Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024 3344

Centenário de Espinosa - Postagem 75 5h6i3z

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Conforme os dados coletados no Censo 2022 pelo IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população espinosense é majoritariamente católica, com pouco mais de 85% do total dos moradores. Na segunda posição numérica entre os fiéis, vêm os evangélicos, divididos entre as variadas igrejas existentes na cidade. Também há espaço democrático e justo para demais religiosos como os espíritas, os batistas, os de matriz africana, os adeptos das Testemunhas de Jeová e até para os ateus, todos livres para exercerem amplamente seu direito sagrado de liberdade religiosa garantido pela Constituição.
Além das grandes igrejas católicas espalhadas pela cidade, existe bem no Centro uma pequena, simples e bela construção que resiste ao tempo. Construída ainda nos primórdios da cidade pelo Coronel Heitor Antunes, em terreno doado pelo senhor Antônio Sepúlveda, em razão de graça alcançada, a Igrejinha homenageia Nossa Senhora dos Remédios. Em seu interior, a pequena capela tem um pequeno sobrado sobre a entrada e um altar simples em madeira, onde está a imagem de Nossa Senhora dos Remédios sob a inscrição em latim "Deo honor et gloria!", que significa "Honra e glória!". 









A Igrejinha de Nossa Senhora dos Remédios ainda permanece firme no panorama central espinosense, sofrendo ínfimas modificações em sua fachada ao longo do tempo, praticamente só a mudança da cor da parede frontal, que já esteve pintada de amarelo e agora ostenta uma cor branca até a torre central, contrastando com o azul das suas três grandes portas de madeira, um verdadeiro patrimônio da comunidade. Ali ao seu lado, poucas construções antigas continuam de pé, apenas a casa de Sêo Arlindo Sepúlveda na esquina, a casa colada à Casa dos Calçados e a velha casa e comércio do saudoso Geraldo Anacleto, esta que sofre a ação ruinosa do abandono no tempo. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 76 4q5m53

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Apesar de ser o rio, entre os nossos três maiores cursos d´água urbanos, que mais tempo a no ano sem água corrente, o Rio Bom Sucesso (Rio do Galheiro) oferece boas opções de divertimento à comunidade durante o curto período chuvoso que a Natureza nos oferece. Em vários pontos do seu trajeto desde a cabeceira até o encontro, no Bairro Cigano, com o Rio São Domingos, partindo dali para desaguar na Barragem do Estreito, existem pontos propícios para tomar um gostoso e refrescante banho de rio. O que mais utilizei nas minhas últimas visitas a Espinosa foi no local da agem de carro logo após a saída para Monte Azul, com entrada à direita depois da linha férrea. 










Antigamente o melhor ponto de tomar banho no rio era, para nós da Turma da Resina, o local ível pela Rua Santa Terezinha, abaixo da ponte ferroviária, atravessando o Rio São Domingos e seguindo a estrada paralela onde estão instalados hoje os campos society de Idelson do Só Montão. Ali era nosso lugar preferido de fazer as nossas aventuras e farras, em meio às pedras e areia. Mas o mais divertido era um diferencial do lugar que tinha antigamente um barranco com um piso escorregadio que utilizávamos para deslizar até cair dentro do poço. Repetíamos à exaustão esse vai e vem, subindo e escorregando do barranco para dentro do rio. Aventuras de crianças cheias de energia e vitalidade. Será que ainda existirá este barranco do "escorrega lá vai um"">Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024 561q28

Centenário de Espinosa - Postagem 73 58165n

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Na fachada do prédio do velho Mercado Municipal instalado na Praça Coronel Heitor Antunes, bem ao lado da Prefeitura, podemos ver gravada a data da sua inauguração, ano de 1940. Ali fervilhava o movimento comercial da época, com os dias de sábado sendo tomados por gente de todo o município querendo vender e gente querendo comprar produtos agrícolas, na imensa maioria gêneros alimentícios como arroz, feijão, farinha, verduras, frutas, como também carne e até a boa e velha cachaça. Na lateral e nos fundos do Mercado, o movimento era intenso também nas mercearias, bares, barracas e bancas que ofertavam quase tudo. Era o shopping center da época.
Diante do prédio do velho Mercado e nas proximidades, na área da praça ainda sem infraestrutura, ficavam estacionados os carros de bois carregados de lenha e melancia, assim como as montarias, bois e cavalos, eram amarradas aos troncos dos fícus ali existentes. Neste espaço, vendedores de vários produtos naturais e manufaturados atendiam os clientes nas suas barracas ou bancas ali montadas, transformando-se em uma movimentada aglomeração que se estendia pela manhã. À tardinha, era hora de os vendedores desmontarem e embalarem tudo e retornarem para suas casas, muitas delas na zona rural, menos aqueles que iam comemorar o sucesso das vendas nos bares da Rua da Resina.














Mas o antigo prédio de fachada bonita e bem desenhada serviu para algo mais animado ainda, o Carnaval. Ali em determinada época foi realizada a festa do Carnaval da cidade, abrindo espaço para a diversão da população, com o liberado a todos. Mais adiante o local serviu como depósito de veículos da Prefeitura, depois funcionou como uma feirinha, com alguns estabelecimentos comerciais instalados em barracas.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 74 323b2s

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nos tempos de outrora as coisas eram bem mais difíceis que na atualidade, imagino que em quase todas as áreas. No campo do futebol, especificamente, eram praticamente inexistentes os uniformes disponíveis para compra, e quando encontrados, estavam distantes das condições financeiras dos jogadores e times mais humildes. Nas antigas fotografias de alguns times de Espinosa, notadamente os da zona rural, notamos a variedade dos estilos das camisas e a diferença de cores e modelos de calções e meiões entre os jogadores. Com o avanço da civilização e evolução da sociedade, as condições de vida melhoraram e o o a bens de consumo foi imensamente facilitado. Nos novos tempos, ficou bem mais fácil adquirir um jogo de camisas ou ainda ser presenteado por políticos em campanha eleitoral ou por distribuição legal pelas secretarias municipais de esportes. Hoje, na Internet, em sites de confecções, é fácil e rápido escolher, montar o design e adquirir jogos de camisas completos e diferenciados, com preços bastante íveis, um grande progresso. 




Nestas duas antigas fotografias tiradas em local e de times desconhecidos, podemos reparar na total falta de uniformidade nas vestimentas dos atletas, fato bastante comum naqueles tempos de dificuldade de o a produtos industriais em cidades interioranas. Mas o que mais me chamou a atenção foi o estilo nada convencional dos atletas de posar para a fotografia. Normalmente, a pose clássica de jogadores de futebol era com seis atletas da defesa em pé, de braços cruzados, e mais cinco atacantes agachados, com algumas mínimas variações ao longo do tempo. Nestas duas fotos aparecem cinco atletas de pé, com braços soltos, nas costas ou na cintura, o que não surpreende muito. O que me causou surpresa é a inusitada pose dos atletas em duas fileiras de três, ajoelhados e sentados. Mais interessante ainda é a primeira imagem, onde os três atletas sentados formam um cenário esdrúxulo, com o goleiro no centro segurando a bola nas mãos e dois jogadores nos extremos a firmando com os pés. Adorei a criatividade dos caras e vou tentar repeti-la em algum momento futuro com meu time.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024 1y3f6j

3393 - Vem aí álbum novo do Pearl Jam 12484h

É Carnaval, eu sei. Mas como todo dia, hoje também é dia de Rock and Roll, men and women! E ninguém personifica tão bem esta fundamental vertente da música quanto o Pearl Jam do magnífico cantor e compositor Eddie Vedder, de quem sou fã inveterado. O cara já é uma lenda do Rock, com sua voz maravilhosa e suas interpretações intensas e impactantes. E para alegria dos fãs, o Pearl Jam estará lançando mais um disco no próximo dia 19 de abril, o "Dia dos Povos Indígenas", esses irmãos tão massacrados e perseguidos covardemente pelos gananciosos por grana e poder. 
O álbum, produzido pelo ganhador do prêmio Grammy, Andrew Watt, se chamará "Dark Matter" e teve sua primeira música lançada há poucos instantes, de mesmo nome. Este será o décimo segundo disco de estúdio lançado pela banda formada por Eddie Vedder (vocal), Mike McCready (guitarra), Matt Cameron (bateria), Jeff Ament (baixo) e Stone Gossard (guitarra). O álbum anterior foi "Gigaton", lançado em 2020. 



Eis as onze canções de "Dark Matter":
1) Scared of Fear
2) React, Respond
3) Wreckage
4) Dark Matter
5) Won’t Tell
6) Upper Hand
7) Waiting for Stevie
8) Running
9) Something Special
10) Got to Give
11) Setting Sun



A banda capitaneada pelo fenomenal Eddie Vedder não se contenta em apenas fazer boa música. Ela mantém uma instituição denominada Vitalogy Foundation que se dedica à luta em defesa dos povos indígenas, dos desabrigados e do Meio Ambiente. Ação digna de aplausos.
Os membros do Pearl Jam foram introduzidos em 2017 no Rock and Roll Hall of Fame.
Agora é curtir a primeira canção liberada do disco e aguardar as restantes com muita expectativa de mais um grande trabalho roqueiro desta banda sensacional que eu adoro.
Um grande abraço espinosense.


 

Centenário de Espinosa - Postagem 71 43676z

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Na nossa secular trajetória histórica, tivemos o privilégio de receber como convidados algumas figuras de projeção nacional e até internacional. Pelo nosso território já se apresentaram musicalmente artistas renomados como Nélson Gonçalves e Moacir Franco e estiveram presentes, em campanhas e eventos políticos, figuras de grande importância como Tancredo Neves e lino Pereira. No esporte também tivemos a regalia de receber a visita do time dos Milionários para um confronto amistoso com o Cruzeirinho em agosto de 1986. 




No Estádio Paulo Caldeira da Cruz Campos, o Caldeirão, ainda sem gramado, o time máster denominado Milionários, que reunia ex-jogadores profissionais, fez uma bela exibição para o grande público que esteve presente no domingo. Entre os atletas em campo, estavam os Campeões Mundiais da Copa de 1970, o folclórico e goleador atacante Dario e o goleiro Félix. Outra figura de destaque foi o lateral-direito Zé Maria, que se notabilizou defendendo a camisa do Corinthians. Na primeira fotografia publicada, o ídolo atleticano Dadá Maravilha posa com o então garotinho Bruno, filho de Isabel Cristina Cangussu Tolentino e Cláudio Renault Grossi.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 72 3sk58

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Como não poderia deixar de ser, se havia um Cruzeirinho na cidade de Espinosa, não poderia faltar o Atletiquinho. Treinado pelo gênio da marcenaria Filuca, o time de garotos vestia com orgulho e talento a camisa alvinegra do Clube Atlético Mineiro na cidade. Com os atletas Júnior e Valdivino como goleiros, a equipe atleticana ainda contava com grandes jogadores como Nenzão, Claudão, Tonhão, Fá, Boy, Rildo, Cassildo, Carlinhos Meloso, Newton, Aníbal, Bibi, Nena e Bosquinho.




Interessante que, se não me falha a memória, o Atletiquinho não era adversário direto do Cruzeirinho, não acontecendo nenhuma partida entre eles. Pelo menos não me recordo de ter enfrentado essa turminha porreta. Tempos mais tarde tive o prazer de jogar contra e ao lado de alguns desses jogadores, casos de Claudão, Rildo, Tonhão, Carlinhos, Fá e Nenzão. Os dois últimos foram grandes adversários nos bons tempos do futebol de Espinosa. Espero que todos estejam bem de saúde e de felicidade! Saudades do meu amigo Filuca!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024 3x6837

3392 - Aniversário de Mauro César Ramires Soares o5i70

A casa do querido conterrâneo alcunhado na adolescência de "Popô Garapa" foi o palco da comemoração do aniversário do amigo e colega de BB Mauro César Ramires Soares na noite da chuvosa quinta-feira ada, 8 de fevereiro de 2024. Aos que desconhecem quem é "Popô Garapa", explico, sem mais delongas. Trata-se do espinosense José Geraldo Leão Cangussu, professor e batalhador ativista político e ferrenho defensor da Democracia, mais conhecido na cidade de Montes Claros pelo seu outro apelido de "Kojak". No maravilhoso espaço nos fundos de sua residência, está instalada a famosa Cachaçaria do Kojak, que reúne centenas de espécimes de boa cachaça fabricadas em diversos lugares do país, inclusive Espinosa. 
Foi ali, com a presença de alguns amigos mais próximos que Mauro e sua namorada Cibele promoveram um encontro festivo para celebrar o aniversário dele. A chuva abençoada que molhava o esturricado chão do Sertão do Norte de Minas em nada prejudicou a animação e o contentamento do aniversariante e dos seus convidados, todos irmanados na confraternização pacífica e harmoniosa e encantados com as saborosas comidas disponíveis, com as cervejas estupidamente geladas e a enxurrada de estimulantes clássicos do Samba e da MPB interpretados perfeitamente pela ótima dupla Fabiana Lima & Bruno Andrade. 





Foi agradabilíssimo poder estar presente para festejar mais um aniversário do amigo Mauro e confraternizar com pessoas tão maravilhosas que também estiveram presentes. E foi gratificante perceber a alegria estampada no seu rosto com a comemoração de mais um ano de vida, com muita amizade, fartura e música de excelente qualidade. 
Parabéns e vida feliz, longa e saudável a Mauro! 
Um grande abraço espinosense.



Centenário de Espinosa - Postagem 70 323wi

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Certamente, o acontecimento mais aguardado e comemorado pela população espinosense é a sangria da Barragem do Estreito. Como bravos habitantes do Sertão Norte-Mineiro, acostumados a enfrentar e vencer os danosos efeitos da insensível seca que incessantemente nos castiga, a chegada das abençoadas chuvas, que peregrinam pelos leitos antes secos dos nossos rios e desaguam em grande quantidade nas nossas barragens, reacendem a nossa esperança e nos fortalecem para seguir adiante na busca pela sobrevivência e por uma vida mais prazerosa e confortável.
A Barragem do Estreito foi construída nos anos 60 e é a fonte de abastecimento de água da cidade de Espinosa, sendo esta operação istrada pela Copasa. 













A sangria da Barragem do Estreito não é um fato corriqueiro. Acontece de vez em quando, em anos de chuvas abundantes, com grandes cheias nos rios que inundam, da abençoada água, as barragens do Estreito e da Cova de Mandioca, ocasionando o transbordamento no paredão de concreto localizado no lado mineiro da imensa instalação hídrica. Quando isto ocorre, muitos de nós, espinosenses, deixamos nossas casas e vamos apreciar de perto esta maravilha da Natureza. Sozinhos ou na companhia de familiares e amigos, vamos para lá comemorar com a devida alegria e esperança a beleza da vida, tomando banho, pescando ou fazendo aquela farra.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 69 12n3q

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

A história de uma cidade não se resume aos fatos históricos e às personalidades locais. Lugares, construções, empreendimentos e até alguns veículos tornam-se figuras relevantes na trajetória evolutiva da cidade. Os mais atentos e observadores, e mais antigos, obviamente, certamente se lembrarão da Rural de Quincão, da Rural de Bola, da Rural de Didi Freitas, do Fenemê de Yeyé Antunes, do Dodge Dart de Amável, do Aero Willys de Zezé Sepúlveda, do Fusca de Wanderley do BB, do Ford Maverick de Plínio do BB, do DKW-Vemag de Negão da Oficina e do Jeep de Sêo Vavá, entre tantos outros automóveis, picapes e caminhões históricos. 
Este último foi protagonista de muitas e saborosas histórias e entrou definitivamente para as nossas vidas, nós da Rua da Resina. O Jeep era o xodó de Sêo Florisvaldo Lopes Cruz, o querido Vavá da Caixa. Funcionário da extinta instituição financeira Minas Caixa, Sêo Vavá comprou o Jeep basicamente para levá-lo às caçadas que tanto gostava de fazer no mato, ao lados dos filhos e dos amigos. Mas o Jipão, como o apelidamos carinhosamente, tornou-se o único meio de locomoção de toda a nossa turma para todas as circunstâncias. Com espaço concebido para duas pessoas nos bancos da frente e para quatro pessoas na parte traseira, o Jipão era tão generoso que acomodava o dobro disso ou até mais, mostrando sua força e bravura. Às vezes, em movimento, soltava uma das rodas dianteiras, mas mesmo assim se mantinha firme e ereto, sem consequências para seus ocupantes. Era nele que, sob a direção do saudoso Gera, íamos para a fazenda de Clóves Cruz comprar litros da famosa pinga "Ingazeira" para fabricar as "batidas" distribuídas nas nossas festinhas. Era nele, com Gera ou Quinha na direção, que pongávamos em bando para sair pelos botecos da cidade curtindo a juventude, sem medo de ser feliz. Era também nele que eavam na cidade as filhas de Sêo Vavá e a nossa turma se deslocava para os eios nos recantos naturais da região, como por exemplo o Açude de Clóves. 






Nos animados Carnavais de Espinosa, o Jipão era aquele que nos levava em carreata pelas ruas, acomodando uma inacreditável quantidade de foliões até mesmo sobre o capô. A última fotografia acima, apesar de pouco nítida e um tanto cortada, é uma prova inequívoca da importância e da robustez do velho Jipão de Sêo Vavá que tanto nos serviu e nos proporcionou momentos memoráveis. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.