2002 – MALUCO BELEZA (Caixa com 6 CDs e livro ilustrado)
2009 – 20 Anos Sem Raul Seixas - Box com CD + DVD. Reedição do CD e VHS "Documento" lançado em 1998, incluido a faixa inédita Gospel.
2010 – 10.000 Anos à Frente – (Caixa com 6 CDs + libreto)

Aqui o trailer do documentário "Raul Seixas - O Início, o Fim e o Meio":



Uma música do Raul não tão conhecida assim, mas de uma letra maravilhosamente bela.
Canto para Minha Morte
Raul Seixas

Eu sei que determinada rua que eu já ei
Não tornará a ouvir o som dos meus os
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar Vestida de cetim
Pois em qualquer lugar
Esperas só por mim
E no teu beijo
Provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo
Mas tenho que encontrar
Vem Mas demore a chegar
Eu te detesto e amo
Morte, morte, morte que talvez
Seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte
Uma das tantas coisas que eu nao escolhi na vida
Existem tantas... um acidente de carro
O coração que se recusa a bater no próximo minuto
A anestesia mal-aplicada
A vida mal-vivida
A ferida mal curada
A dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido
Ou até, quem sabe
O escorregão idiota num dia de sol
A cabeça no meio-fio
Ó morte, tu que és tão forte
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres
Me buscar
Que meu corpo seja cremado
E que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos
Na palavra rude que eu disse para alguém
Que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber / Aquela noite...

Abaixo alguns vídeos de belas canções menos conhecidas de Raul Seixas. O último, da música "Capim Guiné" é em homenagem ao meu grande amigo Tião Xavier, fã alucinado de Raul.