Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024 173ex

Centenário de Espinosa - Postagem 28 58w21

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Sêo Aristides José Tolentino era um homem rico, muito rico. Era um espinosense cidadão milionário com espírito empreendedor. Não contente em possuir grana no banco, boa casa e carro novo, além de uma fonte gigantesca de lucro na sua algodoeira, ele se aventurou em dois grandes investimentos na cidade, um, o imenso hotel na Rua Dom Lúcio, e o outro, o moderno e amplo cinema na Praça Antonino Neves. Sobre o hotel, falo em outra postagem. Sobre o Cine Coronel Tolentino, foi uma dádiva aos que apreciavam a arte e a cultura na cidade interiorana, bem distante das capitais mineira e baiana. O cinema era maravilhoso, uma coisa mágica, principalmente para mim, durante a infância e adolescência. Construído de forma desafiadora no terreno alagado da lagoa, com bases bem fincadas que resistem bravamente até os dias atuais, o prédio continha o melhor maquinário disponível na época e instalações modernas e confortáveis. Os projetores eram de última geração, as poltronas eram acolchoadas, as cortinas eram grossas e compridas, a sala de espera era limpa, agradável e espaçosa, com bomboniere, e a projeção na tela grande era em cinemascope. Com tamanha modernidade e conforto, o cinema ainda nos encantava com as fotografias e cartazes dos filmes por estrear, exibidos na sala de espera. Um diferencial encantador era a série de luzes coloridas no teto, que piscavam alternadamente no momento em que era tocado o tema de abertura do Cine Coronel Tolentino, a belíssima "Sinfonia n.º 40 em Sol Menor" do genial Wolfgang Amadeus Mozart, composta em 1788. É só escutar esta maravilha que minh´alma se teletransporta imediatamente para aquele ado gostoso em que eu, encantado, viajava no tempo e no espaço da imaginação provocada pela magia do cinema.







Se há uma coisa boa do ado em Espinosa e que me dá imensa saudade, é o cinema. Ali dentro daquele imenso prédio, vivi emoções formidáveis, envolvendo-me profundamente nas histórias e aventuras de personagens como Tarzan, Sansão, Os Trapalhões, Mazzaropi, Django, Sartana e outros heróis e bandidos da ficção. Era bom demais também ver as imagens do Canal 100, sobretudo as do futebol brasileiro. Lembro-me que guardávamos como tesouros os pedacinhos de fita de imagens dos filmes que eram descartados pela janela lateral que hoje dá para a sede da APAE. É uma pena que os cinemas tenham perdido tanto espaço no país, hoje encaixotados em salas de shopping e com preços altos, bem iníveis para a grande maioria da população.
Para finalizar, uma descoberta que me surpreendeu. Imaginava eu que o prédio da Cotesp havia sido construído após o do cinema, mas como mostra inapelavelmente a velha fotografia, estava eu totalmente enganado. Nunca é tarde para descobrir a realidade dos fatos. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 27 107236

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nos tempos antigos era bastante difícil a locomoção das pessoas em percursos médios e mais longos, já que carros e motocicletas eram artigos de luxo apenas íveis aos ricos. Transporte diário por ônibus ainda era inexistente. Umas das poucas opções de deslocamento para os menos favorecidos pela sorte eram o cavalo e a bicicleta. Outra possibilidade de viagem disponível para grupos de pessoas era nos caminhões, que transportavam a população em cima da carroceria. Alguns dos viajantes iam sentados em bancos de madeira encaixados nas laterais da carroceria, os demais iam em pé mesmo, desconfortavelmente instalados, correndo sério risco de cair do veículo. Esse modelo adaptado de transporte de pessoas, mesmo desconfortável e perigoso, foi de fundamental importância para o desenvolvimento do país, com brasileiros do Nordeste, principalmente, deslocando-se por centenas de quilômetros com suas famílias em direção ao Sudeste em busca de empregos e da melhoria de vida para suas famílias.
"Não adianta ir embora,
pra São Paulo ou Guanabara,
o patrão que aqui me explora,
me arranca os olhos da cara,
é o mesmo patrão de lá,
e o Deus de lá é o daqui,
só deixo meu Cariri,
no último pau de arara..."
O sistema de transporte denominado de pau de arara, que também dá nome ao modo de transporte de aves para venda na feira e a uma terrível tática de tortura bastante utilizada durante a brutal ditadura militar brasileira, foi eternizado na história musical do Brasil na canção "O Último Pau de Arara", poema do poeta paraibano José Palmeira Guimarães musicado pela dupla Venâncio e Corumba (Marcos Cavalcanti de Albuquerque e Manoel José do Espírito Santo, respectivamente) no ano de 1956. Na famosa canção gravada por Luiz Gonzaga e Raimundo Fagner e que se tornou enorme sucesso, estes versos acima foram censurados.






Na nossa Espinosa os caminhões e picapes eram muito utilizadas no transporte de ageiros, devido à inexistência de ônibus e automóveis para esta travessia à época. Meu falecido pai utilizava o seu caminhão Ford para fazer, aos sábados de feira, o transporte de pessoas de Espinosa para o Estreito na década de 60 e 70. Era comum a utilização desses veículos para levar trabalhadores, conduzir pessoas para eios nos rios e fazendas da região, realizar romarias na cidade turística baiana de Bom Jesus da Lapa e no transporte de jogadores para jogos em outras cidades circunvizinhas. 
Viajei muito na carroceria da C-10 da Prefeitura dirigida pelo saudoso Sêo Ezinho, pai de Tatuzinho, para jogar bola pelo Cruzeirinho em cidades do Norte de Minas e Sudoeste da Bahia. Era um sofrimento. E influenciava negativamente no nosso desempenho em campo, já que chegávamos cansados ao destino, pouco tempo antes do início das partidas. Após os jogos então, era ainda mais sofrimento, pois além do desconforto com a estrada irregular, do espaço , da poeira e do frio, tínhamos que ar as fortes câimbras. Se alguém tem saudade dessa tortura, eu não! Prefiro ir em estrada asfaltada em boas condições, de carro ou ônibus confortáveis, sem sol na cabeça, sem calor escaldante, sem poeira e com espaço para esticar as pernas. Afinal de contas, saudosismo tem limite.    
Ao longo do tempo as coisas melhoraram bastante, com mais opções e melhores, mais confortáveis e seguras condições de locomoção. Até a Lei foi alterada, proibindo o transporte de ageiros em compartimento de carga, conforme o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), configurando infração gravíssima (sete pontos na CNH), gerando multa (R$ 293,47), apreensão e remoção do veículo. Evoluir é sempre necessário. Era divertido, era, não há como negar. Mas havia riscos à vida, como aconteceu no acidente nos anos 80 que tirou tragicamente a vida da menina Tuka. que morava com a minha Tia Lia. A vida deve sempre ser preservada, e a prevenção é o melhor remédio.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

domingo, 21 de janeiro de 2024 3nu5y

Centenário de Espinosa - Postagem 26 1z2c6s

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Um dos cidadãos mais ricos da nossa história centenária, o senhor Aristides Tolentino sempre esteve empenhado em investir pesado no desenvolvimento da sua amada Espinosa. Não satisfeito em implementar uma poderosa usina algodoeira, que fazia o beneficiamento de boa parte da produção de algodão do município e das redondezas, ele investiu na construção do melhor cinema da região Norte-Mineira, o Cine Coronel Tolentino. E não só! Construiu um enorme prédio no centro da cidade, especificamente na Rua Dom Lúcio, para servir como hotel, em uma época em que a cidade era minúscula.     








A imponente construção ou por várias utilizações, de hotel a escola, e atualmente, depois de uma completa reforma realizada pelo seu novo proprietário, o empresário Alair Giordani, funciona como ponto comercial.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 25 1m291e

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Infelizmente não tive a chance de conhecê-la completamente intacta, quando encantava a todos antes da devastadora enchente de 1968 que a colocou abaixo. Cheguei ainda a ver os destroços das suas pilastras depositados nas pedras do leito do Rio Verde Pequeno no local onde a população se diverte quando há água corrente. Refiro-me à antiga ponte de madeira que permitia a travessia sobre o Rio Verde Pequeno até o final dos anos 60, quando a maior enchente que se abateu sobre Espinosa, com sua força descomunal, arrastou completamente as pilastras e consequentemente toda a armação de madeira da construção. 







Infelizmente nunca tive a menor informação sobre quem foi o idealizador e criador desta beleza, nem tampouco a data exata da sua construção. Como não tive a oportunidade de conhecê-la "in loco", contento-me em apreciá-la nestas antigas fotografias que a exibem tão bem.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

sábado, 20 de janeiro de 2024 502242

Centenário de Espinosa - Postagem 24 4z721k

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Um fato que realmente influencia e faz crescer o futebol de uma localidade é a rivalidade existente entre os clubes. O que seria do Atlético se não existisse o arquirrival Cruzeiro? Esta concorrência é extremamente benéfica quando se dá em harmonia, paz e respeito entre as partes, sem ódio, intolerância e violência. Em Espinosa esta rivalidade se deu entre M. Teixeira (depois Espinosense) e Santa Cruz, entre Cruzeirinho e Sayonara, no início, e entre Cruzeirinho e Ypiranga, tempos depois. Entre os atletas veteranos a "guerra pacífica" acontecia entre as qualificadas equipes do Bola de Ouro, comandada por Celino e Carlinhos, e do 9 de Março, comandada por Tarcisinho. Foram poucos jogos entre ambos, com títulos conquistados em campeonatos por um e outro.





Nesta última fotografia registrada no domingo da final de um campeonato de veteranos realizado no Estádio Caldeirão em que saiu vencedora a equipe do Bola de Ouro com um gol do zagueiro Nenzão, aparecem intercalados os dois times rivais em completa harmonia, como sempre deve ser. Estão em pé, Rogerinho, Joaquim, Fonso, Dodó, Palau, Nívio, Zinho, Toninho, Tintin, Pote, Ró, Celino e o goleiro que não identifiquei. Agachados estão Eustáquio, Nenzão, Tarcisinho, o gerente do Bradesco à época de quem esqueci o nome, Rubens, Robinho, Walter, este não me recordo o nome, Dai e Neguinho.
Arquirrivais sim, inimigos nunca! Apenas leais adversários. Abraços para esta turma boa demais!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 23 6m1r2f

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Somente os mais velhos irão se recordar dos terríveis anos de inflação desgovernada no final da década de 80 e início da década de 90, quando os índices inflacionários chegaram a números estratosféricos no Brasil, período em que istraram o país os presidentes José Sarney e Fernando Collor de Mello. Tal situação caótica descambou para uma taxa de inflação acima de 80% ao mês, fazendo os preços das mercadorias praticamente dobrar em um único mês, corroendo inapelavelmente os salários dos trabalhadores e dificultando a vida de todos nós, especialmente os mais pobres que não tinham recursos para aplicação no famoso overnight. A coisa só melhorou quando, depois de vários planos econômicos malsucedidos e fracassados, foi lançado o Plano Real, no governo do presidente Itamar Franco.
Foi nesta época desastrosa da nossa história que em Espinosa ocorreu, se não me engano, a primeira greve de grandes proporções, que resultou no fechamento da agência local do Banco do Brasil por alguns dias até que as reivindicações dos funcionários fossem em parte atendidas. O nosso salário estava tão corroído pela inflação galopante que, mesmo com medo de represálias por parte do governo e a ameaça de demissão, reunimo-nos em assembleia e decidimos aderir à greve nacional dos bancários. Foi uma experiência traumática, tensa, mas extremamente recompensadora, pelo sentimento de união, força e coragem em lutar pelos nossos direitos.




A turma de funcionários do Banco do Brasil nesta época era formada por gente da melhor qualidade, com colegas de trabalho que se transformaram em amigos fieis, leais e eternos. Na histórica foto diante da faixa da greve e do prédio da agência do BB em Espinosa estão Fernando, Eustáquio, Tiãozinho, Izaías (Zazá), Carlos Magno (Magrão), Serjão, Quinha, Álvaro, Waldir, Helena, Zé Américo, Sampaio, lino e Vânia, todos eles guardados para sempre em meu coração. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024 v5958

3382 - Eis alguns responsáveis pelo desenvolvimento de Espinosa 1p1639

Navegando pelo gigantesco oceano de águas calmas da Internet, descobri hoje um vídeo porreta que nos mostra quão importantes são os nossos corajosos e dedicados empreendedores para o desenvolvimento da nossa Espinosa. 
O canal Marcas do Brasil visitou a cidade e entrevistou alguns dos mais bem-sucedidos empresários da cidade, apresentando as suas histórias pessoais, familiares e profissionais. São estes e tantos outros cidadãos comprometidos com o trabalho sério e honesto que ajudam a construir a Espinosa que sonhamos ver, mais rica, moderna, pacífica, harmoniosa, evoluída e justa. Parabéns e obrigado a todos! 
Um grande abraço espinosense.


  

Centenário de Espinosa - Postagem 22 nf3c

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Não tive oportunidade de ver jogar, mas os mais antigos me contaram que o 9 de Março era uma verdadeira seleção de craques de futebol da cidade de Espinosa. Tempos depois, quando já adolescente, tive a oportunidade de assistir a atuações de destaques como Sidney, Cici, Getúlio Fiel e Zé Maria, comprovando com meus próprios olhos o que me diziam. 

Dois expoentes do nosso futebol: Sidney Castro e Cici Caldeira




Nesta primeira fotografia do 9 de Março aparecem, em pé, Didizinho, Geraldo Lindolfão, Elson Mendes, Darcí, Geraldo de Juca, Filuca e Cicí; Marcos de Juca, Adalberto, Sidney, Pedrinho de Zé Carroceiro e Quinquinha de Vitalina.




Nesta segunda imagem, estão em pé, Getúlio Fiel, Valdo, Geraldo de Juca, Geraldo Lindolfão, Cici e Darci. Agachados estão Mauri, Marcos de Juca, Sidney, Zé Maria e Zé Maria Monção. Grandes jogadores de futebol da nossa história, alguns deles ainda convivendo conosco. Que tenham longa vida e saúde! 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 21 466x46

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Algumas pessoas se integram tão beneficamente à vida da gente, de maneira tão sutil e despretensiosa, que nem sequer percebemos. Quincão, de uma geração mais antiga que a minha, era um dos mais competentes e famosos motoristas de Espinosa, sempre preparado e disponível no seu táxi, uma Rural branca e azul impecavelmente limpa. Inicialmente eu não possuía qualquer intimidade com ele, pois ele atuava como árbitro de futebol e mantinha uma certa aura de seriedade e distância na função, em relação aos atletas. Mas tempos adiante, tornamo-nos amigos e bons companheiros de aventuras. 
Por algum tempo ele trabalhou como funcionário terceirizado para o Banco do Brasil, transportando funcionários para atuar no PAVAN-Posto Avançado de Sebastião Laranjeiras, na Bahia. O pessoal de lá, muito generoso e acolhedor, convidou-nos, a turma do Banco, para uma confraternização na pequena cidade, com eio no lindo Lajedo e partida de futebol amistosa. Lá fomos nós Bahia adentro guiados pelo velho Quincão. Os sebastiãolaranjeirenses nos acolheram com bastante carinho. Enquanto acontecia o nosso confronto futebolístico, alguns deles nos ofereciam água e até cerveja à beira do "desgramado". Em campo, nosso time se mostrava superior e Racine, então menor aprendiz do BB, destacava-se em campo, jogando muito e marcando o gol que nos colocou em vantagem no placar, 2 x 1. Faltando minutos para o término do tempo de jogo, Quincão marcou uma penalidade máxima completamente inexistente para a equipe de Sebastião Laranjeiras. Revoltados com o pênalti "roubado", partimos para cima de Quincão, reclamando da marcação claramente equivocada. Ao que ele, na maior serenidade e bom humor, respondeu algo como: "Vocês vêm pra cá, são recebidos com carinho, atenção, festa, bebida e comida à vontade, e ainda querem ganhar o jogo dos caras? Bando de mal-agradecidos!" Conformados, recuamos. E logo após a batida perfeita do pênalti e o empate registrado no placar, ele imediatamente encerrou a partida. E não é que ele tinha toda razão? A vitória na partida amistosa era o que menos importava, já que estávamos ali sendo maravilhosamente recepcionados, com todo zelo e afago. Depois do jogo, fomos todos curtir o Lajedo, uma maravilha da Natureza..   




Teve uma viagem da turma para Janaúba, para jogar bola. Fomos na Rural de Quincão. O Fiat 147 do nosso goleiraço Zé Américo quebrou e ele e a esposa Margareth se juntaram a nós em Mato Verde. Papo vai, gargalhada vem, notamos uma coisa esquisita. O toca-fitas só tocava uma única música repetidamente: "Deixa de Banca" ("Les Cornichons"), composição de Nino Ferrer e Jean Booker, versão de Eduardo Araújo, enorme sucesso na voz de Reginaldo Rossi. Intrigados, questionamos Quincão se o seu toca-fitas estava com problema, repetindo infinitamente a música. Ele abriu um largo sorriso e esclareceu que ele adorava a canção, por isso mandou gravá-la nos dois lados da fita. Que coisa maluca, sô! Ao final da viagem, não aguentávamos mais nem ouvir a palavra borobodá.   
Outra aventura memorável vivida ao lado de Quincão aconteceu quando fomos participar dos jogos da Fenabb em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, bem longe, depois de Uberlândia. Fomos de carro até Monte Azul, onde pegamos o trem até Montes Claros. Ali, alugamos uma velha Kombi na Monvep e pegamos a estrada para Ituiutaba. Foram peripécias seguidas que desencadearam muitas gargalhadas. Com o experiente Quincão ao volante, a velha Kombi quebrou na estrada, precisando de conserto. Com ajuda de Quincão, o mecânico resolveu o problema e seguimos adiante, cansados mas felizes com as histórias e as demonstrações de bom humor do nosso guia e mestre. Já chegando em Ituiutaba, depois de vários problemas superados, eis que Tiãozinho disse que só faltava furar um pneu. Inacreditável! Como uma praga dos Céus, a Kombi não rodou nem um quilômetro e o pneu furou. Era só o que faltava! Pneu trocado, chegamos finalmente. E ao entrarmos na AABB, novamente caímos na gargalhada. Enquanto estacionávamos a nossa velha Kombi, o pessoal das demais cidades participantes como BH, Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, Divinópolis, Governador Valadares, chegava completamente uniformizado em ônibus novos, modernos, bonitos e com ar condicionado. Mesmo com todas as dificuldades, não fizemos feio. Ficamos com a terceira colocação no torneio estadual. E sim, claro, conseguimos retornar com Quincão na direção, desta vez sem maiores obstáculos e contratempos. E ainda demos uma paradinha em frente ao Estádio Municipal Parque do Sabiá em Uberlândia, para uma fotografia com a pose elegante do nosso querido Quincão, nosso torcedor solitário.      
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024 5m502o

Centenário de Espinosa - Postagem 20 2o65

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nos anos 70, o futebol de salão era constantemente praticado na cidade de Espinosa, mesmo com as pouquíssimas quadras disponíveis na cidade. Que eu me lembre, existiam apenas as quadras do colégio da Avenida Doutor José Cangussu, dos Irmãos Pereira no Bairro São Cristóvão e da AABB. Depois vieram as quadras da Toca dos Craques, do Ginásio Poliesportivo, das escolas e das comunidades construídas pela Prefeitura. Hoje são muitos os espaços disponíveis para a prática do esporte, felizmente. 
Naqueles distantes anos 70, duas equipes se destacavam no futsal da cidade, a do Banco do Brasil e a dos "meninos da praça", o poderoso Mescra, cujo nome exótico saiu das letras iniciais dos seus craques: M de Marquinhos de Suzana e Zé Patim, E de Ernanni de Aparecida e Larry, S de Silvinho de Geralda e Sílvio, C de Célio, seu irmão, R de Ricardo, o Tu de Sissi e Carlito, e A de Alberto, o Zé de Ana de Yeyé. Alexandre e Tone Lacrau também vestiram a camisa do Mescra.    




Era um timaço, recheado de craques, que mantinha uma enorme rivalidade com a também qualificada equipe abebeana formada por Waltinho, Tintin, João Carlos, Tuka e Camilo. Foram vários confrontos de altíssimo nível, com resultados favoráveis para ambos os lados, que encantaram os amantes do esporte na cidade.  
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 19 3x5dl

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Entre tantos bares e botecos espalhados pelo município de Espinosa, inclusive alguns que se perderam no tempo, nenhum teve tamanha importância para nossa Turma da Resina como o Copacabana Bar, comandado pelo metódico e sincero Zade, na verdade o senhor Osvaldo Cerqueira da Cruz, filho do ilustre casal Joaquim Cerqueira e Dalva Cardosina da Cruz. Oriundo de família tradicional, numerosa e apreciada na comunidade, Zade ficou famoso por entregar aos seus clientes fiéis ou momentâneos a cerveja mais gelada da cidade. Fiel aos seus princípios, ele imediatamente parava de vender e servir aos seus clientes se a sua cerveja não estivesse no ponto que considerava ideal. Mesmo com a nossa insistência, ele nunca recuava e explicava calmamente que a cerveja não estava no ponto certo e que iria fechar as portas naquele momento. Outra característica interessante do boteco de Zade era a quase inexistente opção de tira-gostos, o que era combustível para as muitas gozações. Para acompanhar a cerveja gelada ou a famosa pinga de Clóves vendidas ali, havia somente uns pacotinhos plásticos de pipoca colorida ou salgadinhos. 





Apesar da fisionomia fechada pelas espessas barba e bigode, Zade era bem-humorado e espirituoso, sempre soltando suas alfinetadas. Era hilária sua expressão "Bate a nica!" para os supostos maus pagadores, no sábio intuito de receber antecipadamente a grana antes da entrega do produto. Nos Carnavais que eram realizados antigamente no Clube dos 100 ou no Espigão de Sêo Zé do Hotel, Zade bloqueava o bar com mesas na entrada, de onde servia a gente. Certa vez, alguém sorrateiramente ou por baixo da mesa e entrou no bar para ir ao banheiro sem sua permissão, levando um sonora bronca dele. Adorando aquela cena e situação, fizemos uma pequena alteração na letra de uma das marchinhas que "bombavam" naqueles bons tempos: "Zade avisou agora, quem quiser urinar, vai urinar lá fora, aqui dentro não, aqui dentro não, tem que haver respeito dentro do balcão". Coisas de jovens ingênuos, irrequietos, empolgados e inconsequentes, mas sempre pacíficos e benignos.
Zade infelizmente já se foi para outra dimensão, deixando um vazio enorme em Espinosa para os seus muitos clientes fiéis e uma lacuna para quem aprecia realmente uma cerveja estupidamente gelada, sua especialidade.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024 146qv

3381 - AABB MOC inicia preparação para o CINFAABB 2024 4h372f

Iniciando a preparação para a disputa do XXVIII CINFAABB – Campeonato de Integração Nacional dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil a ser realizado em Maceió, Alagoas, no período de 16 a 25 de abril de 2024, a equipe Supersênior de futebol society da AABB - Associação Atlética Banco do Brasil de Montes Claros participou de um jogo-treino na manhã do sábado, dia 13 de janeiro, contra alguns peladeiros do clube abebeano. 









Finalizada a partida, o resultado foi de 5 x 3, com vitória da equipe da AABB sobre os Peladeiros. Eustáquio, com três gols, e Ivo, com dois gols, marcaram para a AABB MOC. Marcone, com dois gols, e Vovô, descontaram para o time dos Peladeiros da AABB.
Terminado o confronto, os amigos e companheiros do esporte se confraternizaram alegre e harmonicamente no restaurante do clube.
Um grande abraço espinosense.


Centenário de Espinosa - Postagem 18 535e15

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

O Banco do Brasil foi e é de suma importância para o desenvolvimento da nossa Espinosa. Seja no atendimento às demandas dos setores industrial, comercial, pecuário ou da agricultura, a instituição financeira estatal de 216 anos de existência sempre esteve presente no e ao crescimento da cidade. Desde a agência que funcionou por algum tempo no espaço térreo da bela mansão de Moacir Brito na Praça Antonino Neves até a atual localização em prédio próprio na Praça Coronel Joaquim Tolentino, aram por seus quadros centenas de funcionários sérios, qualificados e comprometidos com a comunidade, com a instituição e com o progresso do país, sempre agindo com lisura, dedicação e ética. Entre esses servidores, podemos destacar nosso grande espinosense de coração e alma, Francisco Gomes da Rocha, o popular e amado Xará, que aqui chegando para trabalhar, apaixonou-se pelo lugar e daqui nunca mais arredou o pé, dando-nos a satisfação de tê-lo como conterrâneo amorosamente adotado. A lista é quilométrica, daí a minha decisão de não citar todos os que aram e se foram, bem como os que aqui fincaram raízes e se estabeleceram constituindo família, o que só nos alegra.







Da minha geração de funcionários do BB, de quando tomamos posse no início dos anos 80, alguns estão aí espalhados pelo mundo, outros se mantém firmes e fortes na nossa Espinosa querida e uns poucos infelizmente nos deixaram, como por exemplo meu grande chefe, conselheiro e amigo querido Izaías Mariano Mendes, o saudoso Zazá. 
Foram muitas histórias, muitos amigos conquistados e muitos momentos maravilhosos e memoráveis vivenciados ao lado de tantas pessoas iráveis. Só agradecimento, saudade e gratidão!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

Centenário de Espinosa - Postagem 17 633d4p

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Em minha longa caminhada de apaixonado por futebol, tive o prazer de jogar bola nas mais diversas equipes em várias épocas, com as mais talentosas ou interessantes figuras e nos mais diferentes campos na cidade de Espinosa e fora dela. Quando tinha lá meus vinte anos, por aí, fui integrante de um time completamente diferenciado, principalmente pela denominação de Realmatismo. Formamos o time só para jogarmos amistosamente nas comunidades rurais do município, sem nenhuma pretensão de competitividade. Era somente farra e confraternização com o sempre amigável e acolhedor povo nosso da "roça", como se dizia antigamente, sem nenhum menoscabo dos irmãos da zona campestre. Com algumas mudanças, esta mesma turma fazia parte do time do Vitória, que foi obrigado a ter o nome alterado pela falta de triunfos nos campos. Já que a gente não ganhava de ninguém, quase sempre marcávamos uma partida na comunidade do Urubu, onde moravam os pais e avôs do nosso lateral-direito Tião, para reencontrarmos com a vitória, aproveitando a ruindade da equipe local, ainda menos competente que a nossa.     



No dia desta fotografia, a partida foi realizada na sede da cidade, no antigo Campão, hoje o Mercado Municipal, contra o time de Duzinho, o mesmo com camisa idêntica a do Fluminense que aparece lá atrás, na direita da imagem. Em pé estão Júlio, Edmar, Tião, Daílson e Eustáquio. Agachados estão Quinha, Luza, Dalton, Miltinho, Bolivar e Euton de Etvaldo. Não me recordo mais o resultado da partida, mas certamente nós perdemos, como quase sempre.
O ruim de recordar esses momentos tão bons e agradáveis é perceber que da fotografia, três amigos não mais se encontram conosco neste mundo terreno: Daílson, Dalton e Bolivar. Que Deus os tenha consigo!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024 5j2023

3380 - Os melhores do mundo no futebol, pela FIFA 3sq40

Agora há pouco, em Londres, na Inglaterra, foram entregues os prêmios FIFA The best aos melhores profissionais do futebol na temporada ada. Criado em 2016 em novo formato, o prêmio da FIFA tem um regulamento bem complicado, com votos variados e períodos diferentes de observação de atletas, o que gera críticas de jornalistas e torcedores do mundo inteiro. 
Na cerimônia de premiação, com a presença de grandes jogadores do ado como Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu, Júlio César, Belletti, Roque Júnior, Thierry Henry, entre outros, foram homenageados três craques que nos deixaram há pouco tempo: o inglês Bobby Charlton, o brasileiro Mário Jorge Lobo Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer. Também foi homenageada a gigante Marta, a melhor jogadora do mundo, premiada por seis vezes.

Confira os indicados e os vencedores:

MELHOR JOGADOR:
Lionel Messi (Inter Miami/Argentina)
Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain/França)
Erling Haaland (Manchester City/Noruega)



MELHOR JOGADORA:
Aitana Bonmatí (Barcelona/Espanha)
Linda Caicedo (Real Madrid/Colômbia)
Jennifer Hermoso (Pachuca/Espanha)



MELHOR TÉCNICO:
Josep "Pep" Guardiola (Manchester City) - Campeão da Copa da Inglaterra, da Premier League e da Champions League
Simone Inzaghi (Inter de Milão)
Luciano Spalletti (Napoli)



MELHOR TÉCNICA:
Jonatan Giráldez (Barcelona)
Emma Hayes (Chelsea)
Sarina Wiegman (Inglaterra)

MELHOR GOLEIRO:
Yassine Bounou (Al Hilal/Marrocos)
Thibaut Courtois (Real Madrid/Bélgica)
Ederson (Manchester City/Brasil)



MELHOR GOLEIRA:
Mackenzie Arnold (West Ham/Austrália)
Catalina Coll (Barcelona/Espanha)
Mary Earps (Manchester United/Inglaterra)

GOL MAIS BONITO - PRÊMIO PUSKÁS:
Julio Enciso (Brighton)
Guilherme Madruga (Botafogo-SP)
Nuno Santos (Sporting)



MELHOR TORCEDOR:
Daniel "Toto" Iñiguez - Torcedor do Club Atlético Colón, da Argentina
Fran Hurndall
Miguel Ángel, torcedor do Millonarios

FIFA FAIR PLAY:
Vinícius Júnior e a Seleção Brasileira




A seleção de melhores do ano no masculino ficou assim:
Thibaut Courtois; Kyle Walker, John Stones, Rúben Dias; Bernardo Silva, Jude Bellingham, Kevin De Bruyne; Erling Haaland, Kylian Mbappé, Lionel Messi e Vinícius Júnior.

A seleção de melhores do ano no feminino ficou assim:
Mary Earps; Lucy Bronze, Alex Greenwood, Olga Carmona; Ella Toone, Aitana Bonmati, Keira Walsh; Lauren James, Sam Kerr, Alex Morgan e Alessia Russo.

Parabéns aos grandes profissionais do futebol, premiados merecidamente por seus desempenhos dentro e fora de campo.
Um grande abraço espinosense.