1322 - A tradição resiste ao tempo 3v32k

Mês de agosto em Montes Claros é tempo de sair às ruas para apreciar a centenária tradição dos Catopês, Marujos e Caboclinhos. Já são 176 anos desta tradicional festa que alegra e emociona não só os que dela participam, na sua maioria pessoas humildes, mas todos os que valorizam a cultura e a beleza das manifestações religiosas populares.

Neste ano as festas ocorreram entre os dias 19 e 23 de agosto. Concomitantemente aconteceu o 37º Festival Folclórico, que promoveu shows musicais com vários artistas, entre eles Tino Gomes, o espinosense Yuri Popoff e Beto Guedes. Nesta edição, a organização fez uma mudança no local da festa, que se mostrou bastante equivocada. Depois de muitos anos em que as barraquinhas de comidas e bebidas eram montadas na Praça da Matriz e na Avenida Coronel Prates, desta vez houve a mudança para a Avenida Afonso Pena, com a ideia de não atrapalhar o trânsito e a circulação dos ônibus urbanos. Só que o espaço ficou muito apertado para a circulação dos frequentadores da festa, causando enormes transtornos até para quem queria apenas assistir aos shows. A insatisfação era geral com a falta de espaço e deve provocar mudanças para o próximo ano.

ei pela festa na sexta-feira à noite por um breve período e fiquei mais tempo no sábado, com o intuito de assistir à apresentação de Beto Guedes. Mesmo com a demora para iniciar os shows e o tamanho desconforto do espaço disponível, valeu a pena, principalmente por encontrar gente da nossa terrinha, como Lúcia Cangussu, Maíla Tolentino, Bruno Giordani e o casal Lia e Waldir do Bakana, acompanhados dos seus familiares, fato que sempre me traz alegria.
O show de abertura, com a banda montesclarense Berro D´Água, me surpreendeu positivamente, com a turma apresentando um som bem rock and roll, com o repertório próprio que faz parte do seu primeiro álbum. A apresentação de Beto Guedes, logo a seguir, deixou-me meio insatisfeito, não pela qualidade das canções do cantor e compositor filho do baiano mestre Godofredo Guedes, que são maravilhosas, mas pela qualidade duvidosa do ajuste do som do evento, que deixava quase inaudível a voz do artista. Saí dali bem antes do final, um pouco decepcionado com a estrutura montada para o show, mas de qualquer maneira valeu, pois sempre é bom ter a oportunidade de assistir a um artista de raro talento como Beto Guedes.

No domingo à tarde, estive acompanhando a procissão de encerramento das Festas de Agosto, uma maravilha da cultura brasileira, com gente simples e humilde externando a sua fé inabalável pelas ruas da cidade de Montes Claros, com seus estandartes e capacetes coloridos e uma energia contagiante. Para embelezar ainda mais o desfile de encerramento dos Catopês, Marujos e Caboclinhos pelas ruas da cidade, a banda de música da Polícia Militar contribuiu com a sua sempre interessante participação. Que a tradição se mantenha sempre firme e forte por gerações e gerações!

Um grande abraço espinosense.

1321 - A invasão dos edifícios no Bairro Todos os Santos 11r4o

Nos últimos anos a paisagem do tradicional Bairro Todos os Santos em Montes Claros vem sofrendo uma veloz metamorfose visual. Localizado bem próximo ao centro da cidade, o bairro de nome interessante vem mudando completamente a sua principal característica, a de abrigar, quase que totalmente, casas residenciais, substituídas cada vez mais pelos altos prédios de apartamentos. A mudança se dá muito em função da sua boa localização e da proximidade da Unimontes, que atrai muitos estudantes de cidades circunvizinhas. 

O Bairro Todos os Santos, que se destaca por possuir todas as suas ruas com nome de santos e santas, abriga uma grande quantidade de pessoas idosas, muitas delas aposentadas. Os filhos dessa turma já iniciaram novas famílias e residem em outros bairros da cidade. Quando os idosos pais vêm a falecer, a alternativa que os filhos têm é vender a propriedade para as construtoras, que investem na construção de grandes prédios de apartamentos, bem mais rentáveis. 

O resultado dessa irreversível mudança é o aumento substancial do tráfego de veículos nas ruas do bairro, pois onde havia uma família com 1 ou 2 carros, surge um edifício com cerca de 20 apartamentos e igual número de automóveis, ou até muito mais. A tendência é que a coisa só piore com o tempo, ficando cada vez mais perigoso e engarrafado o trânsito no interior do bairro, ainda mais agora com a construção de um shopping center e o término da nova avenida sanitária nas margens do Córrego Pai João, que ligará o Todos os Santos ao Edgar Pereira. Se por um lado a nova avenida traz facilidades de o a outros bairros, o aumento do trânsito certamente trará seus problemas. Mas tudo bem, é o preço do desenvolvimento.

Um grande abraço espinosense.

 

1320 - A fantástica mente criativa de Nek Chand no Rock Garden 415e6o

Tudo começou de maneira bem simples, fruto de uma extravagante ideia de Nek Chand, um humilde funcionário do Departamento de Obras Públicas da cidade indiana de Chandigarh. Em seu tempo de folga, após o trabalho, ele ou a coletar materiais provenientes de locais de demolição ao redor da cidade e começou a criar um jardim de pedra no meio da floresta, entre o Complexo do Capitólio e o Lago Sukhna. Seu trabalho começou em 1957, de maneira sigilosa, visto que a ocupação do terreno era ilegal. Chand construiu, secretamente e durante 18 anos, um belíssimo jardim de pedra no meio da floresta, com uma série de obras de arte fantásticas, utilizando apenas resíduos de construções e demolições. Entre elas estão estátuas de homens, mulheres e muitos animais. Em 1975, o governo descobriu as construções na floresta e pretendeu destruir tudo, mas Chand ganhou o apoio da população e conseguiu apoio governamental para continuar e terminar a sua obra.

Com uma área de cerca de 40 hectares, o local ou a se chamar Rock Garden e foi inaugurado como um espaço público em 1976, com cerca de 2.000 estátuas, cascatas e anfiteatros em seu interior. Em 1997 foi criada a Fundação Nek Chand, uma instituição de caridade e que também ficou responsável pela istração da original atração turística indiana.

Essa espetacular criação visionária de Nek Chand se tornou um atrativo na Índia, sendo visitado diariamente por mais de 5 mil pessoas, com mais de 12 milhões de visitantes desde a sua criação. Atualmente é a segunda maior atração turística da Índia após o Taj Mahal.

A realização do sonho de um homem simples e visionário deu ao mundo uma maravilha da arte. Ele faleceu aos 12 de junho de 2015, mas deixou a sua marca extraordinária para as gerações futuras.

Um grande abraço espinosense.

 

Nek Chand, o criador do Rock Garden

1319 - Levi conquista o sagrado direito ao ócio 6e6u13

Missão cumprida! Após 37 anos de excelentes serviços prestados ao Banco do Brasil, o funcionário Levi Gomes Silva consegue o direito sagrado de desfrutar da aposentadoria. Levi era um dos meus colegas de trabalho na Tesouraria Regional de Montes Claros e, no final deste mês de julho de 2015, viu chegar a tão sonhada hora de dar adeus ao batente e descansar de anos e anos de duro e desgastante trabalho diário. 

Para comemorar a data, os colegas e amigos se reuniram em uma familiar confraternização, com participação musical do trio de músicos Allen Raja, Fabiano e Charles, que deram um show de interpretações de velhas e recentes canções clássicas do Rock´n´Roll. 

Ao nosso amigo Levi, o desejo de seus colegas de que a sua fase de descanso e relaxamento seja aproveitada intensamente e da mais proveitosa maneira, com muita saúde, tranquilidade e entusiasmo. Boa sorte e seja muito feliz!

Um grande abraço espinosense.