Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024 16173v

Centenário de Espinosa - Postagem 64 734x2o

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Espinosa, com sua temperatura quase sempre abrasadora e fumegante, tem nos seus muitos rios alguns lugares formidáveis para o usufruto e a diversão, propícios para a realização de eios, piqueniques e confraternizações com amigos e familiares. Um destes locais irresistíveis para quem ama a Natureza e quer fugir momentaneamente do calor absurdo que nos esquenta os miolos nestes tempos de aquecimento global extremo, é o Rio São Domingos, no espaço do pequeno açude de Clóves Cruz. Ali entre grandes, frondosas e belas árvores ainda intocadas pelos insensatos destruidores do Meio Ambiente, corre em limitada parte do ano as águas serenas do rio, um pouco represadas pela pequena parede de concreto construída sobre as pedras do local. Logo abaixo, um poço de alguma profundidade torna-se um aprazível lugar para se tomar um relaxante banho de água doce, sobre a areia fina e sob a sombra das muitas árvores dispostas na beira do rio.










O Açude de Clóves, como é conhecido o lugar, foi por longo tempo o nosso local preferido para a realização de farras da Turma da Resina. Isso, obviamente, nas épocas em que o rio tinha água corrente, normalmente no período das chuvas entre novembro a março. É um local não muito distante, com o relativamente fácil e um recanto deveras aprazível, onde pode-se chegar bem próximo, de carro. Por vezes fomos até lá pedalando de bicicleta ou até a pé, catando umbus pelos muitos umbuzeiros da região. É bem possível que ainda possam ser encontradas, nos troncos das árvores mais antigas, algumas inscrições feitas por nós naqueles tempos em que íamos ali tomar banho, farrear e namorar.
Há algum bom tempo não pude ir até lá. Espero poder voltar ao açude de Clóves ainda neste ano para poder tomar um refrescante banho de rio. Se Deus quiser! 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024 3n35d

Centenário de Espinosa - Postagem 61 1fs4k

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Entre as várias etapas das nossas vidas, todas maravilhosas e importantes, uma é certamente a mais proveitosa em termos de liberdade e diversão, ainda sem as inevitáveis preocupações da vida adulta. A infância nos permite viver intensamente ainda com poucas responsabilidades, obrigados apenas à frequência escolar indispensável. Nesta formidável fase da minha existência em Espinosa, vivi momentos inesquecíveis de encantamento com a Natureza, com os amigos, com o futebol, com os colegas de escola, com o cinema. Este último foi tão fundamental na minha descoberta do mundo que, a partir das fantásticas histórias contadas na tela e que nos fascinavam magicamente, utilizávamos os personagens e situações fictícias dos filmes nas nossas brincadeiras do cotidiano. A nossa imaginação era tão fértil que nos fantasiávamos mentalmente de super-heróis, de caratecas, de índios ou de pistoleiros, e não tínhamos o menor receio ou acanhamento de vivenciar abertamente essas figuras em público, imersos na ingenuidade infantil e adolescente. 

Praça Antonino Neves: Ângela Freitas, Júnia Tanúsia e Anália Meira;
Júlio César, Eustáquio Tolentino, Mílton Barbosa, Roberto "Quinha" Carlyle e Jorge Murilo 

Praça Antonino Neves: Roberto "Quinha" Carlyle, Eustáquio Tolentino e Júlio César;
?, Júlia Figueiredo, Socorro e Regina Cordeiro, Marco "Uíla" e "Zezinho Brasinha"


Nestas duas antigas fotografias que adoro, aparecemos nós, alguns meninos e meninas da Rua da Resina, todos em completa saúde, paz e harmonia, felizes e realizados com a dádiva de serem livres e sonhadores. Como pode-se notar, eu, Júlio César e Roberto "Quinha" Carlyle, estamos posando com uma haste longa e delgada nas mãos, uma vara retirada de pequenas árvores da beira do Rio São Domingos. Estas peças, na nossa fecunda imaginação, eram os nossos "rifles", que utilizávamos para os nossos papéis cinematográficos de bandoleiros tupiniquins em nossas brincadeiras nas ruas e no rio. Ser criança e viajar na fantasia é bom demais!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 62 2d33e

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

No terreno onde jogamos muitas partidas de futebol, quando ainda ali existia o famoso Estádio Vasco Alves Neto, o "Campão", funciona atualmente o Mercado Municipal, uma fonte de maravilhas para deleite da comunidade espinosense. Tudo de gostoso tem ali. Você encontra lá frutas diversas e saborosas como manga, laranja, abacaxi, pinha, goiaba, banana, jaca, abacate. E tem também acerola, caju, maçã, coco, mamão, melancia. E dependendo da época, tem umbu e jabuticaba. Quer queijo? Tem, sim senhora! Tem requeijão, tem rapadura, tem "tijolo". Tem quebra-queixo, queijo de trança, cocada. Tem verdura verdinha e barata para todo mundo. É alface, é coentro, é brócolis, é cebolinha e até uma Mônica pode ser encontrada no sábado de feira ali. Tem abóbora, batata doce, mandioca. Tem biscoitos dos mais variados tipos. Pão de queijo, peta, fofão. Tem carne de gado, de porco, de galinha, de bode. Linguiça, mocotó, bucho, também são encontrados lá. E espetinhos e peixes idem. É um mundo de encantos e sabores que encanta a alma, com as pessoas se encontrando alegremente nos dias de feira.   












Quando em Espinosa, é quase uma obrigação para mim acordar cedo no sábado e me deslocar até o Mercado Municipal para dar uma volta e observar o movimento, apreciar as maravilhas produzidas pelos nossos dedicados agricultores e reencontrar pessoas queridas, algumas delas não vistas há um bom tempo. É uma experiência simples, mas singular e prazerosa, fazendo com que nos sintamos realmente em casa.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024 50432

3390 - Marc Knopfler, em breve novo álbum 575g26

Um dos melhores guitarristas que eu já vi tocar, o ex-integrante da banda britânica Dire Straits Mark Freuder Knopfler, está preparando o lançamento do seu décimo álbum solo de estúdio, intitulado "One Deep River". A data programada é em 12 de abril de 2024. O álbum anterior lançado pelo talentoso artista inglês foi o "Down The Road Wherever" de 2018. Para atiçar a curiosidade dos fãs e aumentar ainda mais a expectativa por seu mais recente trabalho, foi lançado o single "Ahead of the Game".



"One Deep River" vem com doze faixas:
01 - "Two Pairs of Hands"
02 - "Ahead of the Game"
03 - "Smart Money"
04 - "Scavengers Yard"
05 - "Black Tie Jobs"
06 - "Tunnel 13"
07 - "Janine"
08 - "Watch Me Gone"
09 - "Sweeter Than the Rain"
10 - "Before My Train Comes"
11 - "This One's Not Going to End Well"
12 - "One Deep River"

Mark Knopfler, nascido em Glasgow, na Escócia, aos 12 de agosto de 1949, revisita suas memórias e suas impressões do local onde mora em canções, como sempre, saborosas, contando com o acompanhamento dos músicos Jim Cox e Guy Fletcher (teclados), Glenn Worf (baixo), Ian Thomas (bateria), Danny Cummings (percussão), Richard Bennett (guitarra), Greg Leisz (guitarra lap steel), Mike McGoldrick (gaita irlandesa), John McCusker (violino) e as irmãs Emma e Tamsin Topolski (backing vocals). A capa do disco mostra a icônica ponte de Newcastle sobre o Rio Tyne, próxima da sua residência.



Com seu espírito humanitário aguçado, Mark leiloou sua coleção de guitarras no fim do mês ado em Londres, destinando o valor arrecadado de mais de 8 milhões de libras a instituições beneficentes, entre elas a Cruz Vermelha. Além de um craque na sua arte de tocar uma guitarra, o músico mostra toda sua consciência social e seu desprendimento em favor dos menos favorecidos, atitude digna de aplausos e que só faz aumentar a minha iração por ele.
Um grande abraço espinosense. 


Centenário de Espinosa - Postagem 60 6m1k1f

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Apesar da sua localização distante dos grandes centros, incrustada na divisa de Minas Gerais com a abençoada Bahia de todas as mais lindas praias, Espinosa teve o privilégio de receber algumas famosas personalidades da política, da música e do entretenimento. Na nossa terra fértil e calorosa, impiedosamente castigada pela seca duradoura, recebemos políticos importantes como Tancredo Neves, lino Pereira e Newton Cardoso, e artistas famosos como Jerry Adriani, Moacir Franco, Nélson Gonçalves e José Augusto. Mas certamente, a personalidade que mais causou frenesi e estardalhaço na terrinha foi sem dúvida a atriz, modelo, apresentadora e jurada de programa de auditório na TV, Elke Maravilha. Contratada para estrelar uma festa de escolha de jovens "Rainhas" do algodão e afins, promovida pelo então funcionário do Banco do Brasil na cidade, Manoel, a exuberante, polêmica, esfuziante e corajosa Elke Grunnupp atraiu a atenção e contagiou a todos os presentes com a sua gigante alegria e desenvoltura. Com seu visual exótico, sua elegância, sua sensualidade e sua vivacidade, conversou animadamente com quem a procurou, distribuiu sorrisos, abraços e beijos aos seus iradores e causou ataques de ciúmes em algumas esposas presentes ao se aconchegar com alguns homens casados.  









A história de Elke Maravilha é incrível. Nascida em Leutkirch im Allgäu, na Alemanha, em 22 de fevereiro de 1945, a menina veio com os pais para o Brasil aos quatro anos de idade, fugindo da guerra. Morou em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, na Alemanha e em outros países europeus, tornando-se fluente em oito idiomas, o que lhe proporcionou oportunidades de trabalho em escolas de idiomas até chegar à televisão, onde ficou conhecida e idolatrada pelo público. Possuía personalidade forte e bastante coragem para decidir não ser mãe, abortando por três vezes, casar-se por oito vezes e peitar os poderosos da ditadura militar brasileira na defesa da amiga Zuzu Angel, mãe do "desaparecido político" Stuart Edgart Angel Jones, o que lhe custou seis dias de prisão e a perda da cidadania brasileira. 
Elke destacou-se como poucas no universo da televisão brasileira, mas também deixou trabalhos importantes no teatro, no cinema e nos discos, onde atuou como cantora. Chamavam a atenção os seus elaborados penteados, suas perucas espalhafatosas, suas roupas extravagantes e seus exagerados colares. Mais que isso, sobressaíam a sua desenvoltura, seu carisma e sua alegria contagiante. Espinosa foi fortemente abalada na época com a visita esfuziante da exótica Elke Maravilha. Deixou saudades.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 59 6o5v2y

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

O povo espinosense em geral adora futebol. Quando a televisão ainda não havia chegado a Espinosa, atraindo e prendendo a atenção quase total da população com as novelas e programas humorísticos e de auditório nos anos 70, o futebol era uma das maiores possibilidades de lazer, principalmente nas manhãs e tardes dos domingos, quando os confrontos entre as equipes locais e de cidades circunvizinhas atraíam uma boa quantidade de espectadores aos campos da cidade. Obviamente que as tardes no "Campão" eram ocupadas pelos times amadores de adultos, sobretudo dos maiores times da cidade, casos de Espinosense e Santa Cruz. Mas havia espaço para os times de jogadores juvenis como Milan e Guarani e os de jogadores adolescentes como o Cruzeirinho, Sayonara, Atletiquinho e afins. Mas um pouco antes disso, havia alguns times de crianças e adolescentes na cidade, abaixo retratados. Observe as condições precárias dos jogadores, que além de atuar em campos desprovidos de grama, ainda não podiam contar com as atuais modernas, leves e confortáveis chuteiras, muitos jogando até descalços. E ainda tem quem apareça alardeando que antigamente era melhor! Claro que não, Sebastião! Hoje em dia temos campos gramados, nivelados, com traves e redes perfeitas, bolas leves, macias e indeformáveis mesmo sob chuva, chuteiras que não machucam os pés. Como alguém, em sã consciência, pode achar isto pior que a condição precária do ado, em que andávamos quase sempre com os pés machucados e doloridos? Só mesmo gente sem noção, afundada no insensato saudosismo radical. 

Santa Bernadette: Waltinho Pinto, Valdo, Botão, Domingo, Idelfonso, Lincoln e Cícero; Natinho, Valmir, Carlinhos, Dizinho e Braga

Estrelinha: Leuzinho, Beto, Baixinho, Aladias e Fernando; Eris, Lidoninho, Vicentão, Dirceuzinho e Sérgio

Vera Cruz (1964): Cori, Robertinho, Ivelcy, Badu, Paulão, Israel e lá atrás, Roberto Pé-Duro;
Pelota, Tazinho, Fernando Salviola, Maninho e Tone Mané Véio

Cruzeiro (1968): Misael, Daniel, Dedeco, Aroldo, Vicente e Itamar (Mazinho);
Jacival, Fernando, Roberto Pé-Duro, Paulinho e Beto de Horácio

Clube Atlético Espinosense: Robertinho, Daniel, Valmir, Domingão de Gino, Pia, Zé Orlando e Beto de Horácio; Netinho de Lacrau, Roberto Pé-Duro, Haroldinho, João de Loza, Dedeco e Nai

Time não identificado: Getúlio de Zé Martins, Chico de Tereza, Chiquinho Bicudo, Carlinhos Pé-de-Chumbo, não identificado e Wanderley Cotrim; Eduardo, Fernando Mendes, Manoel Meu Louro e mais dois não identificados 

Guarani: Fonso, Netinho, Haroldo, Dedeco, Valtency e Mailson (Boy); Dim de Ezinho, Tintim, Roberto Pé-Duro, Marcos de Juca e João de Loza

Palmeirinhas: Mizael, Tota, Tone Mané Véio, Léo, Maninho, Zodinha, João Baita, Téo e Rael; Lourinho, Badu, Boy, Djalma e Fonso

Para mim, que sou de uma geração adiante, é um prazer apreciar estas velhas fotografias, retratando os meninos que corriam atrás da bola em campinhos de terra batida naqueles tempos de outrora. Mais feliz ainda de ver grandes amigos e parceiros de bola aí fotografados no período maravilhoso das suas infâncias e juventudes. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024 6z33w

Centenário de Espinosa - Postagem 58 a121u

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

A agora centenária cidade de Espinosa nasceu nas imediações do Rio São Domingos, com um amontoado de casas em torno da igreja da Matriz, ampliando-se para outro largo onde se construiu a sede da Prefeitura Municipal e depois o Mercado. A partir basicamente destas duas praças, a cidade começou a se espalhar com o aumento da população, desencadeando a formação dos demais bairros. Construíram suas residências e comércios nestes logradouros centrais os cidadãos de maior poder aquisitivo. Mas a paisagem muda constantemente com o ar do tempo e atualmente poucas são as famílias que na praça moram, pois os estabelecimentos comerciais se apropriaram dos espaços antes residenciais. 
Com o caminhar dos anos, as transformações na praça que homenageia o Coronel Heitor Antunes aconteceram de forma contínua e radical. No largo gigantesco que nada tinha de infraestrutura, o espaço era utilizado pelas crianças para brincar e andar de bicicleta e pelos adultos como estacionamento para as suas montarias nos movimentados dias de feira aos sábados. Em determinada época, alguns funcionários do Banco do Brasil motivaram pessoas da cidade para utilizarem a área como quadra de vôlei. Aos sábados, durante a realização da feira, o terreno era quase completamente tomado pelos carros de boi que traziam lenha, melancias e outras gostosuras da roça, e pelos cavalos, montarias de grande parte da população rural. Mais adiante, com a separação da praça em duas partes, surgiram, diante do local onde hoje está o palanque, as barracas de comércio que vendiam de tudo, de roupa até utensílios domésticos.












Na praça que homenageia o Coronel Heitor Antunes já tivemos diversos estabelecimentos comerciais que já não existem: A farmácia de Luiz Ribeiro, a agência dos Correios onde trabalhou o também atleticano Gildásio Cangussu, a loja do meu padrinho de batismo Aníbal Paim, o cinema de José Dias Silveira, a loja de móveis de Rubens Nogueira, a loja de Dílson Dias, a panificadora de Alisson Cruz, a loja de Guilherme Figueiredo onde iniciei minha vida de trabalhador aos 13 anos, a loja de Sêo Geraldo Anacleto, a loja de Antímio, a loja de Clotildes, enfim, muitos comércios e mais tantas residências de figuras ilustres da nossa Espinosa que se foram para o além.
Assim como nós todos, sem exceção, a praça se modificou ao longo do tempo, ando por várias transformações, a grande maioria delas para melhor, acompanhando a necessária e essencial evolução. Até semáforo ela possui! E mesa para o pessoal jogar dominó e baralho também. Que bom! Que assim continue, mudando para melhor, sempre! 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 57 1o2m3k

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Não há quaisquer dúvidas dos males que causam a maldita mentira, hoje também conhecida popularmente como fake News. Não é à toa que o Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou a combatê-la veementemente no seu oitavo mandamento: "Não levantar falso testemunho". Mas, infelizmente, elas correm soltas pelo mundo, provocando estragos na vida e reputações de pessoas, gerando conflitos, enganando inocentes, dando poder e enriquecendo pessoas desonestas. Houve até quem vendeu lotes na Lua e prometeu o Paraíso na Terra, acreditem! 
Como somos seres humanos, normais, comuns e falíveis, fatalmente em algum momento das nossas vidas podemos ter contado alguma mentira, seja para evitar problemas maiores, para amenizar a dor de alguém em fragilidade emocional ou ainda para somente fazer elogios à beleza inexistente de alguém melindroso. Em muitos desses casos, os danos causados são nulos ou muito pequenos. Mas existem os canalhas, aqueles que se utilizam da mentira para causar o mal e a discórdia, faturando alto com poder e grana, o que é covarde, sujo e inaceitável. Em Espinosa tivemos um mentiroso do bem, o senhor José de Sá, o cruzeirense super bem-humorado Zé Cobrinha. Do bem, porque ele jamais contou suas hilárias lorotas com a intenção de prejudicar quem quer que fosse. Suas histórias fantasiosas tinham o único propósito de fazer rir, descontraindo o dia dos seus interlocutores, sem ataques à reputação de ninguém. Mesmo sem ter gerado filhos, ele nunca se cansava de nos matar de rir com as fantásticas histórias das peripécias dos seus meninos. 





Recordo-me com bastante saudade e alegria dos meus encontros com Zé Cobrinha. Foram poucos, mas recheados de ótimo papo, fantasiosas e engraçadas histórias e inevitáveis gostosas gargalhadas. Zé já nos deixou há algum tempo, mas ficarão para sempre em nossos corações a sua imagem sempre feliz, simpática, agradável, afável, comunicativa e bem-humorada. Viva Zé Cobrinha!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.