Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 14 de novembro de 2018 46t53

2078 - Meu mano Zé 4g1rz

Quando tomei a decisão de começar esse nosso blog, positivamente influenciado por Zé Lúcio, tinha a consciência de que ele deveria ser focado nas coisas e gentes de Espinosa, falando de tudo um pouco: da nossa história, dos nossos personagens, do nosso esporte, da nossa cultura e dos fatos corriqueiros da nossa cidade. Entretanto, com o ar do tempo, os assuntos se ampliaram um pouco, com temas outros entrando na pauta, tais como cinema, música, arte e acontecimentos de Montes Claros e de todo o mundo que mereçam registro. Não era ideia falar de minha pessoa ou da minha família, mas o destino quis que fatos pessoais tivessem que ser registrados aqui, alguns de infinita tristeza. Mas mesmo contra a correnteza, vou abrir outra exceção hoje para falar de coisa boa, gratificante. É sobre o meu irmão.


Somos três irmãos lá em casa, filhos de Dona Juvercina Tolentino de Freitas, a Dona Zu Costureira. Existem outros filhos por parte do meu pai Alysson Antunes de Freitas, o Louro Mineiro. Meus pais já se foram para a eternidade.
Pois bem, eu sou o mais novo, tem a do meio que é a Joana D´Arc Freitas e o mais velho é o José de Freitas Tolentino. Seis anos separam cada um de nós. Eles dois nasceram com um talento artístico que não sobrou para mim, infelizmente.  D´Arc tem um talento incrível para as artes plásticas, que um dia desses eu mostrarei aqui para vocês, se Deus quiser.


Meu mano Zé sempre foi um sujeito extremamente inteligente, estudioso e trabalhador. Ainda jovem, deixou Espinosa para trás em busca do sonho de estudar e trabalhar. Fincou morada na capital mineira, Belo Horizonte, onde ou por todas as agruras de quem vem de família pobre e tem de se desdobrar para sobreviver. Mas dedicado que era, não demorou a ar logo em dois concursos dos mais concorridos da época, o do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Optou por entrar no BB e teve que se deslocar definitivamente até o estado de Goiás para  tomar posse e ingressar na grande empresa bancária estatal. Tomou posse na agência de Porangatu, uma pequena cidade do norte de Goiás, um dos corredores rodoviários brasileiros por onde escoa grande parte da produção agrícola e industrial brasileira. Anos depois foi transferido para a agência de Gurupi, ainda no estado de Goiás, mais tarde ando a pertencer ao novo estado do Tocantins. Lá trabalhou a vida inteira, nos bons e maus momentos por que ou a empresa nesse tempo todo. Foi lá também que conheceu o amor da sua vida, Júlia, com quem se casou e teve três maravilhosos filhos: Bruno, Cynthia e Túlio, que já lhe deram alguns netinhos. Zé, ou Tolentino, como é conhecido por lá, já se aposentou no BB e hoje tem uma franquia dos Correios e Telégrafos.


Gurupi, cidade em que ele mora, conhecida como "A Capital da Amizade", é a terceira maior cidade do estado do Tocantins, com cerca de 86 mil habitantes, sendo a cidade-polo de toda a região sul do estado. Ela é ainda muito jovem e neste ano de 2018, exatamente hoje no dia 14 de novembro, comemorará seus 60 anos de existência. Então, parabéns, Gurupi, pelo seu aniversário!


Zé adora música e aproveita os momentos de folga no horário de almoço do trabalho ou nos finais de semana, para tocar violão e exercitar seu hobby de músico amador, sem maiores pretensões. Construiu um lugarzinho aconchegante em sua casa para tocar as canções preferidas da MPB no tempo livre, tendo como companheiros, na parede a frase "A Humildade é a mãe de todas as virtudes", os diplomas, um enorme escudo do seu time do coração, o Cruzeiro, e às vezes a companhia dos netinhos amados.  
Zé é um sujeito de bom coração, dedicado ao trabalho e à família. E com um tanto de alma de artista. Não é à toa que eu o iro e o tenho como exemplo, assim como minha mana D´Arc. E mais do que isso, os tenho no fundo do coração, cobertos de muito amor. Meu carinho, manos queridos.
Tenho quase certeza que o vídeo que produzi, com as performances caseiras do meu mano, será bloqueado pelo You Tube pela questão dos direitos autorais, já que ele reúne 51 canções dos mais variados autores. Tenho o maior respeito pelo belo e árduo trabalho desses artistas todos. Mas neste caso específico, apenas amador, gostaria que o bloqueio não acontecesse, mas infelizmente acho que isto acontecerá, sem apelação. Uma pena. 
Um grande abraço espinosense.


terça-feira, 13 de novembro de 2018 4g2e70

2077 - O renascimento do Estádio João Rebello k3o69

O velho estádio do Ateneu em Montes Claros, que foi o palco de inesquecíveis confrontos da história do futebol da cidade, renasceu das cinzas. Ou melhor, do mato que tomou conta das suas instalações durante os quatorze anos de completo abandono.  Ali, no número 511 da Rua Ângelo de Quadros, no Bairro São José, o Estádio João Rebello foi inaugurado festivamente no dia 2 de maio de 1954, quando o Fluminense de Telê Santana esteve na cidade para enfrentar e vencer o Ateneu pelo placar de 2 x 0. O poderoso Santos também jogou ali, em outra partida amistosa contra o Broca, ganhando por 3 x 1 no dia 15 de junho de 1958.



O estádio, que conta com ótima estrutura, com iluminação, setor de cadeiras com 200 lugares, arquibancada para 3.000 espectadores, vestiários e gramado de ótima qualidade, espalhados em 17.596 m², foi reinaugurado na manhã deste domingo chuvoso e nublado. Participaram atletas das categorias de base do clube norte-mineiro, bem como grandes jogadores que vestiram a camisa alvinegra e brilharam apresentando seu futebol de enorme talento. Jogadores do eterno rival, o Cassimiro de Abreu, também estiveram presentes, participando e abrilhantando ainda mais a festa.



Um dos mais entusiasmados e emocionados com a ressurreição do clube e do estádio era o presidente Cássio Aquino, um gigante no trabalho de recuperação da imagem e da infraestrutura do lendário Ateneu, angariando com muita luta o apoio de alguns empresários e desportistas montes-clarenses. Na programação do domingo de alegria e futebol, ele foi o responsável por dar o pontapé inicial em uma das três partidas que ocorreram no novíssimo e impecável gramado. Na primeira partida, jovens das categorias de base do clube se enfrentaram, com o jovem Mateus Felipe marcando o primeiro gol após a reforma do campo. Logo depois, os jogadores seniores, com idade acima dos 50 anos, mostraram um pouco do seu talento, hoje dificultado pelo peso da idade. O Cassimiro venceu de goleada, por 6 x 2, com um belíssimo gol de letra marcado pelo grande craque Ilsomar. Na partida principal, os jogadores master, até 49 anos, animaram a torcida com boas jogadas, muitas finalizações mas sem eficiência, com apenas um gol marcado pelo atacante Evaldo para a equipe do Ateneu, que venceu por 1 x 0. Para completar a festa, houve apresentações de ginástica, capoeira e música. Participaram das partidas ex-jogadores profissionais e outros craques amadores como Odair, Guilherme, Victor, Alonso, Everaldo, Cesinha, PC, Ilsomar, Bolão, Keninho, Raulzinho, Wilton, Saruê e tantos outros, inclusive a garota Daiane, destaque no futebol feminino. 



Com toda certeza, Dona Albertina, torcedora-símbolo do Ateneu, deve estar bastante feliz no céu com a restauração do estádio onde ela morou e tanto torceu pelo seu time do coração.
Um grande abraço espinosense.



2076 - Tríade de maravilhas em MOC: Monumento, Cartão-Postal e Natureza 4y4we

O Monumento...


Os viajantes que chegarem a Montes Claros, vindos do Norte de Minas por Janaúba e Salinas, terão o privilégio de apreciar uma nova obra de arte na paisagem da cidade. É que logo na entrada da cidade, após o MaxMin Clube, na Praça Alexandre Assis Martins, onde está a rotatória entre a Avenida Governador Magalhães Pinto e a Estrada da Produção, foi inaugurada uma escultura, no estilo outdoor vazado, em homenagem aos tropeiros. A obra artística foi idealizada por Rosângela Veloso Assis Martins (infelizmente, falecida recentemente) e custeada pelo empresário Américo Martins Filho, seu esposo. A praça, também conhecida como Praça dos Tropeiros, homenageia o filho deles falecido em 2011, próximo daquele local. A realização da obra ficou a cargo do arquiteto Igor Drumond. Interessante saber que o pai de Seu Américo chegou a Montes Claros junto aos tropeiros na década de 50, oriundo da cidade baiana de Urandi.
A solenidade de inauguração foi realizada na noite desta sexta-feira, dia 9 de novembro, com a presença de autoridades, de membros da comunidade, de familiares do homenageado, do Prefeito Humberto Souto e do Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Paulo Ribeiro. 
O monumento, instalado no centro da rotatória, traz as figuras de um burro com bruacas sobre o lombo, seguido por um tropeiro e seu cachorro, simbolizando a importância dos intrépidos tropeiros no desenvolvimento do nosso Sertão. Brevemente outro monumento estará embelezando a cidade. Será instalado na praça do trevo do Aeroporto Mário Ribeiro uma nova peça artística simbolizando o sertanejo mineiro, com a figura de um chinelão. O chinelão que substituirá o que foi danificado e retirado do local em 2008, deverá ser inaugurado muito em breve, logo após a finalização da confecção da obra de arte.


O Cartão-Postal


Idealizada e construída pelo prefeito Antônio Lafetá Rebello, o Toninho Rebello, com a ideia de tornar mais fresca a escaldante cidade de Montes Claros, a Lagoa de Interlagos (ou Pampulha ou Pampulhinha) poderia ser o mais bonito cartão postal da região. Mas infelizmente todo o seu potencial nunca é completamente aproveitado pelas sucessivas istrações municipais, cujas promessas de sua revitalização nunca saem do papel. 
A ideia de Toninho era ótima: construir duas grandes lagoas na cidade, uma no lado norte e outra no lado sul, com o intuito de diminuir os efeitos do calor excessivo e embelezar o panorama da cidade. Nas imediações do Córrego das Melancias, a Prefeitura indenizou alguns moradores da região e rapidamente construiu a lagoa no local, isso lá no final dos anos 70, no segundo mandato do prefeito.  A lagoa tem tudo para se tornar a maior atração turística da cidade, mas sofre com a falta de infraestrutura, do despejo de esgoto clandestino, da descarga inconsequente de lixo e da proliferação intensa das tabuas nas suas margens. 
Seria ótimo se realmente a Lagoa de Interlagos tivesse um investimento pesado na construção de uma larga pista de caminhada ao seu redor, com arborização em toda orla, com iluminação de qualidade, aparelhos para recolhimento do lixo e cuidados com a limpeza constante da sua massa de água. Se atualmente já existem alguns empreendimentos comerciais como bares e pizzarias, imagine então se o local fosse tratado com mais atenção e cuidado.    


A Natureza...


A Natureza é mesmo sublime! Em uma das ruas do Bairro Jardim Panorama, duas árvores dão um espetáculo à parte em determinado período do ano. São duas grandes espécimes de Abricó de Macaco, ou cientificamente "couroupita guianensis", árvores originárias da Floresta Amazônica que atingem até 35 m de altura em seu habitat e até 20 m fora dele. É também conhecida como "Castanha de Macaco", "Cuia de Macaco", "Cannonball Tree" (árvore bola de canhão) ou "Assassin Tree" (árvore assassina), pelo fato de produzir frutos redondos como bolas, na cor marrom, com cerca de 20 cm de diâmetro e pesando até 3 kg. Os frutos pendem em cachos do tronco, assim como suas flores exuberantes e perfumadas, predominantemente na primavera e no verão, criando um verdadeiro espetáculo de cores e cheiros, uma maravilha da Natureza.  
Um grande abraço espinosense.


sábado, 10 de novembro de 2018 2n6e6t

2075 - O Cruzeirinho no Mineirão 6u3k4

Imagine um time amador de uma cidadezinha do interior do estado, lá da divisa com a Bahia, a 700 km de distância da capital, completamente desconhecido de todos, tendo o privilégio de jogar no famoso e gigante Estádio Governador Magalhães Pinto, mundialmente conhecido como Mineirão? E ainda mais atuando na partida preliminar do maior clássico do estado e um dos maiores do país e do mundo? Isso seria um sonho para qualquer jogador profissional, imagine então para alguns jovens praticantes do futebol de uma pequena e longínqua cidade interiorana das Minas Gerais. 
Pois foi isso que aconteceu em um belo domingo de sol do mês de junho de 1986. O Cruzeirinho, capitaneado mais uma vez pelo grande desportista Mateus Salviola Antunes, inscreveu de vez seu nome na história gloriosa do futebol espinosense ao fazer a preliminar do grande clássico Cruzeiro e Atlético em um Mineirão completamente lotado. 
A equipe de Espinosa, que contava àquela época com uma verdadeira seleção de craques, honrou com méritos o nome da cidade com uma boa atuação, apesar da imensa diferença de condições físicas, econômicas e esportivas para com o poderoso adversário. Foi derrotada em campo, se não me engano pelo placar de 2 x 1, por um time da categoria de base do Cruzeiro, mas caiu de pé, de maneira elogiável e heroica. Entre os craques presentes nesta lendária atuação, estavam Tatuzinho, Ernani, Jorginho, Racini, Gena, Tarcisinho e Dai, entre outros.



Mateus Salviola, ..., Véio, Cleônio, Dedé, Péba, Jânio, Flori, Gena, Ernani, Edmílson e Valdo Pezão;
Negão, Róbson, Tarcísio, Racini, Marinho, Tatuzinho, Dai, Jorginho e Luiz .

Flori, Jânio, Ernani, Gena, Edmílson e Valdo Pezão; Péba, Tarcísio, Tatuzinho, Racini e Jorginho

Em outra oportunidade anterior, desta vez em 1975, o mesmo presidente do clube, Mateus Salviola, havia levado seus pupilos para uma gigantesca aventura na distante capital. Com dinheiro arrecadado de doações de pessoas da comunidade, a equipe do Cruzeirinho se deslocou até Belo Horizonte para enfrentar uma equipe da categoria de base do gigante Cruzeiro no campo da Sede Social do clube no Barro Preto. Aqueles jovens garotos, extasiados e embasbacados diante da incrível oportunidade, foram derrotados pelo placar de 3 x 1, mas saíram dali realizados pela inédita vivência. Felizmente, nesta festa eu estava lá e foi mesmo maravilhosa a experiência.

Péba, Zinho, Jânio, Cleônio, Valdo Pezão e Jorjão;
Euclides, Benildo, Tatuzinho, Sérgio e Eustáquio.

Fica a saudade de Seu Mateus Salviola, de Dedé, de Marinho e de Euclides, já transportados para uma outra dimensão. Aos que aqui continuam, o meu abraço fraterno, onde quer que estejam.
Um grande abraço espinosense.   

quarta-feira, 7 de novembro de 2018 5h2xk

2074 - O eterno Freddie do Queen 6u1b2i




Hoje vou escrever sobre o filme que assisti anteontem e que me fez ficar extasiado, "Bohemian Rhapsody". Mas antes tenho que contar uma velha historinha que tem tudo a ver com o assunto. Lembro-me de uma situação interessante ocorrida em Espinosa lá pelos anos 80. Estava eu, não me lembro fazendo o quê,  na empresa revendedora de cerveja Brahma de propriedade de Custódio e Dona Nilva, bem ali no início da Avenida Dr. José Cangussu, quando chegou meu amigo Claudinho, filho deles, ainda garoto, com um fone de ouvido escutando música em alto volume. Questionado sobre quem ele ouvia com tanto prazer, a resposta foi curta, firme e direta: "aqui é o Queen, rapaz!". Nunca me esqueci disso e agora, com o sucesso do filme sobre o Freddie Mercury e o Queen, não poderia deixar de me lembrar desse fato tão porreta que me deixou muito feliz, pois já naquela época eu era muito fã dos caras e tinha uns dois ou três discos deles. Vamos ao filme, então.


A cinebiografia que conta a trajetória da famosa banda de Rock inglesa Queen e, particularmente, do seu grande destaque, o vocalista Freddie Mercury, parece ter sido realizada como um grande presente para os seus milhões de fãs espalhados pelo mundo inteiro, eu inclusive, uai. O filme vem com ótimos figurinos, fotografia, som e atuações dos personagens centrais da trama. Pode-se até reclamar do pouco tempo utilizado para contar a magnífica e extensa história da banda e do Freddie, pois faltaram muitas informações sobre o final da vida do vocalista, morto em decorrência da maldita AIDS. Mas não faltou qualidade no que foi mostrado, muito pelo contrário. Sou suspeito para comentar, pois minha iração pelos caras vem desde o início.



Mas se no geral adorei o filme, elogiável pela sua honesta exibição do comportamento amoroso do astro da banda e do às vezes conturbado relacionamento dos seus integrantes, algumas inconsistências na história da banda não podem ser desprezadas. Freddie foi diagnosticado com AIDS após o show do Live Aid e não antes. Freddie não foi o primeiro a querer gravar disco solo. Roger Taylor já havia feito isso antes por duas vezes e Brian May por uma. Outro fato é que o Queen esteve se apresentando no Brasil pela primeira vez, não no Rio de Janeiro, mas em São Paulo, em dois shows realizados no Estádio do Morumbi nos dias 20 e 21 de março de 1981. E mais, foi em uma boate gay de nome "Copacabana" (se reencontrariam na "Heaven") que ele conheceu o cabeleireiro (e não garçom) Tim Hutton, com quem viveu uma história de amor até os últimos dias.


Um dos momentos mais porretas, vibrantes e emocionantes do filme é a reprodução do mais alto momento da banda: a vulcânica apresentação de apenas 25 minutos no evento beneficente Live Aid, no Estádio de Wembley completamente lotado, no dia 13 de julho de 1985. O show foi transmitido e assistido por cerca de 1,5 bilhões de pessoas em todo o planeta.
A sensação que se sente no cinema é que tudo está ando muito rápido. Para o irador fanático do quarteto inglês, o filme poderia durar mais uma ou duas horas que estaria tudo bem. Eu mesmo gostaria de ver mais informações sobre a vida de Freddie e dos outros integrantes da banda, bem como mais cenas de performances musicais. Mas tá bom, valeu muito.  
"Bohemian Rhapsody" faturou cerca de US$ 50 milhões nos Estados Unidos e aqui no Brasil, na primeira semana, já rendeu R$ 9,6 milhões, um sucesso estrondoso de público e renda.      


Elenco:
Rami Malek - Freddie Mercury
Gwilym Lee - Brian May
Ben Hardy - Roger Taylor
Joseph Mazzello - John Deacon
Lucy Boynton - Mary Austin
Allen Leech - Paul Prenter
Tom Hollander - Jim Beach
Aidan Gillen - John Reid
Mike Myers - Ray Foster
Aaron McCusker - Jim Hutton
Data de lançamento: 24-10-2018 (Reino Unido), 01-11-2018 (Brasil)
Direção: Bryan Singer (substituído no final por Dexter Fletcher)
Música composta por: John Ottman
Produção: Bryan Singer, Robert De Niro, Graham King, Jim Beach
Produtoras: 20th Century Fox, Initial Entertainment Group, Regency Enterprises


Notícias dão conta de que em alguns cinemas do país foram percebidos atos de homofobia quando da apresentação na tela de uma cena amorosa de Freddie Mercury (um beijo e nada mais), o que configura uma imbecilidade gritante, não só pela tosca demonstração de intolerância, bem como da incrível e hilária ignorância dessas pessoas sobre a condição sexual do artista, bastante conhecida de quem tem o mínimo de apreço pela sua história e a do Queen. Freddie foi um gigante da música, um compositor talentoso e um dos maiores vocalistas da história do Rock de todos os tempos, senão o maior. Um ícone indiscutível e eterno por quem tenho enorme iração!


Para quem não conhece, o Queen foi uma banda de Rock and Roll formada pelo guitarrista Brian Harold May, pelo baixista John Richard Deacon, pelo baterista Roger Meddows-Taylor e pelo magistral vocalista Freddie Mercury (Farrokh Bulsara), este o melhor vocalista da história do Rock, na minha opinião um tanto quanto parcial. A banda que gravou 15 álbuns de estúdio, lançou outros discos ao vivo e algumas coletânias, vendendo cerca de 300 milhões de discos ao redor do mundo, se dissolveu após a morte de Freddie em 24 de novembro de 1991, de broncopneumonia decorrente da AIDS, aos 45 anos de idade. A banda retornou tempos depois em algumas apresentações pelo mundo, com a participação dos cantores Paul Rodgers (entre 2004 e 2009) e Adam Lambert (de 2011 a 2018) nos vocais.
O Queen tem o seu nome gravado para sempre na história do Rock and Roll e com imensa importância. O grupo foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2001 e ganhou uma estrela no eio da Fama em Hollywood em 2005, além de virar tema do musical We Will Rock You e desta mais recente homenagem, o filme Bohemian Rhapsody.

Discografia de estúdio:
1973 - Queen
1974 - Queen II
1974 - Sheer Heart Attack
1975 - A Night at the Opera
1976 - A Day at the Races
1977 - News of the World
1978 - Jazz
1980 - The Game
1980 - Flash Gordon
1982 - Hot Space
1984 - The Works
1986 - A Kind of Magic
1989 - The Miracle
1991 - Innuendo
1995 - Made in Heaven
Um grande abraço espinosense.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018 42v6y

2073 - O acontecimento do ano em Espinosa 5a53d

Quem mora em regiões privilegiadas do Brasil, aquelas com alto índice de precipitação pluviométrica também conhecida como chuva, jamais irá entender o sentimento formidável e impactante de alegria e prazer que toma conta dos sertanejos espinosenses quando os divinos céus fazem desabar sobre o seu município suas abençoadas águas, resultando nos rios tomados pelas enchentes e no sangramento da Barragem do Estreito. Só nós, espinosenses e demais rebentos do Sertão, sabemos da importância crucial desse mágico processo natural e temos consciência da indescritível sensação de alegria, satisfação e esperança que nos preenche de forma repentina e fragorosa a alma e o coração.
As notícias que partem de Espinosa, comunicando alvissareiras novidades de rios cheios e alagamentos de "mangas", lagoas e baixadas, me fazem muito bem ao coração. A reivindicação humilde, serena e constante a Deus por chuva no nosso Sertão é quase um mantra sagrado. E é mais do que justo que, quando tais preces são atendidas pelo Criador, todos nós tenhamos o entusiasmo de comemorar e muito essa dádiva. 
É só acontecer o "milagre do sangramento" na Barragem do Estreito, situada a cerca de 8 km do centro da cidade, que muitos membros da comunidade se dirigem empolgadamente para lá com o intuito de aproveitar o momento de intenso contentamento que embriaga sobriamente toda a cidade. Alguns vão se banhar, outros vão pescar, alguns vão fazer churrasco, outros vão fazer farra e tomar gole, alguns vão ear, outros vão tirar fotografias para eternizar o momento, alguns vão repetir a experiência, outros vão vivenciar pela primeira vez o fenômeno, enquanto outro tanto vai apenas para se sentar na velha ponte de madeira e ficar apreciando a força do Criador que desponta na beleza ímpar da Natureza. Eu, apaixonado espinosense, estive lá em alguns desses momentos singulares, e as lembranças são as mais gostosas e gratificantes. E espero estar presente em muitos outros, se Deus me permitir, de preferência já neste ano de 2018, com novo sangramento da Barragem do Estreito. 
Um grande abraço espinosense.






Em pé: Eustáquio, Luiz, Antenor, Luciano, Amável e Carlos Magno;
Agachados: Júlio César e Tim de Disson 
 


quinta-feira, 1 de novembro de 2018 3b6a72

2072 - Espinosa, um dia chuvoso de eleição e paz 343h4p

No retorno à minha Espinosa, a estadia desta feita foi bastante breve, tão somente para exercer a cidadania, que jamais abrirei mão em qualquer circunstância. A liberdade deve ser o nosso maior tesouro, apenas menos importante que a saúde, isso no plano individual.
Exercida em plena paz de consciência a tarefa inexorável de auxiliar a decidir o futuro do país, já não havia qualquer incumbência a cumprir, senão perambular solitário pelas ruas molhadas da cidade amada após uma abençoada chuva que varou a noite e alcançou a manhã. Tempo de observar com contentamento as mudanças no cenário urbano, com o asfalto cobrindo as ruas do centro. Se há muito o que comemorar, o desaparecimento de algumas velhas casas das principais praças da cidade traz alguma nostalgia, avivando lembranças de pessoas queridas e lugares outrora palco de incontáveis emoções.



ando pela Praça Coronel Heitor Antunes, lembrei-me de meu avô Joaquim de Freitas, com seu semblante sempre sereno e acolhedor. Lembrei-me da minha avó Joana, firme e irredutível na exigência do pedido da bênção de toda a molecada. Lembrei-me de Tio Preto, sempre disponível para ajudar a quem precisasse. Lembrei-me de Dona Araci, fisgando-nos inapelavelmente para dar algum recado. Lembrei-me de Geraldo Ramos da mercearia lá na Rua da Resina, de Nelito Tolentino do inesquecível Cine Coronel Tolentino, de Luiz Ribeiro apaixonado atleticano da farmácia, de Rubens da loja, de Seu Guilherme da Casa Fátima, meu primeiro trabalho remunerado aos 13 anos. Lembrei-me da loja de Antímio, da padaria de Alisson Cruz, onde ganhávamos pão na madrugada durante as aulas de educação física ministradas por Domingão de Gino. Lembrei-me da loja de Clotildes com seus chapéus à venda, de Seu Arlindo Sepúlveda na esquina, de Geraldo Anacleto, aquele sábio senhor dos habituais suspensórios e dos discursos longos e inflamados que eu detestava ouvir, pela preguiça e cansaço. 



Próximo da Rua Dom Lúcio, lembrei-me das lojas de Juvenal Ribeiro, de Helenita "Loura" Dias, de Seu Osvaldo, de Seu Dé, de Seu Crispim Vieira, de Coleguinha, de Waltinho Mendes. Lembrei-me de Seu Iéié, pai dos meus amigos Zé e Paulinho e esposo da minha querida Dona Ana. Lembrei-me do casal Marçal e Dalva, ele, sempre sentado na calçada, constantemente mal-humorado, pronto a atacar com o seu bastão os nossos carrinhos de plástico puxados com cordão. Ela, sempre com uma face angelical, uma paz inebriante e um carinho tão grande por mim, centuplicadamente correspondido. Lembrei-me do prédio onde estudei por pouco tempo, da Minas Caixa onde trabalhou Paulinho, Mazinho, Mauri e o saudoso Seu Vavá, este de tantas histórias divertidas na Rua da Resina com o seu jipão.



Pelo outro lado, na Rua 9 de Março, vieram as lembranças da "boite" de Vicente Oliva, do boteco de seu Gino, do "Bakana" de Waldir Mendes e Lia, onde tomei muitas cervejas e comi muito frango assado na companhia de amigos leais. Lembrei-me da "Frutavit" de Idalino, do "Bar e Sorveteria Xuá" de Tone Silveira e da loja "Musical" de Júlio Figueiredo, onde comprávamos os LPs contendo os últimos sucessos ou mandávamos gravar as fitas cassetes.



Ali, já na Praça Coronel Joaquim Tolentino, vieram as reminiscências de um tempo repleto de alegria e prazer. As brincadeiras de esconde-esconde nas árvores da praça, os bate-papos na calçada de Dona Neuza de Seu Antônio Sepúlveda, os namoros nos bancos, as rodinhas de piadas com os amigos, as muitas voltas dadas à procura de amores após as Santas Missas na Matriz de São Sebastião, o assassinato à facadas do motorista de ônibus bem diante dos nossos olhos, o meu casamento e os dos amigos, os batizados dos meus filhos, a figura ímpar, austera e respeitável de Padre Martin Kirscht, o doce de leite de Almerindo que Nestor adorava, os picolés de coco e abacate inigualáveis de Dona Sissi de Carlito, o Bar Baco com shows de Fernando César e Betinho, a sinuca de Seu Agenor, as residências de Seu Valdemar, Virgínio, Seu Dudu Tolentino, Tio Benvindo, Seu Otacílio Barbosa, que me atendeu algumas vezes após as duras ressacas da juventude desregrada, o meu grupo escolar que já não existe mais, o prédio em que realizei o sonho de pertencer a uma grande empresa do país e onde tive a companhia de grandes amigos como Izaías Mariano Mendes (Zazá) e Fernando Gomes Franca; enfim, uma infinidade de fatos, locais e gentes que jamais sairão do pensamento. 
São tantas recordações que daria para preencher um livro. Fico por aqui, por enquanto. Sei que esqueci de registrar muitas outras pessoas e situações, mas é o que minha memória falha conseguiu reunir neste exato momento em que escrevo esse texto. Daqui a pouco, outras dezenas de nomes e acontecimentos aparecerão de repente na memória. Qualquer outro dia os publico.
Quase todos os citados acima já não estão mais conosco. Aos que continuam vivos, o meu abraço fraterno; aos que partiram, a minha saudade e o desejo de que estejam descansando serenamente na paz do Criador.
Um grande abraço espinosense.


quarta-feira, 31 de outubro de 2018 731o18

2071 - A Libertadores é Argentina! 2i394k

Ainda bem que a Conmebol resolveu acabar com essa tolice de não permitir finais da Libertadores entre equipes de um mesmo país, um verdadeiro absurdo. Assim é que, felizmente, podemos comemorar uma final empolgante entre dois gigantes do futebol mundial, ambos argentinos, Club Atlético River Plate e Club Atlético Boca Juniors. Ao contrário de muitos brasileiros que odeiam os argentinos, eu sou apaixonado pela incrível qualidade técnica dos craques hermanos e ainda da garra diferenciada dos seus atletas. Sou irador confesso do futebol mágico de Diego Armando Maradona, de Lionel Andrés Messi Cuccittini, de Fernando Carlos Redondo Neri, de Juan Sebastián Verón, de Juan Román Riquelme, de Osvaldo César Ardiles. Sou fã da garra de Diego Pablo Simeone, de Lucas David Pratto, de Daniel Alberto arela, de Javier Alejandro Mascherano.

O River Plate conseguiu com grandes méritos a sua classificação para as finais da Libertadores, jogando bem melhor que o poderoso adversário em seu próprio estádio em todo o primeiro tempo do jogo da volta. Já no segundo tempo o jogo ficou mais equilibrado e o River conquistou uma vitória heroica sobre o Grêmio. 
O River Plate nas finais da Libertadores:
1966 - Perdeu para o Peñarol
1976 - Perdeu para o Cruzeiro
1986 - Venceu o América de Cali
1996 - Venceu o América de Cali
2015 - Venceu o Tigres 

Grêmio 1 x 2 River Plate
30-10-2018 - Terça-feira - 21h45 - Arena do Grêmio
Semifinal da Libertadores da América - Jogo da volta
Jogo da ida: River Plate 0 x 1 Grêmio - Gol de Michel 
Gols: Leonardo, aos 35 min do 1º tempo (Grêmio), Borré, aos 36 min do 2º tempo e Pity Martínez, aos 49 min do 2º tempo, de pênalti (River Plate) 
Cartões amarelos: Marcelo Grohe, Paulo Miranda, Bressan, Bruno Cortez e Cícero (Grêmio), Pinola, Enzo Perez e Pity Martínez (River Plate)
Cartão Vermelho: Bressan (Grêmio)
Arbitragem: Andres Cunha auxiliado por Nicolas Taran e Richard Trinidad, todos do Uruguai. O uruguaio Leodan Gonzalez será o árbitro de vídeo (VAR).
GRÊMIO: Marcelo Grohe (1), Leonardo (6), Paulo Miranda (28) depois Bressan (22), Pedro Geromel (3) e Bruno Cortez (12); Michel (5), Cícero (10), Maicon (8) depois Everton (11) e Ramiro (17); Alisson (23) e Jael (9) depois Thaciano (16)
Treinador: Renato Gaúcho
RIVER PLATE: Armani (1), Montiel (29), Maidana (2), Pinola (22) e Casco (20); Ponzio (23) depois Enzo  Pérez (24), Palacios (15), Ignacio Fernández (26) depois Pity Martínez (10) e Quintero (8) depois Scocco (30); Borré (19) e Lucas Pratto (27)
Treinador: Marcelo Gallardo


Campanha do River Plate:
Fase de Grupos:
28-02-2018 - Flamengo 2 x 2 River Plate - Engenhão
05-04-2018 - River Plate 0 x 0 Santa Fé - Monumental de Núñez
19-04-2018 - Emelec 0 x 1 River Plate - George Capwell
26-04-2018 - River Plate 2 x 1 Emelec - Monumental de Núñez
03-05-2018 - Santa Fé 0 x 1 River Plate - El Campín 
23-05-2018 - River Plate 0 x 0 Flamengo - Monumental de Núñez
Oitavas de final:
09-08-2018 - Racing 0 x 0 River Plate - Presidente Perón
29-08-2018 - River Plate 3 x 0 Racing - Monumental de Núñez 
Quartas de finais:
19-09-2018 - Independiente 0 x 0 River Plate - Avellaneda
02-10-2018 - River Plate 3 x 1 Independiente - Monumental de Núñez 
Semifinais:
23-10-2018 - River Plate 0 x 1 Grêmio - Monumental de Núñez
30-10-2018 - Grêmio 1 x 2 River Plate - Arena do Grêmio


O Boca foi muito mais competente que o Palmeiras nas duas partidas decisivas das semifinais da Libertadores, classificando-se com toda justiça, sem espaço para reclamações. 
O Boca Juniors chega a sua 11ª disputa de título da Copa Libertadores da América, superando o Peñarol do Uruguai. Com mais esta final, a décima primeira, o gigante argentino tem mais uma chance de conquistar o sétimo título continental e se igualar ao Independiente como o maior vencedor do mais importante e cobiçado torneio de futebol da América Latina.
O Boca Juniors nas finais da Libertadores:
1963 - Perdeu para o Santos
1977 - Venceu o Cruzeiro
1978 - Venceu o Deportivo Cali
1979 - Perdeu para o Olímpia
2000 - Venceu o Palmeiras
2001 - Venceu o Cruz Azul
2003 - Venceu o Santos  
2004 - Perdeu para o Once Caldas
2007 - Venceu o Grêmio
2012 - Perdeu para o Corinthians

Palmeiras 2 x 2 Boca Juniors
31-10-2018 - Quarta-feira - 21h45 - Allianz Parque
Semifinal da Libertadores da América - Jogo da volta
Jogo da ida: Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras - Gols de Benedetto  
Gol: Ábila, aos 17 min do 1º tempo e Benedetto, aos 24 min do 2º tempo (Boca Juniors), Luan, aos 7 min do 2º tempo e Gustavo Gómez, aos 15 min do 2º tempo, de pênalti (Palmeiras)
Cartões amarelos: Felipe Melo, Luan, Gustavo Gómez e Deyverson (Palmeiras), Ábila e Pablo Pérez (Boca Juniors) 
Arbitragem: Wilmar Roldán auxiliado por Alexander Guzmán e John Alexander Leon, todos da Colômbia. O árbitro de vídeo será o chileno Julio Bascuñán.
PALMEIRAS: Wéverton (21), Mayke (12), Luan (13), Gustavo Gómez (15) e Diogo Barbosa (6); Bruno Henrique (19) depois Moisés (10), Felipe Melo (30) depois Gustavo Scarpa (14), Lucas Lima (20) e Dudu (7); Deyverson (16) e Willian (29) depois Borja (9)
Treinador: Luiz Felipe Scolari
BOCA JUNIORS: Rossi (12), Jara (29),  Izquierdoz (21), Magallán (6) e Olaza (20); Barrios (16), Nández (15), Pablo Pérez (8) depois Gago (5) e Villa (22); Pavón (7) depois Zárate (19) e Ábila (17) depois Benedetto (18)
Treinador: Guillermo Schelotto


Campanha do Boca Juniors:
Fase de Grupos: 
01-03-2018 - Alianza Lima 0 x 0 Boca Juniors - Alejandro Villanueva 
04-04-2018 - Boca Juniors 1 x 0 Junior Barranquilla - La Bombonera 
11-04-2018 - Palmeiras 1 x 1 Boca Juniors - Arena Palmeiras 
25-04-2018 - Boca Juniors 0 x 2 Palmeiras - La Bombonera 
02-05-2018 - Junior Barranquilla 1 x 1 Boca Juniors - Metropolitano Barranquilla 
16-05-2018 - Boca Juniors 5 x 0 Alianza Lima - La Bombonera
Oitavas de final:
08-08-2018 - Boca Juniors 2 x 0 Libertad - La Bombonera
30-08-2018 - Libertad 2 x 4 Boca Juniors - Defensores del Chaco
Quartas-de-final:
19-09-2018 - Boca Juniors 2 x 0 Cruzeiro - La Bombonera
04-10-2018 - Cruzeiro 1 x 1 Boca Juniors - Mineirão
Semifinais:
24-10-2018 - Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras - La Bombonera
31-10-2018 - Palmeiras 2 x 2 Boca Juniors - Arena Palmeiras

As duas finais da Libertadores da América serão disputadas nos dias 7 e 28 de novembro. Promessa de duas partidas espetacularmente emocionantes para delírio dos amantes do futebol.
Um grande abraço espinosense.

2070 - A maior estátua do mundo 4d3b3x

Em muitos países do mundo a megalomania de alguns dirigentes cria obras maravilhosas e espetaculares, mas a um custo extraordinário, enquanto a população sofre com a infraestrutura precária e as péssimas condições de vida. Na Índia não é diferente. 
Exatamente na data de hoje, 31 de outubro de 2018, está sendo inaugurado o gigantesco monumento em homenagem a Sardar Vallabhbhai Patel (1875-1950), líder da independência do país. A enorme estátua, que se situa no oeste da Índia, no Estado de Gujarat, tem impressionantes 182 metros de altura e custo de mais de 29,9 bilhões de rúpias, ou 1,5 bilhão de reais. A obra é vista como a mais alta do mundo e está dividindo opiniões no país.



 
Batizada de "Estátua da Unidade", a colossal obra de arte é a peça principal de uma série de homenagens ao líder nacionalista hindu nascido ali em Gujarat, que se tornou o primeiro Ministro do Interior da Índia após a independência, 71 anos atrás. A ideia da construção partiu em 2010 do atual Primeiro-Ministro, Shri Narendra Modi, integrante do Partido Bharatiya Janata (PBJ), também de Gujarat, quando era Ministro-Chefe do Estado. O enorme memorial a Patel inclui a construção de um museu, um hotel três estrelas e um centro de pesquisas nacional e está localizado logo abaixo da represa Sardar Sarovar. Esta foi construída para atender aos agricultores da região com a irrigação das terras, mas estes reclamam não ter sido beneficiados até o momento.




A "Estátua da Unidade" é considerada a mais alta do mundo, bem mais alta que a imagem de Buda no Templo da Primavera na China, que mede 128 metros, e quase duas vezes maior que a Estátua da Liberdade em Nova York, com seus 93 metros. Sua construção, em bronze, cimento e aço, se iniciou em 2013 e contou com a atuação de mais de 2.500 trabalhadores. A criação indiana, de cerca de 100 mil toneladas, terá um mirante aos 153 metros de altura e espera se tornar uma das principais atrações turísticas da região, atraindo estrangeiros e proporcionando desenvolvimento do turismo e gerando empregos, mas atraindo, por outro lado, fortes críticas dos habitantes do lugar, com protestos contra os elevados custos do projeto e o impacto negativo no meio ambiente.




O homenageado Sardar Vallabhbhai Patel
A Índia foi colônia do Reino Unido até a década de 40. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Índia conquistou em 1947 a sua independência, com a luta incansável de figuras de suma importância como Mahatma Gandhi. Tornou-se república no ano de 1950, quando um dos seus líderes, o Sardar Vallabhbhai Patel, que havia participado ativamente da formação da nova istração do país, faleceu aos 75 anos de idade. 
Essas ideias mirabolantes de edificar monumentos imponentes sempre causarão polêmica, com seus custos altíssimos, suas vantagens econômicas e os danos irreversíveis à Natureza e às populações ali residentes. É a roda do mundo, que nunca para. É a força do dinheiro e do poder, que como diz Caetano Veloso em "Sampa": "ergue e destrói coisas belas".  
Um grande abraço espinosense.