Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024 1376s

Centenário de Espinosa - Postagem 9 2d2n4o

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

A numerosa família Freitas em Espinosa, fruto da união dos meus avôs Joaquim de Freitas e Joana Antunes, teve personagens marcantes na história de Espinosa. O mais famoso e importante foi sem dúvida Alvacy de Freitas, o Preto, que com seu carisma, popularidade e dinamismo foi eleito prefeito em duas eleições, deixando sua marca no município, especialmente na área da educação, com várias escolas instaladas na zona rural. Outro personagem dos Freitas que se destacou bastante na história de Espinosa foi Aníbal de Freitas, o Bola, cidadão digno e exemplar, gentil e atencioso, nobre e íntegro, empreendedor e ativo na sua sofisticada loja de bicicletas localizada ao lado de sua residência, à época próxima do Mercado Municipal, na famosa Rua da Resina, a Rua Coronel Domingos Tolentino.





Como naqueles tempos de outrora o automóvel e a motocicleta eram produtos caríssimos, bem distantes da imensa maioria da população espinosense, a bicicleta era o meio de locomoção mais fácil e ível. E através da sua loja, Bola proporcionou a imensa parcela da comunidade a aquisição da sua "magrela", que naquela época vinha equipada até com um farol para iluminar o caminho durante à noite. Para gerar a luz, havia um dínamo fixo ao garfo da bicicleta, que encostado ao pneu em movimento, gerava o atrito e a eletricidade pela rotação do eixo interno da peça. Quanto mais velocidade, melhor a força da luz. O dínamo ainda hoje é utilizado, mas mais moderno e embutido no cubo da roda dianteira das bicicletas modernas.




Bola movimentava a vida pacata dos moradores da cidade. Foi um promotor entusiasmado de eios e encontros de dezenas e centenas de ciclistas, inclusive com aventuras até a Barragem do Estreito e o Rio Verde Pequeno, na divisa com a Bahia. Era um cara bom, generoso e fraterno, sempre distribuindo sorrisos e bondades e surpreendendo as pessoas nas ruas com as luzes coloridas piscantes instaladas na sua bicicleta diferenciada e na sua Rural novinha.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024 72w4r

Centenário de Espinosa - Postagem 8 3f485a

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

O Rio São Domingos já foi um dia o nosso playground, a nossa reserva ecológica, o nosso parque natural, onde podíamos brincar, tomar banho, praticar esportes e até beber a então límpida água que descia sobre as areias despoluídas e brancas trazendo frutos das ingazeiras. Ali também as mulheres lavavam as roupas e os utensílios de cozinha e, mais tarde em tempos futuros, os motoristas lavavam os seus automóveis, ônibus e caminhões.
Em um espaço mais distante no tempo, lá no início dos anos 70, a velha ponte de madeira sobre o Rio São Domingos na entrada da cidade estava deteriorada e não mais oferecia segurança para a agem dos carros. Até que fosse construída outra, de concreto e mais larga, segura e resistente, o que aconteceu na istração do prefeito Alvacy "Preto" de Freitas, os carros e caminhões tiveram que atravessar o rio na agem que começava no fundo do prédio do Café Espinosa de Alisson Cruz e saía na Rua Arthur Bernardes, ao lado da casa de Sêo Vavá da Caixa. Para nós, crianças, era uma farra ver os carros ando pelo rio, especialmente quando começavam as cheias. Melhor ainda era quando apareciam os caminhões, ônibus e até uma rara carreta, que em certo dia atolou e com ajuda de tratores conseguiu subir com muita dificuldade a íngreme ladeira da rua que desembocava na Resina. Era uma festa para a gente, um divertimento sensacional.




Infelizmente não tenho e nunca vi imagens desta época, mas consegui umas fotografias antigas que mostram um automóvel Ford atolado no leito do rio, com uma multidão em volta assistindo a incomum cena ou ajudando a retirá-lo da areia. O tempo parece ser da década de 60. Na fotografia pode-se ver os fundos das casas de Crispim Vieira, João Meira e Sêo Vavá, cenário mais que familiar para mim e para os meus amigos-irmãos da Rua da Resina.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 7 u373b

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Na nossa frágil trajetória humana presenteada pelo Criador, ganhamos também a dádiva de conhecer e tornar-se amigo de muitas pessoas maravilhosas, algumas que se mantém próximas, leais e fieis e outras que se distanciam tomando rumos desconhecidos e de quem nunca mais recebemos notícia. Quando adolescente tive o prazer, o privilégio e a alegria de ser convidado, no meio dos anos 70, a integrar um time de futebol chamado Palmeirinhas, cujo dono, presidente e treinador era o funcionário do Banco do Brasil Bené. A equipe era formada por uma turma de verdadeiros craques de bola, entre eles Tatuzinho, Ernanni, Dal e Gena. Eu me sentia realizado em estar ali, jogando com tantos caras bons de bola, tratado como igual, e que resultou na conquista de amigos queridos e eternos.  



Bené nos comandava com o maior carinho, atenção e respeito. Pena que o time durou pouco tempo, pois Bené foi transferido para outra agência do Banco do Brasil e deixou Espinosa para trás. Não sei se alguma vez ele retornou a Espinosa, só sei que nunca mais tive notícias dele. A amizade e a gratidão por ele continuam vivas e firmes para sempre. Que onde estiver, ele saiba da alegria que tenho por ter tido a oportunidade de integrar o time de craques do Palmeirinhas, ao lado de grandes amigos.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024 4u1k2k

Centenário de Espinosa - Postagem 6 40w3d

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nos meus muitos anos de vida, presenciei alguns acontecimentos extraordinários na minha pequena Espinosa. Lembro-me dos fatos, mas nunca fui bom em localizar no tempo quando eles ocorreram. Mas imagino que o caso que vou narrar tenha acontecido no final dos anos 80 ou início dos 90. Um caminhão Mercedes Benz azul estava sendo abastecido no posto de Florival Rocha, quando de repente alguém notou que havia nele um início de incêndio. Imediatamente, uma pessoa de raciocínio e ação rápidas, uns dizem que foi Sidney Castro, entrou na cabine, ligou o motor e saiu em disparada com o caminhão em direção à Avenida Doutor José Cangussu, na tentativa de evitar uma explosão dos tanques de combustíveis que poderia causar uma tragédia inimaginável. Ao chegar à frente da casa de Dona Edith e da sorveteria de Sêo Agostinho, com a Escola Joaquim de Freitas do outro lado, o motorista desligou o motor e saiu rapidamente do caminhão pois as chamas já queimavam a parte externa da cabine. O caminhão estava levando uma mudança de uma família que até hoje não soube quem era e tinha em seu interior toda a mobília e ainda um automóvel. Tudo foi queimado em poucos minutos. Estávamos farreando na Praça Antonino Neves, se não me falha a memória, e quando soubemos do fato, imediatamente fomos até o local e, junto a uma grande turma de curiosos, ficamos ali apreciando o consumir das chamas. De vez em quando nos assustávamos com as explosões dos pneus. 
Uma coisa que nos deixou chateados neste dia, ou noite, foi que depois que o fogo havia cessado, fomos ver bem de perto o estrago e um policial, que estava sinalizando com cordas o local, foi bastante rude e arrogante com nosso amigo Jésus, que nada havia feito senão se aproximar para observar o que restara do incêndio no caminhão. O brutamontes o empurrou de maneira truculenta e até o ameaçou de prisão. Então, para evitar problemas com a Lei, o retiramos dali e voltamos à praça para curtir a noite, mesmo com um sentimento de tristeza pelas perdas materiais do proprietário do caminhão e dos bens da mudança da desconhecida família, mas aliviados por ninguém ter se ferido. E também felizes e orgulhosos pela ação heroica de um nosso conterrâneo.


O extraordinário acontecimento atraiu a atenção de quase toda a população da cidade, que compareceu ao local no dia seguinte para ver de perto o dano causado pelo incêndio. Sei não, mas naqueles tempos imagino que não tinha seguro, nem do caminhão nem da carga, e o prejuízo foi grande para todos. Mas quem sabe eu esteja enganado e eles foram ressarcidos? Tomara que sim!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 5 412m

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Existe um lugar maravilhoso na nossa Espinosa que, apesar do nome de Impossível, é ível a quem tiver bastante ânimo, uma boa condição física e uma alta dose de espírito aventureiro. Não sei agora nos tempos atuais, mas antigamente o Impossível era um local de difícil o e de uma beleza cativante. Só estive lá uma única vez, quando da minha juventude, em companhia dos amigos-irmãos da Rua da Resina. E foi um eio e uma farra inesquecíveis. Alugamos uma velha picape cujo motorista era um ex-namorado de Ana, posteriormente esposa do amigo Jésus Natalino Vieira. Desde o início ficamos receosos de haver alguma desavença entre eles, mas felizmente nada de conflito aconteceu. Lá fomos nós numa ensolarada manhã de domingo, a maioria acomodados na carroceria desconfortável de madeira, na estradinha tortuosa e irregular. Levávamos cerveja e gelo em um grande isopor, e as, utensílios e alimentos para serem cozidos e assados, em sacolas. Os mais fortes se encarregaram de transportar a carga pesada. Em certa parte do percurso, tínhamos que ar nos equilibrando em cima dos longos canos de ferro que levavam água dali para a cidade, uma aventura digna de filmes de James Bond. Em determinado momento, um escorregão de um sujeito descuidado no cano liso fez despencar a caixa de isopor, derramando uma pequena parte dos vasilhames de cerveja nas pedras, causando um prejuízo não só financeiro. Mas a ação rápida dos carregadores impediu o desastre total e a queda do isopor lá embaixo nas pedras da beira do rio. Dali em diante, para evitar novas surpresas desagradáveis, o percurso foi feito bem devagar, escorregando sentados sobre os canos. Adiante, próximo do canyon, montamos acampamento para fazer a farra, com Jésus assumindo a função de cozinheiro, uma de suas especialidades, enquanto outros se dedicavam a fazer o churrasco. Outros com menos ou nenhum dote culinário, como eu, ficamos só com a privilegiada tarefa de beber e servir a cerveja.   






amos todo o dia de domingo ali naquele lugar selvagem, maravilhoso, cheio de pedras e com água fria e cristalina, completamente preservado da louca destruição humana. Comemos e bebemos com fartura, contamos casos e rimos muito, como sempre acontecia nos nossos encontros e confraternizações, tudo na mais completa harmonia. Em certo momento, com Tião tirando uma soneca, o pessoal tirou sarro dele como se estivesse morto, simulando um velório, na maior zoeira, como pode se ver na segunda fotografia. Coisas da juventude!
Pela tardinha, recolhemos tudo, sem deixar lixo nenhum ali, e fizemos o caminho de volta até a caminhonete estacionada um pouco distante. Nesta volta, algumas quedas causadas por escorregões foram verificadas, o que causou gostosas gargalhadas. Nos instalamos já cansados na carroceria da picape e retornamos para casa, chegando vivos e inteiros, graças a Deus. Foi um dos melhores eios da minha vida. Nunca mais tive a oportunidade de retornar ao Impossível.
Além de mim, estiveram presentes nesta aventura no início dos anos 80, Gera de Vavá, seu irmão Quinha, Mílton Barbosa, Jésus, Carlos Gaiola, Dailsinho, Júlio César, Tião Xavier e Carlos Valmiral, além claro, do motorista, do qual não lembro mais o nome. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024 2b2y5q

3377 - Aplausos para Juraci e demais doadores de sangue 3q3u2n

Uma vida humana não tem preço. E não é somente a vida da sua mãe, do seu filho, da sua irmã ou da sua esposa. É a vida humana, de qualquer pessoa de qualquer lugar, credo, condição social, opção sexual ou caráter. Até a vida dos canalhas, perversos e criminosos tem valor incalculável e, conforme os ensinamentos do Jesus Cristo que eu acredito, deve ser defendida e respeitada, como nos recomenda com extrema clareza o sexto mandamento da Lei de Deus: "Não Matarás".
Devemos todos zelar pela vida de cada um, especialmente dos nossos familiares e amigos. E em determinadas situações em que a vida de um ser humano está em perigo de perecer, um simples ato de compaixão e generosidade pode fazer toda a diferença para que a vida se renove e permaneça saudável e vigorosa. Nenhum de nós está livre de ser vítima de um acidente ou de contrair uma enfermidade que nos coloque em situação difícil e complicada, com a necessidade urgente de reposição de sangue. E é nesta hora crucial que felizmente aparecem aquelas pessoas iluminadas por Deus, com seu altruísmo e solidariedade, para realizar uma doação. Quantas vidas já não foram salvas por estas figuras abençoadas por Deus?
Em Montes Claros, "o Hemocentro Regional de Montes Claros iniciou suas atividades em agosto de 1987 como Núcleo Regional e com a evolução dos serviços e ampliação de sua atuação na região ou a Hemocentro Regional em 1992. É responsável por 100% do atendimento da demanda transfusional pública e privada da macrorregião do Norte de Minas". (http://www.hemominas.mg.gov.br).

Parabéns e obrigado a todos vocês!


Imagens: Wagner Oliva e Jornal de Espinosa


Entre tantas pessoas de tão bom coração que deixam a tranquilidade e o conforto das suas casas e se deslocam por quilômetros à sede do Hemominas para doar gratuitamente o seu sangue que salva vidas, está um cidadão espinosense que merece todos os nossos aplausos e a nossa eterna gratidão, Juraci Ângelo da Silva. Ele recebeu no mês de novembro de 2023 o merecido reconhecimento pela sua bela atuação humanitária, após completar 10 sessões de doação de sangue para a comunidade Norte-Mineira. 
Ao mesmo tempo em que louvo a atitude linda e benevolente do conterrâneo atleticano Juraci, estendo este agradecimento sincero a todos os demais cidadãos que, de coração aberto, esforçam-se para espalhar amor e bondade, ajudando a salvar vidas de pessoas que às vezes nem conhecem. 
Que Deus proteja e recompense todos vocês!
Um grande abraço espinosense.   

Centenário de Espinosa - Postagem 4 203k54

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Assim como acontece na nossa vida pessoal, as coisas mudam constantemente. Assim também é nas cidades, com gerações chegando e outras gerações indo embora, bem como instituições sendo criadas e outras sumindo do mapa. As fotografias abaixo retratam um dia de grande importância para Espinosa na época, a inauguração da agência bancária da Minas Caixa. Início dos anos 70, promessa de mais desenvolvimento para o município. A instituição financeira funcionou por bom período na Rua Dom Lúcio, e teve como gerente Mauri Antunes, e como funcionários, figuras ilustres como Cordelúcia, Mazinho, Paulinho de Maria Nice e o saudoso Florisvaldo Lopes Cruz, o Vavá de Noeme, do Jipão e da Rua da Resina. No início dos anos 90, a Minas Caixa foi privatizada e extinta, com seus servidores sendo incorporados pelo Estado de Minas Gerais.






Nas imagens da cerimônia de inauguração, podemos ver, na primeira delas, o juiz Carlos Humberto Cruz, o advogado Caio Leão Gomes, Rivadávia Cruz e Valdemar Ribeiro da Cruz; na segunda, vemos o então prefeito Horácio Cerqueira Tolentino, o ex-prefeito Paulo Caldeira da Cruz Campos, Jaime Barbosa, Serafim Rodrigues Muniz, Zé do Hotel, Teotônio Barbosa Lima, Peônio Fagundes Jácomo, Cairo Caldeira Cruz e Sebastião da Costa Ramos, entre outros cidadãos presentes; e na terceira aparecem Ozorino Cruz, Otacílio Barbosa, Dr. Orlando Silveira, Rodolpho Cruz, Padre Martin Kirscht e Deuzinho, ilustres figuras da nossa comunidade espinosense. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 3 4w356e

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

O futebol em Espinosa sempre foi o esporte mais praticado em todo o município, até por conta da falta de estrutura na cidade até os tempos atuais, com poucos espaços e atrativos para a prática de, por exemplo, basquete, vôlei, atletismo ou handebol. Para jogar bola, qualquer espaço vazio já está pronto para usar, bastando uns tijolos, pedras ou até umas sandálias para servirem de traves. Fizemos muito isso, sobretudo na "Praça de Beto Cruz", na realidade a Praça José Soares da Silva, onde hoje está o Ginásio Poliesportivo que homenageia o grande desportista Mateus Salviola Antunes, meu "Chefe" do Cruzeirinho.
Havia antigamente na cidade times de futebol de todas as idades e pretensões, alguns sérios e competitivos e outros formados somente para brincar e farrear pelo município, como fazia muito bem o famoso Mais Uma. Aos domingos, a turma se reunia e saía para as localidades da zona rural para bater uma bolinha com os times locais e, principalmente, fazer aquela farra após a partida, com muita cerveja e cachaça. Aliás, o gole corria solto antes e até durante as partidas, dizem as más línguas. 
A turma do Mais Uma era espetacular, formada por gente da melhor qualidade, como pode-se ver nestas fotografias um tanto embaçadas. Mas consegui reconhecer a maioria dos seus atletas. Na primeira, a partir da esquerda, em pé, estão o "dirigente" Paulinho de Florival, o segundo não consegui identificar, o goleiro Juju do Banco do Brasil, Leizinho, Zeca Mendes, o sexto não consegui identificar, Lidoninho e Djalma Tolentino. Agachados estão Mazinho, Waltinho, Geraldinho, Darci e Baianinho. Nesta foto estão ausentes alguns dos maiores destaques do Mais Uma, como os atletas Merindão, Elair, Valdivino, Maurílio, Eustáquio de Juca e Zé Orlando, por exemplo.


Já nesta outra imagem, podemos ver outros integrantes da equipe mais animada e farrista da cidade. Temos, a partir da esquerda, em pé, Tone Mané Véio, Leizinho, o goleiro de quem esqueci o nome, Zé Orlando, Lidoninho, Tone Lacrau, Merindão, Zé Bonitinho, Waltinho e Haroldinho. Agachados estão Maurílio, Mazinho, Elair, Betão, Valdivino e Lucídio.  



Infelizmente, alguns desses amigos já estão em outra dimensão, casos de Tone Mané Véio, Lidoninho, Zé Bonitinho, Elair, Darci e Zeca Mendes. Os demais abandonaram os campos por conta da idade, mas nunca perderam a alegria e o espírito de amizade que sempre os uniu. Saudades do +UMA!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024 5x1dq

3376 - Morre Franz Beckenbauer 272v1z

Nem bem nos recuperamos do falecimento de um ícone do futebol mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo, e eis que outro gigante nos deixa. O alemão Franz Anton Albert Beckenbauer, craque de primeira grandeza do futebol da Alemanha, morreu ontem, dia 7 de janeiro de 2024, aos 78 anos.



O Kaiser (Imperador) se notabilizou nos gramados como um jogador inteligente, versátil, habilidoso, elegante e vitorioso, sendo, ao lado do brasileiro Zagallo e do francês Didier Claude Deschamps, os únicos vencedores da Copa do Mundo de Seleções da FIFA como atleta e como treinador. A imagem mais impactante do astro alemão é a da sua intensa dedicação em campo, atuando mesmo com uma grave lesão na clavícula em boa parte da partida contra a Itália na semifinal da Copa do Mundo de 1970, no México, vencida pelo time italiano por 4 x 3, naquela que é considerada uma das mais lindas e perfeitas partidas da história do futebol.



Depois de se consagrar na Europa, foi jogar nos Estados Unidos, no Cosmos de Nova York, ao lado de Pelé, Marinho Chagas e Carlos Alberto Torres, ajudando a disseminar na Terra do Tio Sam o futebol. Após abandonar os gramados, continuou trabalhando no futebol como treinador, conquistando títulos com o Bayern de Munique, especialmente três Champions League em sequência (1973–74, 1974–75 e 1975–76) e levando a Seleção da Alemanha a duas finais de Copa do Mundo, sendo Vice-Campeão em 1986, derrotado pela Argentina de Diego Armando Maradona, e Campeão em 1990, vencendo na final a mesma Argentina.



O craque Franz Beckenbauer desfilou seu imenso talento pelos gramados do mundo, mostrando sua técnica apurada e seu futebol vistoso e elegante, conquistando iradores, prêmios, vitórias e conquistas que o levaram a ser reverenciado por aficionados pelo futebol do mundo inteiro. Não à toa em Espinosa, muito tempo atrás, um garotinho muito bom de bola que integrava a nossa equipe do Cruzeirinho, treinada por Domingão de Gino, recebeu o apelido que o acompanha até hoje: Zezinho Beckenbauer.
O astro do Bayern de Munique, da Seleção Alemã e do Cosmos, foi atleta, treinador, comentarista esportivo, presidente de clube e dirigente da FIFA, uma trajetória de sucesso.
Descanse em paz, gênio da bola Franz Beckenbauer!
Um grande abraço espinosense.

Centenário de Espinosa - Postagem 2 6e5s1y

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Não tenho muito o que reclamar da vida, pois apesar de algumas vicissitudes adas, como acontece com todo mundo, ainda estou vivo, com alguma energia e saúde e com uma memória razoável, o que me faz lembrar direitinho desses personagens da fotografia abaixo.


    
Esta velha fotografia foi tirada no quintal da casa de meus tios João Fernandes Vieira e Maria Geralda Tolentino Vieira, esta minha amada Tia Lia. A casa ainda existe e está situada nos fundos da atual Escola Estadual Betânia Tolentino Silveira. Naquela época, além de trabalhar no Grupo Dom Lúcio como merendeira, Tia Lia trabalhava incessantemente assando biscoitos no forno de lenha, os mais crocantes e saborosos da Terra, para ajudar a sustentar a família. Nesta época, nós ainda adolescentes, eu e os seus filhos e meus primos Carlos Magno, o Magrão, Marco Aurélio, o Lelo, e Júlio César, curtíamos a liberdade jogando futebol e lendo revistinhas em quadrinhos. Como pode-se notar na imagem, Lelo está segurando a bola e eu, com a mão no queixo e um olho fechado por conta da intensa claridade do Sol que incomodava a minha miopia, estou segurando uma revistinha do Mickey e do Pateta, certamente. Magrão estava com alguma contusão no joelho, visto que usava uma faixa no esquerdo. E Júlio usava no seu cabelo liso e grande, uma touca de plástico de carregar frutas, bastante comum naqueles tempos. Mulheres normalmente naquela época não usavam calças compridas, quase que só vestidos e saias, como pode se notar na foto, onde aparecem, a partir da esquerda, Vera Oliva, minha mãe Juvercina (Zu) Tolentino, minha irmã Joana D´Arc, minha Tia Lia e meu Tio João de Crispim Vieira.
Bons tempos!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 1 1m5p3u

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Poderia começar esta série falando de tanta coisa e tanta gente que fiquei indeciso, mas resolvi iniciar falando de uma dupla de personagens especiais e singulares, por quem eu, e acredito muita gente na cidade, tinha enorme carinho e iração. Falo do casal Waldir e Lia do Bakana.
Enquanto Waldir era um sujeito sossegado, sereno e de fala quase sussurrante, sua amada esposa Lia era opostamente elétrica, agitada e de dar sonoras gargalhadas. Eles se completavam felizes no cotidiano de batalhar da maneira mais digna e íntegra pela sobrevivência na gestão do barzinho Bakana, vencendo na vida e tendo a clarividência de encaminhar os seus três filhos no caminho da educação e do bem.
Por muitas vezes estive no Bakana, tomando cerveja no reservado lá do fundo junto com os amigos, ainda adolescente. Já adulto, saíamos do Banco do Brasil para "molhar a palavra" lá com uma cerveja gelada e "encher o bucho" com os seus tradicionais frangos assados, além de, é claro, bater um prazeroso papo com os amigos e escutar com atenção os inúmeros e hilários "causos" do farto repertório de Waldir.
Com toda certeza, ambos, Waldir e a cruzeirense Lia, estão em um bom lugar, com o Criador.  
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 




3375 - A voz cristalina e saborosa de Vanessa da Mata 3k3l4l

Minhas cantoras preferidas, acho que já contei aqui para vocês em diversos momentos quais são elas. 
Foi ao assistir na TV Globo a um show de Elis Regina no ano de 1980, na interpretação da música "Atrás da Porta" (composição de Chico Buarque e Francis Hime), que me apaixonei imediata e profundamente pela "Pimentinha". Arrepiei-me todo ao ver e escutar aquela baixinha talentosa e poderosa cantar daquela maneira mágica e impactante, com lágrimas nos olhos, mas sem perder a voz e a técnica impecável. E continuo me emocionando quando assisto novamente a esta cena histórica da melhor cantora do Brasil de todos os tempos. Na minha opinião, obviamente.
Depois de Elis, a primeira isolada no pódio, vêm Gal Costa, Maria Bethânia, Cássia Eller, Paula Toller, Beth Carvalho, Marisa Monte e Leila Pinheiro. E tem também uma mulher linda que eu adoro, com seus longos cabelos cacheados, nascida na pequenina cidade de Alto Garças, no Mato Grosso, aos 10 de fevereiro de 1976, a senhorita Vanessa Sigiane da Mata Ferreira. Compositora de qualidade e possuidora de uma voz linda, cristalina e cativante, Vanessa da Mata já conquistou o público e o sucesso com músicas gostosas demais como "Ainda Bem", "Boa Sorte/Good Luck", "Não Me Deixe Só", "A Força Que Nunca Seca", "Ai, Ai, Ai...", "Amado" e seus oito álbuns de estúdio lançados.
 
Álbuns de estúdio:
Vanessa da Mata (2002)
Essa Boneca Tem Manual (2004)
Sim (2007)
Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias (2010)
Vanessa da Mata canta Tom Jobim (2013)
Segue o Som (2014)
Quando Deixamos Nossos Beijos na Esquina (2019)
Vem Doce (2023)


O que mais ouvimos por aí dos melancólicos e nostálgicos é que a música brasileira de qualidade sumiu do mapa. Mentira! Fake News! Conversa fiada! Papo furado! É só apego ao ado e uma preguiça danada de procurar. A produção musical brasileira continua a todo vapor, com milhares de antigos e novos artistas produzindo maravilhas nos mais diversos ritmos. Hoje temos disponíveis a Internet e vários serviços de streaming que nos permitem viajar pelo universo da música e descobrir inúmeros tesouros escondidos, canções as mais belas e saborosas. Como estas duas músicas da Vanessa da Mata aqui embaixo. Apreciem sem moderação.  
Um grande abraço espinosense.





domingo, 7 de janeiro de 2024 f6rs

3374 - Vamos celebrar juntos o Centenário de Espinosa? x376v

Aos conterrâneos naturais e incorporados residentes em Espinosa e ainda, especialmente, aos concidadãos espinosenses espalhados por este mundão de meu Deus, venho fazer um convite e até uma convocação. Entusiasmem-se, adéquem suas agendas e encontrem um espaço de folga para se deslocarem até o Norte de Minas, divisa com a Bahia, nas coordenadas geográficas 14° 55’ 34" S de latitude e 42° 49’ 09" W de longitude. A razão é bem simples. No dia 9 de março deste ano de 2024, estaremos comemorando o nosso Centenário de emancipação política, um momento especial que esperamos irá repetir a alegria, o orgulho e a festança que foi a celebração do nosso Cinquentenário no ano de 1974, quando era prefeito o nosso saudoso Horácio Cerqueira Tolentino. Momentos históricos e únicos assim não podem ser desconsiderados e desperdiçados e a presença dos filhos que tanto amam esta terra de valorosos brasileiros torna-se indispensável.



Ainda não temos divulgada a programação oficial das festividades do Centenário, mas certamente a istração municipal liderada pelo prefeito Mílton Barbosa Lima irá promover uma série de cerimônias, homenagens, inaugurações, shows, torneios, concursos, eventos e encontros para que todos nós, espinosenses, possamos celebrar em alegria, paz e harmonia a nossa história. 
O que já está confirmada é a festa do "100tenário, o Encontro dos Espinosenses Ausentes e Presentes" que irá ser realizada no dia 8 de março nas instalações da Fábrica de Iogurte Norte Vida, diante do Polo Industrial de Espinosa, na saída para Monte Azul. Sob a coordenação da Cefloc Produções, que tem à frente Rita de Cássia Lopes e Lindacy Antunes, a comemoração da data terá como protagonistas musicais "Os Cardeais", o "Baile do Pacco", de Montes Claros, e Ralisson & Róbson". A promessa é de muita energia positiva, bastante regozijo e aquele inconfundível e característico calor humano da população espinosense. Eu, se Deus quiser, estarei lá, com todo o prazer e animação.
Para participar deste evento que promete ser intenso, prazeroso e inesquecível, basta ligar e entrar em contato com as organizadoras Rita e Lindacy através de um desses telefones: (38) 99111-9894, (38) 99126-3127 e (38) 99258-4113. Venham se juntar a nós na centenária Espinosa!
Um grande abraço espinosense. 

sábado, 6 de janeiro de 2024 2c5y39

3373 - Morre o mestre Zagallo 4n2an

O único desportista no planeta a ganhar por quatro vezes o título de Campeão Mundial de Seleções da FIFA, o jogador, treinador e coordenador técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, morreu ontem, dia 5 de janeiro no Rio de Janeiro, sexta-feira, às 23h40. Ele tinha 92 anos de idade e estava internado desde o dia 26 de dezembro no Hospital Barra D'Or na capital fluminense. 
Zagallo foi, indiscutivelmente, um ícone do futebol brasileiro, desde o começo no juvenil do América, ando por Flamengo, época em que chegou à Seleção Brasileira, e posteriormente o Botafogo, sempre vitorioso. O iluminado alagoano de Maceió, nascido aos 9 de agosto de 1931, veio para o Rio de Janeiro com apenas oito meses de idade e ali construiu sua memorável história no esporte. Trabalhando como soldado do Exército na segurança da triste final da Copa do Mundo de 1950, viu de perto o Maracanazo que fez o guerreiro time do Uruguai vencer a poderosa equipe brasileira. 



Foi para o Flamengo e lá foi Campeão Carioca ao lado de Evaristo e Dida, chegando à Seleção Brasileira que encantou o mundo conquistando a Copa de 1958, jogando com os gênios Pelé e Garrincha. Foi para o Botafogo e também foi Campeão Carioca jogando com craques como Garrincha, Didi, Quarentinha e Amarildo. Continuou titular da Seleção Brasileira e conquistou em 1962 o segundo título mundial. Em 1965, com 299 partidas jogadas com a camisa da Estrela Solitária e 22 gols marcados, ele decidiu encerrar a carreira de atleta profissional de futebol aos 34 anos. Ali mesmo, no Botafogo, começou a carreira de treinador, ainda no juvenil. Dois anos depois, em 1967 era técnico da equipe principal e campeão estadual. Muitos outros títulos vieram, o mais importante o da Copa do Mundo do México em 1970, quando foi o líder daquela genial Seleção Brasileira que ganhou o Tricampeonato, colocando para jogar juntos na mesma equipe nada menos que cinco geniais "camisas 10": Pelé, Rivellino, Tostão, Jairzinho e Gérson". Treinou equipes estrangeiras na Ásia, inclusive seleções.



Zagallo viveu diversos momentos de glória e fracasso. A eliminação na Copa de 1974 para a Holanda e a derrota na final da Copa de 1998 para a França foram instantes terríveis, mas a alegria do seu quarto título em Copas do Mundo foi gigante ao ser campeão como coordenador técnico do treinador Carlos Alberto Parreira em 1994. O "Velho Lobo" conseguiu a proeza de chegar a sete finais de Copa do Mundo, ganhando quatro delas, duas como jogador, uma como treinador e outra como coordenador técnico. E está entre os três únicos esportistas que conquistaram a façanha de ser Campeão Mundial de Seleções como jogador e treinador (1958, 1962 e 1970), ao lado do alemão Franz Beckenbauer (1974 e 1990) e do francês Didier Deschamps (1998 e 2018).



Foram 91 taças levantadas como jogador, treinador e coordenador. Como jogador da Seleção, foram, entre 1958 e 1964, 34 jogos, 28 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas, com 5 gols marcados. Neste período de atuação dentro do campo, foram nove títulos conquistados: 2 Copas do Mundo (1958 e 1962), 1 Copa Roca (1963), 1 Taça do Atlântico (1960), 2 Taças Bernardo O´Higgins (1959 e 1961) e 3 Taças Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962).
Como treinador da Seleção Brasileira, foram quatro agens: 1967, 1968, 1970 a 1974 e 1994 a 1998. Foram 135 jogos, 99 vitórias, 26 empates e apenas 10 derrotas, com seis títulos conquistados: 1 Copa do Mundo (1970), 1 Copa América (1997), 1 Copa das Confederações (1997), 1 Copa Roca (1971), 1 Copa Stanley Rous/Umbro (1995) e 1 Taça Independência (1972).
Como treinador da Seleção Olímpica, foram 19 partidas, com 14 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, com um título conquistado, o Pré-Olímpico de 1996. Conquistou ainda a Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta (EUA) em 1996.
Como coordenador técnico da Seleção por duas vezes, 1991 a 1994 e 2003 a 2006, foram 103 jogos, com 59 vitórias, 29 empates e 15 derrotas, com três títulos ganhos: 1 Copa do Mundo (1994), 1 Copa América (2004) e 1 Copa das Confederações (2005). 


 
O amor e a identificação com a Seleção Brasileira era tão grande que Zagallo tornou-se um símbolo da "Amarelinha", como ele se referia a ela. Mesmo sendo um tanto ranzinza e arrogante, ele era querido e respeitado por quase todos, perto da unanimidade. Sob críticas ferozes de grande parte da imprensa, ficou famoso o seu desabafo diante das câmeras de TV logo após conquistar, como treinador da Seleção Brasileira, o título da Copa América na Bolívia em 1997: "Vocês vão ter que me engolir!". 
A sujeira da corrupção sistemática na CBF-Confederação Brasileira de Futebol parece não ter respingado em Zagallo, que sempre esteve em sintonia com os diversos presidentes da instituição, todos eles afastados e acusados do cometimento de crimes na istração da instituição. E a coisa não muda nunca, pois o atual presidente Ednaldo esteve afastado há pouco por suspeita de ilegalidades.
Não há como não exaltar a importância, a dedicação, a qualidade do trabalho e as muitas conquistas de Zagallo, o obstinado amante do futebol, aficionado pelo número 13, que deixa registrada na história do esporte mundial uma marca indelével e difícil de superar. Só nos resta agradecer e respeitar o legado de uma das figuras mais extraordinárias do futebol. 
Descanse em paz, Campeão Mário Jorge Lobo Zagallo!  
Um grande abraço espinosense. 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024 4t322s

3372 - Faleceu Carleusa Cruz em Monte Azul f3i2r

Infelizmente nós não temos alternativa, é termos antecipado ainda jovem o encontro definitivo com o tribunal do juízo final, onde teremos que nos explicar direitinho sobre todo o nosso comportamento durante a existência terrena, ou é envelhecermos na caminhada, vendo partirem a cada dia as pessoas queridas. Assim é a vida e ninguém conseguirá escapar do amento irreversível, sem modo, data e local definidos.
Hoje recebi, com imenso pesar, a triste notícia do falecimento da amiga Carleusa Caldeira da Cruz Oliveira ocorrida nesta manhã de sexta-feira, 5 de janeiro de 2024, em Monte Azul, onde ela morava. Fomos colegas de classe no Colégio Joaquim de Freitas nos anos 70 e sempre nos demos muito bem. Há mais de vinte anos, Carleusa e seu querido esposo José Soares de Oliveira, o Zé Conset, deixaram a nossa Espinosa e fincaram residência e raízes na cidade-irmã Monte Azul.

Carleusa com seu pai Cairo Cruz


O velório está sendo realizado nas instalações da Funerária e Velório Barbosa e o sepultamento ocorrerá às 17 horas do sábado, 6 de janeiro, no cemitério de Monte Azul.
Ao amigo Zé Conset, ao Bruno, Hiram e Maíra, bem como a todos os demais familiares de Carleusa, explicito aqui as minhas condolências, a minha solidariedade e o meu abraço fraterno, pedindo a Deus para que lhes conforte neste terrível momento de sofrimento e consternação, concedendo-lhes a bastante serenidade, força, fé e resignação para superá-lo.
Que Carleusa, mãe amorosa, esposa dedicada e ser humano virtuoso e sempre sorridente, descanse na mais merecida paz no Reino dos Céus após o término da caminhada terrestre!
Um grande abraço espinosense.    

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024 b4f5p

3371 - O jovem espinosense que ganhou o mundo 4d1z3p

Se há algo que me dá grande alegria e satisfação é ver gente da minha terra alcançando paz, prazer, realização e sucesso nas mais diversas áreas do conhecimento humano, seja na educação, na arte, no esporte, no empreendedorismo, na carreira profissional. Ver os meus filhos, os filhos dos meus amigos, pessoas conhecidas e até gente que não tive a oportunidade de conhecer, percorrendo o caminho do bem e conseguindo se destacar nas suas trajetórias pessoais me traz felicidade, orgulho e contentamento. E se estas figuras se pautarem na vida com a devida decência, ética e humildade, então é o máximo.
Dias atrás, em uma conversa informal em casa, minha esposa Cléa Márcia me falou sobre a existência de um dos mais famosos e requisitados cabeleireiros do Brasil, um jovem que cuida dos cabelos e da beleza das mais belas e chiques beldades no seu badalado salão em São Paulo. E me informou que este rapaz é nosso conterrâneo, filho de Espinosa. Curioso, fui pesquisar sobre esta figura na Internet e me surpreendi com a bonita história de vida do Washington Nunnes, um dos melhores hairstyles do país.



Filho de família humilde, já na infância, aos nove anos de idade, ele já se aventurava no cuidado dos cabelos das primas, influenciado pelo trabalho da mãe na função de cabeleireira. Isto depois de já ter trabalhado no mercado, ajudando o senhor Túti em uma banca de verduras, ganhando R$ 5,00 por semana. Garoto ousado, obstinado, com sede de conhecimento, extremamente trabalhador e focado na ideia de levantar asas pelo mundo e realizar sonhos supostamente impossíveis, ele começou a seguir o ofício da mãe na vizinhança, com todo o entusiasmo, atendendo as pessoas mais próximas com o intuito de ganhar seu próprio dinheiro e ajudar na manutenção da família formada por ele, sua mãe e mais um irmão e uma irmã, já que seu pai havia desaparecido de casa por um período de cerca de 10 anos, quando ele tinha apenas dois anos de idade. Como por obra do destino, após uma promessa de montagem de um salão pelo seu pai que havia retornado à casa, apareceu uma oportunidade incrível, quando uma cabeleireira das redondezas, a Adriana, estava se mudando para Montes Claros e ao saber do seu sonho, lhe fez uma proposta irrecusável de assumir seu empreendimento, deixando-lhe o básico para gerir o negócio. E ele topou a empreitada! Isto com apenas 13 anos de idade! Entusiasmado com a oportunidade de crescer e ganhar dinheiro, dedicou-se com total afinco ao trabalho. Só que os clientes e o dinheiro não apareceram como ele esperava e sem a prometida ajuda financeira do pai, ou maus bocados para conseguir pagar o aluguel e honrar os compromissos assumidos, quitados posteriormente com bastante dificuldade e ajuda da amiga Dayse.



Importante registrar, nesta fase, a determinação firme do menino que, ao contar à mãe a decisão de alugar o salão da Adriana e ser rebatido com a afirmação de que aquele ofício era coisa de mulher, reafirmou em alto e bom som sua certeza de que no futuro ele, além de se tornar um excelente cabeleireiro, ainda iria estudar em Paris, Nova Iorque, Londres, Milão, o que causou risadas das pessoas presentes, pela audácia daquele adolescente do interior. E foi o que aconteceu! O jovem Tuca, como era carinhosamente chamado, dedicou-se com afinco à profissão e sem espaço na cidade de Espinosa por ser autodidata e não possuir um diploma, teve a ajuda da advogada e cliente Andreia para poder fazer um curso no Senac em Montes Claros. Depois de participar do evento de beleza Beauty Fair em São Paulo, ele voltou e ousou fazer um desfile em praça pública em Espinosa, em parceria com a empresária Joana da Loja Uti e Abuti. A partir daí, o seu trabalho ou a ser reconhecido e o sucesso começou a sorrir para o jovem sonhador. Com as coisas funcionando bem, ele sentiu que era hora de se lançar no desconhecido e foi se aventurar aos 15 anos em São Paulo, sozinho e sem nenhum e. Deu muito errado. Foi a pior fase da sua vida, com decepções gigantes e sofrimentos angustiantes. Sair do ambiente tranquilo e acolhedor de uma cidadezinha do interior ao lado da família para enfrentar a competitividade e a solidão de uma metrópole sozinho, nunca será fácil para ninguém. Completamente frustrado, retornou a Espinosa com enorme depressão. ou maus momentos até que, com ajuda da amiga Val, montou um novo salão no seu apartamento. Reconquistou a energia, realizou outros desfiles e decidiu retornar a São Paulo aos 18 anos para finalmente ganhar a vida na cidade grande, desta vez com melhor estrutura econômica e emocional. Trabalhou em alguns salões dos mais afamados, fez inúmeros cursos, aperfeiçoou seu talento, participou de workshops, conquistou clientes, ganhou experiência e reconhecimento internacional e em 2018 montou o seu próprio negócio no Bairro de Pinheiros em São Paulo, o seu salão Beleza Fidalga, um espaço inovador e sofisticado aberto para atender as mais exigentes mulheres. Foi nomeado Embaixador Global de L'Oréal Professionnel. Neste ano ado, o Washington recebeu das mãos da apresentadora Sabrina Sato o título de Melhor Salão do Brasil no prêmio Beleza Experience 2023.




Telefone: (11) 98981-3900    (11) 98638-9544
Instagram: @belezafidalga   @wnunnes
Site: www.belezafidalga.com.br
Endereço: Rua Fidalga, 193 - Pinheiros, São Paulo - SP, 03178-200




Para voar alto, conquistar reconhecimento e realizar seus sonhos, o menino de Espinosa que se tornou um profissional conceituado, prestigiado e requisitado contou com a especial proteção e auxílio de pessoas especiais como sua amorosa e batalhadora mãe Maria Nunes, sua irmã e braço direito Tatyana Nunnes, que gerencia o Beleza Fidalga, a Deyse, a Andreia, a Val, a Joana e mais e mais pessoas, clientes e auxiliares que acreditaram nos seus sonhos. O Tuca tem no coração a gratidão a todas elas e desejaria ter ainda vivo o pai, infelizmente falecido quando ele tinha 18 anos, para que este pudesse testemunhar a sua vitória e o seu sucesso.




Ao conhecer a inspiradora história do Washington, fiquei bastante feliz. Mesmo sendo espinosense, desconhecia completamente sua história de vida. Ao descobri-la, tornei-me imediatamente seu fã. E agora torço muito para que ele continue a brilhar, mantendo a humildade, e para que continue a voar e realizar os seus outros sonhos e aspirações, sempre levando o nome da nossa Espinosa de forma positiva para o mundo. E que o seu novo, amplo, moderno e luxuoso empreendimento a ser inaugurado em breve na Avenida Paulista alcance o maior sucesso. Que Deus o abençoe!
Um grande abraço espinosense.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024 151t4v

3370 - O sonho não realizado: Warapuru Resort e Villas 1g5v4x

Não são assim tão raros os projetos gigantescos e megalomaníacos que fracassaram no cenário econômico do nosso país. A Rodovia Transamazônica, ou BR-230, que corta sete estados: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas e vai de Cabedelo (PB) a Lábrea (AM), é um dos maiores exemplos. Planejada pelo governo militar ditatorial que comandou o Brasil por 21 anos, entre 1964 e 1985, com a intenção de levar desenvolvimento econômico e social à região Norte do país, a estrada foi um fracasso retumbante, deixando marcas negativas como o desmatamento e a degradação da floresta, o desastre ambiental na fauna e flora e os fortes impactos socioambientais sobre as populações da região amazônica, especialmente os povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos. Dos 8.000 km previstos da obra, todos asfaltados, foram construídos apenas 4.260 km, grande parte sem pavimentação até os dias atuais, ficando intransitáveis no período das chuvas, cerca de metade do ano.



Fracasso parecido ocorreu com a Fordlândia, uma cidade completa construída em meio à floresta amazônica, às margens do Rio Tapajós, pelo bilionário empresário estadunidense Henry Ford nos anos 20, com o intuito de ter sua própria fazenda de produção da então imprescindível borracha retirada das seringueiras para uso nas suas fábricas de automóveis. Com a baixa produção devido ao terreno infértil e as pragas, e a posterior invenção da borracha sintética, o projeto ruiu e foi abandonado, virando ruínas.



Outro fiasco se deu com o Projeto Jari, uma fantasia criada pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig e seu sócio português Joaquim Nunes Almeida no início dos anos 60. O empresário estadunidense comprou 1,6 milhões de hectares de terra e planejou instalar ali, no meio da floresta na fronteira entre os estados do Pará e Amapá, um polo agroindustrial com uma fábrica de celulose e outros empreendimentos. Mandou construir no Japão duas plataformas flutuantes: uma unidade para a produção de celulose e uma usina termelétrica. Estas plataformas foram rebocadas desde o Japão até o Brasil, num percurso de 25 mil quilômetros que levou cerca de três meses. Além disto, pretendia estender as atividades para a mineração, pecuária e agricultura, com um projeto de reflorestamento com árvores de crescimento rápido. Com dívidas milionárias, a empresa sofreu seguidos insucessos, sendo vendida pelo empresário nos anos 80, com enorme prejuízo e com ajuda estatal através do BNDES e Banco do Brasil. Atualmente a empresa é comandada pelo grupo Orsa, que a comprou nos anos 2000 por um preço simbólico, quando as dívidas eram contabilizadas em cerca de US$ 400 milhões. A empresa a por uma recuperação judicial, após prejuízos astronômicos, não pagamento dos funcionários e paralisação das atividades pelo período de um ano, retornando com a promessa de reativação na atualidade.



Até mesmo em Espinosa, temos um caso de um empreendimento pessoal malsucedido. O saudoso empresário Alisson Campos Cruz iniciou a construção, na rua Padre José Puche, de uma mansão ampla, linda e moderna nos anos 80 e, infelizmente, a obra até hoje continua inacabada e sem utilização, sofrendo a ação deletéria do tempo.



Quem já visitou a Praia da Engenhoca, ao lado da litorânea Rodovia BA-001, deve ter visto durante o percurso a pé pela trilha que leva à esta belíssima praia, alguns escombros de construções inacabadas entre as altas árvores do local. São os vestígios de um empreendimento milionário que um empresário tentou construir neste paraíso baiano, próximo de Itacaré. O projeto era de um hotel seis estrelas, denominado Warapuru Resort & Villas, com área total de 500.000 m² e área construída de 45.000 m², constituído de 45 bangalôs e 21 residências com a máxima privacidade aos hóspedes, com recepção, beach club, SPA, uma cinematográfica estrada sobre a copa das árvores, tudo de grande luxo, a ser executado entre abril de 2004 e abril de 2006, com custo estimado em mais de R$ 180 milhões. O local escolhido foi em um morro diante da Praia da Engenhoca no município de Itacaré, na Bahia, entre coqueirais e espécies nativas da Mata Atlântica. O idealizador desta maravilha foi o visionário empresário português João Vaz Guedes, encaminhando a ideia ao escritório londrino de arquitetura e design Anouska Hempel. O irascível executivo de origem suíça Bernard Mercier como CEO, o escritório de arquitetura Bernardes+Jacobsen e o escritório da arquiteta Cassia Cavani, foram contratados em 2003 no Brasil, para desenvolver o projeto, com a ideia de interferir o mínimo possível na vegetação local. Apesar da venda antecipada de 17 vilas para ricaços do mundo inteiro por valores a partir de US$ 1.2 milhão, à época do lançamento, não se sabe ainda quando estes privilegiados senhores poderão usufruir deste paraíso.



 
  
Esta obra magnífica está abandonada, sofrendo a ação danificadora do tempo, por conta de dívidas volumosas, problemas judiciais, falência da incorporadora e desentendimento entre credores. Utilizando-se de artifícios para facilitar os trâmites jurídicos e istrativos, o projeto enfrentou problemas com os órgãos ambientais da Bahia, que não aceitaram os subterfúgios usados para evitar o estudo técnico de impacto ambiental e motivaram uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Estadual, que culminou com o embargo pelo Ibama. A obra foi retomada após liberação da Justiça, mas em 2008 foi novamente paralisada, desta vez por falta de recursos financeiros e com a decretação de falência anos depois. O embargo da obra deu-se com 80% da obra concluída. Os problemas sociais e ambientais foram regularizados, mas o cenário econômico acabou se complicando, com o Banco do Nordeste executando antecipadamente a dívida, os investidores abandonando o projeto e os compradores das casas interrompendo os pagamentos.




Assim, o que era para ser um paraíso incrustado no coração da floresta para os grã-finos de todo o planeta se deliciarem com a beleza estupenda da Bahia, tornou-se um cemitério de escombros que custou milhões e não trouxe à comunidade de Itacaré os impostos e os empregos prometidos, um triste desenlace para um extraordinário sonho do empreendedorismo. Uma pena! Muito triste.
Um grande abraço espinosense.