Espinosa, meu éden 6r4r4o

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024 4d2o1

Centenário de Espinosa - Postagem 91 v6g1r

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Um rico personagem de Espinosa, não de poder e dinheiro, mas de generosa simpatia, grandes histórias e alguns bons ensinamentos, indubitavelmente, foi o meu tio materno Luiz Nogueira Tolentino. Filho de Gedor e Judith, irmão de Benvindo, Genésio, Filogônio (Filó), Juvercina (Zu) e Maria Geralda (Lia), Luizão, que era exímio alfaiate, foi uma figura criativa, pitoresca e carismática, com uma boa capacidade de influenciar pessoas.







Sentado ali no eio da esquina mais famosa de Espinosa, a da Arthur Bernardes com a Coronel Domingos Tolentino, ou posicionado na imensa janela de madeira do velho casarão onde morava, Luizão atraía a atenção de nós, adolescentes, na confecção de charadas ou na prosa animada com os mais interessantes "causos" relatados. Também escutávamos suas músicas e poemas escritos e gastávamos boa parte do nosso tempo trocando ideias sobre inúmeros assuntos, às vezes com a presença dos demais mestres da Resina, Sêo Vavá, Sêo João Meira e Nenzão. E em período anterior, seguíamos ele e seus amigos Tonhão e Lincoln Fiel e participávamos das suas partidas de vôlei realizadas no leito seco do Rio São Domingos ou no lote vago diante da residência de Sêo Juca Cruz e Dona Julinha. 
Luizão era alcóolatra e quando de uma situação de quase morte causada pela doença, teve força e determinação para largar definitivamente a bebida. Por conta das complicações da diabetes, teve a perna esquerda amputada na altura do joelho, ando a usar uma prótese e uma bengala. Mesmo abandonando a bebida alcoólica, Luizão nunca deixou de ter em casa uma cachacinha para oferecer aos amigos que o visitavam. E sempre tinha um estoque de balas que generosamente distribuía à meninada que encontrava pela rua. Foi um sujeito sonhador e de bom coração, com alma de criança, infelizmente um tanto frustrado por não ter construído uma família com a eterna namorada e paixão Neide, amor de sua vida. "Poxa", "vai chover canivetes" e "a o pano" eram algumas de suas expressões preferidas, eternizadas nas mentes daquela geração de meninos da Rua da Resina. Que esteja descansando em paz no Paraíso, continuando o papo e as charadas com Vavá, João Meira e Nenzão! Um dia desses a gente completa a turma lá.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024 5z1a1e

3398 - Eddie Vedder e Post Malone em "Better Man" 631w2n

A Epidermólise Bolhosa (EB) é uma família de doenças genéticas raras e potencialmente fatais que afetam o maior órgão do corpo: a pele. Indivíduos com EB carecem de proteínas essenciais que unem as duas camadas da pele. Sem essas proteínas, a pele forma bolhas e se rompe, causando dor intensa, desfiguração e feridas internas e externas que podem nunca cicatrizar. Existem quatro tipos principais de EB que variam em gravidade e localização da formação de bolhas. Nas formas mais graves de EB, a expectativa de vida varia desde a primeira infância até apenas 30 anos de idade. Hoje, não há cura disponível para a EB. Mas a EBRP (Epidermolysis Bullosa Research Partnership), maior organização global dedicada a financiar pesquisas para tratar e curar a Epidermólise Bolhosa (EB), está empenhada em mudar isso. 
O falecido e grande artista Leslie Jordan cunhou a frase "Reportin' for Duty"  para descrever seu chamado pessoal para uma vida de serviço aos irmãos, inclusive em favor da EBRP. Assim, em 17 de fevereiro ado, um grupo diversificado de artistas, incluindo Eddie Vedder, Post Malone, Jelly Roll, The War And Tratado, Ruby Amanfu, Jake Wesley Rogers e Dan Spencer se reuniram para um show intimista, o "Reportin' for Duty", no bar mais longo do mundo, Humble Baron, na Nearest Green Distillery, em Shelbyville, TN,  com o intuito de arrecadar fundos essenciais e conscientizar as crianças que lutam contra a EB. Na ocasião, Eddie Vedder e Post Malone fizeram um dueto ao violão com a canção "Better Man". O show beneficente e o leilão ao vivo ajudaram a arrecadar mais de US$ 1 milhão para a EB Research Partnership, que se dedica a financiar pesquisas para tratar e curar a Epidermólise Bolhosa (EB).

Se não bastasse ser um ícone do Rock and Roll, o Eddie Vedder ainda se dedica a causas humanitárias, agindo com compaixão e magnanimidade.
Um grande abraço espinosense.



Centenário de Espinosa - Postagem 90 6v34f

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Assim como acontece conosco, humanos, o cenário de uma cidade muda o tempo todo. Vamos sendo modificados pelo irreversível tempo, sem qualquer possibilidade de impedimento da ação natural do Universo. Nascemos e morremos, sem saída do inapelável destino. Assim é a cidade, que vê lugares vazios ganhando construções imponentes, ou antigas construções desaparecendo rapidamente para dar lugar a novas e modernas instalações. É o progresso, o desenvolvimento, a evolução.


























Tenho o costume de registrar em fotografias as construções em andamento na cidade de Espinosa, para depois fotografá-las já finalizadas e perceber o quanto ficaram diferentes e bonitas, frutos dos excelentes trabalhos de profissionais gabaritados da área de engenharia. Acima, alguns exemplos das alterações significativas no panorama da nossa Espinosa ao longo do tempo.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

Centenário de Espinosa - Postagem 89 1b6zs

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Especialmente nas pequenas cidades do interior do Brasil, havia antigamente um hábito corriqueiro, o de se sentar nas cadeiras diante das casas e comércios com os familiares e amigos para colocar a prosa em dia, comentando os fatos pretéritos como também os do momento, talvez até conjeturando sobre os possíveis acontecimentos do futuro. Na nossa outrora tranquila e pacata Espinosa, era usual o sentar diante de casa para observar o vaivém das pessoas na rua ou o descontraído bate-papo com os amigos. Nas imagens abaixo, podemos ver figuras ilustres da nossa cidade sentados diante das suas residências ou nos bancos dos jardins, ou participando de partidas de baralho com os amigos. Infelizmente, alguns desses nossos ilustres e queridos conterrâneos já nos deixaram.   















Nós, integrantes da Turma da Resina, constantemente nos reuníamos nas esquinas da Rua Arthur Bernardes com a Rua Coronel Domingos Tolentino ou daquela com a Praça Coronel Joaquim Tolentino para jogar conversa fora. Na esquina com a Coronel Domingos Tolentino, batíamos papo, divertíamo-nos nas mais variadas brincadeiras e fazíamos charadas, entre outras atividades. Já na esquina de cima, com a Praça da Matriz, ali nos reuníamos geralmente tarde da noite, após as baladas pela cidade ou depois de chegar das aventuras românticas e etílicas na Praça Antonino Neves, então o "point" noturno da cidade. O papo e as discussões sobre tudo ocorriam por horas. Interessante era a situação de ninguém querer ir embora sozinho antes dos demais, o que prolongava a presença de todos naquele local, o eio da casa de Sêo Antônio Rocha e Dona Neusa. A explicação é simples. Mesmo sendo todos amigos-irmãos, unidos, leais e queridos, aquele que saísse antes era simplesmente massacrado com críticas as mais variadas à sua reputação, fazendo esquentar as orelhas do "desertor", como bem apregoa a sabedoria popular. Assim, a turma inteira, precavida, só deixava o local em bando, todos juntos. Coisas da Resina.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024 3o3aa

Centenário de Espinosa - Postagem 88 4371t

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Nas minhas reminiscências da infância em solo espinosense, nunca consegui visualizar em minha mente a famosa Beira da Lagoa, quando ainda o terreno onde está construída a Praça Antonino Neves era completamente tomado pela água. Somente através da excelente página "facebookiana" "Fatos e Fotos Antigas de Espinosa", criada pelo amigo Rogério Souza, é que consegui finalmente descobrir como era totalmente e de fato a grande lagoa que tomava conta do enorme espaço diante da linda casa de Moacir Brito, indo até as portas das casas de Tone Labareda e Valdemar Silva estendendo-se até o início da ladeira da então inexistente Praça Vereador José Osvaldo Tolentino. Não me recordo também da Igrejinha de Santa Terezinha, derrubada pela enchente de 1968, quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Só me vem à memória a praça já aterrada e com infraestrutura pronta, já com a residência magnífica de Moacir Brito pronta e os prédios da Cotesp e do Cine Coronel Tolentino construídos.        













Mas ainda peguei um tempo bom em que a parte lateral e traseira do Cinema, paralela à Avenida João Araújo Lins até a subida para o "Grupo Escolar" Comendador Viana ainda estava intacta, ainda sem quaisquer construções, apenas com um aterro de rua ligando a Rua Raul Soares, Rua de Baixo como era chamada antigamente, ao futuro Bairro Santos Dumont, à época chamado de "Campo de Avião". Havia cruzando, outro aterro de rua ligando a casa de Paulo Cruz, hoje a Travessa Castelo Branco, à rua que leva ao Araponga, Rua Agostinho Tolentino Neto. Ali ainda restava um tanto da lagoa, inclusive com uma pequena ilha, onde costumávamos nadar e tomar banho sem medo de ser feliz ou ser atingido por alguma infecção virulenta. Mas nem só de banho e nado usufruíamos da lagoa. Logo atrás do prédio do Cinema havia um campo de futebol de bom tamanho onde jogávamos sempre, às vezes descalços, outras vezes de kichute, aquele velho, desconfortável e quente calçado de lona e borracha, criador de calos nos dedos e no calcanhar. O terreno era excelente para jogar bola, pois era macio e nivelado. No tempo seco, os redemoinhos constantes levantavam a poeira aos céus, para nossa alegria. No tempo chuvoso era ainda mais divertido, pois o piso da lagoa ficava extremamente escorregadio e aí fazíamos a maior festa, jogando descalço, enlameando-nos todos e levando os maiores tombos. Atualmente a Praça Antonino Neves e as ruas e avenidas localizadas no local exato da grande "Beira da Lagoa" estão completamente tomadas por construções residenciais e comerciais, sempre expostas a inundações como a "tsunâmica" enchente de 1968, que entrou para a nossa centenária história.
A famosa "Beira da Lagoa" cedeu espaço para a "Praça da Liberdade" florescer, local que se tornou um dos mais animados "points" da noite espinosense, onde se encontram vários barzinhos e lanchonetes, propícios para um reencontro com os amigos queridos, seja nas festas do Carnaval, do nosso próximo Centenário ou em um dia qualquer da semana. 
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.