Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
O destino é mesmo interessante, inesperado e por vezes, encantador, mágico. Há um tempo já distante, lá no ano de 2013, uma menina esguia e apreciadora do esporte deixou momentaneamente sua terra natal, Espinosa, para participar dos Jogos Escolares de Minas Gerais. Defendia então o nome da sua escola no time de handebol. Mas um delegado de esportes, de nome Augusto Figueiredo, viu potencial naquela garota jovem e de alta estatura em outro esporte, o vôlei, e a indicou para o treinador Giuliano Sucupira, que a convidou para se aventurar na prática do vôlei de praia profissional. Um ano depois, a gigante Ana Patrícia Silva Ramos já brilhava na Seleção Brasileira sub-19. E em 2014, veio a primeira consagração no esporte: a conquista da Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim, na China. Extraordinária evolução! Com apenas um ano, um título mundial. A parceira na dupla campeã foi a mesma da atualidade, Eduarda Santos Lisboa, a Duda. Os anos se aram muito rapidamente, com a nossa "Menina de Ouro" atuando com outras parceiras, evoluindo e subindo constantemente no pódio, com vitórias e conquistas importantes na carreira. Agora no topo do cenário feminino do seu esporte, a meta é a conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, na França, a serem realizados neste ano de 2024 no período de 26 de julho a 11 de agosto.
Em um domingo, 31 de agosto de 2014, Ana Patrícia Silva Ramos, a Pathy, desembarcou no Aeroporto Mário Ribeiro da Silveira em Montes Claros, iniciando sua nova fase da vida, a de requisitada atleta profissional de vôlei de praia. Para recepcioná-la após a relevante conquista em terras estrangeiras, estavam os zelosos pais Dolores e João, o então prefeito espinosense Lúcio Balieiro e sua esposa Míriam, alguns conterrâneos como Wagner Oliva, Luiz Cláudio, Sayonara e seus filhos, Roberto "Quinha" Carlyle e Lindacy, e alguns integrantes da imprensa, entre eles os jornalistas Délio Pinheiro e Rogeriano "Buiu" Cardoso. Ainda um tanto encabulada com o assédio, a gigante Pathy concedeu entrevistas, distribuiu sorrisos e abraços e foi o foco de inúmeras fotografias, antes de ser instalada em cima de um caminhão dos bombeiros para um desfile pelas ruas da cidade até um shopping, onde iria atender a imprensa. Registrei alguns daqueles momentos e aproveitei a oportunidade para tirar uma foto com a nossa gigante Campeã Mundial, orgulho da nossa Espinosa. De lá para cá, o acanhamento se foi e a desenvoltura diante das câmeras só aumenta, fruto da exposição na mídia devido às conquistas em série, alcançadas com muito suor, dedicação e talento. Viva Pathy!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
domingo, 4 de fevereiro de 2024 402i2a
3389 - A eterna reunião de astros em "We Are The World"
2p146b
Já está disponível no catálogo da Netflix um documentário imperdível àqueles que amam música. Comandado pelo diretor e produtor vietnamita-americano Bao Nguyen, o filme "The Greatest Night In Pop" ("A Noite Que Mudou o Pop") mostra os bastidores de um projeto fantástico que conseguiu reunir em uma só noite umas dezenas de gigantes astros da música americana, tornando-se um marco na história do show business mundial. Influenciado pela ação humanitária "Live Aid", concerto brilhantemente organizado pelos ativistas Bob Geldof e Midge Ure que seria realizado meses depois, em 13 de julho de 1985, com presença de astros europeus e norte-americanos em shows simultâneos no Wembley Stadium (Londres) e no John F. Kennedy Stadium (Filadélfia), o cantor e ativista Harry Belafonte usou da sua grande influência para inicialmente angariar o apoio e participação do empresário de mídia Ken Kragen, dos cantores e compositores Lionel Richie e Kenny Rogers e do maestro e produtor musical Quincy Jones. A partir dali e com a adesão dos geniais Stevie Wonder e Michael Jackson, mais e mais astros da música foram sendo atraídos para a gravação de uma canção, parte de um projeto humanitário para arrecadar fundos para o combate da fome no continente africano, o USA for Africa.
A composição da música tema ficou a cargo de Lionel Richie e Stevie Wonder, mas como o Stevie não se pronunciou a tempo devido à sua agenda lotada, Lionel se juntou a Michael Jackson para compor as estupendas letra e música de "We Are the World", gravada no Estúdio A&M de Los Angeles no dia 28 de janeiro de 1985, horas após a cerimônia de premiação do VMA-MTV Video Music Awards. Nesta noite memorável, reuniram-se, na gravação da canção que vendeu milhões de cópias e arrecadou milhões de dólares, astros da música como Lionel Richie, Michael Jackson (1958–2009), Kenny Rogers (1938–2020), Stevie Wonder, Diana Ross, Dionne Warwick, Billy Joel, Bruce Springsteen, Bob Dylan, Kim Carnes, Cyndi Lauper, Paul Simon, James Ingram (1952–2019), Tina Turner (1939–2023), Willie Nelson, Al Jarreau (1940–2017), Kenny Loggins, Steve Perry, Daryl Hall, Huey Lewis, Ray Charles (1930–2004), entre outros que integraram o coro, todos sob a batuta do maestro Quincy Jones. Estiveram no coro La Toya Jackson, Janet Jackson, Tito Jackson, Randy Jackson, Marlon Jackson, Jermaine Jackson, Jackie Jackson, Waylon Jennings (1937–2002), Bette Midler, John Oates, Jeffrey Osborne, Anita Pointer, Issa Pointer, Ruth Pointer, Smokey Robinson, Dan Aykroyd, Harry Belafonte (1927-2023), Sheila E., Bob Geldof, Lindsey Buckingham e Steve Porcaro. Os músicos atuantes foram:
David Paich — sintetizador
Michael Boddicker — sintetizador, programação
Paulinho da Costa — percussão
Louis Johnson — baixo (1955–2015)
Michael Omartian — teclado
Greg Phillinganes — teclado
John Robinson — bateria
O documentário conta situações interessantes dos bastidores, como as não participações de ícones como Prince e Madonna, os debates sobre alterações de última hora nos arranjos da canção, a incômoda timidez do astro Bob Dylan, a surpreendente debandada do cantor country Waylon Jennings, os colares barulhentos de Cyndi Lauper que atrapalhavam a captação de áudio, o choro emocionado de Diana Ross e o porre de Al Jarreau. Imperdível!
O que entrou para a história foi a incrível reunião de alguns dos maiores artistas do mundo em um projeto humanitário que foi extremamente bem-sucedido, gerando uma receita extraordinária que foi utilizada para combater a fome no continente africano, e a criação de uma canção linda e maravilhosa interpretada de forma emocionante e contagiante que nunca perde o seu brilho, mesmo ados 39 anos. É incrível a força colossal desta canção, pois depois de tanto tempo, ao ouvi-la novamente, eu me emocionei mais uma vez como tantas outras no ado.
Um grande abraço espinosense.
WE ARE THE WORLD
Compositores: Lionel Richie e Michael Jackson
There comes a time (Chega uma hora)
When we heed a certain call (Em que ouvimos uma certo chamado)
When the world must come together as one (Quando o mundo deve se unir como um só)
There are people dying (Há pessoas morrendo)
Oh, and it's time to lend a hand to life (E é hora de dar uma mão para a vida)
The greatest gift of all (O maior presente de todos)
We can't go on (Nós não podemos continuar)
Pretending day-by-day (Fingindo dia após dia)
That someone, somewhere soon make a change (Que alguém, em algum lugar, em breve fará uma mudança)
We're all a part of God's great big family (Somos todos parte da grande família de Deus)
And the truth, you know, love is all we need (E a verdade, você sabe, o amor é tudo que precisamos)
We are the world (Nós somos o mundo)
We are the children (Nós somos as crianças)
We are the ones who make a brighter day, so let's start giving (Somos aqueles que fazem um dia mais brilhante, então vamos começar a contribuir)
There's a choice we're making (É uma escolha que fazemos)
We're saving our own lives (Estamos salvando nossas próprias vidas)
It's true we'll make a better day, just you and me (É verdade que vamos fazer um dia melhor, apenas você e eu)
Oh, send them your heart (Oh, envie a eles seu coração)
So they know that someone cares (Então eles saberão que alguém se importa)
And their lives will be stronger and free (E suas vidas serão mais fortes e livres)
As God has shown us by turning stones to bread (Como Deus nos mostrou, transformando pedras em pão)
And so we all must lend a helping hand (E então todos nós devemos dar uma mãozinha)
We are the world (Nós somos o mundo)
We are the children (Nós somos as crianças)
We are the ones who make a brighter day, so let's start giving (Somos aqueles que fazem um dia mais brilhante, então vamos começar a contribuir)
There's a choice we're making (É uma escolha que fazemos)
We're saving our own lives (Estamos salvando nossas próprias vidas)
It's true we'll make a better day, just you and me (É verdade que vamos fazer um dia melhor, apenas você e eu)
When you're down and out, there seems no hope at all (Quando você está para baixo e esgotado, não parece que há esperança)
But if you just believe there's no way we can fall (Mas se você apenas acreditar, não há jeito de cairmos)
Well, well, well, well let us realize (Bem, bem, bem, vamos perceber)
Oh, that a change can only come (Oh, que uma mudança só pode vir)
When we stand together as one, yeah, yeah, yeah (Quando nós permanecermos juntos como um, sim, sim, sim)
We are the world (Nós somos o mundo)
We are the children (Nós somos as crianças)
We are the ones who make a brighter day, so let's start giving (Somos aqueles que fazem um dia mais brilhante, então vamos começar a contribuir)
There's a choice we're making (É uma escolha que fazemos)
We're saving our own lives (Estamos salvando nossas próprias vidas)
It's true we'll make a better day, just you and me (É verdade que vamos fazer um dia melhor, apenas você e eu)
Centenário de Espinosa - Postagem 54
102k2y
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Para quem, como eu, adora futebol e sempre esteve presente no "Campão" para assistir aos grandes confrontos locais e intermunicipais em Espinosa, especialmente nos anos 70, ter a oportunidade de jogar ao lado dos ídolos foi um privilégio, uma honra, um prazer, um presente dos céus. Foi atuando pelo Juventus de Valdivino e Daílson que consegui esta conquista pessoal. O Juventus foi um time que juntou uma turma boa e maravilhosa de amigos bons de bola de várias partes da cidade, sem um bairro específico de captação de atletas. Da Rua da Resina, especificamente, tinha apenas eu, Quinha, Júlio e o goleiro Duda. Os demais vinham de vários outros locais da cidade, formando uma excelente e competitiva equipe. Outro diferencial do Juventus era o belíssimo uniforme vermelho da Adidas, feito conseguido pelo presidente Valdivino do Sindicato Rural, de quem nunca mais tive notícias.
O Juventus fez bonito enquanto durou, e foi prazeroso demais poder jogar ao lado de grandes craques do futebol espinosense, entre eles Jorginho e Zinho, ex-companheiros de Cruzeirinho. Porém a maior conquista pessoal foi ter tido a oportunidade única de jogar ao lado de dois dos meus maiores ídolos, o zagueiro Téo, ou Zé Neguim, e o meio-campista Roberto Pé-Duro, indiscutivelmente dois dos melhores jogadores da história do futebol espinosense.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
Centenário de Espinosa - Postagem 53
zu23
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Comandado pelo gigante desportista Gílson Borges, o Gibão, com auxílio de outros aficionados pelo esporte como Almerindo Santos e Baixinho, entre outros, o Ipiranga deixou sua marca no futebol espinosense, especialmente em um período de enorme rivalidade com o Cruzeirinho. Formado por grandes jogadores como Ito, Sandrinho, Rogerinho, Valdir Mestre, Neguinho, Robinho, Aílton, Nenzão e muitos outros, o Ipiranga mantém-se vivo sob a liderança de Gibão na equipe de veteranos e na sua escolinha de futebol instalada no Bairro Cigano.
Infelizmente, não tive a oportunidade de vestir a camisa do Ipiranga nos seus bons tempos de sucesso e vitórias, mas com a generosidade gigante de Gibão, pude atuar algumas vezes em partidas amistosas ao lado dos seus comandados na equipe de veteranos, uma delas na Santana. Ao Gibão, a minha iração, respeito e agradecimento pelo carinho e consideração.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
sábado, 3 de fevereiro de 2024 1m4y4v
3388 - "Quem Hoje Me Vê Ganhando", um Samba bamba
3b5tc
O inquieto, criativo e prolífero José Ribamar Coelho Santos, o Zeca Baleiro, acabou de lançar no YouTube um vídeo mostrando mais uma das suas incontáveis belas canções. A música "Quem Hoje Me Vê Ganhando" é uma das 11 que integram "O Samba Não É de Ninguém", álbum de sambas autorais lançado no ano ado pelo artista maranhense.
1) "Santa Luzia" (Zeca Baleiro) - 4:09
2) "Quem Hoje Me Vê Ganhando" (Zeca Baleiro) - 4:42
3) "Casa no Céu" (Zeca Baleiro e Eliakin Rufino) - 2:35
4) "O Samba Não É de Ninguém" (Zeca Baleiro) - 3:53
5) "Amorosa"(Zeca Baleiro) - 3:35
6) "Pedra Fria" (Zeca Baleiro) - 3:24
7) "Flores da Razão" (Zeca Baleiro) - 4:42
8) "A Voz do Morro Não Morreu" (Zeca Baleiro) - 3:35
9) "Eu Pensei Que Você Fosse a Lua" (Zeca Baleiro e Salgado Maranhão) - 4:06
10) "Triste Lupicínio" (Zeca Baleiro) - 4:02
11) "Duas Ilhas" (Swami Jr. e Zeca Baleiro) - 4:37
Cantor, compositor e produtor musical, Zeca é, seguramente, um dos maiores expoentes da atual Música Popular Brasileira, surfando sempre no topo dos vários ritmos que se propõe a compor e cantar, do Pop ao Samba, do Rock ao Carimbó, do Brega ao Chique, sempre demonstrando a sua incrível capacidade criativa. Neste disco, ele se apresenta como um talentoso compositor de Samba, com oito criações solitárias e mais três em parcerias com Eliakin Rufino, Salgado Maranhão e Swami Jr., acompanhado por um time de bambas nos instrumentos.
Música boa existe e em boa quantidade, sim! Se escutar por aí alguém dizer que não há mais boa música no ar, rebata a informação imediatamente: é fake News! Zeca Baleiro prova o contrário.
Um grande abraço espinosense.
QUEM HOJE ME VÊ GANHANDO
Zeca Baleiro
Quem hoje me vê ganhando
Não sabe o que eu já perdi
Eu levo a vida tocando
Cantando o que já vivi
Prazeres, pesar, amores
Lágrimas rimar sei bem
As dores que têm no mundo
O mundo que nas dores tem
Ah, coração
Caixa de miudezas
Na imensidão
Remando o barco das incertezas
Decerto que o sol virá
E a lua vem o breu iluminar
Eu sei porque
A madrugada é minha irmã
E a solidão do amor
Só vai ter fim
Quando chegar outra manhã
Centenário de Espinosa - Postagem 52
2y1s6n
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Com o progresso e o desenvolvimento do município de Espinosa ao longo do tempo, com uma acentuada melhoria de vida do povo, aumentou e muito a quantidade de automóveis e motocicletas em poder da população, o que aumenta naturalmente o risco de acidentes nas ruas e avenidas da cidade. Mas antigamente, mesmo com poucos veículos nas ruas, ocorriam alguns acidentes de trânsito. Um desses foi documentado em fotografias e envolveu um Jeep e um Opala, dois exemplares icônicos dos anos de outrora. As imagens da colisão indicam que parece não ter havido vítimas, mas apenas danos materiais, graças a Deus.
Conforme dados do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do ano de 2022, Espinosa contava com 17.823 veículos, sendo 4.806 automóveis, 1.423 caminhonetes, 368 caminhões, 180 ônibus e micro-ônibus, 1.001 motonetas e 9.632 motocicletas.
Estes exemplares dos velhos tempos praticamente desapareceram das nossas ruas, com a natural e necessária evolução, com a fabricação de carros modernos, menos poluentes e mais seguros. Estamos vivendo agora no mundo uma nova revolução no campo automobilístico, com a produção dos silenciosos, tecnológicos, econômicos e ecológicos carros elétricos. Em breve, estes novos modelos estarão aposentando os atuais veículos, como ocorreu há algum tempo com os velhos Jeep e Opala e afins.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
Centenário de Espinosa - Postagem 51
5c1e
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Sei não, mas acredito que muita gente da nossa centenária Espinosa desconhece que, em uma das muitas praças que existem na nossa cidade, existe uma homenagem à Bíblia. A conhecida "Praça de Paulo Cruz", ou "Praça do Alto do Grupo", ou ainda seu nome correto, Praça José Osvaldo Tolentino, tem em sua parte central um pequeno monumento ao Livro Sagrado. Sobre uma base de tijolos e concreto, paira aberto um simulacro de um livro com as inscrições bíblicas "O Senhor é meu pastor, nada me faltará" (Salmo 23) e "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (João 14:6).
O homenageado com o nome da praça é o jovem José Osvaldo Tolentino, professor e vereador que foi assassinado por um aluno seu de nome Juarez em plena sala de aula, fato trágico, covarde e violento que comoveu a cidade no final dos anos 60. Infelizmente, foi mais um dos casos de violência extrema ocorridos em nosso município.
José Osvaldo nasceu em Espinosa aos 14 de dezembro de 1941, filho do casal Durvalino Silveira Tolentino e Noemi Caldeira Tolentino. Em 1966 formou-se Contabilista na Escola Técnica de Comércio Minas Gerais em Belo Horizonte. Retornando a Espinosa, foi eleito vereador e atuou como professor de Português e Inglês no então Colégio Estadual Dom Lúcio Antunes de Souza, hoje Joaquim de Freitas. Foi durante uma aula de Português no dia 23 de setembro de 1969 que o jovem e inteligente professor de 27 anos foi atacado por um aluno, recebendo tiros de revólver que lhe tiraram a vida tragicamente.
O assassinato do professor José Osvaldo chocou a sociedade espinosense. Como um jovem aluno pôde matar friamente um professor em plena sala de aula? Hoje se discute muito o limite da liberdade dos estudantes nas escolas. Antigamente, os abusos eram cometidos por alguns professores, com punições pesadas aos alunos rebeldes, como o de ajoelhar em grãos de milho, pancadas com réguas de madeira, puxões de orelhas e o uso da temida palmatória. Com a evolução necessária, essas práticas violentas foram abolidas das escolas e os estudantes ganharam mais liberdade e espaço de reivindicação e opinião. Infelizmente essas prerrogativas resultaram em excesso e abusos cometidos por alunos insubmissos, radicais e desequilibrados, que aram até a agredir professores e auxiliares da educação. Nem 8 nem 80! O que deve sempre prevalecer é o equilíbrio de liberdade e controle entre mestres e alunos, com as discordâncias sendo resolvidas com sensatez, respeito e diálogo, para que a aquisição de conhecimentos, razão maior da existência da escola, se dê de forma pacífica, harmoniosa e bem-sucedida, nunca com intolerância, ódio e violência.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024 rrk
Centenário de Espinosa - Postagem 50
3fq1b
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Em 9 de março de 1974, a Prefeitura Municipal de Espinosa, à época istrada pelo senhor prefeito Horácio Cerqueira Tolentino e pelo senhor vice-prefeito Geraldo Ramos de Oliveira, realizou de forma memorável e brilhante a festa do Cinquentenário de emancipação política da cidade. Foram realizados vários eventos de efusiva comemoração da data, com desfile cívico de estudantes pelas ruas, solenidades envolvendo autoridades e figuras ilustres da cidade e a inauguração do marco do Cinquentenário ainda hoje firmemente instalado no centro da Praça Coronel Joaquim Tolentino.
Os eventos de comemoração do nosso Cinquentenário atraíram gente das cidades vizinhas e de conterrâneos nossos residentes em outros lugares do país, juntando uma multidão na Praça Coronel Heitor Antunes para acompanhar as cerimônias e festividades de data tão importante para todos nós, filhos da pequena grande Espinosa. Que este arrebatamento coletivo se repita agora em 9 de março de 2024, na comemoração do nosso Centenário!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
Um registro importante e um agradecimento especial nesta postagem nº 50, metade do caminho até o Centenário. Algumas, ou muitas (não consegui mensurar), das imagens fotográficas utilizadas por mim nesta série sobre o nosso Centenário Espinosense vieram da página criada no Facebook pelo amigo Rogério Souza, denominada "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa", projeto maravilhoso e bem-sucedido com participação ativa de integrantes como o Adriano Martins e tantos outros que colaboraram enriquecendo o acervo sobre a nossa história.
O meu muito obrigado a Rogério, a Adriano e a todos os demais colaboradores! Espinosa agradece!
Centenário de Espinosa - Postagem 49
332n2k
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Quase tudo no mundo está em constante mudança, com alterações acontecendo nas mais diversas velocidades e amplitudes, quase sempre para muito melhor. Quem é aficionado pelo futebol em Espinosa e já possui muitos anos de experiência na tarefa livre e espontânea de desfrutar da maravilha que é correr atrás de uma bola em um campo qualquer, deve ter boas recordações de ter jogado em "estádios" que não existem mais. Como um idoso ainda com alguma boa memória, ei a rememorar neste instante os locais em que já atuei e que já foram tragados inexoravelmente pelo progresso.
O campo do Cruzeirinho na "manga" de Sêo Azemar Sepúlveda virou lotes e casas. O campo do "campo de avião", ou Bairro Santos Dumont, deu lugar a praça Iéié Antunes, a residências e comércios e a Escola Estadual Santos Dumont. O campo da AABB Espinosa foi extinto, vendido para construção de casas. O campo do fundo do cinema, na antiga lagoa, transformou-se em residências. O campo do Poeirinha, no fundo da antiga rodoviária, foi desativado. O campo no meio da "manga" de Sêo Azemar foi tomado por várias construções comerciais e desapareceu. O campo dos barrigudos não é da minha época, mas também sumiu para dar lugar a prédios comerciais e um posto de gasolina na Avenida Minas Gerais. O campo dos Pereiras, ao lado da velha e extinta quadra no Bairro São Cristóvão, não existe mais. O campo do Panorama deu lugar a Unidade Básica de Saúde Nélson Alves da Cruz e a uma obra até agora inacabada de um CREAS. O campo da Santana foi substituído pela bela e ampla praça da comunidade. O "Campão" foi acertadamente utilizado para a construção do novo Mercado Municipal na istração de Paulo Cruz. O nosso campinho na "praça de Beto Cruz" desapareceu para ser construído ali o Ginásio Poliesportivo Mateus Salviola Antunes na Praça José Soares da Silva. E tem muitos mais espaços de jogar bola que foram tomados pelo progresso, o que é natural ocorrer com o crescimento da cidade. Nada contra, só que outros espaços para a prática do futebol precisam ser criados e hoje, com a melhoria das condições econômicas, espalham-se pela cidade os campos societys, a maioria gramados, o que é um avanço.
Nas minhas andanças pela zona rural de Espinosa, tive a chance de jogar nos mais diversos campos, alguns bons, aplanados, como também em outros bastante ruins e completamente irregulares no piso. Na comunidade do Mingu, joguei em dois campos que não existem mais. O primeiro, pertinho da ponte sobre o Rio São Domingos e de frente para a escola e a igreja da comunidade, onde hoje está construída a quadra. Ali perto funcionava o bar de Zezim Rupiado, que tinha fama de ter a cerveja mais gelada do lugar. O segundo campo ficava no centro do povoado, em um largo na direção do açude, onde funcionava o bar de Zé Bigode. Da última vez que lá estive, percebi que o espaço não mais é utilizado para a prática do futebol. Foi neste campo que meu primo Carlos Magno, Magrão, saiu em disparada com a bola dominada contra o seu próprio gol após o intervalo da partida e a óbvia mudança de lado dos times. Até os jogadores do Mingu gritavam para ele parar, pois ele tinha que atacar o outro gol, o do adversário, no lado do açude. Ficou na história este "meme" hilário.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024 40d2u
Centenário de Espinosa - Postagem 48
5q2g62
Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Ele não é espinosense, nasceu na vizinha cidade-irmã baiana Urandi, mas faz parte importante da nossa centenária história. Com seu talento e genialidade com a bola, ouso afirmar que foi o maior craque de futebol de todos os tempos que se apresentou nos "desgramados" de Espinosa. Kita é o nome dele. O urandiense fez estardalhaço no nosso "Campão", desfilando sua técnica apurada e sua elegância sutil pela equipe da M. Teixeira e Espinosense em confrontos com adversários locais, como o arquirrival Santa Cruz, e de outras cidades próximas, do Norte de Minas e do Sudoeste da Bahia. Quem teve oportunidade de vê-lo em campo, certamente irá concordar comigo.
Eu me encantava, ainda adolescente, sentado sobre galhos e folhas de madeira nova na beirada do "Campão", assistindo às atuações diferenciadas do craque da camisa 10, Kita. Fico imaginando Kita jogando na atualidade, podendo mostrar toda sua categoria e habilidade com a bola em campos gramados. Naqueles tempos, campo gramado no interior era um sonho distante.
Em meados de 1990, a turma do 9 de Março promoveu uma confraternização para receber a visita de Kita em Espinosa. Alguns dos integrantes do nosso time tiveram o privilégio de atuar com ele, casos de Fonso, Beto e Dai, e conseguiram trazê-lo a Espinosa. Infelizmente, ele não quis jogar. Até vestiu o uniforme e posou para fotos, mas recusou entrar em campo para nos dar o prazer da sua companhia. Assim, perdi a chance de jogar ao lado do meu maior ídolo do futebol espinosense. Mas valeu registrar em fotografia a sua presença ilustre.
Kita mora atualmente na cidade baiana de Brumado. Soube que ele ou por um problema grave de saúde, mas informações dão conta de que ele superou a contento a situação, graças a Deus. Que tenha bastante saúde e felicidade!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.