Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 25 de junho de 2014 593v71

997 - Morre Canechane, ex-baterista d´Os Cardeais 5f2j2e

A gente não quer noticiar essas coisas tão tristes, mas não há como lutar contra o ciclo normal da vida. Conforme informações recebidas pelo Facebook, mais um ente querido nos deixa: Canechane, eterno baterista d´Os Cardeais.
Apesar de não ter sido amigo próximo meu, sempre fui muito bem tratado por ele. Eu o tinha como ídolo da música, o cara das baquetas que por muito tempo, ao lado dos seus companheiros, embalou os meus sonhos na juventude, através da música maravilhosa com que nos presenteava Os Cardeais nas festas e nos carnavais inesquecíveis de Espinosa. 
Até hoje não sei bem como se escreve o seu nome. Se Canechane, ou Canixani, ou Kanichane, ou Kanexane. Nem mesmo sei da história de como surgiu o apelido tão interessante. Não importa. Importa saber que ele deixou a sua marca neste mundo, ao lado da família, e estará sempre na memória de todos os que foram tocados por sua obra musical e pela sua agem marcante por este nosso temporário mundo.
À esposa Fatinha, aos filhos Ticiane e Eustáquio, a todos os familiares e amigos, o nosso profundo pesar e o desejo de que Deus lhes conceda muita força, paz e resignação para superar este momento de tamanha tristeza e dor.
Um grande abraço espinosense. 

Canechane, Osmar, Nélson Gonçalves, Niltinho, Joãozinho e Pote

Eternos Os Cardeais: Devá, Lourinho, Niltinho, Canechane, Joãozinho, Osmar e Galdino

996 - Essas extravagantes figuras da Copa do Mundo 4p691o

São 12 cidades-sedes, 12 estádios espetaculares, 32 seleções nacionais, 64 jogos e 736 jogadores. São 96 goleiros, 230 defensores, 250 meio-campistas e 160 atacantes. Alguns jovens, outros já veteranos. Alguns já considerados os melhores do mundo, outros ainda à procura do estrelato. Muitos com um visual bastante interessante. Os penteados são os mais diferentes possíveis. Em alguns, eles nem existem, substituídos pela careca brilhante. Outros são bem extravagantes, com cabeleiras enormes ou apenas um corte moicano. Interessante notar que muitos jogadores cultivam uma bela barba, mas o uso isolado do bigode definitivamente não está na moda entre eles. Vamos então dar uma olhada nessas extravagantes figurinhas desta Copa.
Um grande abraço espinosense.

Benoit Assou Ekotto (Camarões - Defensor)

David Luiz (Brasil - Defensor)
Juan Paredes (Equador - Defensor)

Bacary Sagna (França - Defensor)

Charles Itandje (Camarões - Goleiro)

Danijel Pranjic (Croácia - Defensor)

Dante (Brasil - Defensor)

Die Serey (Costa do Marfim - Meio-campista)

Eder (Portugal - Atacante)

Ermin Bicakcic (Bósnia e Herzegovina - Defensor)

Felipe Caicedo (Equador - Atacante)

Gervinho (Costa do Marfim - Atacante)

Jermaine Jones (Estados Unidos - Meio-campista)

John Boye (Gana - Defensor)

Kyle Beckerman (Estados Unidos - Meio-campista)

Marcelo (Brasil - Defensor)

Mario Balotelli (Itália - Atacante)

Marouane Fellaini (Bélgica - Meio-campista)

Michael Lang (Suíça - Defensor) 

Ukechukwo Uchebo (Nigéria - Atacante)

Raul Meireles (Portugal - Meio-campista)

Roger Espinoza (Honduras - Meio-campista)

Son Heungmin (Coreia do Sul - Meio-campista)

Tim Howard (Estados Unidos - Goleiro)

Wilfried Bony (Costa do Marfim - Atacante)

William (Brasil - Meio-campista)

Rais Mbolhi (Argélia - Goleiro)

Anthony Vanden Borre (Bélgica - Defensor)

Kevin Prince Boateng (Gana - Atacante)

domingo, 22 de junho de 2014 1y3r3o

995 - Na Estrada para as Terras do Coração, por Luc Antunes 424i21

O mundo, este nosso tão misterioso mundo, é constituído das mais variadas matérias, de pessoas e animais, de água e terra, de sentimentos e agruras, de sons e imagens. Viajar pelas suas entranhas maravilhosas e desconhecidas, não só na paisagem visível, mas também pelos caminhos quase imperceptíveis da mente, é uma overdose de emoções às vezes pacificadoras e extasiantes.
Quando em conjunto, a música, as imagens e os sentimentos nos levam a uma sensação de paz e harmonia em que parece estarmos mais perto de Deus.
Com a sua mente deveras privilegiada, é isso que eu acho que nosso conterrâneo Luc Antunes quer nos ar através deste vídeo. Confiram, deleitem-se com essas maravilhas do nosso mundo e tirem as suas próprias conclusões.
Um grande abraço espinosense.

Suas palavras, na íntegra:

Aconteceu algumas vezes comigo. É difícil de escrever sobre isso, mas descreveria assim: esses momentos epifânios quando os átomos, as moléculas, as células em mim, em perfeita união e sintonia, me fizeram sentir como um poderosa máquina sensual e sensorial, transformando momentos aparentemente corriqueiros em experiências transcendentais, se é que podem ser nomeadas. É como se a Divindade Cósmica, incapaz de saborear sua própria existência, acabasse nos criando, seres vivos, na esperança de, em um desses momentos raros, poder senti-la indiretamente ou empaticamente, através de nós, de nossos corpos, de nossos sentidos. Nessas ocasiões, uma poderosa conexão entre criador e criatura, de milagrosa unidade, de existência e consciência, é realizada e revelada. Tornamo-nos um canal para Deus reconhecer a si próprio enquanto nós mesmos também reconhecemos a beleza e a força pulsante da criação. Deus e Nós -- a Criação e Nós -- abraçados, olhando nos olhos um do outro, respirando a respiração um do outro, a alma, plenamente conscientes, um. 
O que é necessário para isso? Nenhum delírio ou droga, com certeza. Esses podem apenas produzir eventos falso porque embora nos ajudem a perder nossas "amarras" também nos fazem perder a consciência. Acho que é necessário amor e paixão pela vida, sensibilidade (que pode ser exercitada e ampliada), empatia, abertura, altruísmo/despojamento e solidão -- nem sempre contudo. Já fui capaz de ter aquela poderosa sensação na companhia de amigos, no meio de uma multidão, ao ver o sorriso
no rosto de alguém ou situação parecida. Mas a solidão é essencial, pois geralmente a sociedade nos distrai com os objetos (de foco e desejo) de ideologias calculistas, coisas bobas e trivialidades. Boa música ajuda também, maravilhosamente. 
Então, é por isso que eu fiz este vídeo. Você pode simplesmente sentir-se tonto ao assisti-lo, mas aconteceu lá naquele momento, enquanto eu estava viajando para o sertão ("terras no coração do Brasil") onde fica minha cidade natal. A viagem de Belo Horizonte, onde moro, até Espinosa leva aproximadamente 12 horas de ônibus. O ônibus sai às 19:30 e na manhã seguinte está cruzando a paisagem do sertão.
Confesso que a música "Set Fire to the Rain" na voz poderosa da cantora Adele, estava tocando nos meus fones de ouvido em constante modo de repetição naquela manhã. (Obrigado, Adele). No entanto, devido à falta de um bom programa editor de vídeos, perdi a oportunidade de montar um vídeo na hora certa. Mas um dia aconteceu de novo: enquanto eu ouvia a música de Florence -- em particular essas duas canções do vídeo -- fui poderosamente arremessado de volta àquele momento no tempo. É incrível que, embora eu não consiga entender parte do significado das letras da Florence, tudo mais, a melodia, sua voz, sua expressão, superam esse bloqueio e falam direto ao meu coração
e à minha alma -- à minha mente divina. Ela canta sobre coisas indescritíveis, palavras que nos faltam ou falham, momentos de introspecção, quietude e abençoada solidão.
Espero que este vídeo não seja bloqueado por causa de direitos autorais e que seja para a esplêndida cantora Florence um gesto de gratidão e iração pelo seu trabalho divino que me tocou tão profundamente e de forma magnífica.
E, se você tiver vontade de produzir e postar um vídeo com suas próprias viagens em suas próprias estradas do coração com música que o/a ajudou a se emocionar e elevar-se, eu ficaria muito feliz.

Luc Antunes

994 - Inacreditáveis malabarismos da bola! 235x5y

Não dá para acreditar que é verdade! Parece montagem, ainda mais hoje em dia com todas as possibilidades da tecnologia. Mas, pensando bem, nem importa. Importa perceber a criatividade desse pessoal, tanto dos que participaram do vídeo como protagonistas bem como os seus idealizadores.
Parabéns aos criadores do vídeo pela engenhosidade da ideia. Comercial bom é isso, não só se sobressai pelo alcance publicitário da marca, mas pela qualidade da mensagem.
Um grande abraço espinosense.

quinta-feira, 19 de junho de 2014 4o6l26

993 - Em tempo de Copa, o craque Chico Buarque de Hollanda chega aos 70 anos 5k703w

Ele dispensa comentários. Seja empunhando um violão ou uma caneta, a qualidade ímpar está estampada brilhantemente em seus trabalhos. Ele criou clássicos da música brasileira falando de tudo um pouco, ou muito. Lá estão a tão elogiada alma feminina, o suíngue do samba genuinamente brasileiro, o descrever do caminhar do cotidiano, as vicissitudes e os prazeres do amor, assim como as suas inquietações e as contestações políticas. Além disso, as criações de livros, musicais, peças teatrais e filmes. Tudo isso em um caldeirão de palavras certas e harmonias perfeitas. Chico é gênio, da música e da palavra.


É hoje, dia 19 de junho, o seu aniversário de 70 anos. O quarto dos sete filhos do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim, lançou o primeiro disco em 1966 e nele já apareciam duas obras-primas, "Pedro Pedreiro" e "A Banda". Daí em diante, em mais de 40 álbuns lançados, viriam outras maravilhas da canção brasileira: "Construção", "Samba de Orly", "Cotidiano", "O Que Será", "Olhos nos Olhos", "Meu Caro Amigo", "Apesar de Você", "Cálice", "Gente Humilde", "Atrás da Porta" etc etc etc. Paro por aqui, pois se for enumerar todas as suas grandes canções vai faltar espaço.
Francisco Buarque de Hollanda, ou simplesmente Chico, como é carinhosamente conhecido, desde os 9 anos já iniciava a sua trajetória de criação musical, com algumas marchinhas de carnaval. Aos 12, criava operetas que eram cantadas pelas suas irmãs. Aos 13 anos, apaixona-se pelo futebol. Aos 14 anos, desperta o amor pela literatura. Aos 15, é encantado pelo som de João Gilberto, no disco "Chega de Saudade", que mudou radicamente a sua relação com a música. Seu sonho, a partir dali, seria "cantar como João Gilberto, fazer música como Tom Jobim e letra como Vinícius de Moraes". 
Chico Buarque destaca-se em tudo o que faz, até no futebol. Criou um time para si, o "Politheama", onde bate uma peladinha com os amigos. Dizem que joga direitinho. 
Na literatura, uma de suas paixões, escreveu vários livros:  "Fazenda Modelo" (1974), "Chapeuzinho Amarelo" (1979), "A Bordo do Rui Barbosa" (1981), "Estorvo" (1991), "Benjamim" (1995), "Budapeste" (2003) e "Leite Derramado" (2009). Destes,  Estorvo, Benjamim e Budapeste viraram filmes.
Criou ainda cinco peças de teatro, todas com inegável sucesso: "Roda Viva" (1967), "Calabar" (1973), "Gota D’Água" (1975), "Ópera do Malandro" (1978) e "O Grande Circo Místico" (1983).
Na televisão, apresentou o programa "Chico e Caetano", com Caetano Veloso, na TV Globo, durante sete meses.


Suas canções estão imortalizadas nas mais diversas vozes da música brasileira, desde Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina até Pena Branca e Xavantinho, Rolandro Boldrim e Engenheiros do Hawaii.
Chico é um incansável criador, hoje um pouco mais afastado da música e mais próximo da literatura. Atualmente está trabalhando na finalização do seu mais novo livro, ainda sem data para lançamento.
Não é preciso falar muita coisa de Chico Buarque. As suas obras falam por si. É só conferir:
  • Apesar de você, amanhã há de ser, outro dia, você vai ter que ver, a manhã renascer, e esbanjar poesia, como vai se explicar, vendo o céu clarear, de repente, impunemente, como vai abafar, nosso coro a cantar, na sua frente ("Apesar de Você");
  • Sentou pra descansar como se fosse sábado, comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe, bebeu e soluçou como se fosse um náufrago, dançou e gargalhou como se ouvisse música, e tropeçou no céu como se fosse um bêbado, e flutuou no ar como se fosse um pássaro, e se acabou no chão feito um pacote flácido, agonizou no meio do eio público, morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego ("Construção");
  • O meu amor, tem um jeito manso que é só seu, de me fazer rodeios, de me beijar os seios, me beijar o ventre, e me deixar em brasa, desfruta do meu corpo, como se o meu corpo fosse a sua casa, ai ("O Meu Amor");
  • Se nós, nas travessuras das noites eternas, já confundimos tanto as nossas pernas, diz com que pernas eu devo seguir, se entornaste a nossa sorte pelo chão, se na bagunça do teu coração, meu sangue errou de veia e se perdeu, como, se na desordem do armário embutido, meu paletó enlaça o teu vestido, e o meu sapato inda pisa no teu ("Eu te Amo");
  • Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar, com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar, depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar, e cheios de ternura e graça foram para a praça, e começaram a se abraçar, e ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou, e foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou, e foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais, que o mundo compreendeu, e o dia amanheceu em paz ("Valsinha");
  • Num tempo, página infeliz da nossa história, agem desbotada na memória das nossas novas gerações, dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações, seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais, e um dia, afinal, tinham direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia que se chamava carnaval, o carnaval, o carnaval ("Vai ar").
Um grande abraço espinosense. E viva Chico Buarque de Hollanda!

Já que estamos em época de Copa do Mundo, lá vai uma bela canção do Chico sobre o nosso mais amado esporte.

O Futebol

Para estufar esse filó, como eu sonhei
Só se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual ao jogador
Qual compositor
Para aplicar uma firula exata
Que pintor
Para emplacar em que pinacoteca, nega
Pintura mais fundamental
Que um chute a gol, com precisão
De flecha e folha seca

Parafusar algum joão, na lateral
Não, quando é fatal
Para avisar a finta enfim
Quando não é sim
No contrapé
Para avançar na vaga geometria
O corredor
Na paralela do impossível, minha nega
No sentimento diagonal do homem-gol
Rasgando o chão e costurando a linha

Parábola do homem comum
Roçando o céu, um senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas que rei sou eu
Para anular a natural catimba
Do cantor
Paralisando esta canção capenga, nega
Para captar o visual
De um chute a gol
E a emoção da idéia quando ginga

(Para Mané para Didi para Mané Mané para Didi para Mané para Didi para
Pagão para Pelé e Canhoteiro)







992 - A Copa do Mundo na Vila do Guiné, na Chapada Diamantina t73v

Mucugê é uma cidade baiana com pouco mais de 18 mil habitantes, localizada na Chapada Diamantina, colonizada pelos indígenas e com característicos casarões coloniais de estilo português na paisagem. No século XIX, ápice do seu poderio econômico, a cidade era importante centro de mineração de ouro e diamantes. Atualmente, Mucugê tem a sua economia baseada no agronegócio e no turismo, em virtude das suas belezas naturais, graças às suas montanhas, cânions e cachoeiras.
A 42 km da cidade de Mucugê está a Vila do Guiné, uma pequena vila em meio à Chapada Diamantina. Foi lá (e em outros 700 lugares do país) que a Brahma fez um evento que merece aplausos: levar as imagens da Copa do Mundo aos habitantes do lugar. O registro do evento é de emocionar e a empresa está de parabéns pela iniciativa. 
Dê só uma olhada e veja como são lindos este nosso imenso país e sua gente. E a versão da música da Legião Urbana, "Por Enquanto", ficou de arrepiar. Viva a Copa e o povo brasileiro!
Um grande abraço espinosense.

domingo, 15 de junho de 2014 5q5934

991 - "Carcereiros", livro instigador de Dráuzio Varella 39j36

Confesso ser um grande irador do médico e escritor Dráuzio Varella, não só pela sua atuação como médico em programas na televisão, alertando e simplificando o entendimento, pela população desinformada, dos perigos e efeitos das enfermidades, mas também pela sua conduta ilibada, digna e de uma humildade impressionante para quem possui tamanha notoriedade.


O Doutor Dráuzio, paulistano, nascido em 1º de janeiro de 1943, tem mais de 23 anos de trabalho voluntário nas prisões paulistas. O fascínio por este mundo vem desde a infância. Com todos esses anos de convívio com a imensa população desses verdadeiros infernos humanos, o escritor lançou em 1999 o livro "Estação Carandiru", contando histórias envolvendo detentos de um dos maiores presídios do país, a Casa de Detenção, desativado e implodido em 2002. No livro ele revela o intrincado, firme e impiedoso código de ética das prisões, que regula duramente as regras de convivência entre a população carcerária. O sucesso do livro, que vendeu mais de 500 mil exemplares, acabou resultando no filme "Carandiru".
Com uma convivência longa e harmoniosa com os agentes penitenciários, os chamados carcereiros, o Dr. Dráuzio acabou se tornando amigo íntimo de muitos deles, a ponto de se reunirem constantemente em um boteco nas imediações da prisão para tomarem uma cerveja e desestressar a mente após um cansativo dia de trabalho. Mesmo após a desativação do presídio, eles ainda se encontram de vez em quando para celebrar a amizade e colocar as histórias em dia.
A partir desta convivência, muitas histórias foram contadas e ele, para não perdê-las, resolveu escrever um livro contando tudo: "Carcereiros". Acabei de lê-lo. Lá está retratada a realidade dramática de suas vidas, das suas origens, dos seus complicados relacionamentos familiares, do seu trabalho recheado de periculosidade, dos salários insuficientes, da violência constante ao redor, da corrupção, das traições, mas também dos atos de heroísmo, de solidariedade e de compaixão. Esses valorosos homens, obrigados diariamente a uma jornada de trabalho estafante em um ambiente de pressão constante, relatam as suas "aventuras" de verdadeiros roteiros cinematográficos, sempre com a presença constante da violência, da dor e da sombra da morte, mas sem jamais perder o bom humor. O que impressiona no livro é a surpreendente dimensão humana dos depoimentos desses homens corajosos e decididos que, sem as condições necessárias ao trabalho, enfrentam centenas de perigosos prisioneiros de peito aberto. Mesmo com as suas deficiências morais, concernentes a todos nós, são certamente desconhecidos heróis do cotidiano, acima de tudo. Não deixe de ler.
O Dr. Dráuzio Varella prepara a terceira edição desta trilogia, o livro "Prisioneiras", que sairá em breve e contará as histórias das mulheres presas na Penitenciária Feminina da capital paulista, onde ele presta os seus serviços voluntários atualmente. Certamente irei ler mais esta sua obra.
Se você quiser conhecer mais sobre a vida e atuação deste grande brasileiro, e drauziovarella.com.br. 
Um grande abraço espinosense.

Título: Carcereiros
Editora: Companhia das Letras
Encadernação: Brochura
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
Peso: 0,292 kg
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 232


990 - Vai ter um filho? Inspire-se nas cidades brasileiras para escolher o nome 3r2743

Um dos momentos mais felizes na vida é, sem dúvida, o nascimento de um filho. Se for o primeiro, então, é uma emoção indescritível. Tive a felicidade de ar por este momento por duas vezes e jamais esquecerei a emoção e a felicidade de me tornar pai. É tempo também de muita alegria quando a gente se entusiasma para a escolha do nome da criança. Alguns escolhem nomes bíblicos, outros, nomes simples ou pomposos, e há aqueles que inventam uns nomes bem estranhos e diferentes. 
Se você estiver naquela expectativa maravilhosa de se tornar pai ou mãe e ainda não houver decidido que nome dar ao seu filho ou à sua filha, que tal dar uma olhada nos nomes das muitas cidades brasileiras espalhadas por todas as regiões do país e se inspirar? Quem sabe você não acaba escolhendo um nome de cidade para o seu rebento?
Um grande abraço espinosense.


Se for menina:
Albertina (MG)
Angélica (MS)
Angelina (SC)
Antonina (PR)
Aparecida (SP)
Áurea (RS)
Aurora (SC)
Betânia (PE)
Cássia (MG)
Catarina (CE)
Clementina (SP)
Colatina (ES)
Conceição (PB)
Constantina (RS)
Cristina (MG)
Custódia (PE)
Denise (MT)
Ernestina (RS)
Fátima (TO ou BA)
Glória (BA)
Graça (CE)
Heliodora (MG)
Imaculada (PB)
Iracema (RR)
Jaciara (MT)
Joanésia (MG)
Jordânia (MG)
Jurema (PI)
Jussara (PR ou GO)
Leopoldina (MG)
Lorena (SP)
Lourdes (SP)
Lucélia (MG)
Lutécia (SP)
Magda (SP)
Maria Helena (PR)
Marialva (PR)
Mariana (MG)
Marilac (MG)
Marilena (PR)
Marília (SP)
Mariluz (PR)
Mercedes (PR)
Mercês (MG)
Moema (MG)
Nazaré
Olímpia (SP)
Rosana (SP)
Salete (SC)
Silvânia (GO)
Socorro (SP)
Terezinha (PE)
Vicentina (MS)
Virgínia (MG)


Se for menino:
Adolfo (SP)
Afonso Cláudio (ES)
Afrânio (PE)
Altair (SP)
Anastácio (MS)
Antônio Carlos (MG)
Antônio João (MS)
Benevides (PA)
Cláudio (MG)
Damião (PB)
Dionísio (MG)
Eusébio (CE)
Fernão (SP)
Gaspar (SC)
Herval (RS)
Irani (SC)
Jacinto (MG)
Luiz Antônio (SP)
Lupércio (SP)
Nazareno (MG)
Pedro Alexandre (BA)
Tenório (PB)
Timóteo (MG)
Ubirajara (SP)
Veríssimo (MG)
Vitorino (PR)
Wagner (BA)
Wanderley (BA)
Zacarias (SP)

989 - Começou! 5n1p1r

Havia (e há) muita gente torcendo contra. Havia (e há) uma imprensa canalha empenhada em usar politicamente a Copa do Mundo para propagar o caos e o pessimismo e favorecer o seu candidato à eleição presidencial. Houve até uma revista de circulação nacional especializada em bater no governo que estampou na capa a previsão de que os estádios só ficariam prontos em 2038. Não acredita? Dê só uma olhada.

Pois é, mesmo com tamanha avalanche de críticas, desvirtuamento dos fatos, acusações e previsões infundadas, a Copa do Mundo do Brasil começou. Começou com muitos acertos e alguns erros, normais em um evento desta magnitude. Nada que não tenha ocorrido em outras edições, seja na África do Sul, na Argentina, na Itália ou nos Estados Unidos. 
Muitos disseram que os estádios não ficariam prontos a tempo. Pois estão disponíveis, belos e confortáveis.
Muitos disseram que não haveria Copa. Pois ela já começou e começou muito bem. E será inesquecível.
Muitos disseram que os turistas estrangeiros não viriam, com medo das manifestações violentas no país. Pois eles vieram em bando, colorindo de cores e imensa alegria os espaços das cidades brasileiras.
Muitos disseram que não estávamos preparados para acolher um evento de tamanha envergadura. Pois tudo está caminhando em plena ordem e tranquilidade, com harmonia, espírito esportivo e segurança.
Para estes que apregoavam violentamente que não haveria Copa, a receptividade do povo brasileiro aos jogadores e torcedores estrangeiros mostra exatamente o inverso. Muita gente acompanhando a chegada, os treinamentos e aparições públicas dos astros da competição. A imensa maioria da gente brasileira mostra mais uma vez o seu espírito de congraçamento, de alegria desmedida, de boa convivência, de respeito ao próximo, de muita paz e harmonia, qualidades intrínsecas a nós, guerreiros tupiniquins.
Os mais radicais irão dizer que ainda estão ocorrendo manifestações violentas pelo país. Ora, se há bandidos e vândalos em todos os lugares, não será necessariamente na época da Copa que eles irão desaparecer como por encanto das ruas das cidades, como anjos redimidos. Apesar de muitos não enxergarem, não é privilégio do Brasil contar com esse tipo de gente em seu território. Eles estão em Londres, em Nova Iorque, em Paris, em Toronto, em Sydney, em Bombaim, em Roma ou até na Conchinchina. Não deixe de dar uma olhada neste link.
Mas chega de dar importância aos arautos do Apocalipse. Vamos focar somente na alegria de poder estar no centro das atenções do mundo inteiro, com quase um bilhão de pessoas acompanhando a abertura da 20ª Copa do Mundo de Futebol ocorrida nesta quinta-feira, 12 de junho.
A cerimônia de abertura, concebida pela coreógrafa belga Daphné Cornez com muita cor e música, mostrou ao mundo nossa diversidade na cultura e na mistura de raças, em uma apresentação bem simples, sem muita parafernália tecnológica. Li críticas acusando a abertura de ter sido bem fraquinha e simples, sem nada de pompa e ostentação, com a presença de poucos participantes. E se tivesse sido o contrário, hein? Imagino a enxurrada de críticas e acusações de desperdício de dinheiro.




Merece registro o triste, execrável e lamentável comportamento de grande parte dos torcedores presentes à Arena do Corinthians, que vergonhosamente, em meio a um grande número de crianças presentes e em uma transmissão para o mundo inteiro, desferiu pesados xingamentos à autoridade máxima do país, uma mulher digna e honrada, que foi democraticamente eleita para a presidência do Brasil com a maioria dos votos da população, merecendo, no mínimo, o respeito e a consideração. Se nós não respeitarmos a pessoa que comanda o país, escolhida pela maioria da população, a quem mais iremos respeitar? A quem interessa a anarquia e a desordem? À oposição política do país que já teve por alguns anos a sua chance de mudar as coisas e não foi competente para isso? O assunto merece algumas reflexões por parte, principalmente, dos descontentes.



Mas chega de indignação e vamos ao que realmente interessa neste momento mágico que é a Copa do Mundo, o nosso amado jogo de futebol.
Após nove jogos (escrevo logo após Equador 1 x 2 Suíça), um exame pouco mais que superficial dos resultados nos descortina um cenário de pleno otimismo quanto à qualidade do futebol apresentado pelas seleções que já estrearam. Na grande maioria aconteceram os resultados já esperados, com vitórias das equipes favoritas. Entretanto, dois resultados surpreenderam a muitos. A contundente e histórica goleada da Holanda sobre a gabaritada campeã Espanha foi um exemplo do espetáculo brilhante e imprevisível que é o futebol. Quanto à vitória em si, nada demais, dada a grande qualidade da equipe holandesa. Mas o placar foi simplesmente inesperado e arrasador, 5 x 1.



Outro resultado surpreendente se deu na vitória de virada da modesta equipe da Costa Rica sobre o bi-campeão mundial Uruguai, por 3 x 1. Uma verdadeira zebra! Esses resultados colocam ainda mais emoção na disputa das vagas para a fase seguinte, que tem tudo para ser emocionante.
Fico imensamente feliz com o bom andamento da disputa da Copa do Mundo, resultado do trabalho árduo e dedicado de milhares de pessoas espalhadas por todo o país e pelo mundo. Acomodações confortáveis, gramados perfeitos, clima de confraternização, harmonia e tolerância entre os torcedores rivais, bom futebol, muitos e belos gols, nenhum empate até agora e com apenas duas equipes sem o gostinho de balançar as redes adversárias, as seleções de Camarões e da Grécia. Que assim continue, com muita vibração e divertimento contagiante.



Um grande abraço espinosense e vamos curtir de coração aberto e com muita alegria essa festa maravilhosa do futebol e da união entre os povos que é a Copa do Mundo. 

quarta-feira, 11 de junho de 2014 243a53

988 - Evento em Montes Claros reúne Reinaldo Lima e Raul Plassmann y46z

Na noite desta segunda-feira, na praça de alimentação do Shopping Montes Claros, foi realizado um evento estilo mesa-redonda para discutir a Copa do Mundo no Brasil, com as ilustres presenças dos ex-jogadores de Atlético e Cruzeiro, Reinaldo Lima e Raul Plassmann, além das musas dos clubes mineiros, Natália Carvalho e Josi Neves. Na parte musical se apresentou o músico Edu Lemos da Banda Maracutaia. O evento foi apresentado pelo jornalista da InterTV Délio Pinheiro e teve a participação do desportista Denart D´Ávila, do jornalista Felipe Gabrich e da editora do Globo Esporte, Cida Santana. Juninho do Jac´s, empresário apoiador do evento, também esteve presente.
Após anos de espera pela oportunidade, consegui realizar um sonho antigo, o de tirar uma fotografia ao lado de um dos meus maiores ídolos no futebol, Reinaldo. Ele já havia estado em Montes Claros em outros eventos, mas infelizmente não pude encontrá-lo. Na primeira vez, ele veio para um evento realizado no MaxMin e eu não tive conhecimento com antecedência. Na segunda oportunidade, ele esteve em um evento na AABB, inclusive participou de uma partida de futebol, mas infelizmente eu estava de férias em Espinosa e só fiquei sabendo depois. Desta vez, deu tudo certo e guardarei com imenso cuidado e carinho a minha imagem ao lado de um dos melhores jogadores da história do Atlético e do Brasil.
Lembro-me com imensa saudade da primeira vez que vi Reinaldo jogar. Fui à Belo Horizonte pela primeira vez quando tinha uns 14 anos, levado pelo meu irmão Zé de Freitas. Tirei foto na Avenida Afonso Pena, completamente deslumbrado com a atmosfera pulsante e agitada da cidade grande. E, o melhor, fui assistir ao clássico Cruzeiro x Atlético em um Mineirão completamente lotado. As pessoas se espremiam nas arquibancadas, sentadas nos degraus de cimento, entre as pernas dos torcedores do degrau de cima, em uma convivência pacífica e apaixonada pelo futebol. Tinha ali pelo menos 80 mil pessoas. Recordo-me bem do final da partida. Íamos saindo mais cedo, faltando uns 10 minutos antes do apito final, para escapar do enorme tumulto da saída de tanta gente. O jogo estava empatado em 1 a 1. Eu saía logo atrás de Zé, procurando espaço na arquibancada lotada, mas com a visão concentrada no campo. Foi aí que Reinaldo fez o gol da vitória do Atlético e incendiou o estádio. Fiquei perdido em meio a dezenas de atleticanos alucinados, que se levantaram para comemorar o gol. Depois de alguns segundos de súbita alegria, surpresa e medo, pois Zé havia desaparecido em meio à multidão, eis que ele retorna e me pega pelo braço em direção à saída, para meu alívio. Jamais esquecerei a felicidade que tomou meu coração naquele momento, e a partir daí Reinaldo entrou para sempre na galeria dos meus ídolos.
Uma pena que os problemas nos joelhos castigados pela violência dos adversários tenha abreviado a carreira de um dos grandes craques do futebol mineiro e brasileiro. O REI, como ainda é carinhosamente chamado pelos atleticanos, encerrou a carreira muito jovem ainda, com apenas 28 anos. Jogou 475 jogos pelo Atlético e balançou a rede 255 vezes, tornando-se o maior artilheiro da história do clube.
O futebol foi injusto com o REI. Ele merecia ter ganhado o Campeonato Brasileiro de 1977, quando foi o artilheiro com a incrível marca de 28 gols em 18 partidas. Ele merecia ser Campeão Brasileiro em 1980, quando fazia parte daquela máquina de jogar bola do Galo, e que calou um Maracanã inteiro com seus dois gols contra o Flamengo, na decisão, mesmo machucado. Ele merecia estar naquela maravilhosa Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1982, recheada de craques da bola, que tinha tudo para ser campeã do mundo. As complicações físicas não deixaram que ele brilhasse ainda mais. Mas nem isso diminuiu a minha eterna iração pelo gênio Reinaldo, que tantas e tantas alegrias já deu aos atleticanos e a mim em especial. A última alegria foi me dar o presente de se deixar fotografar ao meu lado. Um troféu de valor incalculável que estará sempre em lugar de destaque em minha casa. Valeu, REInaldo!
Um grande abraço espinosense.