Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

terça-feira, 20 de outubro de 2020 1g2n4w

2526 - Atlético e América, bem; Cruzeiro, mal 266v3q

O ano vai se aproximando do seu fim e os campeonatos nacionais de futebol vão se encaminhando para o final da primeira fase, o chamado primeiro turno. Os maiores times mineiros seguem caminhos completamente diferentes, com performances antagônicas. 

Na Série B, faltando apenas três rodadas para o término do primeiro turno, o América, que ainda enfrentará o Brasil de Pelotas e o Confiança em casa e o Avaí fora, está na terceira posição na tabela, com um aproveitamento de 60,4% e 29 pontos ganhos. São 16 partidas disputadas, com 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 15 gols marcados e 9 sofridos, saldo de 6. O Coelho de Lisca está muito bem na competição, figurando entre os primeiros colocados e atualmente no grupo dos quatro times que irão conseguir o almejado o à primeira divisão. Hoje à tarde enfrenta o Brasil no Independência e tem tudo para confirmar sua boa performance momentânea.   


Já o seu estreante companheiro de Série B continua seu calvário. O glorioso Cruzeiro continua amargando o mais triste e difícil período de sua vitoriosa trajetória pelos gramados de Minas Gerais, do país e do mundo. Com a queda para a segunda divisão em 2019 e a perda de 6 pontos na competição deste ano devido a uma multa da FIFA, o Cruzeiro a por péssimos momentos. Neste instante o time integra a zona de rebaixamento, com a 19ª posição na tabela, acima apenas do Oeste. São apenas 13 pontos conquistados em 16 partidas, com 5 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, 15 gols marcados e 16 sofridos, saldo negativo de 1. O aproveitamento é pífio, apenas 39,6%. Para encerrar sua participação no primeiro turno, irá enfrentar hoje à noite o Operário fora de casa, quando Felipão estreará no comando da equipe, o Náutico em casa e o Paraná fora. A chegada do vitorioso e competente treinador Luiz Felipe Scolari reanimou as esperanças da torcida de uma reação monumental e de uma reviravolta espetacular na campanha desastrosa da equipe até aqui. Os números são desesperadores. Matemáticos da UFMG calculam apenas em 0,65% as chances, hoje, de o clube conseguir o retorno à Série A. Conforme os mesmos cálculos, a chance de cair para a terceira divisão é de 54%. Uma reação rápida é essencial para que esses números mudem completamente e reacendam a chama de esperança em um cenário mais animador. E para isso não há outra solução senão o retorno das vitórias. E muitas delas, e em série, pois nem empates resolvem nada. É ganhar ou ganhar para espantar para bem longe mais uma queda de divisão ou ainda a permanência na Série B em pleno ano do centenário. A missão é quase impossível, mas é preciso acreditar e lutar até o último segundo. Desistir, de jeito nenhum!


O Atlético navega em céu de brigadeiro na Série A, brigando entre os favoritos pesos-pesados do futebol brasileiro nas primeiras posições. No momento atual, o líder do campeonato é o Internacional, que faz excelente campanha e está na primeira posição com 34 pontos ganhos em 17 partidas. O atual Campeão Brasileiro, o Flamengo, é o atual vice-líder da competição, com a mesma pontuação e número de vitórias, empates e derrotas. O Inter leva vantagem no saldo de gols, com 15 contra 11 do Mengo. O time alvinegro das Gerais vinha mantendo a liderança isolada, mas tropeçou e perdeu a posição, podendo ainda recuperá-la se vencer o jogo adiado contra o Athletico, jogando em casa, no Mineirão, em data a ser marcada. Não há dúvida de que o Flamengo é o elenco mais qualificado do país, sendo portanto o maior favorito ao título. O Palmeiras tem o segundo melhor elenco e, mesmo apresentando um desempenho medíocre, ainda pode ser considerado um dos favoritos à conquista da taça de Campeão Brasileiro 2020. Outro clube que possui um elenco de qualidade incontestável é o Internacional, com alguns jogadores importantes em fase extraordinária, casos de Thiago Galhardo, Patrick, Edenílson, Víctor Cuesta e Saravia, este ótimo lateral-direito que, infelizmente, rompeu o ligamento cruzado do joelho direito na partida contra o América de Cali, pela Libertadores. O elenco do Atlético é bom, mas ainda necessita de alguns reforços. Carece de um atacante goleador, de um zagueiro rápido, de um meio-campista de criação, no mínimo. O elenco é muito jovem e inconstante e precisa ganhar malícia e experiência para render mais. O time ainda está em formação, mostrando instabilidade e desempenhos completamente distintos nos dois tempos das mesmas partidas. A posição atual na tabela, a terceira com possibilidade de retornar à primeira, é para ser comemorada pela torcida e não lamentada. É o que penso. 
No jogo de ontem à noite em Salvador contra o Bahia, o Atlético foi avassalador no primeiro tempo, encurralando o adversário em seu campo e não lhe dando quaisquer chances de contra-ataque. Mas a boa atuação atleticana pecou nas finalizações. O time mineiro balançou as redes baianas apenas uma vez, perdendo um caminhão de chances de gol, mas terminou a primeira etapa na frente do placar com 1 x 0. Tudo ia bem para o Atlético, que com essa vitória, mesmo que magra, estava recuperando a liderança do campeonato. Mas tudo mudou de repente. O Bahia mudou o esquema, trocou jogadores e adotou uma postura mais agressiva na busca pela reviravolta no placar. E com o inacreditável marasmo apresentado pelo Atlético no segundo tempo, conseguiu a reação com todos os méritos. O Atlético redescobriu algumas velhas e imutáveis máximas do futebol: "O jogo só termina quando acaba", "Cochilou, o cachimbo cai" e "Quem não faz, leva!". Não adianta nada ter melhores números na estatística, com maior posse de bola, maior número de es, maior número de chances criadas, mais chutes a gol, mais escanteios a favor etc, se o gol adversário não for vazado mais vezes que o seu. O Bahia mereceu vencer porque foi eficiente e mortal quando apareceram as chances de gol, com uma atuação impecável do centroavante Gilberto, em noite iluminada. Agora é preciso seriedade, planejamento e eficiência para o Atlético vencer o próximo adversário, o Sport Recife, no Mineirão, sábado, às 21 horas. Não há outra opção se quiser sonhar com o título: ganhar ou ganhar!


Ando percebendo tristemente, em uma grande parcela dos torcedores atleticanos, um sentimento nocivo de ingratidão com alguns profissionais que vestiram ou vestem a nossa gloriosa camisa. Quase que sempre, alguns torcedores detonam profissionais sérios e dedicados com ataques injustos. A crítica ao desempenho deles em campo é válida, natural e aceitável. Mas não posso concordar com a ingratidão. Há pouco tempo vi jogadores fundamentais em nossas grandes conquistas recentes, como o "Santo" Victor e o zagueiro-artilheiro Réver, sendo massacrados por parte da torcida, por terem falhado em lances pontuais em campo. Victor foi trucidado nas redes sociais e grupos de Whatsapp por levar um frango na derrota para o Santos, após ter entrado em campo para substituir Rafael, expulso em um lance bizarro. O grande capitão Réver é constantemente atacado, chamado de velho, lento e ultraado. Acho tremendamente injustas e inadequadas tais afirmações. Esses atletas são exemplos de profissionais sérios e dedicados ao clube, com grandes atuações que nos levaram a memoráveis conquistas e alegrias inesquecíveis. As críticas podem e devem ser feitas, mas com respeito e gratidão. Isso vale para todos que vestiram a nossa gloriosa camisa e, mesmo com suas limitações técnicas, táticas e físicas, defenderam as cores do clube com honra, vontade e seriedade. Tenho o maior respeito e consideração pelos jogadores que defenderam com integridade o nosso manto sagrado e que foram muito importantes em vários momentos da vida do clube como Patric, Elias, Fábio Santos, Edcarlos, Otero, Cazares e tantos outros mais. Temos muito o que agradecer a todos os atletas campeões (ou não) que se desdobraram em prol do Atlético em toda sua trajetória centenária. Não podemos nos esquecer de reconhecer com imensa gratidão o trabalho dos jogadores que nos resgataram da Segunda Divisão em 2006: Diego Alves (hoje no Flamengo), Édson, Bruno, Luisinho Netto, Daniel Marques, Marcos, Thiago Feltri, Rafael Miranda, Danilinho, Márcio Araújo, Bilu, Marcinho, Éder Luís, Galvão, Marinho, Tchô, Roni, Lima, Ramon, Dinélson, Marquinho, Tony, Thiago Júnio, Zotti, Rodrigo Dias, Adriano Júnio, Leandro Castan (hoje no Vasco), Renan, César, Zé Antônio, Henrique, além do treinador Levir Culpi e demais integrantes da comissão técnica. Cada jogador que entrou em campo e deu a sua colaboração para o time, mesmo que mínima, merece todo o nosso reconhecimento. Obrigado a todos os que deram seu suor para colocar o Atlético no lugar mais alto do pódio e nos encher de alegria! Gratidão é imprescindível e deve ser eterna!                
Um grande abraço espinosense.      

sexta-feira, 16 de outubro de 2020 5e5d50

2525 - O sonho da Arena MRV torna-se real a cada dia 6v111f

A apaixonada torcida do Clube Atlético Mineiro não poderia estar em momento mais esperançoso e feliz. O time é o líder isolado na tabela do Campeonato Brasileiro da Série A, com uma campanha até o momento memorável, sob o comando do competente treinador argentino Jorge Sampaoli. As atuações da equipe estão encantando os torcedores e alguns críticos de futebol de todo o país, algumas delas de alto nível técnico e tático, o que credencia o clube a sonhar com a conquista do cobiçado título nacional, mesmo com todas as dificuldades que virão até o final da competição. E não só em campo a torcida tem motivo para festejar. Fora das quatro linhas, a diretoria comandada pelo presidente Sérgio Sette Câmara mostra um bom desempenho, com decisões acertadas e a conquista de um apoio exponencial de torcedores ilustres e apaixonados como os empresários Ricardo Guimarães e Rubens Menin, que investem pesado em contratações de jogadores para o reforço do elenco atleticano. A mais recente contratação é a do atleta argentino Matias Zaracho, que era do Racing. O jogador é muito elogiado e interessou até a grandes clubes da Europa. 



Mas outro fato que vem entusiasmando sobremaneira o agitado e esperançoso torcedor atleticano é a realização de um velho sonho da imensa torcida alvinegra: a construção do estádio próprio. E o sonho já vai sendo realizado, pois o projeto da Arena MRV já está em pleno andamento, na fase de terraplanagem. Depois de criar o projeto, de conseguir os recursos necessários e de cumprir todas as complexas exigências burocráticas para o início da obra, o sonho atleticano está em rápida realização. Nos próximos dias estará sendo lançada a venda das cadeiras cativas do estádio aos torcedores. Entre os dias 17 e 19 de outubro, a venda será exclusiva para os sócios GNV Preto. Para os sócios GNV Prata a aquisição poderá ser feita a partir de 20 de outubro e a venda para o GNV Branco terá início no dia 23 de outubro. Para os torcedores que não são sócios Galo Na Veia, a oportunidade de comprar a cadeira cativa poderá ser realizada a partir de 26 de outubro. O torcedor que adquirir uma cadeira cativa na Arena MRV poderá assistir a todos os jogos oficiais com mando do Atlético pelo período de 15 anos na arquibancada oeste inferior, sem precisar adquirir ingressos. O proprietário ainda terá preferência na compra de ingressos para shows e eventos durante toda a vigência do contrato.







Existem duas possibilidades de compra das cadeiras cativas. A primeira, das cadeiras localizadas no espaço do meio de campo, com melhor visão do gramado, custará o valor de R$ 40.980,00. À vista com 7% de desconto, o valor cai para R$ 38.111,40, podendo ainda ser paga em até 20 prestações de R$ 2.049,00 (sem juros), em 30 vezes de 1.639,20 (com juros) ou em 60 parcelas de R$ 1.046,30 (com juros, para clientes BMG). Nesta opção elas serão numeradas e o torcedor terá o seu nome gravado na cadeira. A segunda opção, para as cadeiras localizadas a partir da intermediária do campo, custará o valor de R$ 30.980,00, sendo à vista com 7% de desconto, R$ 28.811,40. Ou em 20 parcelas de R$ 1.549,00 (sem juros), ou em 30 de 1.239,20 (com juros) ou ainda em 60 vezes de R$ 791,00 (com juros, para clientes BMG).
Para os mais endinheirados torcedores atleticanos há ainda a possibilidade de compra dos camarotes. São 81 opções com preços variados, dependendo da localização e tamanho. Os preços vão de R$ 1.950.000,00 para os mais bem localizados até R$ 807.500,00 para os com visão inferior do gramado. 







A realidade é que os preços estão bem distantes dos sonhos do torcedor comum, o trabalhador assalariado, mas para quem tem condições financeiras privilegiadas é uma oportunidade única de poder acompanhar in loco as emoções que sempre estarão em alta intensidade com o Atlético em campo. O final da construção da Arena MRV no Bairro Califórnia em Belo Horizonte está previsto para 2022.
Em pouco mais de dois anos, se tudo correr dentro do previsto, o Atlético terá um trunfo considerável para sua sobrevivência financeira sem fases turbulentas, como acontece atualmente. A Arena MRV será uma boa fonte de lucro para o clube e um orgulho imensurável para a sua exigente e apaixonada torcida. Espero ainda estar vivo para ter o prazer de assistir a uma partida importante do Atlético em sua nova casa. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense. 




quinta-feira, 15 de outubro de 2020 3t6xb

2524 - Professores no seu dia, algo a comemorar? 671d40

Todo dia é dia de amá-los, afagá-los, apoiá-los, respeitá-los, agradecê-los e homenageá-los, mas escolheram um dia específico para que pudéssemos externar a eles toda a nossa gratidão e amor. Professores, uns dos mais importantes personagens na vida de cada um de nós, habitantes do planeta Terra, pois sem eles e seus imprescindíveis ensinamentos, viveríamos quase que totalmente na ignorância e na escuridão intelectual. 
Mas será que temos o que comemorar neste dia dedicado a eles no nosso amado Brasil? Será que os nossos mestres estão sendo realmente valorizados e tendo os seus esforços reconhecidos? Será? A resposta é triste, injusta e revoltante. Conforme dados do Censo Escolar 2018 (Ensino Superior) e 2019 (Educação Básica) do MEC e de outras instituições, o Brasil tem 2,6 milhões de professores, o que equivale a 1,2% da população brasileira. 2,2 milhões são da Educação Básica e 1,7 milhão atuam na rede pública de ensino. 397 mil trabalham no ensino superior, sendo que 214 mil em universidades privadas.
A realidade da vida dos nossos professores é muito mais difícil e bem diferente que a imagem idealizada por grande parte das pessoas. Já foi bem pior, mas ainda há muito o que melhorar. Os salários são baixos na maioria dos casos, a infraestrutura é precária em grande parte das escolas e o reconhecimento pelo trabalho realizado fica só na conversa fiada. Muitos de nós se revoltam com eles quando eles entram em greve por melhores salários e condições de trabalho. Muitos de nós apoiam quando a Educação tem verbas cortadas. Muitos de nós atacam os professores quando seus filhos têm mau desempenho ou cometem traquinices em sala de aula, mesmo sendo repreendidos merecidamente. Muitos de nós insultam professores de forma radical, violenta e injusta, tachando-os de preguiçosos, de folgados e até de maconheiros. Agora mesmo na pandemia, muitos de nós criticam injustamente os professores como se estes não estivessem trabalhando com afinco e dedicação, até mais tempo que o normal, isolados em casa. Com tantos ataques vindos de boa parcela da sociedade, inclusive de autoridades da República, não é à toa que o Brasil, lamentavelmente, é o 1° país em ranking global de agressão a educadores. Então não temos muito o que comemorar quanto se trata da realidade dos nossos queridos mestres. Deveríamos sim, não só cumprimentá-los efusivamente hoje em redes sociais pela agem do seu dia, mas apoiá-los verdadeiramente no cotidiano, concordando e endossando suas lutas de melhoria constante da Educação e das suas condições de trabalho e remuneração.












Eu tenho muito o que agradecer a todos os professores que moldaram minha mente com seus preciosos conhecimentos, que além de me ensinar a fazer cálculos e escrever, despertaram em mim a visão ampla dos cenários; a humildade de entender a complexidade do Universo; a capacidade de usar dados, números, fatos e convicções alheias idênticas ou antagônicas para formular minhas próprias ideias; a dádiva de pensar, refletir e decidir da mais livre forma. Não devia, por poder incorrer em esquecimento e injustiça, mas vou correr o risco de listar alguns mestres a quem devo muito do que sou: Dona Dozinha Barbosa, Dona Elza Barbosa, Dona Edith Gonçalves, Dona Nair Meira, Dona Lúcia Tibo, Dona Célia Figueiredo, Dona Araci Sepúlveda, Betão Silveira, Lauro Mendes, Durvalino Nunes, Maurílio Ribeiro, Carlos Cruz, Ronald de Carvalho, Ana Luiza Neves etc. Se eu esqueci de alguém, perdoe-me por favor. A minha eterna gratidão a todas essas ilustres figuras que impactaram de maneira vital minha simples existência. E amplio esta gratidão a todos os professores e professoras de todo o mundo por sua dedicação impecável e sua importância substancial à toda Humanidade. Muito obrigado a todos os Mestres e que Deus os proteja!
Um grande abraço espinosense. 






Um acréscimo para esclarecer a história. 

Em um tempo em que se falava que "mulheres não deveriam opinar, pois nasceram para servir" e "a finalidade da mulher é ser mãe e ser rainha do lar", uma mulher pobre e negra resolveu quebrar barreiras e dinamitar o maldito preconceito. Antonieta de Barros foi eleita em 1934 como deputada estadual por Santa Catarina, a primeira negra a conseguir tal façanha. A menina que nasceu em Florianópolis, então chamada de Desterro, no dia 11 de julho de 1901, deixou para trás o analfabetismo com a ajuda dos estudantes da sua pequena pensão e alçou voos bem mais altos que a sua dura vida de lavadeira de roupas dos grã-finos de ascendência europeia locais. Defendeu com unhas e dentes a Educação e se tornou um ícone na luta pelo conhecimento. Foi ela que se formou ainda jovem como professora e iniciou o seu curso particular que levou o seu nome, lecionando primeiramente para idosos carentes e posteriormente, nos melhores colégios da cidade, para os filhos da elite. Além de professora, virou cronista, com anos e anos de artigos escritos na imprensa. E foi ela quem criou, através do seu projeto que virou a Lei nº 145, de 12 de outubro de 1948, o Dia do Professor no estado de Santa Catarina. Somente 20 anos depois a data seria oficializada para todo o país, em 15 de outubro de 1963, pelo então presidente da República, João Goulart. 
Antonieta de Barros foi uma guerreira em defesa da Educação e da Liberdade. Sua frase diz tudo: "A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da Educação". 



quarta-feira, 14 de outubro de 2020 1a2re

2523 - Dona Lió nos deixa 535c2r

A série de notícias desalentadoras vindas de Espinosa até havia dado um tempo, mas voltou a se manifestar mais uma vez com uma triste notícia, a do amento da senhora Leonídia Moreira Brandão, a conhecida e querida Dona Lió, mãe dos meus amigos Claudão e Lucídio Brandão. A informação que recebi através do Facebook dá conta de que ela faleceu ontem às 17 horas aqui em Montes Claros. 
Dona Lió, nascida aos 22 de abril de 1924, era a forte e determinada matriarca de uma família bastante respeitada na comunidade espinosense, com uma bela história de superação e honradez, criando seus filhos com total dedicação e os encaminhando no caminho do bem. Mulher digna e guerreira que vai deixar saudades. Ela tinha 96 anos.   
Aos meus amigos Claudão e Lucídio, bem como aos demais familiares, o meu sentimento de pesar pelo doloroso acontecimento. Fica a prece ao Senhor para que dê a ela o merecido descanso eterno em completa paz e para que conceda aos familiares, neste momento de tamanha dor e tristeza, a força necessária para ar com fé e resignação esta tão grande perda.
Um grande abraço espinosense.


terça-feira, 13 de outubro de 2020 6k1as

2522 - Saudades do meu amigo-irmão Dalton e de sua esposa Marivanda 1d5j5t

Já são 15 anos de saudades. Dalton Nunes Xavier, meu querido amigo-irmão da Turma da Rua da Resina nos deixou abrupta e tristemente no dia 08 de junho de 2005. E o destino ainda quis colocar à prova a fé e a resiliência dos filhos Joicy, Geysa e Danílton, quando levou três anos mais adiante, também de forma repentina e dolorosa, a batalhadora mãe Marivanda, no dia 24 de agosto de 2008. A vida é dura e difícil para todo mundo, mas sabe-se lá o porquê, alguns seres humanos parecem ser escolhidos para ar por experiências mais complexas e desafiadoras aqui na Terra. E graças a Deus, os jovens órfãos de pai e mãe mostraram sua força, resignação e determinação, enxugando as lágrimas, ando a terrível dor da perda e da separação e seguindo adiante apostando na Educação para conseguirem pavimentar um futuro de superação, realização pessoal e profissional e alegria desmedida na vida. 
Dalton Nunes Xavier nasceu aos 04 de março de 1960. Quando faleceu, tinha apenas 45 anos vividos. Sua esposa Marivanda nasceu aos 13 de outubro de 1964. Estaria comemorando exatamente hoje seus 56 anos de idade. Quando faleceu, tinha apenas 44 anos.   
Dalton era talvez o mais sereno e tranquilo integrante da nossa Turma da Resina, sempre calado, introvertido, na dele, mais escutando que falando. Mas quando requisitado, não deixava de expor sua opinião, inclusive com firmeza e propriedade. Apesar de bem quieto, Dalton era muito engraçado. A gente o zoava muito pela sua indecisão de ser sempre o último a confirmar a participação nas nossas farrinhas. Enquanto todo mundo confirmava de pronto a presença, Dalton enrolava e só no último dia, na última hora, no derradeiro minuto, ele confirmava sua indispensável participação. Em muitas oportunidades ele foi o nosso motorista, sempre cuidadoso e responsável nos transportes da turma para farrinhas em beiras de rios. Funcionário dedicado e correto, Dalton trabalhou longo tempo no estabelecimento comercial de Naim Antunes de Souza ali na praça da Prefeitura. 
Já sua esposa Marivanda, a aniversariante do dia, é um dos exemplos mais bonitos que eu tenho de uma mãe dedicada ao extremo com a família, especialmente aos filhos. Uma mulher guerreira, sempre firme e determinada na luta cotidiana para providenciar a sobrevivência digna e confortável à sua prole. Sua história de vida é encorajadora e serve de combustível para que outras pessoas se mirem em seu exemplo para vencer as vicissitudes da penosa caminhada terrena. 
Foram muitos os momentos de felicidade e alegria que amos juntos nas muitas festinhas e farrinhas da nossa turma, não sem algumas divergências pontuais, mas sempre com o mais sublime sentimento de amizade, solidariedade e lealdade. Dalton e Marivanda fazem muita falta e deixaram muita saudade em nossos corações. Mais ainda nos corações feridos dos seus filhos Joicymara (Joicy) Santos Xavier, Geysa Xavier e Danílton Xavier. Que eles mantenham por seus pais, o amor eterno, a saudade acesa e o orgulho inabalável de serem frutos de dois incríveis seres humanos.
Um grande abraço espinosense.   






2521 - O ocaso de um símbolo de BH 4r6413

Quem a pela famosa Avenida Afonso Pena, nº 1050, bem no centro de Belo Horizonte, certamente haverá de notar o bonito e imponente edifício construído em forma de meia-lua diante do Parque Municipal, ali na esquina com a Rua da Bahia. Naquele belo edifício funcionou, entre 1978 e novembro de 2018, o luxuoso Othon Palace Hotel, com seus 29 andares, 296 quartos e sua suíte presidencial de 120 m² e banheira em mármore de Carrara que ocupa a metade do 23º andar do prédio. Lá no alto do último andar funcionava o Restaurante Varandão, ao lado da piscina com visão espetacular do coração da capital Belo Horizonte. O Othon era referência de requinte no setor hoteleiro belo-horizontino, recebendo por seus 40 anos de vida muitas personalidades ilustres de todo o mundo. Por lá se hospedaram a primeira-dama da França, Danielle Mitterrand, o escritor José Saramago, os músicos Astor Piazzolla, Tom Jobim, Roberto Carlos e Nara Leão e a magnífica atriz Fernanda Montenegro, entre tantos outros personagens célebres.









Por conta da recessão econômica do país nos últimos anos, com diminuição da lotação e aumento da concorrência e das dívidas, o Othon foi obrigado a fechar as portas. O ano de 2014, com a realização de jogos da Copa do Mundo na cidade, foi o último com superávit nas contas. O hotel perdeu o status de 5 estrelas, sendo obrigado a reduzir suas tarifas por ter sido rebaixado a 4 estrelas. A partir daí os prejuízos se acumularam e ficaram impagáveis, com débitos exorbitantes de IPTU que beiram os R$ 5 milhões. Depois de fechado, o prédio foi a leilão há poucos dias com o lance mínimo de R$ 30 milhões, sem aparecer interessados. Conforme especialistas do mercado imobiliário, o desinteresse pela aquisição do hotel deve-se a vários fatores, como sua obsolescência, seu ivo tributário, os altos custos de manutenção e a necessidade de uma reforma geral em elevadores, refrigeração, ar-condicionado e rede hidráulica que ficaria em torno de R$ 12 milhões em plena retração da Economia com a ainda presente pandemia do novo Coronavírus. Contam ainda contra o edifício, a pouca oferta de vagas de estacionamento, mesmo que localizado em posição excepcional em pleno centro da cidade, e o tombamento da construção pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH), o que dificulta eventuais alterações na fachada, por exemplo. 









É muito triste ver verdadeiros símbolos de uma época de brilho e pujança como o Othon Palace de Belo Horizonte se pulverizando no ar imível do capitalismo. É mesmo de se lamentar que toda uma estrutura gigantesca de matéria e luxo antes pulsante, efervescente e de celebração se desfaça, deixando prejuízos a investidores, funcionários e demais trabalhadores indiretos que faturavam nos seus arredores. Uma pena o declínio de tão belo cartão postal da linda Belo Horizonte! Fica a lição de que, assim como nós humanos, nada, por mais grandioso que seja, é para sempre. 
Um grande abraço espinosense. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020 3t465a

2520 - Saudades de Zazá 43q2f

Hoje é dia 12 de outubro, data em que se comemora muitos e importantes fatos da História e se homenageia ilustres figuras públicas. 
Foi em um 12 de outubro que foi encontrada a imagem da Imaculada Conceição de Aparecida, no Rio Paraíba do Sul, no ano de 1717, tornando-se a santa a nossa padroeira que tanto amamos. Em 1808, Dom João VI fundava uma das mais fortes, importantes e indispensáveis instituições brasileiras, o Banco do Brasil. Em Munique, na Alemanha, os cidadãos realizavam a primeira Oktoberfest, em 1810. Em 1901, o intrépido Santos Dumont dava uma volta em torno da Torre Eiffel com seu Balão nº 6. Em 1908, o brilhante Marechal Rondon encerrava sua segunda expedição pela Amazônia. O Cristo Redentor era inaugurado na bela e maravilhosa cidade do Rio de Janeiro em 1931, tornando-a ainda mais exuberante. Para vergonha nacional, em 1995, um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, em um lamentável ato de intolerância religiosa, chutou e quebrou, em um programa de televisão da Rede Record, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. E foi em um 12 de outubro que nasceram o escritor e jornalista brasileiro Fernando Sabino (1923), o cantor, compositor e radialista brasileiro Luiz Vieira (1928), o tenor italiano Luciano Pavarotti (1935), o ator australiano Hugh Jackman (1968) e a talentosa e linda atriz brasileira Cláudia Abreu (1970). Foi também neste dia que morreram o grande congressista brasileiro Ulysses Guimarães (1992), o cantor, compositor e ator norte-americano John Denver (1997), o músico norte-americano Ray Conniff (2002) e o magnífico ator brasileiro Paulo Autran (2007). Além disso, no dia 12 de outubro se comemora o Dia Nacional da Leitura, o Dia Nacional dos Fanzines, o Dia do Cirurgião Pediátrico, o Dia do Engenheiro Agrônomo, o Dia do Corretor de Seguros, o Dia das Crianças e o Dia do Mar. 




Mas esta data também me é emocionalmente relevante por ser a data de nascimento de uma das pessoas mais importantes na minha vida: Izaías Mariano Mendes, o Zazá. Tive a honra, a alegria, o prazer, o privilégio, a bênção de trabalhar, ser chefiado e usufruir da amizade autêntica, leal e sincera de uma figura especial, diferenciada, justa, honesta e humana como poucas que conheci. Zazá foi uma luz na minha vida, sempre procurando a verdade e a justiça, indicando o caminho correto a seguir e corrigindo os equívocos cometidos, com todo o carinho e respeito. Se estivesse ainda entre nós, ele estaria completando seus 64 anos de vida. Minha imensurável gratidão a este cara é eterna! Onde ele estiver, estará sempre guardado no melhor lugar do meu coração.
Um grande abraço espinosense. 


 

sábado, 10 de outubro de 2020 j6w3o

2519 - Os estraga-prazeres 1p2cw

O objetivo fundamental do esporte mais amado de todo o mundo, o futebol, é indiscutivelmente o gol. É com a bola ultraando totalmente a linha da meta adversária, na maioria das vezes balançando as redes, que se desencadeia o orgasmo coletivo na torcida que libera o clímax de alegria no coração e alma dos apaixonados torcedores. 
Habitualmente, o personagem principal da árdua tarefa de impedir que essa explosão de alegria e prazer se estabeleça nos estádios é o goleiro, o arqueiro, o guarda-redes ou o goalkepper, em suas várias denominações. Entretanto, em algumas ocasiões extrardinárias, mesmo com o goleiro já completamente batido no lance, eis que surge como o salvador da pátria um zagueiro ou um outro jogador, que consegue, em lance espetacular, sufocar o grito de gol da torcida rival. 
Um vídeo que encontrei dias atrás na Internet nos oferece alguns exemplos incríveis de situações em que gols foram evitados com atuação impecável de alguns atletas determinados, aguerridos, corajosos e obstinados. Apreciem!
Um grande abraço espinosense.   


2518 - O astro da viola caipira Marcus Biancardini 10626f

Nem sempre o que faz mais sucesso no universo gigantesco da música mundial é sinônimo de qualidade musical. Artistas de extraordinária criatividade e talento, por conta de vários fatores, não conseguem espaço nas gravadoras, na aceitação do seu trabalho e na divulgação na mídia, enquanto outros de qualidade ruim ou duvidosa ganham os holofotes, brilham nas paradas de sucesso e tornam-se milionários. Assim é a vida de muitas pessoas também em outras áreas do conhecimento e da arte. A Justiça nem sempre existe e acontece nesse mundo terreno.
Foi esta a conclusão que confirmei ao descobrir no You Tube a performance estupenda do violeiro Marcus Biancardini. O rapaz é de Goiânia, filho do professor e físico Maurício Biancardini e da fonoaudióloga Elizabeth Reis Esselin, nascido aos 25 de outubro de 1978. De tanto ouvir violeiros tocando nas fazendas da família no interior de Goiás, ele se interessou pela coisa e aos 15 anos decidiu aprender a tocar o instrumento que ganhou de presente e que acabou o encantando: a viola caipira. Foi estudando os grandes mestres, sobretudo Renato Andrade e Tião Carreiro, que aprendeu a tocar de forma esplêndida. E não ficou por aí, explorando também outras vertentes musicais onde se destacam os instrumentos de cordas. Marcus dedicou-se aos estudos e se formou em istração de Empresas, mas a paixão pela viola falou mais alto, e ele escolheu o caminho da música.

    
Um de seus trabalhos disponíveis para compra através do seu site "http://www.marcusbiancardini.
com.br/", os volumes I e II do álbum "Viola de Gravata", oferecem uma viagem musical mágica através dos acordes e harmonias dedilhadas magnificamente em sua viola pelo Marcus Biancardini. 
São músicas clássicas de uma abrangência prazerosa, indo de "Tristeza do Jeca" a "Luar do Sertão"; de "Menino da Porteira" a "Chalana"; de canções de sua autoria a estandartes de compositores consagrados da MPB como Chico Buarque, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, como também composições de Beethoven, Mozart e dos Beatles. Todo esse tesouro sendo extraído do som inconfundível da encantada viola caipira. Marcus tem gravados outros discos: "Histórias de Viola" e "Viola de Natal" e um DVD denominado "Dois de Cordas", este em que é acompanhado pelo violonista Jairo Reis e toca uma série de canções de música erudita, caipira, popular, pop e internacional. 



Músicas dos CD "Viola de Gravata I e II":
01) Andaluzia
02) Pingo D´Água/Poeira/Serafim/Serrinha
03) Guerreira
04) Polca Caipira
05) Regresso
06) Da Espanha ao Paraguai
07) Toada Cabocla
08) Viola de Gravata II
09) Tempestade e Bonança 
10) Saudade de Minha Terra/Galopeira/Goia/Belmonte/Ocampos
11) Diálogo das Cordas
12) Palhoça
13) Viola Caipira ou Harpa Paraguaia
14) Volta ao Mundo
15) Salamanca
16) Canto das Cordas
17) Thalizia
18) Taperas
19) Pagode Caipira
20) Paragens
21) Agreste
22) Viola de Gravata
23) Guarânia do Serrado
24) Polca Medieval
25) Chapadão
Espero que esse tamanho talento do Marcus Biancardini, "expert" autodidata na viola, não fique escondido sem que milhões de apreciadores de boa música o conheçam e o aplaudam como ele merece.  
Um grande abraço espinosense.